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Nome: Mouzinho Armando Vaharonha
Código de Estudante: 708211962
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Contextualização
(Indicação clara 1.0
do problema)
Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
Articulação e
domínio do
discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão
escrita cuidada,
coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na
área de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento
entre linhas
Normas APA Rigor e
Referências 6ª edição em coerência das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referênc
bibliografia ias bibliográficas
Índice
1.1. Objectivos...................................................................................................................................7
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1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................7
1.1.2. Objectivos específicos:........................................................................................................7
2. Metodologia de pesquisa...............................................................................................................7
3. Revisão da literatura.......................................................................................................................7
3.1. Questões de bioética..............................................................................................................7
3.1.1. Conceito de Bioética.......................................................................................................7
4. O Pensamento da Igreja Católica em Questões de Bioética e o Princípios Permanentes da
Doutrina Social da Igreja......................................................................................................................11
4.1. Os princípios sociais da Doutrina Social Católica..................................................................11
4.2. Princípios da doutrina social da Igreja..................................................................................11
4.3. Princípios bioéticos...............................................................................................................13
4.3.1. O princípio da não maleficência....................................................................................13
4.3.2. O princípio da beneficência..........................................................................................14
4.3.3. O princípio da autonomia.............................................................................................14
4.3.4. O princípio da justiça....................................................................................................15
Conclusão.............................................................................................................................................16
5. Referência bibliografica................................................................................................................17
Introdução
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Na sociedade contemporânea a existência humana se encontra marcada por uma crise de
valores e de sentido, que advém dos aspectos peculiares da modernidade como o racionalismo
e a intelectualidade e de um excessivo relativismo cultural, individualista, de consumo,
hedonista e utilitarista.
Atualmente, percebe-se que muitas pessoas não buscam realizar ou compreender sua
mensagem existencial ou até mesmo não a conhecem ou a ignoram e optam, por inúmeros
fatores, até psicológicos e sociais, em delimitar ou abreviar a própria vida. E, é nesse contexto
que se faz necessário debruçar o olhar sobre o fenômeno do suicídio na sociedade atual,
revelado como uma epidemia global de saúde pública em face aos alarmantes e crescentes
números de tentativas e atos consumados. Se a articulação, entre a teologia cristã e a doutrina
social da Igreja, explica, em âmbito de reflexão, o modo como esse tecido social é inspirado
pela religião de perfil bíblico, não sanciona, contudo, em termos estritos, a ideia de uma
ciência/filosofia social da Igreja.
Tais princípios indicam as “orientações fundamentais da acção”, são “princípiosrelevantes
para estruturações e procedimentos” , mas ainda não configuram nenhuma instrução para a
acção nem normas para situações concretas. Os princípios sociais permitem analisar
em perspectiva crítica situações e ideologias existentes e sinalizam a direcção correcta. Que-
se denomina “leis estruturantes da sociedade”
O presente estudo destina-se a desenvolver uma reflexão ética e teológica sobre a pessoa
humana, perante questões de Bioética e o Princípios Permanentes da Doutrina Social da Igreja
e pretende com ele, descrever os principios bioeticos na perpectiva de entender a sua ligaçao
com a Teologia.
1.1. Objectivos
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1.1.1. Objectivo Geral
Compreender o Pensamento da Igreja Católica em questões de Bioética e os Princípios
Permanentes da Doutrina Social da Igreja
1.1.2. Objectivos específicos:
Definir o conceito de Bioetica na perspectiva teologica;
Descrever os Principios permanentes da Doutrina Social da Igreja.
Discutir os Principios bioética e os principios permanentes da Doutrina Social da
Igreja .
2. Metodologia de pesquisa
3. Revisão da literatura
A bioetica é o estudo Sistematico da conduta humana, no ambito das ciencias da vida e dam
saude, considerada a luz de valores e de principios morais. (Manual de FTIC, p. 40)
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Segundo Gonçalves, ( 2014) "nas últimas duas décadas, os problemas éticos da medicina e
das ciências da vida explodiram em nossa sociedade com grande intensidade. Constitui um
desafio para a ética contemporânea providenciar um padrão moral comum para a solução das
controvérsias provenientes das ciências biomédicas e das altas tecnologias aplicadas à vida e
saúde. Como afirma o Papa Francisco: “Quando a técnica ignora os grandes princípios éticos,
acaba por considerar legítima qualquer prática (..) A técnica separada da ética dificilmente
será capaz de autolimitar o seu poder. ( Gonçalves, 2014: 46)
Observa-se que atualmente o ser humano consegue, através de pesquisas científicas, intervir
em assuntos antes tidos como de exclusiva disposição divina, ora como produto exclusivo da
natureza, como, por exemplo, a clonagem, intervenção em células tronco, aborto, dentre
outros. Essa realidade gera receio dentro da sociedade, e divide opiniões, pois se o ser
humano é capaz de tamanha intervenção sob a justificativa de que esses procedimentos visam
à melhoria da qualidade de vida das pessoas, pode-se imaginar também o contrário, pois o ser
humano com esse nível elevado de manipulações sobre o corpo poderia também desvirtuar,
caso não se imponha limites adequados, a finalidade de acordo com seus interesses.
Pessini dispõe que Potter definiu a Bioética como sendo a “ciência da sobrevivência
humana”( Pessini: 2008, p. 20). Ademais, para este “a bioética é uma sabedoria
biologicamente fundada: um conhecimento de como usar o saber para o bem da sociedade”.
( JUNGES, 1995, p. 19.)
"O oncologista pensava a bioética como uma ponte entre a ciência biológica e a ética.
Sua intuição consistiu em pensar que a sobrevivência de grande parte da espécie
humana, numa civilização decente e sustentável, dependia do desenvolvimento e
manutenção de um sistema ético."
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[...] a bioética, no seu nascedouro, é definida pela Enciclopédia de bioética (1978)
como sendo “o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e da saúde,
enquanto esta conduta é examinada à luz de valores e princípios morais. (Pessini, 2008, p.
21.)
Conforme Diniz ressalta, é pertinente que se façam algumas interpelações, dessa forma ela
questiona,
"Que devo fazer? O que posso fazer? Quais os limites éticos para a
ação médica ou técnico-científica? O imperativo científico-
tecnológico vai progressivamente dando espaço ao imperativo ético,
e, com isso, a bioética emerge como novo domínio da reflexão que
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considera o ser humano em sua dignidade as condições éticas para
uma vida humana digna, alertando a todos sobre as consequências
nefastas de um avanço incontrolado da biotecnologia e sobre a
necessidade de uma tomada de consciência dos desafios trazidos
pelas ciências da vida. (DINIZ: 2011, p. 30.)
"A bioética destaca-se pelo seu caráter interdisciplinar por excelência, possibilitando
a interface entre ciências como a biologia, a ecologia, a economia, a filosofia, a teologia, a
sociologia, a psicologia, a antropologia, a política e o direito, além de outras. Este grande
conjunto, formatando a bioética como uma ciência sem limitação, sem fronteira, é
compreendido a partir do momento em que seu estudo utiliza metodologias éticas num
contexto multidisciplinar."
A bioética deverá ser um estudo deontológico, que proporcione diretrizes morais para
o agir humano diante dos dilemas levantados pela biomedicina, que giram em torno dos
direitos entre a vida e a morte, da liberdade da mãe, do futuro ser gerado artificialmente, da
possibilidade de doar ou de dispor do próprio corpo, da investigação científica e da
necessidade de preservação de direitos das pessoas envolvidas e das gerações futuras.(
Freire: 2009, p. 2.)
Segundo Giacone (2019) "as preocupação da Igreja se concretiza em valores que servem de
base para a atuação social". e afirma que todos eles têm base evangélica e estão de acordo
com a natureza humana, que a Igreja assume e defende, procurando levá-la à plenitude, por
meio da Redenção operada por Cristo. Esses valores são:
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pessoa tem direito à vida desde a concepção até a morte natural. Além disso, uma vida digna
implica a paz, muitas vezes ameaçada pela guerra e pela violência.
3. Direitos e deveres: todas as pessoas têm direitos a reclamar e deveres a cumprir, tanto em
nível individual, como familiar e social. Em particular, dos trabalhadores: a economia está ao
serviço das pessoas e não o contrário. Os trabalhadores têm direito a um trabalho digno,
seguro e bem remunerado.
4. Caridade : Jesus nos ensinou que os mais vulneráveis de uma sociedade têm um lugar
privilegiado em seu Reino. É um dever de justiça ajudar a todos na luta contra a pobreza e as
situações de risco, algo que o Papa Francisco enfatizou desde o início de seu pontificado.
5. Bem Comum: é “o conjunto das condições da vida social que permitem, tanto aos grupos
como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição” (Gaudium et
Spes, 26).
6. Solidariedade: a Igreja promove a paz e a justiça acima das diferenças de raça, nação,
religião etc. Há uma só família humana que todos nós somos responsáveis por cuidar.
A “expressão ‘princípios éticos básicos’ se refere àqueles julgamentos morais que servem
como justificação para muitos dos preceitos éticos e avaliações particulares das ações
humanas.( Barchifontaine: 2009, p. 571.)
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Ressalta-se que estes princípios possuem um caráter abstrato, posto que apenas atuam como
nortes a serem seguidos, além do que também não exercerem prioridade um sobre o outro.
Eles servem como regras gerais para orientar os profissionais, diante dos casos e debates que
envolvam problemas bioéticos, necessitando da mediação de regras concretas para casos
concretos para tomarem efeitos.
De acordo com o princípio da não maleficência, o profissional de saúde tem o dever de não
causar danos a seu paciente. “Esse princípio faz parte do juramento hipocrático: non nocere
(não fazer mal)”.30 Considerado por muitos como o princípio fundamental, inclusive tido por
tradicional da ética médica, tem suas raízes em uma máxima que enaltece a ação de socorrer
ou, pelo menos, não causar danos. “Os profissionais da saúde devem realizar seus trabalhos
dentro dos parâmetros legais e morais que os que recorrem a eles esperam. (Junges: 1995, P.
50.)
É uma exigência moral da prática médica, cujo “o dever de não-maleficência inclui também o
dever não só de não infligir danos atuais, mas também riscos e agravos futuros” (Junges,
1995, p. 50). O dever de não-maleficência requer que os profissionais da saúde atuem com
consciência e cuidado. Nem todos os riscos e danos são provocados intencionalmente,
contudo o profissional pode ser responsabilizado”
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Conforme dispõe Junges:
"É o fim primário de toda profissão que está a serviço da vida e da saúde do ser humano.
O profissional da saúde age eticamente, quando visa, sempre, como princípio de suas ações,
ao bem da pessoa. Isto implica a promessa pública da atitude positiva de assistir os
enfermos"(Junges, 1995, p. 50)
Esse princípio na visão de Junges, (1995, p. 42) cuida para que os indivíduos capazes possam
deliberar sobre suas escolhas pessoais, devendo suas decisões ser devidamente respeitadas.
Assim, “o enfermo, devido à sua dignidade como sujeito tem o direito de decidir
autonomamente a aceitação ou rejeição do que se quer fazer com ele.
Conclusão
A pesquisa tinha como tema "O Pensamento da Igreja Católica em Questões de Bioética e o
Princípios Permanentes da Doutrina Social da Igreja" e concluiu-se que a realidade
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demonstra que os avanços científicos do mundo contemporâneo têm enorme repercussão
social, trazendo problemas de difícil solução, por envolverem muita polêmica, o que desafia
os juristas e requer a elaboração de normas que tragam respostas e abram caminhos
satisfatórios. Não só para os juristas, mas principalmente para as ciências que estudam a vida,
a Teologia, dentro desse contexto, também enfrenta esses dilemas.
Como a pesquisa foi baseada na Teologia cristã católica-romana, observase que esses
conflitos estão presentes na Igreja Católica frente aos avançotécnico-científicos, os quais, por
vezes, confrontam-se com a moral católica. Em que pese ainda haver grandes discordâncias,
nota-se que a Igreja vem evoluindo, mesmo que sensivelmente, mas precisa se abrir mais para
um diálogo no qual coloque suas posições tradicionais em um debate mais direto com a
sociedade. O que ameniza essa constatação é que já foram construídas algumas pontes
importantes com a Bioética. Nesse diapasão, a Igreja tem contribuído à reflexão Bioética e
pode contribuir mais, pois ambas preocupam-se com a temática vida e dignidade humana e
promovem sua proteção.
Referência bibliografica
Barchifontaine, C; & Pessini, L. (2009). Problemas atuais de bioética. 9. ed: Loyola. São
Paulo.
Pontifícia Comissão Bíblica.(2008). Bíblia e moral: Raízes bíblicas do agir cristão, Paulinas,
São Paulo.
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