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Tema:
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 14
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
O trabalho tem como objectivo geral, retratar o entendimento sobre Relações Jurídica
Fiscal e Obrigações Fiscal em Moçambique
1.1.2 Específicos
➢ Descrever os Conceitos Básicos da Relação Jurídica Fiscal;
➢ Identificar as Obrigações Tributarias;
➢ Detalhar sobre os tipos de Obrigações Tributarias;
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2 CONCEITOS BÁSICOS
Com uma definição similar, WATY (2002:88), define o imposto como, uma prestação
coactiva, patrimonial, positiva, definitiva, não sinalagmática, sem carácter de sanção,
estabelecida por lei, a favor de uma entidade pública, ou com funções públicas para a
satisfação de necessidades públicas e redistribuição de riqueza, independentemente de
qualquer vínculo anterior.
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a) Objectivos Fiscais
b) Objectivos sociais
c) Objectivos Económicos
O cerne da relação jurídica fiscal e constituído pela obrigação fiscal ou de imposto que,
apesar de ser uma obrigação ou direito de crédito tem características especiais que
diferenciam das demais.
Para Betioli (1996), a relação jurídica estabelece um vínculo entre pessoas, do qual
derivam consequências obrigatórias por corresponder a uma hipótese normativa.
Para CAMPOS (1995), refere que a relação jurídica como sendo, a relação da vida
disciplinada pelo direito, vinculado o titular do direito subjectivo e obrigado, e o obrigado,
relativamente ao objecto ou bem jurídico.
No nosso ponto de vista, a relação jurídica pode ser conceituada no plano objectivo ou
subjectivo.
Assim, WATY (2004), considera a obrigação fiscal como parte da relação jurídica, pós
esta e amais vasta e complexa. Para ele, a obrigação fiscal inclui todas as relações de
diferente objecto e conteúdo que resultam daquela obrigação central, na qual os sujeitos
passivos são o contribuinte e outras pessoas estranhas a essa obrigação de imposto. A
relação jurídica e composta de um núcleo constituído pelos contribuintes e pelos terceiros
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que, de algum modo, estão ligados aos pressupostos do facto de tributação, que podem
ser designados de obrigação ou deveres tributários acessórios.
A relação jurídica fiscal é pós, uma relação obrigacional, embora de direito publico. Nesse
trata de uma particularidade do direito fiscal que possa interpretar se como
correspondendo à aquela conhecida orientação que visa aproximar esse ramo jurídico do
direito civil.
No plano objectivo a relação jurídica e toda a relação social disciplinada pelo direito,
enquanto no plano subjectivo ela representa o vínculo entre dois ou mais indivíduos,
dotados de obrigatoriedade. Nessa perspectiva as situações subjectivas são momentos de
uma relação jurídica fracções temporárias de uma relação interpessoal regulada pelo
direito.
Segundo Bem (2004), conceitua a relação jurídica como a ligação entre dois ou mais
sujeito, em razão de um facto previsto no ordenamento jurídico, em que um dos sujeitos,
tem o direito de exigir uma prestação e o outro, o dever de compri-lá. Assim vê se que a
exigência de uma relação jurídica pressupõe o posicionamento de duas ou mais pessoas
adoptadas de poderes e resultantes das normas jurídicas, dai porque, só interessam ao
direito as relações que estejam, de alguma forma previstas num modelo jurídico.
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abrangidas pelo manto jurídico e aquelas que estão excluídas no âmbito de relação, os
modelos de relações juridicamente relevantes não poderiam se ater as vicissitudes das
relações fácticas, o código civil e visto como um sistema pre̵t a̶ porter, mais do que isso
o direito se reduz a essas soluções prévias, se reduz a modelos.
Portanto, a relação jurídica é um facto geral e abstracto, por ser próprio da ciência jurídica,
sendo impossível o legislador elaborar normas sem deixar de tutelar certos bens jurídicos,
uma vez que sua interacção maior e regular a vida das pessoas naquilo que elas tem de
maior ou mais do quotidiano, (BEM, 2004).
Para a melhor compreensão da relação jurídica fiscal é necessário ter a noção dos seus
pressupostos, que constituem o conjunto de condições de que a lei faz depender o
nascimento da relação jurídica fiscal.
Objectivos ou subjectivos;
Genéricos ou específicos.
No que se refere aos pressupostos genéricos da relação jurídica fiscal pode se apontar a
personalidade jurídica, a capacidade jurídica (subjectivos) e matéria colectável
(objectivo).
Sujeitos;
Objectos;
Facto jurídico; e
Garantias.
Os sujeitos são os pontos terminais da relação jurídica. O sujeito activo, que é o titular do
correspondente direito subjectivo e o sujeito passivo, que é sobre quem recai o
correspondente dever. Na obrigação fiscal, existe a particularidade como se vera de o
sujeito activo ser sempre uma entidade do direito público ou que exerce funções públicas,
que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação. Por sua vez, o sujeito passivo é
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a pessoa singular ou colectiva ou qualquer outra entidade (património ou organização de
facto de direito, diz a lei), que nos termos legais, esta vinculada ao cumprimento da
obrigação.
Devedor de imposto é o sujeito passivo que deve satisfazer perante o credor fiscal a
obrigação de imposto.
Sujeito passivo é toda e qualquer pessoa, singular ou colectiva, a quem a lei imponha o
dever de efectuar uma prestação tributária, quer seja a prestação de imposto, quer seja nas
obrigações acessórias.
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Quando a abstracção, não há dúvida de que a relação jurídica e um conceito geral e
abstracto. Mas isso e próprio de qualquer ciência, por mais concreta que se queira faze̵ lá,
porque e pelo pensamento, necessariamente abstracta, que o homem aprende a realidade,
sendo, portanto, abstracta a própria ideia de homem concreto.
Entretanto, algumas relações são reguladas pelo direito e outras não, o que cada vez
menor, e bom que ainda haja relações interpessoais imane a autoridade do Estado, não
havendo nenhuma concretização da maldade nesses conceitos, mas dependência em
relação a natureza do pensamento humano.
Familiares;
Sucessórias;
Obrigacionais e
Essas, que representam uma semelhança em relação aos elementos externos que nelas
estão inseridos: sujeitos, objectos, factos jurídicos e garantias. Assim, toda a relação
jurídica corresponde a uma acção com intenção de assegurar a protecção de Estado aos
litigantes, como meio processual.
Sujeito de direito é aquele que participa na relação jurídica como sujeito activo, o titular
do direito ou passivo, o titular do dever. O objecto da relação é o bem, ou a prestação em
que incide o poder jurídico, com a intenção de favorecer sujeito activo.
O facto jurídico é todo e qualquer acontecimento gera uma relação jurídica contribuindo
com criação, modificação ou extinção de direitos.
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2.9 Teoria dos fatos jurídicos
Todo direito nasce do facto, isso é, o facto pode ter consequências jurídicas justamente
por ter sido previsto pelo direito. Tais factos com consequências jurídicas dividem-se em
factos jurídicos em sentido estrito e em actos jurídicos.
Os actos jurídicos são os acontecimentos que geram efeitos legais e que são fruto da
consciência e da vontade humana, subdividindo-se em actos lícitos-conforme o direito-e
actos ilícitos em contraposição ao direito.
Entretanto, usualmente, essa expressão tem sido utilizada em sentido estrito, como facto
independente da vontade humana que suscita efeitos jurídicos.
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A finalidade do negócio jurídico é a satisfação da vontade de criar, conversar, modificar
ou extinguir direitos. Sem essa interacção, caracteriza-se, apenas, um acto jurídico,
conforme a compreensão de GONSALVES (2003) assim expressa: a existência do
negócio jurídico depende da manifestação da vontade, com a finalidade negocial.
Para que um facto jurídico seja considerado valido, são necessários alguns elementos
determinados em lei, independente da vontade dos sujeitos de direito.
Para Amaral (1998), esses elementos são as entidades que compõem a estrutura do
negócio jurídico. Assim, são elementos primários indispensáveis para que um negócio
jurídico seja considerado valido: agente capaz, objecto lícito, possível determinado ou
indeterminável e forma prescrita ou não defesa da lei.
Interpretar o acto é determinar o sentido que ele deve ter, procurando-se compreender o
conteúdo de suas normas e as manifestações das vontades das pessoas. Inexiste negócio
ou acto jurídico sem a vontade, pressuposto, aliás, elementar, ainda que seja produzida
por meio da linguagem do silêncio.
Código Civil
As pessoas podem ser sujeitas de quaisquer relações jurídicas, salvo disposição legal, em
contrário, nisto consiste a sua capacidade jurídica.
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Artigo, 68 termos da personalidade
3. Tem se por falecida a pessoa, cujo cadáver não foi encontrado ou reconhecido,
quando desaparecimento se tiver dado, em circunstanciais que não permitam duvidar da
morte dela.
Ana Prata, (2009,), define a relação jurídica, num sentido restrito, como a relação inter
privada que o direito regula através da atribuição a um sujeito de um direito privado e a
imposição de outro de um dever ou sujeição. Por seu lado a obrigação fiscal, respeita
somente aquela que e a principal obrigação do sujeito passivo na relação jurídica fiscal,
ou seja, a obrigação e pagar o imposto.
Segundo Waty (2007, pag.137), o objecto da relação jurídico fiscal é a prestação a que o
devedor de imposta esta a distrito para com o sujeito activo.
3 OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA
A obrigação pode ser entendida de duas formas, a primeira pela relação jurídica entre
credor (sujeito activo), e o devedor (sujeito passivo), tendo o primeiro o direito ao
recebimento de determinada prestação.
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A obrigação tributária de uma relação jurídica estabelecida entre as pessoas jurídicas de
direito público, competentes para instituir sobre tributos, e as pessoas, físicas ou jurídicas,
que praticam o facto previsto a lei, ou seja, e um dever de fazer um contribuinte prestar
determinada prestação.
Ainda pode ser conceituada a obrigação como, a relação entre pessoas que pode ser gerada
em razão da vontade o em razão da lei.
A obrigação tributaria, decorre da lei, sendo por tanto, exemplos legais, não necessitando
da vontade do agente.
Basta a ocorrência de facto previamente descrito na lei para que surja a obrigação. Sendo
assim ocorrido o facto gerador nasce a relação tributária compreendida entre o dever de
alguém (sujeito passivo), e o direito do Estado sujeito passivo.
A prestação pode servir para pagar tributo, ou penalidade dependendo de como e definido
pela lei praticado pelo particular.
O contribuinte, pode ainda ser Estado a fazer coisas no interesse do fisco, ou deixar de
praticar algum acto de acordo com a lei.
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4 TIPOS DE OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
A obrigação principal e acessória, são autónomas, por tanto, diante de uma unidade esta
só atingira a principal, diferentemente de direito civil não desobrigando o seu
cumprimento.
Lei: acto que cria ou institui o tributo, determina aumento de alíquotas, outorga
isenções, vedações, não incidência, define o fato gerador e tudo mais que for desta
obrigação e estrutura- se pela hipótese, o mandamento e a sanção.
Sujeito activo: é lado credor da obrigação fiscal, sujeito passivo: e o lado devedor
da relação obrigacional tributário contribuinte;
Objecto: e o valor devido que pode ser definido como principal ou acessório.
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5 CONCLUSÃO
a relação jurídica fiscal é pós, uma relação obrigacional, embora de direito publico. Nesse
trata de uma particularidade do direito fiscal que possa interpretar se como
correspondendo à aquela conhecida orientação que visa aproximar esse ramo jurídico do
direito civil.
Entretanto, algumas relações são reguladas pelo direito e outras não, o que cada vez
menor, e bom que ainda haja relações interpessoais imane a autoridade do Estado, não
havendo nenhuma concretização da maldade nesses conceitos, mas dependência em
relação a natureza do pensamento humano.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BEM, Leonardo Schmidt. Teria da Relação jurídica: análise da parte geral do novo
Código Civil. Corimbo: JM, 2004. I
2. Carvalho, Paulo de Barros, curso de Direito tributário. São Paulo, Saraiva, 1997.
KPEMJ 3. Legislação fiscal de Moçambique. Maputo, plural editora, S.D.
3. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. 18 Ed. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1917.
4. FACHIN, Luiz Edson. Parte Geral do Código Civil. Rio Janeiro. Renovar, 2002.
5. GOLÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. São Paulo: Saraiva,
1994. Direito Civil. 10. Ed. São Paulo: Saraiva 2003.
6. IBRAIMO, I. O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito Fiscal
Moçambicano. Maputo: ART C, 2002.
7. PRAT, Ana. A tutela constitucional da autonomia privada. Coimbra: Almedina
1982.
8. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Decreto-Lei que Aprova a Criação da
Universidade Católica de Moçambique. Boletim da República: 43/95. de 14 de
Setembro de 1995.
9. WATY, Teodoro Andrade. Introdução ao Direito Fiscal, 2ºed. Maputo, W e W –
editora, 2004. Manual da Educação Fiscal e Aduaneira para disseminadores,
Maputo, Outubro, 2010.
10. WATY, T.A. Introdução ao Direito Fiscal. Catembe: W e W Editora, 2002.
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