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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Direito

Teoria Geral do Direito civil I

2° Ano Diurno

Discente: Wilson Armindo Vubil

Docentes: Me Afiado Pascoal

Me Stayleir Marroquim

Me Abílio Diole

Maputo, Março de 2022


Índice
Introdução:..................................................................................................................................................3
Relação jurídica.......................................................................................................................................4
Direitos subjectivos e direitos potestativos..........................................................................................5
O dever jurídico...............................................................................................................................6
ÓNUS..............................................................................................................................................7
As obrigações naturais.................................................................................................................7
Conclusão:...............................................................................................................................9
Introdução:
No presente trabalho irei abordar o tema referente a relações jurídicas, onde irei definir, bem
como indicar os elementos da mesma, irei também falar dos direitos subjectivos, do dever
jurídico, ÓNUS, Direitos potestativos e por fim das obrigações naturais
Relação jurídica
A expressão relação jurídica pode ser usada em dois sentidos, um sentido amplo e um sentido
restrito ou técnico.

No sentido amplo relação jurídica é toda relação da vida social relevante para o Direito, isto é,
produtiva de efeitos jurídicos e, por tanto, disciplina do Direito.

No sentido restrito ou técnico é a relação da vida social disciplinada pelo Direito mediante
atribuição a uma pessoa de um direito subjectivo e a imposição a outra pessoa de um dever
jurídico ou de uma sujeição.

Estrutura da relação jurídica

Consideramos a estrutura da relação jurídica o seu conteúdo.

Toda a relação jurídica existe entre sujeitos; incide normalmente sobre um um objecto; provém
de um facto jurídico; a sua efectivação pode fazer-se mediante a meios coercivos, adequadas a
proporcionar a satisfação correspondente ao sujeito activo da relação, isto é, a relação jurídica
esta dotada de garantia.

Na relação jurídica encontramos quatros elementos, passo a citar: Sujeitos, objecto, facto jurídico
e garantia.

Sujeitos: são as pessoas entre as quais se estabelece ou determina a relação. Os sujeitos podem
ser: activo e passivo.

Sujeito Activo ̵ Titular do direito subjectivo;

Sujeito Passivo ̵ Titular do dever jurídico.

Objecto: É aquilo sobre qual recaem os poderes do titular do direito. É também bem ou interesse
do sujeito activo, juridicamente protegidos pela lei.

Facto jurídico: É todo o evento natural ou acção humana que produz efeitos ou consequências
jurídicas. O facto jurídico gera a constituição, modificação ou extinção da relação jurídica.
Garantia: É a susceptibilidade de tornar efectivos os poderes do sujeito activo da relação
jurídica, que terá legitimidade de reagir no caso de violação ou ameaça do seu direito subjectivo.

O artigo 601.° do código civil dá nos a saber que pelo cumprimento da obrigação respondem
todos os bens do devedor susceptíveis de penhora, sem prejuízo dos regimes especialmente
estabelecidos em consequência da separação de patrimónios .

Está é uma das garantias que a lei dá ao sujeito activo da relação jurídica para em do não
cumprimento por parte do devedor.

Ao definirmos relação jurídica, dissemos que é integrada por um direito subjectivo e por um
dever jurídicos por sujeição.

São estes que constituem a estrutura interna, o conteúdo da relação jurídica.

Direitos subjectivos e direitos potestativos


Direito subjectivo ̵ pode definir-se como o poder jurídico (reconhecido pela ordem jurídica a
uma pessoa) de livremente exigir ou pretender de outrem um comportamento positivo (acção) ou
negativo (omissão) ou de por um acto livre de vontade, só de per si ou integrado por um acto de
uma autoridade pública, produzir determinados efeitos jurídicos que inevitalmente se impõem a
outra pessoa.

Os direitos potestativos ̵ São poderes jurídicos de, por um acto livre de vontade, só de per si ou
integrado por uma decisão judicial, produzir efeitos jurídicos que inelutavelmente se impõem á
contraparte.

Os direitos potestativos, consoante o efeito jurídico que tendem a produzir, podem ser
constitutivos, modificativos ou extintivos.

Os direitos potestativos constitutivos produzem a constituição de urna jurídica por acto unilateral
do seu titular. Vide os arts.° 1550, 1370,1409, 1535 e 1555 do código civil.

Os direitos potestativos modificativos: aqueles que tendem a produzir uma simples modificação
numa relação jurídica existente e continuará a existir, embora modificada. Vide os arts 1568,
1794. Etc.
Os direitos potestativos extintivos: aqueles que tendem a produzirem a extinção de uma uma
relação jurídica existente. Vide os arts 1773, 1047 do código civil.

O dever jurídico
O dever jurídico diferentemente do direito subjectivo, consiste na obrigação de adopção de
determinada conduta (ou no dever de se abster de a realizar).

O conceito do dever jurídico tem na sua base a tutela de um determinado bem jurídico pelo que a
violação do mesmo implica sanções impostas pela ordem jurídica contra o agente.

Atendendo ao objecto ou conteúdo, os deveres podem ser reduzidos a duas categorias, passo
acitar: obrigações de entrega de certa coisa (de dare) e obrigações de adopção de determinada
conduta (facere).

Obrigações de adopção de determinada conduta (facere)

Estes podem apresentar-se em três situações ou vectores:

̵ Obrigação de realização de uma conduta positiva (obrigações de facere);

̵ Obrigação de abster-se de realizar determinada conduta (non facere);

̵ E por fim as chamadas obrigações chamadas pati ou de suportação, quando o sujeito tenha de
sofr4er que outrem realize na sua esfera uma actividad43e que por regra não se realizaria.
ÓNUS
Em vários momentos a lei faz menção ao (ónus) vide os arts. (342.°, 343.°,344.°) Dai a
necessidade de o conceituar.

A actuação dos sujeitos é sempre em função da satisfação de um certo interesse e para o alcance
desta satisfação pode ser necessário que o sujeito pratique certo acto ou adopte uma certa
conduta.

Não se trata concretamente de um dever jurídico de agir ou deixar de agir, não correspondendo,
ao contrário, qualquer direito subjectivo cujo exercício possa ser efectuado por outrem a exigir o
cumprimento, mas sim da mera necessidade que o sujeito pode ter, de realizar certo acto, com
vista o seu próprio interesse.

Se o autor pretende ganhar uma causa (como possa ser o seu desejo), diz se que tem ‟ónus de
provar os factos que alega” assim como o réu demandado tem o‟ ónus de impugnar
especificamente os factos que lhe são imputados” de modo alcançar oi interesse que lhe é próprio
‟ normalmente, a absolvição ”

Podemos assim dizer que ónus é a‟ necessidade de adopção de um determinado comportamento


para a realização de um interesse próprio da lei pela violação ou não acatamento do ónus. Há,
sim como que ‟ consequência lógica ”: a não satisfação do interesse prosseguido pelo sujeito.

As obrigações naturais
A obrigação natural é conceituada pelo Código civil (art.402°) como aquela que ‟funda num
mero dever de ordem moral ou social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível mas
corresponde a um dever de justiça ”

A obrigação natural caracteriza-se primeiro por representar um mero dever de ordem moral ou
social e, portanto, não consistir propriamente num dever jurídico. Por conta da sua não
juridicidade.

Segundo, é caracterizada pela não exigibilidade judicial.


Terceiro, para ser qualificada como obrigação natural, ela terá de corresponder a um dever de
justiça, sendo apenas assim a obrigação, juridicamente inexigível, recebe alguma tutela da ordem
jurídica que basicamente consiste na chamada soluti retention. Ex: art.º 403.° do código civil.
Conclusão:
Findo o presente trabalho, conclui que a expressão relação jurídica pode ser usada em dois
sentidos, um sentido amplo e um sentido restrito ou técnico. No sentido amplo relação jurídica é
toda relação da vida social relevante para o Direito, isto é, produtiva de efeitos jurídicos e, por
tanto, disciplina do Direito.

No sentido restrito ou técnico é a relação da vida social disciplinada pelo Direito mediante
atribuição a uma pessoa de um direito subjectivo e a imposição a outra pessoa de um dever
jurídico ou de uma sujeição.

Que Os direitos potestativos São poderem jurídicos de, por um acto livre de vontade, só de per si
ou integrado por uma decisão judicial, produzir efeitos jurídicos que inelutavelmente se impõem
á contraparte.

Os direitos potestativos, consoante o efeito jurídico que tendem a produzir, podem ser
constitutivos, modificativos ou extintivos.

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