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dade Aberta ISCED

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Contabilidade e Auditoria


Direito Fiscal e Aduaneiro
2º Ano

Sistema Fiscal Moçambicano

Jacinta Jacinto Angurete

Quelimane
2022
Índice
1.Introdução.......................................................................................................................3

1.1 Objectivos....................................................................................................................4

1.1.3 Metodologia do Trabalho.........................................................................................4

2. Sistema fiscal moçambicano.........................................................................................5

2.1 Formas de estabelecimento..........................................................................................5

2.2. Imposto sobre o Valor Acrescentado Incidência real.................................................5

2.3. Obrigações declarativas..............................................................................................6

2.4. Pagamento..................................................................................................................6

3. Conclusão......................................................................................................................8

4. Referencias bibliográficas.............................................................................................9

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1.Introdução
A origem do sistema fiscal moçambicano está intimamente ligado com os grandes
períodos históricos no país, a saber o período primitivo ou pré colonial; o período
colonial; o período pós- independência, onde se destaca as reforma ligada ao programa
de Reabilitação Económica (de 1987). O estágio actual do sistema fiscal está
relacionado com as reformas ocorridas em 2002.

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1.1 Objectivos
1.1.1 Geral

 Estudar Sistema fiscal moçambicano.

1.1.2 Específicos

 Descrever o Sistema fiscal moçambicano;


 Identificar as Formas de estabelecimento;
 Conhecer a moeda usada em Moçambique;
 Imposto sobre o Valor Acrescentado Incidência real.

1.1.3 Metodologia do Trabalho


A metodologia é o caminho estabelecido pelo pesquisador para a realização da sua
pesquisa.

Para a elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa de literatura e revisão
bibliográfica, apresentando estudos relevantes sobre o tema, baseando se na busca de
assuntos existentes e os conhecimentos dos autores que tratam deste assunto relacionado
com a problemática, com a finalidade de compreender o tema. Foram realizadas
pesquisas bibliográficas, tendo como base para esse trabalho, leituras dos livros e
artigos nacionais, pesquisas nos sites Google e scielo.

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2. Sistema fiscal moçambicano
O sistema fiscal moçambicano possui hoje uma estrutura equiparável aos mais
modernos sistemas fiscais, apresentando uma estrutura tripartida, através da qual se
tributa, separadamente, o rendimento, o consumo e o património. Em qualquer caso, a
actual configuração do sistema fiscal moçambicano é relativamente recente, derivando
da reforma de 2002, altura em que foi totalmente reformulado o sistema então vigente e
que apresentava, ainda, uma relevante matriz da pré-independência.

O novo sistema fiscal Moçambicano inclui já soluções adaptadas às novas realidades


económicas, quer através da diferenciação das regras aplicáveis em função dos tipos de
contribuintes, quer através das preocupações de integração internacional já reveladas.
Moeda Oficial – Metical (da nova família) - MZN/MT.

2.1 Formas de estabelecimento


A maioria das sociedades comerciais em Moçambique adopta a forma de sociedade
anónima ou de sociedade por quotas, mas é ainda possível a constituição de sociedades
unipessoais. As empresas estrangeiras que não pretendam estabelecer-se em
Moçambique actuam, em regra, através da constituição de uma sucursal.

2.2. Imposto sobre o Valor Acrescentado Incidência real


O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) incide sobre as transmissões de bens e
prestações de serviços efectuadas a título oneroso em território moçambicano, e ainda,
sobre as importações de bens.

Sujeitos passivos - O IVA é devido pelas pessoas singulares ou colectivas que, com
carácter de habitualidade, pratiquem actividades de produção, comércio ou prestação de
serviços, embora seja economicamente suportado pelo consumidor final.

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Taxa

A taxa normal de IVA é de 17%. No entanto, os serviços bancários, bem como alguns
serviços de saúde e educação estão isentos de IVA, sendo certo que sobre as
exportações de bens e serviços incide uma taxa 0% (isenção com direito à dedução).

2.3. Obrigações declarativas


Os sujeitos passivos entregam mensalmente, até ao último dia do mês seguinte àquele a
que respeitem as operações nela abrangidas, junto da entidade competente, declaração
relativa às operações efectuadas no exercício da sua actividade no decurso do mês
precedente, com indicação do imposto devido ou do crédito existente e dos elementos
que serviram de base para o seu cálculo.

2.4. Pagamento
O IVA deve ser pago mensalmente até ao último dia do mês seguinte ao mês a que
respeitem as operações.

O actual sistema, começa com a aprovação, pela Assembleia da República, da Lei nº


15/2002 de 26 de Junho, que consubstancia a reforma do sistema tributário até então
existente.

Foi assim, iniciado o processo de reforma nas seguintes matérias:

 Formulação da tributação directa;


 Actualização da série de legislação colonial respeitante ao contencioso fiscal,
ao regime geral das infracções e ao funcionamento dos tribunais fiscais para a
modernização da máquina administrativa fiscal. Esta reforma fiscal, que havia
sido iniciada com a introdução do IVA e a alteração do Imposto de consumo
para imposto de consumo de produtos específicos, visou prosseguir os seguintes
Objectivos:
 Alargamento da base tributária;
 Aumento do nível de receitas;
 Simplificação dos procedimentos;
 Modernização do sistema de impostos, e;
 Racionalização do sistema dos benefícios fiscais.

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Quanto ao sistema fiscal autárquico, referir que a lei nº 11/97 de 31 de Maio foi
revogada e aprovada a lei nº 1/2008 de 16 de Janeiro, que aprova o Sistema Tributário
Autárquico. Com a aprovação do novo sistema tributário autárquico, deixam de existir o
Imposto Autárquico de Comércio e Indústria, Imposto Especial Sobre o Jogo, o Imposto
Sobre o Rendimento de Trabalho secção B e o Imposto Autárquico de Comércio e
Indústria. Foram introduzidos o Imposto Autárquico de Veículos, o Imposto Autárquico
de Sisa e as Contribuições e melhorias.

Neste contexto temos a destacar os seguintes instrumentos legais do sistema fiscal


actual:

 Lei nº 15/2002, de 26 de Junho, Lei de Bases do Sistema Tributário;


 Lei nº 2/2004, de 21 de Janeiro, Lei orgânica dos tribunais fiscais;
 Lei nº 1/2006, de 22 de Março, que Cria a Autoridade Tributária de
Moçambique
 Lei nº 2/2006, de 22 de Março, que estabelece os princípios e normas do
ordenamento;
 Lei nº 33/2007, de 31 de Dezembro, que aprova o Código do IRPS;
 Lei nº 34/2007 de 31 de Dezembro, que aprova o Código do IRPC;
 Lei nº 1/2008 de 16 de Janeiro, sobre o sistema tributário autárquico jurídico
tributário moçambicano e aplicáveis a todos tributos nacionais e autárquicos;
 Decreto nº 46/2002 de 26 de Dezembro, que aprova o Regime Geral das
Infracções Tributárias;
 Decreto nº 6/2004 de 01 de Abril, que aprova o Código do Imposto do Selo;
 Decreto nº 46/2004, de 27 de Outubro, que aprova o Código do SISA.

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3. Conclusão
O novo sistema fiscal Moçambicano inclui já soluções adaptadas às novas realidades
económicas, quer através da diferenciação das regras aplicáveis em função dos tipos de
contribuintes, quer através das preocupações de integração internacional já reveladas.

O actual sistema, começa com a aprovação, pela Assembleia da República, da Lei nº


15/2002 de 26 de Junho, que consubstancia a reforma do sistema tributário até então
existente.

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4. Referencias bibliográficas
MARTINEZ , Soares (1993) - Direito Fiscal, Coimbra

SANCHES, J. L. Saldanha (2000) - Manual de Direito Fiscal, S/ Ed., Coimbra


Institucionais. Lisboa, 1991.

FRANCO, António L. Sousa (1995). Finanças Públicas e Direito Financeiro. 4.


edição, Coimbra

GOMES, Nuno de Sá (1999). Manual De Direito Fiscal. Rei dos Livros, Vol I.

GUIMARÃES, Vasco Branco. Manual de Direito Fiscal Moçambicano. Maputo,


Chitlango Editora.

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