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FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO
FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO
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Índice
1.1. Introdução..................................................................................................................................4
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1.2. Objetivos................................................................................................................................5
1.2.1. Objetivo geral.................................................................................................................5
1.2.2. Objetivo específicos........................................................................................................5
1.3. Metodologia de pesquisa.......................................................................................................5
2. Definição de conceitos...................................................................................................................5
3. Globalização e Ciência Política.......................................................................................................7
3.1. A Globalização, uma ameaça................................................................................................10
4. Considerações finais.....................................................................................................................12
5. Referências bibliográficas.............................................................................................................13
1.1. Introdução
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O termo Globalização é normalmente utilizado a propósito de um conjunto de transformações
socioeconómicas que vêm atravessando as sociedades contemporâneas em todos os cantos do
mundo. Tais transformações constituem um conjunto de novas realidades e problemas que
parecem implicar acrescidas dificuldades e novos desafios para os trabalhadores e a acção
sindical. Considerando que o conhecimento constitui um instrumento fundamental para a
intervenção social, este trabalho de estudo individual visa suscitar a reflexão e o discussão
através de uma iniciação fundamentada às principais questões que a Globalização e ciências
políticas. O mundo vive um acelerado processo de estreitamento de suas fronteiras, físicas,
econômicas, políticas e culturais. Ao mesmo tempo em que se aprofundam desigualdades
sistêmicas, dividindo o mundo em Norte e Sul. A este processo chamamos globalização, que
por seu caráter contraditório possui facetas hegemônicas e contra-hegemônicas. A emergência
de um sistema de governança global, liderado pelos estados centrais do capitalismo e agências
internacionais, de forma simultânea com o surgimento de um amplo movimento de
participação política antiglobalização, nos levou a questionar a relação entre os dois
fenômenos. A crescente internacionalização ou globalização, como se convencionou
denominar, das esferas econômicas, políticas e sociais que regem a atual dinâmica de
existência e convivência da humanidade é debate corrente na ciência política contemporânea.
As mudanças provocadas no sistema mundial de Estados nacionais, a formação de uma
sociedade civil que exerce pressão por um protagonismo global e os crescentes desafios
apresentados à democracia perante a globalização são alguns dos sintomas da nova Era
Global.
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1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo geral
Desenvolver o conhecimento sobre o fenômeno de globalização e ciências politicas.
1.2.2. Objetivo específicos
Conhecer as principais dinâmicas sociopolíticas do mundo actual.
Compreender as questões chave e os conceitos implicados no debate sobre a
Globalização;
Identificar as principais dimensões da Globalização e conhecer a sua origem e os seus
contornos;
Identificar novos desafios;
1.3. Metodologia de pesquisa
2. Definição de conceitos
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Os desenvolvimentos tecnológicos que facilitam a comunicação entre pessoas e entre
instituições e que facilitam a circulação de pessoas, bens e serviços, constituem um
importante centro nevrálgico da Globalização.
Para esses autores o modo como se pensa e define globalização está bastante associado a
princípios, valores, e visões do mundo. O entendimento que se faz da globalização e dos seus
impactos tem fortes implicações sobre as leituras possíveis do mundo contemporâneo, assim
como sobre o papel dos homens e mulheres na sua construção e as suas possibilidades de
actuação e de luta.
(...) uma força condutora central por trás das rápidas mudanças sociais, políticas e
económicas que estão a remodelar as sociedades modernas e a ordem mundial.
"A Globalização pode definir-se como um processo social através do qual diminuem
os constrangimentos geográficos sobre os processos sociais e culturais, e em que os
indivíduos se consciencializam cada vez mais dessa".
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Martin Kohr (citado em CAMPOS e CANAVEZES, 2007) diz que:
O pensamento político moderno tem como uma de suas principais fontes para o entendimento
do fenômeno da hegemonia a tradição marxista, expressa principalmente através dos escritos
de Lênin e Gramsci. Ao buscar entender a fundo como se dá a dominação da classe dominante
a partir, principalmente, da afirmação de Marx de que “as idéias dominantes são as idéias da
classe dominante”, o que mais tarde foi resumido simplesmente como ideologia da classe
dominante, os teóricos marxistas que se aprofundaram na análise da dinâmica mais prática
defuncionamento de sociedades específicas.(REBELO, 2006, p.24)
Outro componente, apontado pelo autor é fator ou forma de globalização, esse contra-
hegemônico, seria o cosmopolitismo, expressando toda forma de resistência ao sistema de
trocas desiguais, por parte de grupos de indivíduos, instituições, classes, regiões e mesmo
Estados nacionais. As formas cosmopolitas de globalização são contra-hegemônicas, pois
propõe lógicas, valores e sistemas diversos de integração mundial das dominantes. Elas
podem ser organizadas ou espontâneas. Articuladas através de redes, movimentos identitários,
mobilizações mundiais. O Fórum Social Mundial pode ser visto como um exemplo dessa
forma de globalização.
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Segundo PIMENTA, (2001), "falamos em “globalização” para designar a mundialização
económica capitalista verificada e intensificada durante a última década". Enquanto processo
corresponde a significados e práticas diferentes conforme os actores sociais em presença e as
suas preocupações económico-administrativas, tendendo a exprimir, no limite, o
funcionamento da economia mundial como um conjunto totalmente integrado (BOYER,
1998).
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[...]A globalização não se limita a empurrar para cima, também puxa
para baixo, criando novas pressões para a concessão de autonomias
locais. (...) os países se tornam demasiado pequenos para
solucionarem os problemas grandes, mas também demasiado grandes
para solucionarem os problemas pequenos. (...) Os nacionalismos
locais florescem como resposta às tendências globalizantes, porque
os velhos Estados-nações estão a ficar mais fracos. (GIDDENS, 2000,
p.24)
Estamos confrontados com uma realidade que exige análise cuidada. A eficácia das políticas
económicas nacionais é em muitos casos (conforme os objectivos, momento e espaço social)
menor que tradicionalmente, a mundialização dos processos exige frequentemente a
internacionalização dos instrumentos e dos procedimentos. Segundo alguns autores estamos
apenas perante uma alteração das funções do Estado-nação (do domínio sobre um espaço para
um controlo de fluxos) e as questões devem ser colocadas fora do contexto das aparências.
Mais importante será colocar estas questões em termos prospectivos: o que são os novos
desafios, em todas as áreas políticas, e o que são os instrumentos disponíveis para lhes
responder. (AGUIAR , 2001, 81) Apud, PIMENTA, 2001, p.5)
i. Poder local. A imanência do local, com os diferentes sentidos que este termo pode ter
conforme os países e as circunstâncias, exige poderes políticos com capacidade de
observação micro e de afirmação de compromissos e desvio de contradições locais.
ii. Poder nacional. Corresponde, grosso modo, ao Estado-nação embora as fronteiras,
conteúdos e formas de intervenção possam ser parcialmente diferentes do tradicional.
iii. Poder regional. Resulta de acordos bilaterais ou multilaterais entre Estados,
assumindo frequentemente responsabilidades que tradicionalmente competiam aos
Estados-nação.
iv. Poder mundial. Ainda em processo incipiente de construção e fugindo bastante ao
controlo democrático das populações, consubstancia-se na ONU e numa panóplia de
organismos internacionais.
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Utilizando a terminologia de Paraire (1998), a “aldeia global” parece diluir os poder políticos,
mas aquela aldeia, tal como as aldeias medievais, têm um castelo e numa das suas torres está
o poder que a controla: Organização Mundial do Comércio, Banco Mundial, Fundo Monetário
Internacional. São estruturas técnico-políticas que ora exprimem a correlação de força entre os
diversos Estados, ora fogem a todo o controlo democrático e têm uma capacidade de decisão
extremamente grande.
De uma forma mais genérica, PIMENTA, (2001) ressalta que podemos afirmar que toda a
actividade económica, parte da actividade social, pressupõe a uma intervenção política ou,
utilizando uma outra terminologia, todo o valor é sobredeterminado politicamente. Mesmo
que não haja a adopção de intervenções directamente económicas, os conflitos sociais exigem
manutenção da “ordem pública”, produção ideológica, enquadramento jurídico e judiciário.
Além disso há sempre uma acção económica: princípios económicos de natureza
constitucional, direito comercial, direito do trabalho, hábitos, usos e costumes constitutivos do
direito consuetudinário, quase sempre “direito de senhoriagem” sobre a moeda. Há sempre a
defesa da propriedade privada e uma certa forma de regulamentação dos fluxos.
Sendo a acção política a expressão das lutas sociais, as políticas serão diferentes conforme os
Estados, conforme os locais de manifestação do poder (local, global, regional, mundial),
conforme as conjunturas e as dinâmicas sociais. Mas elas existem e são possíveis.
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tivemos oportunidade de afirmar há cerca de um ano, e os acontecimentos desde então não o
desmentiram. ((PIMENTA, 2000)
Para PIMENTA, (2001) aponta que são muitas as possibilidades de intervenção política para
modificar ligeiramente, para transformar profundamente, para construir alternativas globais à
mundialização: do “levantar das dificuldades ao desenvolvimento das economias
dependentes” às políticas sociais de atenuação das desigualdades na distribuição de
rendimentos, da taxa Tobin, à Nova Ordem Económica Internacional, do combate à produção
e comercialização da droga à “utilização crítica das tecnologias”, da defesa dum sector
público correctamente administrado à plena justificação de novas nacionalizações, da defesa
das culturas locais à continuação de um ensino crítico, apenas para citar alguns exemplos.
(PIMENTA, 2001, p.7)
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4. Considerações finais
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5. Referências bibliográficas
CAMPOS, Luis & CANAVEZES, Sara. ( 2007). Introdução a Globalização. Instituto Bento
Jesus Caraça Departamento de Formação da CGTP-IN.
HELD, David, Anthony McGREW (et al) (1999), Global Transformations: Politics,
Economics and Culture, Cambridge, Polity Press.
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