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Introdução..........................................................................................................................2
Objectivos..........................................................................................................................3
Geral..................................................................................................................................3
Específicos.........................................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
Problema ou Problematização...........................................................................................4
Justificativa........................................................................................................................5
Revisão da Literatura.........................................................................................................6
Dimensão Económica........................................................................................................9
Dimensão Geopolítica.......................................................................................................9
Dimensão Linguística........................................................................................................9
Dimensão Tecnológica....................................................................................................10
Dimensão Sociocultural...................................................................................................10
Dimensão Política............................................................................................................10
Dimensão ecológico-ambiental.......................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................15
Referências Bibliográficas...............................................................................................16
Introdução
No presente trabalho irei abordar a cerca de Impactos da globalização no âmbito de
formulação de políticas públicas urbanas, isso no contexto do país (Moçambique).
Essa dinâmica global, contudo, tem abrangência heterogênea, na medida em que sua
fórmula única de atuar não leva em consideração as peculiaridades de cada país. Dessa
forma, seu impacto será determinado, por um lado, pela intensidade com que o processo
de globalização ocorre numa dada nação e, de outro, pela capacidade de reação dessa
nação frente aos imperativos globais.
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Objectivos
Geral
Analisar o impacto da globalização na formulação de políticas públicas.
Específicos
Contextualizar da evolução do conceito Globalização;
Abordar sobre as dimensões da Globalização;
Analisar do papel do Estado na formulação de políticas públicas urbanas;
Falar do impacto da globalização económica em Moçambique.
Metodologia
O método científico representa o processo racional que se emprega na investigação. É a
linha de raciocínio adoptada no processo de pesquisa (Carvalho, 2009).
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Problema ou Problematização
A globalização em curso na economia mundial vem provocando um conjunto de
fenômenos novos em toda a vida social da humanidade – na economia, na política, nas
relações capital-trabalho, na cultura e nas tradições dos povos. Portanto, trata-se de um
processo que coloca para todos os marxistas uma série de questões novas, bem como o
desafio de procurar compreender os dados dessa realidade de uma forma aberta, não
dogmática, visando extrair desse fenômeno as conseqüências analíticas e teóricas desta
fase do capitalismo contemporâneo.
Essa dialética acaba refletindo, de forma inequívoca, a posição que cada nação possui
na hierarquia mundial e, conseqüentemente, os impactos mais ou menos negativos da
globalização.
Nesse contexto, àqueles países que não ocupam o protagonismo nessa hierarquia resta a
adoção do modus operandi imposto pelo sistema global, do que decorre um inevitável
enfraquecimento do Estado-nação, pois este se vê obrigado a desregular e flexibilizar
suas estruturas de modo a permitir o fluxo de capital e informação determinado pela
lógica globalista. Por conseguinte, as instituições estatais se deslegitimam, passando a
sofrer uma crise de identidade que compromete a democracia.
Com base nas ilações tiradas acima, me propus, neste trabalho, a tentar responder a
seguinte pergunta: até que ponto a globalização económica influencia o Estado na
formulação das políticas publicas urbanas?
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Justificativa
Para compreender a crise do Estado-nação em face da globalização, há que se ter
presente que a globalização não é uma decorrência natural de um progresso tecnológico
e econômico incontrolável. Na medida em que seu móvel é econômico, ela é produto de
uma política deliberada, cujas metas sempre foram conhecidas e calculadas.
Por isso mesmo, a necessidade de tentar compreender os efeitos que ela proporciona
dentro um país (relativamente pobre, como é o caso de Moçambique), que seria a
influência que tem na formulação de políticas públicas viradas a cidade, ou seja,
urbanas.
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Revisão da Literatura
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regionais relativamente à globalização. Aliás, a fundação de colónias e impérios,
ancorou-se na ideia de que uns tinham o dever de “civilizar” os outros. Estes processos
foram sempre coercivos, violentos e movidos numa lógica dicotómica entre o
civilizado/não-civilizado, colonizador/colonizado, fiel/infiel, entre outros. Trata-se de
processos na vigência dos quais os colonizados foram forçados a aceitar realidades
culturais e linguísticas totalmente estranhas às suas, produzindo matérias-primas
desconexas às suas necessidades diárias. Deste modo, e segundo Chase-Dunn e Lerro
(2014), desde a idade das pedras até à atualidade que a História da Humanidade tem
sido caraterizada por globalizações enquanto processos coercivos e violentos de
relações de poder e exploração de uns sobre outros, em que, tendo em conta o contexto,
uns impuseram o seu modus vivendi perante os outros sem, no entanto, colocar em
causa o seu próprio status quo como dominante.
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mais ou menos, cruzados com macuas, exercendo bastante predomínio. Os chefes eram
mestiços Árabes, ou arabizados, e seguiam o Maometismo. A propaganda Muçulmana
era bastante ativa e sempre animada por emissários provenientes de Meca
(Albuquerque, 1934:27)
Dimensões da globalização
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Dimensão Económica
A dimensão económica encontra-se relacionada com a expansão do capitalismo e da
economia do mercado, com a produção e distribuição de bens e serviços pelos mercados
regionais e mundiais, e com a intervenção da Organização Mundial do Comércio, do
Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em assuntos comerciais,
económicos e monetários. Neste processo, as MNCs desempenham um papel crucial na
economia global, pois utilizam a elevada capacidade inovadora e organizativa (Santos,
2002a: 51) para produzir em massa e distribuir bens e serviços. É pertinente referir que
esta dimensão inclui a designada Divisão Internacional de Trabalho e o papel das
grandes formações monopolistas, segundo o qual os países desenvolvidos encontram-se
vocacionados para a produção de bens manufaturados, devendo os pobres produzir
matérias-primas e exportar para os centros manufatureiros. Nesta perspetiva, é
pertinente considerar que as dinâmicas comerciais, financeiras e monetárias possuem
uma relação íntima com a dimensão económica da globalização.
Dimensão Geopolítica
A dimensão geopolítica encontra-se relacionada com as relações internacionais de
interdependência ou de conquista de influência. A geopolítica é antiga quanto o
surgimento dos Estados, abarcando o âmbito económico e a influência político-
ideológica. No passado, o desenvolvimento da geopolítica baseou-se nas tradições
colonial, belicista e expansionista. Apesar dessas tradições subtilmente se manterem, a
geopolítica é atualmente marcada pela segurança, fluxo de investimentos, controlo de
fontes de matérias-primas, conquista de influências e domínio de mercados. A
geopolítica atual, tendo conta os recursos cibernéticos e digitais e eletrónicos inovou o
seu espaço de atuação, através da construção dos espaços regional, digitalizado e
económicos desterritorializados (Sardenberg, s.d.).
Dimensão Linguística
A dimensão linguística reside no fato de a língua Inglesa se afigurar como língua franca,
internacional, global, mundial (Seidlhofer, 2005: 1-2; Crystal, 2003:6). Neste quadro, a
língua Inglesa é uma mercadoria global vendida pela indústria de ensino, devido à sua
aplicação nas mais variadas várias facetas da vida dos indivíduos (Bouton, 2017: 1-40).
A língua Inglesa possui um estatuto global genuinamente reconhecido em todos os
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países, sendo, por isso, a língua oficial da globalização (Lacoste, 2015: 8), pois trata-se
de um padrão de acesso ao conhecimento nas relações internacionais, meios de
comunicação, viagens internacionais, segurança internacional, educação, comunicações,
internet, diplomacia, ciência, comércio e turismo (Harmer, 2007: 14-15; Crystal, 2003:
6).
Dimensão Tecnológica
A dimensão tecnológica consiste no consumo intenso e massivo das TICs por parte dos
indivíduos, famílias, comunidades e instituições para diversas finalidades. Tendo em
conta o elevado afluxo de informações, incluindo o conhecimento científico, as TICs
compreendem verdadeiros eixos, através dos quais o mundo contemporâneo se baseia
na construção de uma sociedade tecnológica, de informação e de conhecimento.
Dimensão Sociocultural
A dimensão sociocultural caracteriza-se, por um lado, pela crescente expansão e
consumo nos países do Sul, modelos culturais, espaços sociais e de lazer típicos dos
países desenvolvidos, como a Disneyland e o McDonalds (Ritzer, 2007: 149-160); e,
por outro, pelo consenso neoliberal, que é economicamente seletivo, pois os indivíduos
que não dispõem de recursos económicos e financeiros para aceder a esses mesmos
espaços são segregados (Fortuna, 1997: 3; Santos, 2002a: 49).
Dimensão Política
A dimensão política compreende a essência desta dimensão, residindo na expansão,
sobretudo desde o pós-guerra fria, da democracia liberal representativa da Europa e da
América do Norte para outras partes do mundo. Esta expansão é acompanhada pelos
paradigmas de Estado do Direito Democrático, respeito aos Direitos Humanos,
liberdades fundamentais e promoção da boa governação (Rubio et al., 2010: 1-578).
Dimensão ecológico-ambiental
A dimensão ecológico-ambiental caracteriza-se pela crescente consciencialização dos
indivíduos e das instituições acerca dos desafios ecológicos e ambientais da sociedade
atual, particularmente sobre as questões relacionadas com o aquecimento global,
destruição da camada de ozono, mudanças climáticas e erosão da biodiversidade (Viola
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e Leis, 2007: 39). A consciência sobre esses males ecológico-ambientais e a necessidade
de serem combatidos globalmente tem conduzido à expansão da educação ambiental,
assim como ao surgimento de organizações ou partidos ecológicos ou ambientalistas em
todo o mundo.
Deste modo, segundo o pensamento de Boaventura, através da fusão das sociologias das
ausências e das emergências, da globalização contra-hegemónica, através da democracia
revolucionária, o mundo será mais democrático, inclusivo, plural, social e tolerante.
Com efeito, a globalização contra-hegemónica é o vasto conjunto de redes, iniciativas,
organizações e movimentos que lutam contra as consequências económicas, sociais e
políticas da globalização hegemónica e que se opõem às conceções de desenvolvimento
mundial a esta subjacente, propondo simultaneamente alternativas. Essencialmente, a
globalização contra-hegemónica centra-se nas lutas contra a exclusão social, sendo
animada por ethos redistributivo, o que implica a redistribuição de recursos materiais,
sociais, políticos, culturais e simbólicos (Santos, 2005: 7).
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No entanto, colocam-se enormes desafios, pois compete-lhe, por um lado, estabilizar o
quadro económico, monetário e a balança de pagamentos, intervir em casos de crises
conjunturais, promover o emprego, defender as classes desfavorecidas, e, por outro,
adotar estratégias de redução de desigualdades sociais, políticas fiscais eficazes e justas
(Ibid., 1998: 147).
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para fazer frente às conseqüências daí advindas, celebrou com os Estados Unidos o
Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), no qual ficou estabelecido, pela primeira
vez, um regime comum e internacional de comércio.
Nesse contexto é que o neoliberalismo se mostra como a sua outra face, na medida em
que somente é possível a transnacionalização econômica se o mercado puder agir por
ele mesmo, o que significa abstenção do Estado, pois não pode haver barreiras à livre
circulação. Para isso, impõem-se medidas de desregulamentação, de liberalização e de
privatização - e aí pouco importa o setor – o que é incentivado pelas agências
multilaterais (FMI, BM, OMC), quando não imposto aos países ditos ‘em
desenvolvimento’ como condição para não serem expurgados da almejada aldeia global:
é a “disciplina dos Estados através do mercado” (MARTIN & SCHUMANN, 1999,
p.102).
Nessa direção, Boaventura de Sousa Santos, citado por Pedro Hespanha (2002, p. 168),
salienta que a credibilidade da confiança garantida pelo Estado-nação se encontra
minada, não somente porque os riscos e os perigos se globalizaram e se tornaram
incontroláveis por parte do Estado-nação, mas também porque se tornaram evidentes as
limitações estruturais dos mecanismos legais até então usados por ele para controlar
esses riscos e perigos globais.
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ordem mundial, gerando uma situação de segregação espacial e social urbana de
dimensões assustadoras.
O reconhecimento dessa realidade é condição sine qua non para que se possa iniciar um
processo de transformação nas cidades. De fato, as políticas urbanas cobram um papel
importante na ampliação da democracia e da cidadania, e para isso é preciso construir a
consciência da cidade real com as demandas populares (MARICATO, 2000, p. 168).
Essa é premissa para a articulação na direção de uma nova estrutura espacial e social
das cidades, pois é isso que permite elaborar novos paradigmas para as políticas urbanas
capazes de inverter o processo de deterioração da qualidade de vida nas cidades
(BORJA E CASTELLS, 2000, p. 57).
Por fim, como advertem Borja e Castells (2000, p. 65), para renovar o papel específico
das cidades num mundo de urbanização generalizada, deve haver uma relação dinâmica
e criativa entre o local e o global, mediante a distinção entre a urbanização e a cidade,
em que a urbanização se refere à articulação espacial de população e atividades,
enquanto a cidade implica um sistema específico de relações sociais e de instituições
políticas de auto-governo que possibilitem o exercício da cidadania na cidade.
Conclusão
Para concluir, dizer que o fenómeno da globalização afecta em quase todas as esferas da
sociedade.
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A globalização impôs ao mundo e, especialmente, aos países de menor envergadura
econômica, a adoção de certas medidas que acabaram resultando na erosão da soberania
e no comprometimento da democracia, na medida em que decisões antes atinentes ao
âmbito do Estado-nação passaram a ser tomadas em nível transnacional e basicamente
por atores que não têm qualquer comprometimento com o bem-estar de um Estado-
nação: as empresas globais.
Os impactos desse fenômeno se fazem sentir por toda a parte, e os custos sociais são
suportados, em realidade, pelos países periféricos, onde a cidade é a expressão visível
desse processo, seja porque o aumento do desemprego oriundo da lógica da
reestruturação da produção através da automatização gerou um nível de desemprego
assustador, desprovendo grande parte da população de recursos para fazer frente às suas
necessidades mais básicas, como a habitação, seja porque o processo de globalização,
ao exigir que as políticas públicas urbanas se orientem para os investimentos em
infraestrutura que proporcionem o fluxo global de capital e informação deixam de lado
aquele setor da cidade para onde se dirige a grande parte da população carente.
Referências Bibliográficas
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Regulatory Regimes. Revista Direito GV, 5 (2), 62-76.
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Sassen, S. (2005). The Global City: Introducing a concept. The Brown Journal of World
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