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Índice

Introdução ............................................................................................................................................... 4

Incidência ................................................................................................................................................ 5

Incidência pessoal ............................................................................................................................... 5

Sujeitos Passivos do IRPC ...................................................................................................................... 5

Incidência real ou Subjectiva .................................................................................................................. 6

Isenções do IRPC .................................................................................................................................... 7

Isenções pessoais ................................................................................................................................ 7

Isenções Reais ..................................................................................................................................... 7

Taxas do IRPC ........................................................................................................................................ 7

Liquidação............................................................................................................................................... 8

Tipos de Liquidação............................................................................................................................ 8

Competência para Liquidação................................................................................................................. 8

Pagamento ............................................................................................................................................... 9

Pagamento por Conta .......................................................................................................................... 9

Pagamento especial por conta ........................................................................................................... 10

Caso Prático .......................................................................................................................................... 10

Conclusão.............................................................................................................................................. 11

Bibliografia ........................................................................................................................................... 12
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Introdução
Imposto é todo o montante de dinheiro que os cidadãos de um país devem pagar ao Estado para
garantir a funcionalidade de serviços públicos e coletivos. Diferentemente de outros tributos,
como taxas e contribuição de melhoria, é um tributo não vinculado: é devido pelo contribuinte
independentemente de qualquer contraprestação por parte do Estado. Os impostos são,
frequentemente, divididos em diretos e indiretos. Os impostos diretos são destinados taxar
diretamente o contribuinte sendo que o principal exemplo deste é o imposto de renda e riqueza.
Os impostos indiretos, entretanto, são repassados ao contribuinte através do markup adicionado
ao custo do produto e o reflexo deste é sentido no preço final dos produtos. Os impostos
indiretos são cobrados em todos os bens adquiridos pelo consumidor.

O sistema fiscal nacional é, muitas vezes, um reflexo dos valores comuns ou dos valores do
grupo ou ideologia política de quem está no poder. Para criar um sistema de tributação, uma
nação deve fazer escolhas sobre a distribuição da carga fiscal, sobre quem irá pagar impostos
e quanto será pago, e como os impostos arrecadados serão gastos.

Objectivo Geral

A Contabilidade estuda, interpreta, identifica, mensura, avalia, registra, controla e evidencia


os fenômenos contábeis, econômicos, financeiros, físicos e orçamentários decorrentes de
variações patrimoniais em: (a) entidades do setor público; e (b) ou de entidades que recebam,
guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas
atividades, no tocante aos aspectos contábeis, físicos e financeiros da prestação de contas.

O objetivo das demonstrações contábeis das entidades é o fornecimento de informações úteis


sobre a entidade que reporta a informação, voltadas para os usuários dos Relatórios Contábeis
para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e para a tomada de
decisão. Os relatórios de Estatísticas de Finanças Públicas são utilizados, principalmente, para:
(a) analisar opções de política fiscal, definir essas políticas e avaliar os seus impactos; (b)
determinar o impacto sobre a economia; e (c) comparar os resultados fiscais nacional e
internacionalmente.

Específico- Como estudantes do Curso de Contabilidade e Auditoria, é nosso papel conhecer


os vários e diferentes tipos de Impostos devidos, a sua natureza, abrangência, facto gerdor,
formas de pagamento, incidências, calculo, taxas, formas de pagamento, e todas outras questões
que envolvem a sua essência como uma obrigação.
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Conceito

IRPC - Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas é um Imposto directo que incide
sobre os Rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, período de
tributação, pelos respectivos sujeitos Passivos, nos termos do artigo no 1do IRPC.

O IRPC - Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, foi aprovado pela Lei no 32/07,
de 31 de Dezembro, é um Imposto estadual, directo, real e sobre o rendimento global e
proporcional, pelos seguintes motivos:

• Estadual – cobra a nível Nacional e o credor é o Estado;


• Directo – tributa o rendimento;
• Real – Contrariamente ao IRPS, os aspectos pessoais dos Sujeitos Passivos não são
relevantes;
• Global – sobre os rendimentos do sujeito passivo recai uma taxa única e um imposto
único;
• Proporcional – a taxa de imposto é fixa. Assim, um eventual aumento da colecta
deriva unicamente do aumento da meteria colectável.

Incidência
Incidência pessoal (arto 2)

As normas de incidência decterminam quem esta sujeito ao IRPC – os rendimentos de pessoas


colectivas. Entretanto, a aquisição de personalidade das pessoas colectivas carece, emm regra,
de reconhecimento público – arto 158C. Civil. Esse reconhecimento pode traduzir-se num acto
do Governo ou de seu representante, se for uma associação ou fundação - arto 158 C. Civil, ou
um acto de registo, tratando-se de sociedades comerciais.

Refira-se que além das pessoas colectivas o IRPC abrange igualmente outras que não o sendo
juridicamente, se compreendem na incidência deste imposto. É o caso das entidades
desprovidas de personalidade jurídica desde que os seus rendiments não sejam tributáveis em
IRPS ou em IRPC directamente na titularidade de pessoas Singulares ou colectivas -b) e -c) do
arto 1 e 2.

Sujeitos Passivos do IRPC


Residentes

✓ Com Personalidade Jurídica


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• Sociedades Comerciais;
• Sociedades Civis Sob Forma Comercial Cooperativas;
• Empresas Públicas;
• Outras Pessoas do Direito Publico ou Privado.

✓ Sem personalidade Jurídica

Quando os Rendimentos não sejam tributáveis em IRPS ou em IRPC directamente na


titularidade de Pessoas Singulares ou colectivas que as constituem, designadamente:

• Heranças jacentes;
• Pessoas colectivas declaradas inválidas;
• Sociedades anteriormente ao registo definitivo;
• Associações e Sociedades Civis sem personalidade Jurídica.

Não Residente
Que obtenham em território Moçambicano rendimentos que referidos nos arto 4 e 5do CIRPC,
não sujeitos a IRPS.

Incidência real ou Subjectiva (arto 4)

A realidade sobre o incide o IRPC não é igual para todos os sujeitos passivos. Difere em função
de dois aspectos:

a) Exercer, ou não, a título principal uma actividade de natureza Comercial, Industrial ou


Agrícola;
b) Ter, ou, sede Direcção efectiva estável em Território Moçambicano.

Note-se que a existência ou não de personalidade Juridica, não é elemento distintivo em Sede
de incidência objectiva (arto 4).

Assim, definido para cada subuniverso de sujeitos passivos de IRPC, a respectiva base do
Imposto, que teremos:

Residentes que exercem a título Principal uma actividade de natureza comercial, Industrial
ou Agrícola (Lucro -a) -no 1 do artigo no 4 do CIRPC).
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Residentes que não exercem a título Principal, uma actividade de natureza comercial,
Industrial ou Agrícola (Rendimento global -b) -no 1 do artigo no 4 do CIRPC).

Não Residentes com estabelecimento estável, (Lucro imputável ao estabelecimento estável -


c) -no 1 do artigo no 4 do CIRPC).

Não Residentes sem estabelecimento estável, (Rendimento das diversas categorias


consideradas para efeitos de IRPS -d) -no 1 do artigo no 4 do CIRPC).

Isenções do IRPC
(Artigo no9 á 13 do CIRPC)

A Isenção pode ser pessoal ou real. A pessoal ou subjectiva é especialmente dirigida a


decterminada pessoa. Ao passo que a real ou objectiva visa beneficiar fiscalmente
decterminado rendimento.

Isenções pessoais
✓ Automáticas
➢ Estado;
➢ Autarquias Locais, Associações e Federações de Municípios, relativamente as
actividades que não visem Lucro.
➢ Entidades sujeitas ao regime de transparência Fiscal.
✓ A requerimento
➢ Entidades de bem Público, Social ou cultural;
➢ Associações de utilidade pública;
➢ Associações de mera utilidade Pública;
➢ Cooperativas agrárias, de artesanato e culturais (redução de taxa em 50%).

Isenções Reais
➢ Rendimentos de actividades culturais, recreativas e desportivas;
➢ Rendimentos sujeitos ao Imposto especial sobre o jogo;
➢ Juros de títulos de divida publica, emitidos para o financiamento do Orçamento do
Estado.

As isenções dos artigos no 10 a 12 do CIRPC, não abrangem os rendimentos sujeitos a retenção


na fonte pagos as entidades neles referidas.

Taxas do IRPC (alínea -a) e -b) do artigo no3)


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A taxa do imposto fixada no Código do IRPC, aprovado pela Lei n.º 34/2007, de 31 de
Dezembro, é de 32%, excepto nos seguintes casos:

➢ 10% para a actividade agrícola e pecuária, até 31 de Dezembro de 2010;


➢ 35% para os encargos não devidamente documentados e as despesas de carácter
confidencial ou ilícito tributados autonomamente, conforme dispõe o n.º 4 do artigo 61 do
Código do IRPC.

Liquidação
Liquidação do Imposto significa a aplicação da taxa de imposto sobre a matéria coletcável.

Pela Liquidação obtém-se a colecta, ou seja, a verba principal do imposto (o Imposto


calculado).

Tipos de Liquidação
Definitiva – efectuadas pelas repartições de Finanças;

Provisoria – quando efectuada pelo contribuinte (autoliquidação);

Quando efectuada por um substituto fiscal (caso de retenção na Fonte);

Quando os serviços fiscais não dispõem ainda de todos os elementos relativos á situação
tributária.

Questão: quando é que a liquidação deixa de ser provisoria passando a ser definitiva?

Resposta: a liquidação provisória só passa a definitiva, depois de homologada ou corrigida


pela Administração Fiscal.

Competência para Liquidação (artigo no63)

Por regra, deve ser feita pelo contribuinte, na declaração periódica de rendimentos, ou na
declaração de substituição. Excepcionalmente pela Administração Tributaria.

Base de liquidação

A base de Liquidação é:

Pelo Contribuinte – Autoliquidação (artigo no64) – Matéria colectavel da declaração de


rendimentos (periódica ou de Substituição).

Pela Administração – na falta de declaração de rendimentos – provisoriamente com base na


matéria colectável mais próxima.
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- Não havendo matéria colectável anterior – com base em elementos que a administração
disponha.

- Liquidações correctivas – Adicional ou anulação oficiosa.

Prazo de Liquidação

O prazo de Liquidação, inicial ou correctiva do IRPC é de 5 anos, a contar do facto gerador


(artigo no 8), o qual ocorre no último dia do exercício (no 2 do artigo no8). A notificação da
liquidação deve ser feita neste prazo.

Também a anulação só será possível no prazo de 5 anos contados da data de pagamento do


imposto e apenas nos casos em que o seu montante não for inferior a 100.000,00Mt.

Pagamento (artigo 90)

As formas de pagamento do IRPC são:

✓ Com natureza de pagamento por conta ou de adiantamento:


➢ Retenção na fonte (em regra com a natureza de pagamento por conta) artigo 67;
➢ Pagamento por Conta (artigo 90); e
➢ Pagamento especial por Conta (artigo 92).
✓ Pagamento da diferença do IRPC já pago e o Imposto total liquidado:
➢ Ate ao fim do prazo para entrega da declaração periódica de rendimentos ou de
substituição.

O pagamento do IRPC é efectuado em moeda nacional, em numerário ou por cheque, débito


em conta, transferência conta a conta, vale postal ou outros meios utilizados pelos serviços dos
correios ou instituições de crédito, que a lei expressamente autorize.

Pagamento por Conta


Os pagamentos por conta são impostos devidos por todas as entidades que exerçam a título
principal, atividades de natureza comercial, industrial ou agrícola, e por entidades não
residentes com estabelecimento em território Nacional, são obrigadas a efectuar pagamentos
por conta.

Natureza e prazos dos pagamentos por conta artigo?


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Os pagamentos por conta são efectuados no próprio exercício a que respeita o lucro tributável,
sendo considerado um adiantamento quando for efectuada a autoliquidação na declaração
periódica de rendimentos.

Os três pagamentos por conta são efectuados nos meses de Julho, Setembro e Dezembro.

Pagamento especial por conta


O pagamento especial por conta é um mecanismo de pagamento antecipado dirigido aos
sujeitos passivos que exerçam, a título principal, actividade de natureza comercial, Industrial
ou agrícola e aos não residentes com estabelecimento estável em território Nacional, que, por
falta de colecta referência (exercício anterior) não efectuem pagamentos por conta previstos no
artigo 92, ou os efectuem em montantes muito baixos.

Nesta medida pode dizer-se que é um mecanismo de combate a fraude e evasão fiscal.

O Pagamento Especial por Conta é pago em três prestações, durante os meses de Junho, Agosto
e Outubro, do ano a que respeita ou, no caso de os sujeitos Passivos adoptarem um período de
tributação não coincidente com o ano Civil, nos meses de Junho, Agosto e Outubro.

Caso Prático
Em 2007, uma Sociedade com Sede em Moçambique, obteve no estrangeiro 900.000,00Mt,
relativamente aos quais ai pagou 270.000,00Mt. Admitindo que no mesmo ano o Resultado
Líquido do Exercício (incluído actividades desenvolvidas dentro e fora do País) foi de
5.000.000,00Mt e que não houve outras correções fiscais, qual a dedução á colecta por dupla
Tributação do Imposto e o IRPC a pagar?

Resposta:

Rendimento Líquido do Exercício 5.000.000,00Mt.

Imposto Sobre o Rendimento pago no estrangeiro: 270.000,00Mt.

Imposto S. Rendimento que pagaria em Moçambique: 288.000,00Mt = (900.000,00Mt x


32%)

Colecta do IRPC: 5.000.000,00Mt x 32% = 1.600.000,00Mt.

Dedução a colecta por DTI: o menor de 270.000,00MT ou 288.000,00Mt; Logo é 270.000,00

IRPC a pagar: 1.600.000,00Mt -270.000,00Mt = (1.330.000,00Mt)


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Conclusão

Pagar os impostos deve ser uma obrigação tanto para pessoas físicas como para pessoas
jurídicas, com o objetivo de custear as despesas com saúde, educação, segurança, saneamento,
transporte, cultura e etc.

É obrigação do Estado, no entanto, utilizar o dinheiro obtido dos impostos e investir em obras,
ações e serviços de qualidade para a população. Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Colectivas, é o imposto que incide sobre os rendimentos das empresas, ou seja, sobre os seus
lucros. Assim sendo, são afixadas taxas de Cobrança ao rendimento de forma directa e
proporcional a quantidade do rendimento.

Este Imposto é cobrado na medida em que os rendimentos são criados dentro do território ou
em casos de transferência para o território, este é logo cobrado, dependendo da taxa em que foi
prefixada pelo Estado, a cada Sector de actividade.
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Bibliografia

Coletânea da Legislação de Moçambique


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Elentos do 10o Grupo

Joaquim Jacinto

Maria Angelina

Stela Arminda Marrupe

3o ano

Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria

Trabalho de Fiscalidade

Tema:

O Imposto Sobre o rendimento de Pessoas Colectivas


5

Universidade Rovuma
Nampula

2019
Elementos do 10o Grupo

Joaquim Jacinto

Maria Angelina

Stela Arminda Marrupe

3o ano

Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria

Trabalho de Fiscalidade

O Imposto Sobre o rendimento de Pessoas Colectivas

O presente trabalho da
cadeira de Fiscalidade, ‘e
de caracter avaliativo,
Leccionada Pelo docente:
Dr. Herminio Torres.
4

Universidade Rovuma
Nampula

2019

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