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Índice

Introdução......................................................................................................................................3

1. África e a globalização...........................................................................................................4

1.2. Origem da Globalização.....................................................................................................4

1.3. Conceito de globalização....................................................................................................4

1.4. Características da globalização...........................................................................................5

1.5. Globalização económica.....................................................................................................6

1.6. Globalização social, cultural...............................................................................................6

1.7. Relação entre a globalização económica, social e cultural e a cultura nas.........................7

2. Desenvolvimento de África e Globalização...........................................................................8

2.1. Efeitos da globalização em África..........................................................................................9

Conclusão....................................................................................................................................10

Referência bibliográfica...............................................................................................................11
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Introdução

O presente trabalho tem como tema: África e a globalização. O mesmo tem como objectivo
geral, compreender da globalização no seu sentido geral na África, e subsequentemente,
compreender a situação da África na era da globalização. A partir deste apresentam-se os
seguintes objectivos específicos:
 Trazer a origem e definição e característica da globalização;
 Falar da globalização política, social, cultural, económica e a relação entre esses tipos de
globalização; e
 Avaliar os efeitos da globalização em África.

No que tange a justificativa, o trabalho reveste-se de grande importância na medida em que


globalização vão se desenvolvendo a nível mundial trazendo consigo algumas vantagens,
benefícios e desvantagem aos abrangidos pela globalização no caso do continente africano.

No que refere ao método de pesquisa, recorreu-se a metodologia de consulta bibliográfica numa


abordagem qualitativa e, como técnica, fez-se uma leitura exaustiva e debate no seio do grupo,
e análise facial das fontes consultadas e os dados foram sintetizados de forma descritiva.

A estrutura total do trabalho num único tema contempla subtítulos consoante a sua organização
e mediante a sua abordagem e por fim, o trabalho conta com a conclusão e as referencias
bibliográficas.
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1. África e a globalização

É bem sabido que nesta era contemporânea todos continentes são afectados pela globalização.
Esta globalização pode ser percebida de diferentes sentidos ou em diferentes campos, isto é, ela
pode ser analisada a partir das suas manifestações na área política, na agricultura, na área social,
cultural e económica. Todavia, faremos a análise da globalização em África a partir desses
campos mencionados.

1.2. Origem da Globalização

A globalização sucedeu no final da Guerra Fria e se instalou com a hegemonia do capitalismo1


(BUSS, 2007:32). A maioria dos autores entende que a globalização é um processo económico,
social e cultural estabelecido nas duas ou três últimas décadas do século XX. Tais autores
acrescentam que mesmo o termo sendo recente, só se tornou mais visível na última década do
século XX, mas já no século XIX, os intelectuais utilizavam o termo para referirem-se a um
processo de modernização que implicava uma crescente integração mundial. Sua origem
desponta na revolução industrial do século XVIII conjugada com as transformações
sociopolíticas surgidas da Revolução Francesa.

1.3. Conceito de globalização

Não existe uma definição consensual e universal aceite para a globalização. De mencionar
algumas definições de alguns autores e a nossa visão com relação ao termo.

CAMPOS e CANAVEZES (2007:26), compartilham a ideia de que a globalização remete a um


conjunto de transformações económicas, políticas, sociais e culturais a nível mundial, nas quais
estão associadas, por exemplo, as inovações tecnológicas.

Fundamentalmente, a globalização pode ser entendida como o resultado do desenvolvimento do


capitalismo a uma escala mundial.

CAMPOS e CANAVEZES (2007:26), compartilham a ideia de que a globalização remete a um


conjunto de transformações económicas, políticas, sociais e culturais a nível mundial, nas quais
estão associadas, por exemplo, as inovações tecnológicas.

Fundamentalmente, a globalização pode ser entendida como o resultado do desenvolvimento do


capitalismo a uma escala mundial e também a continuidade de uma lógica civilizacional
designada pela modernidade.
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A globalização é um processo económico, social, político e cultural que envolve diferentes


atores e afecta diversos âmbitos da vida dos homens e mulheres contemporâneos (SANTOS,
2011).

Apesar de serem múltiplas as abordagens e definições de globalização, destacam-se alguns


aspectos em comum na opinião dos demais autores: a visão sobre a globalização como um
processo transversal ao conjunto dos Estados-nação que compõem o mundo; a crescente
interligação e interdependência entre os Estados na esfera económica, social, política e cultural;
as tendências das relações entre os homens e instituições de forma económica, política e
cultural a desvincular-se da contingência do espaço; e também, a facilitação que as inovações
tecnológicas trouxeram para a comunicação entre as pessoas e instituições e a circulação de
pessoas, bens e serviços.

1.4. Características da globalização

De acordo com CAMPOS e CANAVEZES (2007:40), as características gerais da globalização


resumem-se nas seguintes:

 O crescimento do comércio internacional de bens, produtos e serviços;


 A trans - nacionalização de grandes empresas;
 A livre circulação de capitais com a privatização da economia e diminuição do papel do
governo e dos Estados-nação;
 A queda de barreiras comerciais proteccionistas e regulação dos comércios
internacionais, conforme as regras da Organização Mundial do Comércio;
 A facilidade do trânsito de pessoas e bens entre os diversos países e a expansão da
possibilidade de comunicação com o surgimento da facilidade de contacto entre pessoas,
devido ao aparecimento de muitos instrumentos e ferramentas como a internet e
inovações tecnológica.

1.5. Globalização económica

A globalização económica tem a ver com o projecto neoliberal nascente no Consenso de


Washington, que emergiu de reuniões realizadas entre o FMI, o BID com o intuito de discutir e
definir políticas económicas reformistas para a América Latina.

Nas reuniões, foram definidas as determinações que compuseram o receituário neoliberal da


América Latina, os quais se resumem em recomendações sobre: monitoramento do déficit
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fiscal; redução das despesas públicas; reforma tributária; gerenciamento das taxas de juros;
gerenciamento das taxas de câmbio; políticas voltadas para a abertura comercial e liberação de
importações; quebra de barreiras que impediam entrada de capital externo; privatização de
empresas públicas, desregulamentação do sistema económico, na qual houve também a inserção
de leis trabalhistas; e preservação de direito a propriedade, até mesmo as industriais e
intelectuais (SANTOS, 2011:25).

Observa-se nesse contexto, uma procura incessante, por parte das entidades que compõem o
comércio nacional, regional e mundial, por um aumento da produção em massa, concorrência e
lucro, mesmo que isso não se dê de forma análoga. Conforme o planeta se transforma, por meio
da globalização em um amplo mercado, as relações se moldam em razão da operatividade e do
consumo, onde quebram-se barreiras e as inúmeras formas de capital e tecnologias conseguem
alcançar diversos países e nações.

1.6. Globalização social, cultural

As discussões acerca da globalização social e cultural giram em torno de duas ópticas: a) a


globalização estimula uma tendência de uniformização da cultura em termos mundiais; b) ela
provoca a diversidade cultural. Também giram em torno do grande desenvolvimento
tecnológico, principalmente no que se refere ao campo de comunicação e informática, que
possibilitam troca de informações quase em tempo real, independente da distância entre um
território e outro (CAMPOS; CANAVAZES, 2007:51).

No que se diz respeito à globalização ligada a cultura, para WARNIER (2003:91), a


globalização é descrita por meio da “mundialização da cultura”, e ele critica a diversidade das
situações e as desigualdades mundiais em relação à cultura industrial, que massifica a estética
de produtos que são produzidos pela globalização da indústria cultural.

Remetendo-se a ideia de um processo que promove a integração de diferentes comunidades e


países, a globalização tem contribuído para o progresso do mundo por meio da viagem, do
comércio, da migração, da difusão de influências culturais e da disseminação do conhecimento
e do saber científico e tecnológico. Essas inter-relações globais tem sido, com frequência,
produtivas no desenvolvimento de países, entretanto destaca-se que ainda são poucos os que
usufruem de seus benefícios em detrimento daqueles que compartilham de seus malefícios.
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1.7. Relação entre a globalização económica, social e cultural e a cultura nas


sociedades contemporâneas

As análises dos efeitos e relações da globalização devem levar em consideração o número de


oportunidades económicas, liberdades, poderes sociais e culturalmente desfrutados pelos
indivíduos (SEN, 2010: 42).

A existência de relações entre esses tipos de globalização notabilizam-se desigualdades


incluindo disparidades na riqueza e também assimetrias brutas no poder e nas oportunidades
políticas, sociais e económicas, isto é, essas formas de globalização apresentam uma relação
forte que podemos chamar de criação de desigualdades, e colonização indirecta.

LIBÁNEO e OLIVEIRA (1998:606), expõem que:

“As transformações gerais da sociedade africanas apontam a inevitabilidade de


compreender o país no contexto da globalização, da revolução tecnológica e da
ideologia do livre mercado (neoliberalismo). A globalização é uma tendência
internacional do capitalismo que, juntamente com o projecto neoliberal, impõe
aos países periféricos a economia de mercado global sem restrições, a
competição ilimitada e a minimização do Estado na área económica e social”.

Quando à globalização social e cultural, remetendo-se a ideia de um processo que promove a


integração de diferentes comunidades e países, a globalização tem contribuído para o progresso
do mundo por meio da viagem, do comércio, da migração, da difusão de influências culturais e
da disseminação do conhecimento e do saber científico e tecnológico.

Essas inter-relações globais tem sido, com frequência, produtivas no desenvolvimento de


países, entretanto destaca-se que ainda são poucos os que usufruem de seus benefícios em
detrimento daqueles que compartilham de seus malefícios.

As relações entre esses tipos de globalização notabilizam-se desigualdades incluindo


disparidades na riqueza e também assimetrias brutas no poder e nas oportunidades políticas,
sociais e económicas, isto é, essas formas de globalização apresentam uma relação forte que
podemos chamar de criação de desigualdades.

Nas ópticas económicas, políticas, sociais e culturais, há existência de conflitos de classes,


graus de desigualdades de trocas e constante apropriação ou valoração de recursos económicos
em detrimento dos demais. Discutir a responsabilidade da globalização em um cenário com
enormes disparidades é um fato questionável e que varia conforme o critério que se utiliza,
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porém, a globalização não reduz a desigualdade em velocidade suficiente, independente dos


critérios que se utilize.

Com a crescente mecanização e informatização da agricultura, industria e serviços, o trabalho


não especializado torna-se supérfluo e o desemprego, estrutural. Nos países emergentes, o
desmonte da providência pública, transforma a exclusão em contrapartida aceitável para a
competitividade nacional. Nas sociedades pobres, a atracção de investimentos externos é uma
questão de vida ou morte, pois são voláteis e insuficientes, dependentes da situação nas outras
partes do mundo, responsabilizando e estigmatizando o pobre, resultando numa situação de
afastamento ao sentimento de solidariedade.

2. Desenvolvimento de África e Globalização

Depois das independências africanas, África sofreu alguns problemas relacionados com a
economia e foi foçado a fazer parte do modelo capitalista. O modelo introduzido trouxe certas
disparidades sociais. Os capitalistas depois de terem privatizado empresas africanas começaram
a explorar os nativos.

Tudo aconteceu quando nos anos 80, FNI e BM forçou África a implementar
programas de reajustamento estrutural como pré-requisito para o empréstimo
e ajuda para o desenvolvimento dos países africanos. As políticas de
reajustamento forçam África ao investimento estrangeiro e ao comércio
internacional. Os salários dos trabalhadores governamentais como professores
enfermeiros, policias e agrónomos tiveram de ser cortados dramaticamente.
Para conseguirem manter um nível de vida aceitável, muitos trabalhadores
governamentais tiveram que aceitar trabalhos extras, começando desta feita a
aceitar subornos e corrupção (FRENTE DE HISTORIA, 2008:26).

Em face desses problemas identificados, os países africanos pensaram num modelo de


desenvolvimento local. No entanto, os países africanos apostaram nesse desenvolvimento local
porque esse será um processo endógeno e de mudança, isso significa que vai criar um
dinamismo económico e vai criar melhor qualidade de vida para o povo africano. Para tal, será
necessária uma intervenção nos recursos locais e um protagonismo na utilização desses
recursos.

2.1. Efeitos da globalização em África

Segundo CAMPOS e CANAVEZES (2007:40), a globalização traz consigo alguns aspectos


positivos e outros negativos para os povos africanos que se resumem nos seguintes:
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Aspectos da globalização

 O avanço tecnológico;
 Livre circulação de pessoas e mercadoria pelo mundo;
 Acesso á informação a nível mundial;
 Interacção social entre os povos

Aspectos negativos

 Pilhagem e roubo indirecto dos produtos da África


 A globalização não beneficia os pobres e nem trás desenvolvimento para África;
 Desvalorização das moedas nacionais;
 Perda de valores culturais pela má interpretação da globalização;
 Em suma, a globalização tem implicações negativas quer na economia, na cultura e na
política devido ao aumento de desigualdades entre os envolvidos.
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Conclusão

A globalização em geral possui uma componente descritiva e uma prescritiva, enquanto para
uns a globalização é a causa de infelicidade, para outros é o que se deve fazer para ser feliz,
entretanto, para a maioria, globalização é o destino do mundo, um processo sem volta que
afecta as relações sociais numa mesma medida, para outrem é um destino não desejado, e ainda
outros acham que é sinal de liberdade. Entre as globalizações há uma relação de criação de
desigualdades e colonização indirecta.
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Referência bibliográfica

SEN, Armatya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

WARNIER, Jean-Pierre. A mundialização da cultura. 2ª ed. Bauru editores, 2003.

BUSS, Paulo Marchiori. Globalização, pobreza e saúde, Ciência & Saúde Colectiva, 12º v, são

Paulo: Brasil, 2007.

CAMPOS, Luís; CANAVEZES, Sara. Introdução à Globalização. Editora Instituto Bento de

Jesus Caraça, 3ª ed, 2007.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Os processos da globalização. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.

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