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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE ENSINO E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTORIA

ESPERANÇA GAVICHO UARROTA


Código de estudante Nº.: 708225087

ORGANIZAÇÃO SOCIAL DAS COMUNIDADES DE


CAÇADORES E RECOLECTORES

Quelimane
2022

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ESPERANÇA GAVICHO UARROTA
Código de estudante Nº.: 708225087

ORGANIZAÇÃO SOCIAL DAS COMUNIDADES DE


CAÇADORES E RECOLECTORES

Trabalho de carácter avaliativo, a ser entregue


no Instituto de Ensino e Educação Aberta e à
Distância da Universidade Católica de
Moçambique, no Curso de Licenciatura em
Ensino de História, na disciplina de História das
Sociedades I, .

Docente orientador: Camilo Ferreira Lopes

Quelimane
2022
1
Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor

 Índice 0.5

 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)

Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho

 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo

 Exploração dos dados 2.5

 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

 Paginação, tipo e tamanho


Aspectos gerais Formatação de letra, paragrafo, 1.0
espaçamento entre linhas

Normas APA 6ª  Rigor e coerência das


Referências
edição em citações/referências 2.0
Bibliográficas
citações e bibliográficas

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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4

Objectivos ...................................................................................................................................... 4

Metodologia ................................................................................................................................... 5

FUNDAMENTACAO TEÓRICA .................................................................................................. 6

Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores ............................................. 6

Divisão do trabalho ........................................................................................................................ 6

Características ................................................................................................................................. 7

A Hierarquização das Sociedades e a Formação de Classes Sociais no Nordeste de


África ……………………………………………………………………………………………8

Considerações finais ..................................................................................................................... 10

Referencias bibliográficas ............................................................................................................ 11

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1. Introdução
O trabalho é da disciplina de História das Sociedades I, e enquadra-se no âmbito dos trabalhos de
campo orientados pela docente com propósitos avaliativos. De referir que tem como tema
Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores . Ao adentrar em um curso
de graduação, o novo aluno é desafiado a elaborar novas formas de construção do conhecimento
e a pensar e a produzir cientificamente. Agora, é-lhe exigido também trabalhar
metodologicamente. Para isso, esse aluno precisa organizar suas estratégias de trabalho, de
leitura e de pesquisas. A metodologia e as técnicas de pesquisa seguirão esse aluno pesquisador
em toda a sua trajectória, quer seja na graduação, quer seja na pós-graduação. Com a ajuda da
mão e da sua inteligência, os primeiros homens foram inventando e fabricando instrumentos de
pedra, madeira e osso: bifaces, raspadores, setas, agulhas, lanças. O homem primitivo também
inventou o fogo que lhe permitiu cozinhar os alimentos, iluminar e aquecer os abrigos, afugentar
os animais ferozes Também os homens primitivos gravavam e pintavam figuras nas paredes das
grutas ou ao ar livre.

1.2 Objectivos

1.2.1 Geral
Conhecer a Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores
Falar acerca da vida dos caçadores

1.2.2 Específicos

Definir as característica dos caçadores ;


Detalhar da Hierarquização das Sociedades.

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1.3 Metodologia
Todo o processo que visa o alcance de um determinado objectivo carece do emprego de métodos
como via para a sua consecução.

Segundo (LAKATOS e MARCONI, 2009:44), Método é o “caminho pelo qual se chega a


determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado”. Para a realização deste trabalho de pesquisa, constituem como métodos
os seguintes: “o método de procedimento de estudo de caso, pesquisa bibliográfica e observação
de campo”.

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FUNDAMENTACAO TEÓRICA (revisão de conceito)

1.4. Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores


No seculos III-IV, as primeiras comunidades de caçadores e recolectores habitantes foram os
Khoisan, eram nómada, estes povos viviam totalmente dependentes da Natureza. Para se
alimentarem, caçavam animais selvagens, pescavam ou colhiam o que a Natureza,
espontaneamente produzia: frutos, sementes, raízes, folhas. Como não sabiam cultivar os
campos, estes homens primitivos eram obrigados a eslocar-se à procura de alimentos
Abrigavam-se em grutas e cavernas, ou em tendas ou dormiam ao ar livre. Vestiam-se com
folhas de árvores e peles de animais que cosiam com agulhas de osso, arpões para pescarem;
lanças para caçarem; agulhas, furadores e raspadores para fazerem as roupas (feitos de madeira,
osso e pedra).

Com a ajuda da mão e da sua inteligência, os primeiros homens foram inventando e fabricando
instrumentos de pedra, madeira e osso: bifaces, raspadores, setas, agulhas, lanças. O homem
primitivo também inventou o fogo que lhe permitiu cozinhar os alimentos, iluminar e aquecer os
abrigos, afugentar os animais ferozes Também os homens primitivos gravavam e pintavam
figuras nas paredes das grutas ou ao ar livre. Normalmente, representavam cenas de caça. A estas
pinturas e gravuras dá-se o nome de arte rupestre Há cerca de 10.000 anos houve profundas
mudanças climáticas: os solos tornaram-se mais férteis e surgiram novos tipos de plantas.
(Serra:2000)

2.1. Divisão do trabalho


Na comunidade de caçadores e recolectores, homens e mulheres e crianças trabalhavam para
conseguir comida para todos. Trabalhavam colectivamente e de forma organizada, mas era um
tipo de organização muito simples. Nas divisões do trabalho dividiam de duas formas:

 Primeira forma: as tarefas eram divididas de acordo com sexo, isto é, os homens tinham
uma tarefa e as mulheres tinham outra tarefa.

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 Segunda forma: as tarefas eram divididas de acordo com a idade, isto é as crianças e os
velhos não iam a caça mas faziam outros trabalhos.

No final da realização das tarefas, que são a caça e recolecção, os grupos dos homens, mulheres e
crianças voltavam ao acampamento carregados com animais caçados e os molhos de raízes e
frutos apanhados durante o dia de trabalho, e todos tinham direito a uma parte desse trabalho.No
princípio esses grupos de homens eram bandos que se deslocavam de um sítio para o outro a
procura de melhor alimentação. Mas com o desenvolvimento da comunidade de caçadores e
recolectores, os homens primitivos melhoraram a sua organização e passaram a organizer-se em
famílias alargadas, constituídas na base de um antepassado comum.

2.2.Características
 Economia recolectora caça e pesca;

 Sem organização social claramente definida, pois as suas relações eram de certa forma
curtas e descontínuas;

 Comunidades designadas paleolíticas, isto é, comunidades que ainda viviam a idade de


pedra (predomínio da técnica lítica);

 Fraco nível de desenvolvimento das forças produtivas, ou por outra, fraco conhecimento
da natureza e consequentemente grande dependência em relação a ela;

 Eram comunidades com o processo produtivo nulo (imediatismo na produção e


consumo), por outra, iam buscar na natureza a sua subsistência sem a trabalhar nem a
restaurar;

 Eram nómados, facto que condicionou a existência de fracos laços de parentesco, isto é, a
constante deslocação a procura de melhores condições de vida originava uma
instabilidade permanente e consequentemente inexistência de fortes laços de parentesco;

 Sem exploração do Homem pelo Homem e consequentemente sem estado;

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Os rendimentos das operações de caça, eram instantâneos e quotidianos e exigiam cooperação
para as operações de elevado rendimento (caçadas com redes ou para caça de grandes animais e
para defesa contra os grandes predadores). Na África Austral, os povos com estas características
foram os Khoi-Khoi e Sans ou Khoisan ou comunidade de Bosquimanos e Hotentotes. Os
primeiros eram de estatura média e robustos, caçadores e os segundos eram altos e esquios
reconhecidamente recolectores.

2.3. A Hierarquização das Sociedades e a Formação de Classes Sociais no Nordeste de


África ( Egípto; Méroe; Axum e Suméria)

As sociedades africanas, passaram, por organizações que evoluíram e conseguiram se manter, a


despeito do tempo que nos separa da Antiguidade. De fato, algumas crenças e relações sociais,
podem ser comparadas àquelas que antigamente eram mantidas na antiguidade pelo Egito, Líbia
ou Etiópia. Elas continuam ainda em grande parte a reger o comportamento de alguns africanos.
Consciente ou inconscientemente, eles as perpetuam. Entre os elementos herdados do passado
que permanecem em nossas vidas, temos as castas.

Pelo estrangeiro que se depara com uma organização social diferente da sua, elas são vistas
como uma prática ultrajante para a dignidade humana e que impede o desenvolvimento
econômico de alguns membros de nossas sociedades. Desse ponto de vista, elas são um absurdo
que é preciso abandonar sem procurar compreendê-las. Porém, as castas podem nos fornecer
informações importantes sobre o funcionamento de nossa sociedade e sua evolução. Por isso,
vamos inicialmente tentar entender definir o sentido da palavra casta; em seguida, tentaremos
mostrar o fundamento das castas, finalmente, examinaremos as relações entre as castas. O
sistema de castas divide o conjunto da sociedade em um grande número de grupos hereditários
distinguidos e ligados por três caracteres: separação em matéria de casamento e de contacto
directo ou indireto (alimento); divisão do trabalho, com cada um dos grupos tendo uma profissão
tradicional ou teórica da qual seus membros somente podem se afastar dentro de certos limites; e
enfim, hierarquia, que ordena os grupos como relativamente superiores e inferiores uns aos
outros. (Dumont, 1966: 36).

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Segundo Tal Tamari, citado por Gilles Holder (Holder, 1999: 236). Essa organização social no
trabalho, se consolidaria e melhoraria com o aparecimento das primeiras estruturas estatais. Os
povos africanos, assim como todos os outros povos, viviam em comunidades para as quais a
exigência de uma harmonia social impunha uma organização política. Os homens sentiram a
necessidade de ter à frente alguém para manter a ordem social, para garantir a prosperidade e a
defesa comunitária. Foi assim que elegeram dirigentes chamados de reis; e o conjunto de toda a
comunidade constituía o reino. Essa divisão no Egito em diferentes classes, onde cada uma
remete a um ofício preciso, parece ser uma consolidação e uma adaptação da divisão do trabalho,
conhecida desde a etapa dos clãs, diante das mutações históricas.

As trocas comerciais com o mundo grego, por exemplo, eram muito desenvolvidas e envolviam
diversos produtos. Era preciso produzir diferentes artigos a fim de garantir a prosperidade
econômica do Egito e ao mesmo tempo a segurança interna e externa do reino. Para tanto, uma
profissionalização do povo egípcio era necessária; o que os faraós entenderam ao proceder a essa
distribuição das tarefas. Assim, cada corporação de ofício se aperfeiçoava em sua área e tinha
total serenidade para executar seu trabalho. A título ilustrativo, o mercador podia comercializar
ao longo do dia sem se preocupar com o tratamento dos animais. O fundamento sociopolítico das
castas se manifestou quando do nascimento da casta dos griôs, que seria originária do Mali. Os
griôs formam a grande casta dos que vivem da palavra. Entre eles temos os compositores, os
músicos, os cantores e os panegiristas. A casta foi criada pelo rei do império do Mali Soundjata
Keita depois de sua vitória sobre o rei dos Sossos, Sumanguru Kanté. Sunjata havia atribuído aos
líderes sosso a função de conselheiros, depois, de intermediários e, em seguida, de mestres de
cerimônia e enviados. Eles formaram assim a casta dos griôs.

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2.4.Considerações finais
Frente aos aspectos que visam além do processo de aprendizagem dos educandos, as exigências
do mercado que devido à globalização dos conhecimentos. O método científico é um conjunto de
regras para a obtenção do conhecimento durante a investigação científica. É pelas etapas
seguidas que se cria um padrão no desenvolvimento da pesquisa e o pesquisador formula uma
teoria para o fenômeno observado.

Assim, cada corporação de ofício se aperfeiçoava em sua área e tinha total serenidade para
executar seu trabalho. A título ilustrativo, o mercador podia comercializar ao longo do dia sem se
preocupar com o tratamento dos animais. O fundamento sociopolítico das castas se manifestou
quando do nascimento da casta dos griôs, que seria originária do Mali. Os griôs formam a grande
casta dos que vivem da palavra. Entre eles temos os compositores, os músicos, os cantores e os
panegiristas. A casta foi criada pelo rei do império do Mali Soundjata Keita depois de sua vitória
sobre o rei dos Sossos, Sumanguru Kanté. Sunjata havia atribuído aos líderes sosso a função de
conselheiros, depois, de intermediários e, em seguida, de mestres de cerimônia e enviados. Eles
formaram assim a casta dos griôs.

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3.1. Referencias bibliográficas

DUMONT, Louis, Homo hierarchicus, Essai sur le système des castes, Paris, Gallimard, 1966.
HOLDER, Gilles. Tal Tamari, Les castes de l'Afrique occidentale. Artisans et musiciens
endogames. In : « L'Homme », tome 39 n°152, 1999.

Vista em: https://escola.mmo.co.mz/historia/as-comunidades-primitivas-de-cacadores-e-


recolectores-khoisan/#ixzz7bDVDQA59

SERRA, Carlos. História de Moçambique. 2a.ed., Maputo, Livraria Universitária, 2000.

Comunidade Primitiva (Khoisan): Organização, económica e religião Dezembro 25, 2020 In


"História" África na idade media Maio 30, 2022

Evolução da vida económica, social e espiritual dos Homens em África Abril 30, 2021 In
"História" Benney Muhacha

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