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Índice

1. Introdução..................................................................................................................3
2. Objectivos..................................................................................................................4
2.1. Geral....................................................................................................................4
2.2. Especifico............................................................................................................4
3. Principais Reformas Fiscais.......................................................................................5
3.1. Período à data de Independência........................................................................5
3.2. Período após a Independência.............................................................................6
3.2.1. Reforma fiscal de 1978................................................................................6
3.2.2. Reforma Fiscal de 1987 (PRE)....................................................................7
3.2.3. Reforma fiscal de 2002................................................................................8
4. Conclusão.................................................................................................................10
5. Referência bibliográfica...........................................................................................11
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1. Introdução

O presente estudo faz uma análise nos tocantes os principais papéis Fiscal. No actual
contexto de internacionalização e globalização das economias, o crescente aumento de
empresas, que usam a Fiscalidade como factor de competitividade, tornou a gestão cada
vez mais complexa requerendo que esta influencie de forma a garantir a eficiência e a
eficácia empresarial. Neste sentido, conhecer a política fiscal de alguns países torna-se
um imperativo, por forma a conseguir eventuais ganhos estratégicos de sinergias
aproveitando as múltiplas localizações geográficas.

Com efeito, a prática de procedimentos enraizados ao longo de décadas, por um lado, e


o efeito das mudanças nas opções políticas e na realidade económico-social, por outro,
constituem correntes muitas vezes contraditórias, que actuam no sentido de retirar ao
conjunto dos impostos existentes em cada momento, a coerência global que faça
merecer a designação de sistema fiscal.

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2. Objectivos
2.1. Geral
 Conhecer as principais reformas fiscais.
2.2. Especifico
 Reforma fiscal de 1978;
 Reforma Fiscal de 1987 (PRE);
 Reforma fiscal de 2002;
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3. Principais Reformas Fiscais

Segundo IBRAIMO (2002), mesmo antes da chegada dos portugueses já existia o


imposto em Moçambique e era pago em forma de roupa, gado, escravos e outros bens.
Mas uma das principais evidências da existência do imposto em Moçambique, foi com o
surgimento dos prazos da Zambézia, em que utilizou o tributo tradicional pela primeira
vez.

Segundo CARLOS SERRA, (2000) o sistema tributário moçambicano conheceu três


grandes reformas desde a sua existência até aos nossos dias.

3.1. Período à data de Independência

Segundo IBRAIMO (2002), nesta época vigorava um sistema tributário adequado aos
objectivos do Estado que estava dimensionado as necessidades orçamentais deste
mesmo Estado. Para tal, estava organizado um sistema administrativo adequado e
dotado de pessoal apropriado, convenientemente treinado. Era um sistema fiscal com
uma legislação complexa e quase inacessível à grande maioria dos contribuintes, e não
respeitava os princípios de justiça social onde todos deviam pagar impostos
independentemente da sua condição social e financeira.

De acordo com IBRAIMO (2002), Moçambique era uma ilha de Portugal, ou seja,
Moçambique era um Estado com sede em Portugal onde toda a maquina administrativa
e supervisionado por Portugal com um orçamento que integrava as receitas por um lado
e as despesas por outro lado. Neste caso havia sempre uma necessidade de os gastos
corresponder as despesas, onde a despesa corrente como compra de equipamentos,
pagamentos de salários aos trabalhadores de raça branca, havia uma tabela de receitas
correntes alimentada em 80% pelas receitas fiscais. O conjunto das receitas destes
impostos equilibrava o orçamento corrente do Estado Português em Moçambique.

Para IBRAIMO (2002), os impostos indirectos por exemplo como o imposto de


consumo e direitos aduaneiros, tinham algumas taxas proteccionistas para a importação
de produtos que aparentemente eram de exportação, taxas mais pesadas para outros
produtos considerados essenciais para consumo da população, mas que beneficiavam se
de taxas aduaneiras preferenciais, quando importadas de certos países.

O sistema fiscal á data da independência caracterizava-se por:


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 Um sistema concebido e dimensionado de acordo com a política do Estado e


suficiente para fazer face à correspondente tabela de despesas;
 O nível de receitas era suficiente para fazer face às despesas de funcionamento
do seu aparelho administrativo;
 O conjunto de pequenas taxas e impostos de nível local ou regional cujas
características e fim a que as receitas se destinavam - despesas das instituições
locais e autónomas - estavam em perfeita consonância com a forma de
organização administrativa e eram dotados de processos orçamentais que
permitiam estipular as cobranças;

3.2. Período após a Independência

Após a independência ocorreram várias reformas no sistema fiscal moçambicano


criadas pelo facto de haver a necessidade de criar receitas internas e deixar de ser
dependente de outros países. Apesar de Moçambique nessa altura ter um sistema
tributário estar assemelhado aos outros países em via de desenvolvimento, mas essas
semelhanças não eram boas, havendo necessidades de reajustamento fiscal (IBRAIMO,
1997)

3.2.1. Reforma fiscal de 1978

Segundo IBRAIMO, (2002), após a independência nacional, havia uma grande


disparidade no sistema tributário moçambicano em relação aos outros países do mundo
e da região austral, acompanhado da fraca máquina da administração fiscal, por outro
lado o abandono das unidades produtivas industriais logo após a proclamação da
independência nacional originou grande queda da produção industrial e tendo
culminado com fraca ou isenta contribuição fiscal em Moçambique.

As pequenas empresas privadas que continuaram a operar mesmo depois de muitas


indústrias terem sido abandonadas pelos proprietários como: Dionísio Almeida, Casa
Coimbra, Vidreiras que ainda produziam lucros tinham contabilistas mais competentes
em relação aos funcionários dos impostos pelo que, o controle do fisco passou a ser
quase inexistente. E, não havendo lucros logo não existiam dividendos e,
consequentemente, não haveria imposto de aplicação de capitais.
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Na Resolução 5/1977 da Assembleia Popular definiram-se princípios fundamentais a


observar no sistema tributário, fixando taxas progressivas e outras medidas que visavam
realizar os objectivos de justiça social. Foi período que os impostos adoptados se
enquadrassem na política orçamental do país, assentes em objectivos mais gerais da
política económica então preconizada e fazendo desta forma com que os impostos
estivessem ao serviço de um “Estado preocupado com a solução dos problemas sociais
tais como o bem-estar do povo e a defesa da soberania na nação Moçambicana.”

Em linhas gerais esta reforma tinha como objectivos:

 A simplificação do processo de contribuição do sistema fiscal;


 Aumentar o volume de receitas internas através do alargamento da base
tributária.
 Desenvolver um quadro fiscal que integre o sector privado nacional.

3.2.2. Reforma Fiscal de 1987 (PRE).

Em 1987 criou-se um programa designado por PRE (Programa de Reabilitação


económica) com o objectivo de fazer um reajustamento total e completa da economia
nacional face as debilidades económicas que se verificavam ligados a formação de
preços, (IBRAIMO, 2002).

O sistema tributário definido na Lei 3/1987 integrava impostos directos e indirectos. A


tributação directa dos rendimentos era feita com base no seguinte sistema de impostos.

Os objectivos da reforma foram:

 Promover a justiça social;


 Simplificar o processo de capitação do rendimento das empresas;
 Manter a contribuição industrial, com origem sobre os lucros comerciais;
 Imposto predial autárquico,
 Imposto sobre o Rendimento do Trabalho – Secção A, incidente sobre as
remunerações do trabalho;
 Imposto sobre o Rendimento do Trabalho – Secção B, incidente sobre o valor da
produção das cooperativas de produção e das explorações individuais agrícolas,
silvícolas ou pecuárias de pequena dimensão;
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 Imposto Complementar, incidente sobre o rendimento global de pessoas


singulares e sobre os rendimentos de capital;
 Contribuição Predial, incidente sobre os rendimentos prediais;

A tributação indirecta, que integrava os impostos sobre as despesas, com base no


seguinte sistema de impostos: Imposto sobre valor acrescentado, que incide sobre o
valor das transmissões de bens e prestações de serviços realizados no País;

 Imposto sobre Consumos Específicos, tidos como produtos de luxo;


 Imposto especial sobre combustíveis, que incide sobre qualquer combustível
comercializado no território nacional.
3.2.3. Reforma fiscal de 2002

Segundo IBRAIMO (2002), em 26 de Junho a Assembleia da República aprovou a Lei


15/2002 em substituição da Lei 3/1987. Esta reforma fiscal iniciou com a introdução do
IVA em 1998 e a alteração do Imposto de Consumo em Imposto de Consumo
Especifico, tinha como objectivos:

 O alargamento da base tributária;


 A redução da carga fiscal no conjunto da tributação directa;
 O aumento no nível de receitas fiscais;
 A simplificação de procedimentos;
 A modernização do sistema de impostos; e
 A racionalização do sistema de benefícios fiscais.

Sistema tributário de Moçambique passou a integrar impostos nacionais e autárquicos.


Os impostos autárquicos passaram a ser definidos em Lei própria. De acordo com a
nova Lei de Bases, os impostos do sistema tributário nacional, classificam-se em
impostos directos e impostos indirectos, nomeadamente:

 Bilhetes de despacho de importações passados em forma legais, na posse do


sujeito passivo;
 Imposto de Consumo de Produtos Específicos – ICE: é um imposto indirecto
que incide sobre determinados bens, considerados de luxo produzidos ou
importados em território nacional ou estrangeiro;
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 Direitos Aduaneiros: também um imposto indirecto que incide sobre as


mercadorias importadas e exportadas nos termos estabelecidos na pauta
aduaneira e as taxas nelas previstas.

Como forma legislativa de harmonizar o sector informal, onde prevê se aspecto como
contractos que demonstrem claramente as obrigações e direitos das partes, onde a
matéria colectável torna-se tributável, foi criado o imposto simplificado para pequenos
contribuintes com base na Lei nº5/2009 de 12 de Janeiro que considera este sector uma
parcela significativa da actividade económica em Moçambique, pelo que, atrair os
informais para o sistema tributário constituirá um avanço significativo para o Fisco no
que respeita ao alargamento da base tributária, potenciando dessa forma a capacidade de
colecta de receita. Segundo o INE (2009).

Um dos sinais do reconhecimento da importância do sector informal na economia


nacional, pelo governo, é apresentação de uma legislação que abrange os operadores do
sector informal que é o Imposto simplificado para Pequenos Contribuintes (ISPC) com
o objectivo de:

 Reduzir os custos de cumprimento das obrigações tributárias por parte destes


contribuintes;
 Diminuir os custos de fiscalização e controlo de pequenos contribuintes por
parte da Administração Tributária, através da simplificação das obrigações
declarativas e contabilísticas;
 Promover a passagem para o sector formal dos sujeitos passivos que operam no
sector informal.
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4. Conclusão

Como forma de controlar e melhorar a situação da reforma fiscal, a DAF tem feito
visitas de fiscalização, auditorias e controlo de crédito sistemático, por outro lado os
funcionários afirmaram que esta em curso a implementação de máquinas fiscais e que
são feitas campanhas de porta a porta aos estabelecimentos comerciais, para reduzir a
questão da reorma fiscal. Diante dessa situação é evidente a necessidade de tornar
eficiente o combate a fuga ao fisco, posto que o projecto de implementação das
máquinas fiscais é só um projecto ainda. E apesar de alguns dados indicarem que os
contribuintes de cesta forma estão insatisfeito com o processo de fiscalização e
Auditorias, eles incentivam a DAF a continuar com as visitas de fiscalização e
popularização do imposto, melhorando o quadro do pessoal com capital humano mas
qualificado e criarem condições de aumentar os postos de cobrança fiscal.
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5. Referência bibliográfica

IBRAIMO, I. (2002). O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito


Fiscal Moçambicano. Maputo, Moçambique: ART C.

INE (Instituto Nacional de Estatística). (2009). O Sector Informal em Moçambique:


Estudos temáticos. Maputo.

SERRA, C. (2000). Historia de Moçambique, vol 1 Biblioteca municipal. Vilankulo.

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