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Sorocaba
2022
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade apresentar uma breve reflexão acerca dos
impactos causados na educação pelo fenômeno da Globalização, perpassado por
uma perspectiva histórica até a análise crítica da temática nos dias, desta forma
relacionando o fenômeno da Globalização com as transformações da sociedade. A
partir do texto de Forjaz faremos uma construção dialética junto ao texto de Janela
para podermos entender como este movimento impacta a prática da educação atual.
Sendo este trabalho fruto de uma reflexão feita a partir de tópicos trabalhados e
apreendidos na disciplina ao longo do 1º semestre de 2022, também faremos algumas
ligações com outros textos trabalhado no conteúdo da disciplina, tendo que o principal
objetivo é refletir sobre como a Globalização interfere na Educação, primeiramente
identificando este movimento na Educação e a influência da globalização no práxis
educativa apresentar as vantagens e desvantagens desta nova realidade, sem
contudo de fazer um exame sobre as influência das organizações internacionais e de
sistemas de avaliação na gestão educacional em nosso país.
INTRODUÇÃO
Já desde alguns anos atrás, é cada vez maior consciência do mundo como um
sistema interligado, onde podemos até mesmo dizer único. Tal concepção de “mundo”
é fruto do processo de globalização que, constitui-se, em si mesmo, como um
acontecimento vemos acontecendo aos poucos, porém com uma trajetória continua
iniciada há muito tempo na história. Aqui cabe um paralelo antropológico para
pensarmos que a espécie humana tende a uma conexão global na medida em que
evolui. Desta forma entendemos que a globalização é um dos termos mais difundidos
e discutidos para explicar as transformações das sociedades atuais. Embora seja
assumida a sua importância, parte dos discursos acerca do seu conceito não são
consensuais, outros são atravessados por simplificações, exageros, imprecisões e,
muitas vezes, o seu uso indiscriminado e pouco cuidado convida à confusão
conceitual.
A GLOBALIZAÇÃO
A EDUCAÇÃO GLOBALIZADA
Vale dizer que este texto, dos anos 2000, não capta uma nova demanda
econômica por mão de obra capaz de fazer sua autoformação, na
combinação de competências cognitiva e competências socioemocio nais,
conforme apontou o relatório do Banco Mundial . Nesta esteia observamos
o papel desta instituição tem a tendência de supostamente conhecer a
realidade socioeconômica e educacional dos países em desenvolvimento.
Essa condição lhe confere determinada autoridade para influenciar na
proposição de reformas para a educação (CORAGGIO, 1998). No âmbito da
economia, mesmo com histórico es casso na produção de conhecimento
inovador, o Banco Mundial exerce função expressiva na produção de
conhecimento para e sobre os países, além de atuar na concessão de
empréstimos. A produção intelectual influencia na formulação de políticas
nos países membros. Pode-se inferir a existência de um confronto entre os
argumentos de aliviar a pobreza e os objetivos de minimizar os gastos
públicos. partir da década de 1990, na produção intelectual do Banco
Mundial, a educação básica tende a continuar como elemento central para
o alívio da pobreza e promoção da equidade. Contudo, o Banco Mundial
afirma a ineficiência da educação como expressão da ine ficiência do Estado
e da má utilização de recursos públicos. Com isso, retoma -se os preceitos
do Estado avaliador e da gestão por resultados, evidenciando que a
continuidade do processo de reformas torna -se mais contundente.
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CONCLUSÃO
Após uma leitura dos dois tópicos confrontados neste trabalho podemos
concluir que, ao analisarmos o cenário político e o papel do Estado encontramos duas
visões: a primeira denominada radical, onde o Estado se encontra em acelerado
processo de extinção; frente a uma segunda moderada, na qual se reconhece
mudanças importantes impostas pela globalização, mas enxergam enorme poder de
resistência nas entidades estatais. Ao confrontarmos essas perspectivas trazidas
pelos textos com cenário político-educacional atual, notamos a hodiernidade dos
mesmos, um novo conceito vem ganhando popularidade: o globalismo, que traz uma
argumentação crítica a respeito da validade de entidades supranacionais uma vez que
não possuem uma validação representativa, pois se baseia na cessão parcial das
competências estatais de cada nação em favor de uma entidade ou organismo
superior. Em outras palavras, consiste em criar uma superestrutura. O novo quadro
político se torna um superestado onde se ativa um conjunto de alianças entre estados
membros. Assim vemos que o debate iniciado nos idos da década de 90 do século
passado está longe de ter fim ou simplesmente um mero concesso. É de extrema
importância que os educadores e pedagogos continuem esse confronto de ideias sem
deixar de trazer com isso melhorias constantes no processo de ensino aprendizagem
contribuindo de maneira significativa para educacionais do país.
REFERÊNCIAS:
FORJAZ, Maria Cecília Spina. Globalização e crise do estado nacional. Rev. adm.
empres., São Paulo, v. 40, n. 2, p. 38-50, Junho 2000.
CORAGGIO, José Luis. Propostas do Banco Mundial para a educação: sentido oculto
ou problemas de concepção? In: WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sergio (org.). O
Banco Mundial e as políticas educacionais. Tradução de Mônica Corullón. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 1998. p. 75-123