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Índice

Declaração........................................................................................................................V

Agradecimentos...............................................................................................................VI

Dedicatória.....................................................................................................................VII

Resumo.........................................................................................................................VIII

Abstract………………………………………………………………………………...IX

CAPÍTULO I‫ ׃‬INTRODUÇĂO......................................................................................10

1.1.Contextualização.........................................................................................................1

1.3.Problematização..........................................................................................................2

1.4.Objectivos....................................................................................................................3

1.4.1.Geral.........................................................................................................................3

1.5.Questões de investigação.............................................................................................3

1.6.Justificativa e Relevância do estudo............................................................................4

CAPÍTULO II‫ ׃‬REVISĂO DA LITERATURA...............................................................6

2.1.Desenvolvimento.........................................................................................................6

2.2.Desenvolvimento Local...............................................................................................7

2.3. Empreendedorismo.....................................................................................................8

2.3.1. Empreendedor..........................................................................................................9

2.4.Tipologias do Empreendedorismo...............................................................................9

2.4.1.Empreendedor por necessidade................................................................................9

2.4.2.Empreendedor de oportunidade..............................................................................10

2.4.3.Características do Empreendedor...........................................................................10

3.Empreendedorismo no Mundo.....................................................................................12

4.Empreendedorismo em África......................................................................................13

5.Empreendedorismo em Moçambique...........................................................................14

CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................17

iii
3.1. Tipo de pesquisa.......................................................................................................17

3.1.2.Quanto a abordagem...............................................................................................17

3.1.3.Quanto ao nível de investigação.............................................................................18

3.1.4.Quanto aos objectivos.............................................................................................18

CAPÍITULO IV‫ ׃‬APRESENTAÇĂO DE DADOS E DISCUSSĂO DE RESULTADO


.........................................................................................................................................22

CAPÍTULO V‫ ׃‬CONCLUSOȆS E SUGESTOȆS..........................................................33

APÊNDICES...................................................................................................................38

iv
Declaração

Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro, ainda, que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
a obtenção de qualquer grau académico.

Ilha de Moçambique, Agosto de 2021

O Licenciando
__________________________________

(Feliciano André da Silva Naparula)

v
Agradecimentos

A elaboração da presente monografia resulta das experiências adquiridas durante os


quatro anos de formação e, como não bastasse, da generosidade, mestria e paciência de
várias individualidades, às quais reservo esta página para a expressão do meu profundo
reconhecimento pelo contributo.

Assim sendo, dirijo os meus agradecimentos:

À Deus, pai do Universo, pelo dom da vida.

Ao meu orientador, Mestre JossimoCalavete, pela sua mestria, disponibilidade; pelos


conselhos, sugestões e críticas durante a realização desta monografia.

Ao meu pai, que Deus o tenha, que em vida sempre me inspirou a lutar para a vida e
todos os ensinamentos e lições de vida por ele transmitidos.

À minha estimada mãe Luísa que sempre e a todo custo luta para ver seus filhos felizes.

Aos meus tios, Eusébio, Arnaldo, Nortino, meus primos João, José, Lopes, Teresa,
Victorino, Ofélio e os demais, pelo seu incansável apoio, particularmente financeiro,
durante a minha formação.

Aos meus irmãos Francisco, Delfina, Belentina, Sónia, Carolina, Canícia e Ivanildo que,
por vários motivos, souberam entender a minha ausência e, em momentos importantes
e/ou difíceis, foram meus inspiradores e consoladores respectivamente.

Os meus agradecimentos são extensivos a todo corpo docente da Faculdade de Ciências


Sociais e Humanas e ao corpo Técnico Administrativo, pelo profissionalismo e carinho,
demonstrados durante a minha formação.

Aos meus amigos e companheiros Adiel, Mentreque e Fidel sempre presentes em bons e
difíceis momentos. Aos meus colegas de turma, que muito fizeram para que hoje
atingisse o grau académico de Licenciatura almejado.

E por fim, à todos que directa ou indirectamente contribuíram para a minha formação, o
meu MUITÍSSIMO OBRIGADO!

vi
Dedicatória

À memória do meu pai, André da Silva Naparula, que Deus o tenha, que em vida
transmitiu-me ensinamentos valiosos para a vida.

À minha mãe, Luísa António Viegas, por ter-me ensinado a aprender e a lutar para o
meu sucesso na vida.

Aos meus Tios e Primos por terem sido os meus verdadeiros padroeiros, durante a
minha longa caminhada de formação académica.

vii
Resumo

O presente estudo com o tema "O Empreendedorismo como factor impulsionador do Desenvolvimento
Local", caso específico do Município da Ilha de Moçambique, 2017 a 2020, foi levado a cabo com os
seguintes objectivos: Analisar o empreendedorismo como factor impulsionador do desenvolvimento
local; Identificar as áreas de actividades dos empreendedores da Ilha de Moçambique; Avaliar o
contributo socioeconómico resultante das actividades empreendedoras na Ilha de Moçambique e
Descrever os desafios resultantes do empreendedorismo na Ilha de Moçambique. Estes propósitos,
resultam da seguinte questão de partida: Até que ponto a actividade empreendedora contribui na melhoria
da qualidade de vida da comunidade local? Para alcançar os objectivos estabelecidos serviram de guia as
seguintes questões de investigação: Quais são as áreas de actividades dos empreendedores da Ilha de
Moçambique? Qual é o contributo socioeconómico resultante das actividades empreendedoras na Ilha de
Moçambique? E, Quais são os desafios resultantes do empreendedorismo na Ilha de Moçambique? Trata-
se de uma pesquisa qualitativa e os dados foram obtidos através de entrevista semiestruturada dirigida aos
empreendedores e representantes das instituições públicas locais. Os resultados da pesquisa revelaram
que, o empreendedorismo é a opção certa para a promoção do desenvolvimento local e de facto, no
Município da Ilha de Moçambique contribui na melhoria das condições de vida dos Munícipes, pese
embora ao ritmo não acelerado devido a insuficiência de recursos, sobretudo financeiros. E, por isso,
sugere-se que as entidades locais privilegiem a mobilização de parcerias (financiamento), junto de
organizações nacionais e estrangeiras, para que estes possam financiar as iniciativas dos empreendedores
locais e, consequentemente acelerar o ritmo do desenvolvimento local.

Palavras-chave: Empreendedorismo; Desenvolvimento; Desenvolvimento local

viii
Abstract

This study with the theme "Entrepreneurship as a driving factor for Local Development", a specific case
of the Municipality of the Mozambique Island, 2017 to 2020, was carried out with the following
objectives: To analyze entrepreneurship as a driving factor for local development; Identify the areas of
activity for entrepreneurs on the Mozambique Island; Assess the socio-economic contribution resulting
from entrepreneurial activities on the Mozambique Island and Describe the challenges of
entrepreneurship on the Mozambique Island. These purposes result from the following starting question:
To what extent does the entrepreneurial activity contribute to improving the quality of life of the local
community? To achieve the objectives of the guidance service the following research questions: What are
the areas of activity of the entrepreneurs of the Mozambique Island? What is the socio-economic
contribution resulting from entrepreneurial activities on the Mozambique Island? And, what are the
challenges of entrepreneurship on the Mozambique Island? This is a qualitative research and data were
obtained through semi-structured interviews directed to entrepreneurs and representatives of local
institutions. The survey results revealed that entrepreneurship is the right option for promoting local
development and in fact, in the Municipality of the Mozambique Island, it contributes to improving the
living conditions of citizens, despite the slow pace due to insufficient resources, especially financial. And,
therefore, it is mandatory that, as local entities, they favor the mobilization of partnerships (funding), with
national and foreign associations, so that they can finance such initiatives as local entrepreneurs and,
consequently, accelerate the pace of local development.

Key-words: Entrepreneurship; Development; local development.

ix
x
CAPÍTULO I‫ ׃‬INTRODUÇĂO
Neste capítulo serão desenvolvidos vários tópicos nomeadamente a contextualização do
estudo, a delimitação da pesquisa, a problematização, os objectivos, as questões de
investigação e por último a justificativa e relevância do estudo. Sendo assim começa-se
pela descrição da contextualização do estudo.

1.1.Contextualização

A presente monografia subordinada ao tema, o Empreendedorismo como factor


impulsionador do Desenvolvimento Local: Caso específico do Município da Ilha de
Moçambique, a escolha do empreendedorismo como caso de estudo prende-se com o
facto de este ser, até então, a fonte segura para a melhoria do padrão de vida da
população, em qualquer ponto do mundo e como alavanca do ponto de vista social e
económica.
Portanto, o empreendedorismo tem contribuído efectivamente na luta pela redução da
pobreza. Mas ao tempo se revela como um impulso do desenvolvimento sustentável dos
países em vias de desenvolvimento, através das iniciativas e criatividades das pessoas
que desejam investir no auto realização social e económica.
Portanto, quando falamos em desenvolvimento há sempre uma necessidade de encontrar
caminhos adequados para obtermos um desenvolvimento equilibrado, assim apresenta-
se o Empreendedorismo como factor impulsionador do desenvolvimento local, como
tema deste estudo.

Nesse contexto, o processo de desenvolvimento local exige a geração de emprego e,


consequentemente, melhoria das condições de vida da população. Portanto, nos países
em desenvolvimento, o empreendedorismo pode dar uma contribuição paraa criação de
novos postos de trabalho. Assim, tendo em vista a relevância dos empreendimentos de
micro e pequena dimensão para os benefícios locais que este projecto se propõe a
investigar.

1
1.2.Delimitação da pesquisa

Segundo Marconi e Lakatos (2012) citados em Artur (2018,), referem que‫׃‬

O processo de delimitação do tema só é dado por concluído quando se


faz limitação geográfica e espacial do mesmo, com vista na realização da
pesquisa. Muitas vezes as verbas disponíveis determinam uma limitação
maior do que o desejado pelo coordenador, mas se pretende um trabalho
científico, é preferível o aprofundamento (pp.5-6).

No que diz respeito a delimitação espacial, o estudo foi realizado no Município da Ilha
de Moçambique, e no que se refere a delimitação temporal corresponde ao período
cronológico entre (2017 ̵ 2020).

1.3.Problematização

Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e


operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver,
limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objectivo da
formulação do problema é torná-lo individualizado, específico, inconfundível (Rudio,
1980,citado por Oliveira, 2011).

Andrade (1999) citados por Aragão & Neta (2017) afirma que “Formular o problema
não se limita a identificá-lo; é preciso defini-lo, circunscrever seus limites, isolar e
compreender seus factores peculiares, ou seja, indicar as variáveis que sobre ele
intervêm e as possíveis relações entre elas" (p.30).

Moçambique como sendo um país em vias de desenvolvimento, tem enfrentado alguns


problemas tais como desemprego e pobreza, diante destes obstáculos ou seja problemas,
que a população enfrenta, surge uma opção no sentido de travar estes males e uma das
alternativas tem sido o empreendedorismo, isto é, o auto-emprego que, através do
mesmo alguns tornam-se num grupo privilegiado, visto que eles estão sempre a reunir
esforços criando novas relações de trabalho como o auto-emprego.

Portanto, as diferentes práticas empreendedoras exercidas pela população na Ilha de


Moçambique, constituem alternativas para combater o problema do desemprego e
consequentemente melhorar as condições de vida. Assim, nos últimos anos observa-se
que o número de novos empreendedores no Município da Ilha de Moçambique tem

2
vindo a crescer, devido, aos problemas de desemprego e pobreza. Portanto para
ultrapassar estes obstáculos os munícipes optam em empreender criando pequenos
negócios. Em geral, o empreendedorismo é saída encontrada pelos munícipes, para
promover o auto-emprego, sustentar a si próprios e sobretudo as suas famílias. Diante
desta situação, coloca-se a seguinte questão de partida‫׃‬Até que ponto a actividade
empreendedora contribui na melhoria da qualidade de vida dos empreendedores e suas
famílias?

1.4.Objectivos

Segundo Gonçalves (2001), citados por Aragão & Neta (2017),"os objectivos oferecem
indicações sobre o processo de trabalho metodológico, porque orientam os métodos e as
técnicas de pesquisa que serão utilizadas" (p.32).

1.4.1.Geral

A presente pesquisa tem como objectivo geral o seguinte:

 Analisar o empreendedorismo como factor impulsionador do


desenvolvimento local.
1.4.2.Específicos

Especificamente, o presente estudo visa o seguinte:

 Identificar as áreas de actividade dos empreendedores da Ilha de


Moçambique;
 Avaliar o contributo socioeconómico resultante das actividades
empreendedoras na Ilha de Moçambique;
 Descrever os desafios resultantes do empreendedorismo na Ilha de
Moçambique.

1.5.Questões de investigação

1- Quais são as áreas de actividade dos empreendedores da Ilha de Moçambique?

2 ̵ Qual é o contributo socioeconómico resultante das actividades empreendedoras na


Ilha de Moçambique?

3 ̵ Quais são os desafios do empreendedorismo na Ilha de Moçambique?

3
1.6.Justificativa e Relevância do estudo

A justificativa compreende a apresentação de forma clara e objectiva das razões de


ordem teórica e ou prática que fundamentam a pesquisa. Justificam-se a escolha do
tema, a delimitação realizada e a relação que o pesquisador possui com ele. Procura-se
aqui demonstrar a legitimidade, a pertinência, o interesse e a capacidade do aluno em
lidar com o referido tema (Cervo &Bervian, 2002, citados por oliveira, 2011).

Muitas razões que levam a realização de uma pesquisa. Uma das razões é a de ordem
intelectual, que trás o desejo de conhecer pela própria satisfação do conhecer,
desenvolver, analisar as teorias que sejam interessantes para o pesquisador ou
investigador e que possam ter aplicação no futuro. A outra é a de origem prática, que
pode levar a formulação de objectivos do problema de pesquisa, como resposta a
problemas relevantes para subsidiar uma acção ou prever acontecimentos (Gil, 1991,
citado por Artur, 2018).

A escolha do tema “Empreendedorismo como factor impulsionador do


Desenvolvimento Local: caso do Município da Ilha de Moçambique (2017-2020).
Deveu-se ao facto da população do Município da Ilha de Moçambique estar a viver num
ambiente rodeado de pobreza e desemprego. Portanto, por outro lado, explica-se pelo
facto do pesquisador estar a acompanhar este fenómeno no local como residente desta
Autarquia actualmente tendo frequentado o curso de licenciatura em Desenvolvimento
Local e Relações Internacionais surgiu sempre como preocupação a necessidade de,
debater a questão da actividade empreendedora como factor impulsionador do
desenvolvimento local.

Mas também justifica-se pelo facto de a Ilha de Moçambique possuir grandes


potencialidades que permitem a prática da actividade empreendedora, olhando pela sua
riqueza turística e o valor histórico que ela carrega que através do mesmo enquadra-se
na lista do património mundial da humanidade.

Por essa razão, este tema ora escolhido é extremamente importante, e os resultados a
serem alcançados podem servir de meios para a implementação de políticas de
desenvolvimento local, que permite a criação de novos postos de auto-emprego para a
população local, contribuindo de certa forma, na melhoria das condições de vida da
comunidade local.

4
A escolha deste tema é relevante no contexto da sociedade, na medida em que, carrega
as dificuldades que a comunidade local enfrenta (pobreza e desemprego), que por sinal
fazem parte das preocupações e agenda das autoridades locais, e de muitas instituições
nacionais e internacionais. Como por exemplo, a Oikos e a Cooperação portuguesa.

Mas também ajudara aos que praticam a actividade empreendedora a perceber melhor
sobre a contribuição desta prática, porque terminado o estudo vou disponibilizar o
trabalho aos empreendedores, ao Município, aos Serviços Distrital das Actividades
Económicas e a Administração Local e não só, vai ajudar as autoridades locais a
promoverem políticas públicas de promoção ao empreendedorismo capazes de fazer
face às novas necessidades humanas.

5
CAPÍTULO II‫ ׃‬REVISĂO DA LITERATURA

Neste capítulo constam conceitos essenciais relativos ao tema em estudo,


designadamente desenvolvimento, desenvolvimento local e empreendedorismo. A
descrição destes conceitos visa permitir a melhor compreensão do tema nos capítulos
seguintes.

Segundo Walliman, (2015) citado por Santos, (2017) refere que;

A revisão da literatura deve referenciar os estudos anteriormente publicados,


buscando posicionar-se sobre a evolução do assunto; restringir a revisão da
literatura às contribuições mais significativas relacionadas ao tema da pesquisa,
bem como preocupar-se em fazer a citação dos autores, tanto dentro do texto,
quando em suas referências bibliográficas (p.36).

Sendo assim começa-se pela descrição do termo desenvolvimento, na perspectiva de


diferentes autores.

2.1.Desenvolvimento

Segundo Pité (1997) citado, em Semedo, (2011) afirma que;


O desenvolvimento pode ser definido como um “ processo de transformação,
evolução e multiplicação de diferentes factores socioeconómico, políticos e
culturais, como o objectivo de elevar o nível qualitativo de existência de uma
sociedade”, ou seja, é um processo dinâmico de melhoria, que implica uma
mudança. Uma evolução, crescimento e avanço (p. 24).

Para Perroux, (1981) citado em Dias, (2008, p.7) "o desenvolvimento é entendido como
sendo a combinação das mudanças mentais e sociais que tornam as pessoas aptas a fazer
aumentar de modo cumulativo e durável as suas condições e o bem-estar pessoal e
social".
"O desenvolvimento é entendido como sendo a combinação das mudanças mentais e
sociais que tornam as pessoas aptas a fazer aumentar de modo cumulativo e durável as
suas condições e o bem-estar pessoal e social" (Perroux, 1981, citado em Dias, 2008,
p.7).

Ainda sobre a noção de desenvolvimento, autores como Perroux (1981), Todaro,


(1979), Rocher, (1980) e Diniz, (2006), citados em Dias, (2008) referem que꞉

6
De acordo com o vocábulo, desenvolvimento é um conceito humano, associado à
dimensão qualitativa e que se exprime no bem-estar e na qualidade de vida das
pessoas. Portanto, o desenvolvimento privilegia o aspecto qualitativo com
visibilidade no bem-estar físico, económico, psicológico, cultural, ético,
religioso, políticas para a compreensão dos problemas, dificuldades e crises
sociais (p.7).

Deste modo conclui-se que, desenvolvimento significa um trabalho que as pessoas


fazem com intuito de alcançar certos objectivos. Pode se dar o caso de erradicar a
pobreza e melhorar o nível de vida, através do rendimento familiar de uma determinada
comunidade, como exemplo prático.
2.2.Desenvolvimento Local

A excessiva concentração da actividade económica começa a enfrentar questionamentos


e resistências, e o conceito de desenvolvimento local surge para tentar reverter esse
cenário. O termo é definido como “um processo endógeno registado em pequenas
unidades territoriais e agrupamentos humanos capaz de promover o dinamismo
económico e a melhoria da qualidade de vida da população” (Buarque, 1999, citado por
Félix & Júnior 2013).
Segundo Mendes (2009), “o desenvolvimento local é criar mecanismos de
transformações sociais e económicas que propiciem aumento da qualidade de vida e
redução das desigualdades sociais" (p.15).

O desenvolvimento local é um processo endógeno registando em pequenas unidades


territoriais e agrupamentos humanos capaz de promover o dinamismo económico e a
melhoria da qualidade de vida da população. Representa uma singular transformação
nas bases económicas e organizacionais em nível local, resultante da mobilização das
energias da sociedade, explorando as suas capacidades e potencialidades específicas
(Buarque, 1999 &Farfus, 2008, citados por Sanches, 2012).

Segundos Mendes (2009), ῞O desenvolvimento local é criar mecanismo de


transformações sociais e económicas que propiciem aumento da qualidade de vida e
redução das desigualdades social" (p.15).

7
Numa outra perspectiva Mendes (2013), salienta que:

O desenvolvimento local está relacionado com o afirmar de uma identidade


territorial, ou seja, as acções e/ou projectos realizam-se em localidades que se
distinguem entre si. Este desenvolvimento é resultado do esforço de identificar,
reconhecer e valorizar os benefícios locais, aproveitando e desenvolvendo as
potencialidades de determinado espaço. Resulta de escolhas que aumentam as
possibilidades de alcançar um futuro evolutivo e dinâmico, deste modo, é sempre
relevante o planeamento e a gestão dos espaços. (P.11)

Assim, pode-se concluir que, o desenvolvimento local é um processo endógeno ou seja


interno desenvolvido em pequenas unidades territoriais (vilas, cidades e regiões,) para
promoção do bem-estar e a melhoria da qualidade de vida da população. Para que este
possa ser considerado como um processo consistente e sustentável, deve promover
oportunidades sociais.

2.3. Empreendedorismo

"A palavra empreendedorismo é derivada da palavra francesa entrepeneur, que foi


usada pela primeira vez em 1725, pelo economista irlandês Richard Cantillon para
designar o indivíduo que assumia riscos" (Custódio, 2011, p.13).

Semedo (2011) fundamentou nos seguintes termos:

O fenómeno do empreendedorismo tem vindo a assumir em todas as áreas, com


especial destaque no planeamento estratégico empresarial, uma importância
crescente. Uma das razões para este protagonismo prende-se com o facto de ser
um forte potencial meio mobilizador de recursos necessários ao desenvolvimento
económico, ao fomento do emprego e também o facto de este ser um factor de
participação da população no desenvolvimento económico do país, para além da
promoção de inovação de produtos, serviços e técnicas de dinamização de
carreiras profissionais em áreas diversificadas (p. 22).

Para SEBRAE (2007) citado, em Custódio (2011) entende que, Empreendedorismo é o


processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários
assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as
consequentes recompensas da satisfação e independência económica e pessoal.

Segundo Cunha etal (2011), entende-se o empreendedorismo como:

Um processo relacionado com a inovação, com o intuito de trazer descobertas


positivas para si mesmo e para os outros, que estimula a geração de riqueza
através de novos negócios e ajuda no desenvolvimento do país; como um
processo de inovação, transformação e mudanças pode ser considerado um
processo de ousadia e de assumir riscos cujo sucesso depende exclusivamente
do empreendedor e de seu desempenho (p.168).

8
Nesse caso, é normal afirmar que eles são indivíduos com visão que identificam
oportunidades e criam negócios lucrativos, dispostos a suprir as necessidades dos
consumidores que estão sempre em busca de novos produtos, novas tecnologias e
serviços de qualidade que superem as suas expectativas.

2.3.1. Empreendedor

De acordo com Cafoia, (s/d citado, por Alves, 2018), "o empreendedor é o indivíduo
que tem a capacidade de conceber e de concretizar ideias inovadoras com sucesso,
através da detecção e aproveitamento de oportunidades" (p.23).

Sobre o mesmo conceito, Sentanin& Barbosa (2005) citados em João, (2014) denotam
que;

O empreendedor é aquele que aceita assumir riscos calculados e a possibilidade


de fracassar, são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular,
apaixonadas pelo que fazem não se contentam em ser mais um na multidão,
querem ser reconhecidas, e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar
um legado. Ainda de acordo com os mesmos autores, o empreendedor é aquele
que detecta uma oportunidade e cria o negócio para capitalizar sobre ela,
assumindo riscos calculados (p.4).

Kirzner (1979), citado por Almeida, (2017) "o empreendedor é aquele que está sempre
em estado de alerta, de formas a descobrir e explorar novas oportunidades" (p.9).

Na optica de Dolabela (1999) citado, em Muniz, (2016), define o empreendedor como


sendo alguém que sabe o que quer fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que
vai fazer, ele leva em consideração seus sonhos, desejos,preferências, o estilo de vida
que quer ter. Dedicando-se intensamente, já que trabalho se confunde com prazer.
Geralmente o empreendedor é uma pessoa que gere, movimenta e assume riscos de um
negócio, mas também cria ou desenvolve algo que ninguém pensou antes.
2.4.Tipologias do Empreendedorismo

Nesta parte consta a caracterização do empreendedor em dois principais tipos


nomeadamente: empreendedor por necessidade e empreendedor de oportunidade como
a seguir se descreve.

2.4.1.Empreendedor por necessidade

Para este tipo de empreendedor, Cornélio (2017)caracteriza-o da seguinte forma,o


empreendedorismo de necessidade nasce aquando de situações como desemprego,
emprego precário. Por conseguinte, a decisão de se envolver numa actividade

9
empresarial é uma escolha forçada, uma vez que todas as outras opções de emprego
estão ausentes.

Em 2018, Alves afirma que, os empreendedores dos estados em vias de expansão, na


maioria deles, são pessoas que fomentam seus próprios negócios por falta de opções de
trabalho, que permita auto sustentarem-se e sustentarem as suas famílias, muitos deles
entregues a sua sorte, pois verifica-se em muitos casos a inexistência de um plano de
negócios, o que faz com que vários declarem falência de forma precoce sem que no
entanto sua empresa atinja o auge.

Na óptica de Dornelas (2007) citado, em Muniz, (2016) afirma que‫׃‬

O Empreendedor por Necessidade é o que, por não ter alternativa, cria o seu
próprio negócio. Geralmente, encontra-se sem acesso ao mercado de trabalho ou
foi demitido, a sua única opção é trabalhar por conta própria. Se envolve em
negócios informais de tarefas simples, prestando serviços fáceis e com resultados
de pouco retorno financeiro. São vítimas do modelo capitalista atual, pois não
possuem acesso a recursos técnicos ou financeiros, à educação e as mínimas
condições para empreender de forma planejada e contribuir para o
desenvolvimento econômico da nação, por isso são vistos como um grande
problema social para os países em desenvolvimento (p.36).

2.4.2.Empreendedor de oportunidade.

Na perspectiva de João (2014) o empreendedor de oportunidade:

Destinar-se-ia a englobar aqueles apostados no desenvolvimento de algo já criado


mas cujo potencial não foi capitalizado na medida do permitido (leia-se: não
usado no máximo das suas capacidades), distinguindo-se do empreendedor
inovador por dizer respeito somente a alterações no existente e não à invenção de
haveres totalmente diferentes, ou seja incluindo só a reinvenção e não o invento
(p.5).

Segundo Cornélio (2017) "empreendedorismo de oportunidade como o nome já diz,


empreendedorismo de oportunidade é motivado pelas oportunidades" (p.13).

"Nele é importante que o empreendedor perceba algum valor, grande o suficiente (em
termos de lucro), para compensar o custo de oportunidade (tradeoff) que implica
continuar a perseguir o objectivo de criar um negócio" (Almeida 2017, p.9).

2.4.3.Características do Empreendedor

Tal como acontece com qualquer profissional ou actividade, o empreendedor apresenta


características específicas. Assim, de acordo com SEBRAE (2011), citado por Borges,
(2012) menciona algumas características pessoais que precisam ser destacadas e
desenvolvidas na personalidade do empreendedor, tais como:

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 Criatividade: aceitar desafios e buscar soluções viáveis; liderança: capacidade de
inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades, formar equipe, criar um
clima de moral elevado, saber compartilhar ideias, ouvir, aceitar opiniões,
elogiar e criticar pessoas; perseverança:
 Capacidade de manter-se firme num propósito, sem deixar de enxergar os limites
das possibilidades, buscando metas viáveis até mesmo em situações adversas;
 Flexibilidade: poder de controlar os impulsos nos momentos de mudanças,
revendo posições e estando aberto para estudar e aprender sempre; vontade de
trabalhar: dedicação plena e entusiasmada ao negócio com tempo e
envolvimento pessoal;
 Auto-motivação: capacidade de encontrar a realização pessoal no trabalho e nos
resultados;
 Formação permanente: estar sempre actualizado com informações sobre o
mercado, tendências económicas em todos os níveis, e actualização profissional
sobre novas técnicas gerências;
 Organização: compreender as relações internas para ordenar o processo
produtivo e administrativo de forma lógica e racional; senso crítico: capacidade
de antecipar-se aos problemas principais, analisando-os com questionamentos
que levam a encontrar alternativas.
Como se pode observar, estas são as características mais comuns e que norteiam o
empreendedor ideal pese embora alguns autores sustentem que “essas características,
apesar de importantes, não são determinantes, já que podem ser alteradas ou
ultrapassadas através da experiência e da educação/formação, ou até na interacção com
outras pessoas, a quem se podem vir a associar.

Do ponto de vista de Dornelas (2008) citado, em Alves (2018) diz que, o empreendedor
é o indivíduo que a partir de um diagnóstico (observação), consegue criar um negócio a
partir de uma oportunidade que surja em função de uma falha que se verifica. Sendo
assim este autor enumera algumas características que um empreendedor deve possuir:
Para este autor enumera algumas características que um empreendedor deve possuir a
saber:

 Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.

11
 Recursos utilizados de forma criativa, transformando o ambiente social e
económico.
 Assume riscos calculados e a possibilidade de fracassar.
Olhando para as opiniões dos autores pode-se afirmar que, o empreendedor é uma
pessoa capaz de trazer um comportamento inovador, criando formas de satisfazer seu
cliente. Considera-se empreendedor ao indivíduo que identifica as oportunidades de
negócio, estabelece metas, corre riscos calculados, busca novas informações, é
persistente, comprometido, persuasivo, exige qualidade, possui independência e auto
confiança.

3.Empreendedorismo no Mundo

Em 2008, Baptista diz-nos que, na pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, sabe-


se que em 1998 o Reino Unido, devido as constantes preocupações com seufuturo
competitivo, publica um relatório o qual demonstra a necessidade em desenvolver uma
série de competências capazes de promover e intensificar o empreendedorismo em toda
a região.
Ainda na visão do autor acima supracitado denota que, a Alemanha destina recursos
financeiros para apoiar a criação de novas empresas. Aproximadamente duzentos
centros de inovação foram criados de forma a prover espaço entre outros recursos para
empresas iniciantes. Na França, o tema empreendedorismo faz parte das universidades
de forma a engajar estudantes e promover a criação de novos negócios através das
incubadoras nas universidades.

Uma definição preliminar para o termo empreendedorismo, pode ser atribuída a Marco
Pólo, o qual tentou estabelecer uma rota comercial para o Extremo Oriente. Como
empreendedor, Marco Pólo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro
(hoje conhecido como capitalista) para vender as mercadorias deste. Um contrato
comum na época oferecia um empréstimo para o comerciante aventureiro a uma taxa de
22,5%, incluindo seguro. Quando o comerciante aventureiro era bem-sucedido na venda
das mercadorias e completava a viagem, os lucros eram divididos, cabendo ao
capitalista a maior parte (até 75%), enquanto o comerciante aventureiro ficava com os
25% restantes. (Cruz, 2005).

Em 2005, Cruz refere ainda que, na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado
para aquele que gerenciavam grandes projectos de produção. Sendo que este não

12
assumia grandes riscos, apenas gerenciava os projectos através da utilização dos
recursos disponíveis, quase sempre oriundos do governo em questão. Um típico
empreendedor da Idade Média era o clérigo, pessoa encarregada de obras
arquitectónicas, como castelos e fortificações, prédios públicos, abadias e catedrais.
Sob a coordenação do Ministério de Comércio e Indústria, em 1995, foi lançado na
Finlândia o decénio do empreendedorismo visando dar suporte a criação de novas
empresas. Este movimento contou com acções em três grandes áreas: a criação de uma
sociedade voltada ao empreendedorismo, promoção de empregos através do
empreendedorismo e incentivo a criação de novas empresas (Semedo, 2011).

Os países mais empreendedores, segundo Semedo (2011) são Venezuela (25%),


Tailândia (20,7%), Nova Zelândia (17,6%), Jamaica (17%), China (13,7%), Estados
Unidos (12,4%) e Brasil (11,3%). Já os países menos empreendedores são Hungria
(1,9%), Japão (2,2%), Bélgica (3,9%) e Suécia (4,0 %). os campeões (mais de 3 anos)
são Tailândia (14,1%), China (13,2%), Nova Zelândia (10,8%), Grécia (10,5 %) e Brasil
(10.1%). Enquanto os últimos são África do Sul (1,3%), México (1,9%), Hungria
(2,0%) e França (2,3%).

Pode-se dizer a dinâmica do crescimento e consequentemente as oportunidades de um


desenvolvimento mais rápido e equilibrado está de algum modo relacionado com a
capacidade de mobilização de mecanismos e práticas empreendedoras. Os países
subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento devem ver a reorganização interna dos
sistemas económicos e produtivos, como uma ferramenta para que se consiga melhorar
os índices de produtividade e simultaneamente tornar mais eficazes os sistemas de
afectação e repartição de recursos.

4.Empreendedorismo em África

De acordo com informações actuais, a África possui mais de 65 milhões de PMEs, o


que ainda exige deste continente de esperança redobrar esforços no sentido de se
desenvolver um empresariado a altura de responder os variadíssimos desafios dos seus
habitantes, permitindo assim uma gestão de actividades estratégica, especificamente
voltada a exportação de matérias-primas sobretudo nos sectores agrícola, mineração,
transporte e prestação de serviços públicos (Dengue, 2016).
Ainda em torno do empreendedorismo em África, Lima (2015) afirma que
Normalmente o tipo de empreendedores que investe em países africanos são
aqueles que utilizam a sua própria experiência de vida, com o intuito de

13
transformar a sua ideia em algo real e funcional. Este empreendedor tem como
objectivo descobrir as necessidades onde pode tirar proveito e pôr a sua
motivação para trabalhar. Muitas vezes opta por uma área onde já tem
conhecimento e recursos para criar e aumentar a sua riqueza podendo
simultaneamente gerar valor social (p.25).

Em 2014, Baby considera que um dos problemas é a questão da irracionalidade das


escolhas económicas dos dirigentes empresariais africanos, face à pressão social das
etinas ou das suas famílias estendidas. Noutros termos, uma pessoa pode iniciar um
negócio, mas os membros da família estendida podem considerar que a empresa é de
todos. O lado negativo deste problema é muitas vezes a dificuldade na gestão para o
crescimento da empresa.
Existem alguns problemas que podem ser vistos como barreiras para empreender em
África, como por exemplo, as inúmeras doenças, problemas sociais locais que existem
em alguns países, as relações conflituosas entre algumas comunidades, a má qualidade
das infra-estruturas. No entanto, para um empreendedor, estes “problemas” são vistos
como oportunidades e como negócios futuros, algo que pode ser explorado para criar
valor e sucesso, não só a nível pessoal, mas a nível social (Lima, 2015,p.25).
5.Empreendedorismo em Moçambique

Segundo Lopes (2014) afirma que, as empresas têm como principais áreas de actuação:
“comércio retalhista e grossista, incluindo o Mukerismo ou comércio transfronteiriço; a
indústria de confecções; o ensino e os serviços de saúde privado; associações não
lucrativas; indústria de marketing, fashion e beleza.

Selemane (2020) revelas-nos que

Moçambique prática o empreendedorismo desde os primórdios da sua formação


como nação assim como na invasão dos estrangeiros como os português e as
onde a prática desta actividade visava satisfazer as necessidades básicas de uma
tribo onde envolvia a troca de ouro, marfim e outros objectos de valor com
utensílios do ocidente como as missangas e porcelanas. Esta prática foi
evoluindo com o tempo, ganhando outros horizontes a quando do crescimento
económico do país. Depois da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), o país
passou a assistir a um diálogo bipartido anual contínuo entre o governo e o
sector privado e, desde então, o governo empreendeu uma série de reformas,
destinadas a melhorar o ambiente de negócios. (p.8).

Em 2020, Selemane diz-nos que, Moçambique é um país de oportunidades enormes a


prática de empreendedorismo que possa vir alavancar uma economia mais robusta e
sustentável devido ao enorme potencial e riquezas deste o jazigo de hidrocarbonetos,
minerais existentes no subsolo até ao favorável ambiente externa de negócios que o país
dispõe.

14
6.Importância do empreendedorismo

Conforme Longenecker, etall (2004) citados, em Custódio, (2011) "os empreendedores


são heróis populares da moderna vida empresarial. Eles fornecem empregos, introduzem
inovações e estimulam o crescimento económico" (p.17)
Capaz de construir a base económica e gerar novos empregos, a actividade
empreendedora é extremamente importante para a economia. O papel do
empreendedorismo no desenvolvimento económico se relaciona com mudanças
na estrutura do negócio e da sociedade, mudanças que trazem como
consequência o crescimento e aumento da produção, impulsionando a inovação
que é factor essencial ao crescimento económico, indo além do
desenvolvimento de novos produtos ou serviços mas também, como estímulo
ao interesse no investimento em novos empreendimentos (Muniz, 2016,pp.28-
29).

O empreendedorismo é uma ferramenta importantíssima na promoção do


desenvolvimento económico sustentável de qualquer país por permitir a criação de
novos negócios, o que por si só fomenta novos empregos, gera vários impostos e
proporciona de igual modo a execução da responsabilidade social das empresas (Alves,
2018)

Além da importância económica, a maioria das unidades produtivas são MPE’s e


contribuem significativamente com a constituição do PIB, possuem grande relevância
social, pois geram boa parte dos empregos no país, e política, na medida em que se
mostra um universo potencial e contraditoriamente substantivo: por um lado, “pode se
transformar em um sujeito político a partir da sua auto percepção e assunção como
categoria socioeconómica” e, por outro, “dessalga e atomiza a massa trabalhadora
assalariada” (Montano, 1999, citado por Semedo, 2011).

Enquanto isso, Muniz (2016) enfatiza a importância do empreendedorismo dizendo que

A actividade empreendedora é extremamente importante para a economia. O


papel do empreendedorismo no desenvolvimento económico se relaciona com
mudanças na estrutura do negócio e da sociedade, mudanças que trazem como
consequência o crescimento e aumento da produção, impulsionando a inovação
que é factor essencial ao crescimento económico, indo além do
desenvolvimento de novos produtos ou serviços mas também, como estímulo ao
interesse no investimento em novos empreendimentos (p.29).

O fenómeno do empreendedorismo tem vindo a assumir em todas as áreas, com especial


destaque no planeamento estratégico empresarial, uma importância crescente. Uma das
razões para este protagonismo prende-se com o facto de ser um forte potencial meio
mobilizador de recursos necessários ao desenvolvimento económico, ao fomento do

15
emprego, e também o facto de este ser um factor de participação da população no
desenvolvimento económico do país, para além da promoção de inovação de produtos,
serviços e técnicas de dinamização de carreiras profissionais em áreas diversificadas
(Semedo, 2011, p. 22).

Os diversos conceitos e pontos de vista colhidos de diferentes autores em torno do


empreendedorismo, de um modo geral, permitem concluir que, a importância dada ao
empreendedorismo hoje se deve ao fato de que este é identificado como uma das fontes
para a melhoria das condições de vida das comunidades.

CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

16
Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados durante a
recolha de dados para o presente estudo. São abordados o tipo de pesquisa segundo a
sua classificação, participantes e sujeitos da pesquisa, instrumentos de recolha de dados
e por fim, técnica de apresentação, análise e interpretação de dados.

A metodologia da pesquisa, num sentido amplo, pode ser entendida como a


forma escolhida pelo pesquisador para verificar a veracidade dos fatos e
explicar de maneira consistente os fenómenos examinados. Do ponto de vista
macro, existem dois grandes métodos: quantitativo e qualitativo. Registe-se que
esses métodos se diferenciam pela maneira de abordagem do problema, razão
pela qual o método necessita estar compatível com o tipo de estudo que o
pesquisador pretende desenvolver. É oportuno alertar que é a natureza do
problema ou o seu nível de profundidade que vai determinar a escolha do
método (Walliman, 2015, citado em Santos 2017, p.35).

Para Ruiz (2002) citado em Artur (2018) "método é um conjunto de normas-padrão que
devem ser satisfeitas, caso se deseje que a pesquisa seja tida por adequadamente
conduzida e capaz de levar a conclusões merecedoras de adesão racional" (p.14).

3.1. Tipo de pesquisa

O tipo de pesquisa, de acordo com o estudo, classifica-se quanto a abordagem, quanto


ao nível de investigação, quanto aos objectivos, quanto aos procedimentos de recolha de
dados e quanto as fontes de informação.

3.1.2.Quanto a abordagem

O tipo de pesquisa quanto a abordagem foi qualitativo, porque, de acordo com


Fregonezeetal. (2014) afirmam que,
A pesquisa qualitativa é basicamente aquela que busca entender um fenómeno
específico em profundidade. Em vez de estatísticas, regras e outras
generalizações, ela trabalha com descrições, comparações, interpretações e
atribuição de significados, possibilitando investigar valores, crenças, hábitos,
atitudes e opiniões de indivíduos ou grupos. Permite que o pesquisador se
aprofunde no estudo do fenómeno ao mesmo tempo que tem o ambiente natural
como a fonte directa para colecta de dados (p.19).

A escolha dessa abordagem qualitativa, deveu-se ao facto de o estudo fazer uma análise
de enfoque qualitativa sobre o empreendedorismo como factor impulsionador do
desenvolvimento local, querendo fazer uma análise dos dados numa forma qualitativa.

3.1.3.Quanto ao nível de investigação

Quanto ao nível de investigação o nosso estudo foi basear-se numa pesquisa básica,
porque segundo Gerhardt e Silveira (2009) "pesquisa básica objectiva gerar

17
conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista"
(p.34). No caso relacionado ao problema concretamente até que ponto o
empreendedorismo contribui na melhoria das condições de vida da comunidade, o
estudo visa gerar conhecimentos novos de interesse pessoal, e sem aplicação pratica.

3.1.4.Quanto aos objectivos

Nesta monografia quanto aos objectivos foi aplicada a pesquisa exploratória, porque,
em 2014 Fregonezeetal, diz-nos que, a pesquisa exploratória tem como principais
finalidades desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideiasobjectivando a
elaboração de problemas mais exactos para pesquisas posteriores, promovendo
familiaridade com o problema, e requer levantamento bibliográfico e documental, além
de entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado.

"As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e


modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos
ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores" (Gil, 2008, p.27).

Portanto, por essa razão o estudo fez entrevistas com pessoas ligadas ao problema que
achamos que possuem informações relevantes para o estudo, para o efeito recorreu-se
aos empreendedores locais e representantes das seguintes instituições públicas
designadamente‫ ׃‬Conselho Municipal, Administração local e Serviços Distrital das
Actividades Económicas e o levantamento de algumas fontes bibliográficas que versam
sobre o empreendedorismo.

3.1.5.Quanto aos procedimentos de recolha de dados

Para a materialização dos objectivos, a pesquisa recorreu, às seguintes técnicas:


pesquisa bibliográfica, entrevista e observação. A pesquisa bibliográfica baseou-se na
consulta de fontes bibliográficas que de certa forma abordam a temática do, de modo a
oferecer subsídios relevantes para o debate teórico a respeito do empreendedorismo
como factor impulsionador do desenvolvimento local.

Quanto às entrevistas semiestruturadas, segundo Oliveira (2011), afirma que, as


entrevistas semiestruturadas podem ser definidas como uma lista das informações que
se deseja de cada entrevistado, mas a forma de perguntar (a estrutura da pergunta) e a

18
ordem em que as questões são feitas irão variar de acordo com as características de cada
entrevistado.

Assim, as entrevistas foram usadas como a principal fonte de recolha de dados no


campo de modo a explorar no máximo as informações em relação ao empreendedorismo
como factor impulsionador do desenvolvimento local.

3.1.6. Quanto as fontes de informação

Quanto as fontes de informação, o estudo recorreu as seguintes fontes de informação


nomeadamente‫ ׃‬pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica.

"Pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que pretende buscar a informação directamente


com a população pesquisada" (Fregonezeetal, 2014, p.59).

A pesquisa de campo é uma fase que é realizada após o estudo bibliográfico, para que o
pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é nesta etapa que ele vai
definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir qual é o meio de coleta de dados,
tamanho da amostra e como os dados serão tabulados e analisados (Carnevalli,&
Miguel, 2016).

Para alcançar os objectivos do presente estudo o pesquisador teve um encontro directo,


isto é o pesquisador foi ao campo para reunir informações com os sujeitos do estudo.

Segundo Vergara (2000) citado em Oliveira, (2011), afirma que,

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,


constituído, principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o
levantamento de informações básicas sobre os aspectos directa e indirectamente
ligados à nossa temática. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside
no fato de fornecer ao investigadorum instrumental analítico para qualquer
outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma (p.40).

Portanto, o estudo recorreu a pesquisa bibliográfica para dar apoio ao estudo, através
das diversas obras publicadas que versam sobre o assunto em alusão.

3.2. Participantes e sujeitos da pesquisa

19
Segundo Marconi e Lakatos (2003),citado em Martins etal (2015) "universo ou
população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos
uma característica em comum" (p.5). Assim, para atender os objectivos da presente
pesquisa, temos como população ou seja participantes deste estudo todos os residentes
do Município da Ilha de Moçambique, num total de 14.889.000 habitantes.

Por seu turno, "amostra ou população amostral, é uma parte do universo escolhida
segundo algum critério de representatividade" (Vergara, 2010, citado por Martins etal,
2015, p.5).
Portanto, do universo populacional do Município da Ilha de Moçambique foi extraída
uma amostra de 30 sujeitos subdivididos em dois grupos sendo, 27 empreendedores de
ambos os sexos, com idades compreendidas entre 30 a 50 anos de idade e 3
representantes das instituições públicas designadamente Conselho Municipal,
Administração local e Serviço Distrital das Actividades Económicas. Estes últimos são
envolvidos por considerar-se que possuem conhecimentos técnicos, práticos e sólidos
sobre o objecto em análise.

3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados

Neste estudo foram aplicadas as seguintes técnicas e instrumentos de recolha de dados,


nomeadamente‫ ׃‬entrevista, pesquisa bibliográfica e observação.

Assim considerando o propósito do presente estudo que é, basicamente, analisar o


empreendedorismo como factor impulsionador do desenvolvimento local, o estudo
recorreu a entrevistas semiestruturada. Portanto, as perguntas foram respondidas dentro
de uma conversa informal e de forma presencial para permitir maior interacção entre o
entrevistador e o entrevistado. Portanto, a nossa principal fonte de recolha de dados
foram os empreendedores e os representantes do Conselho Municipal, Administração
local e Serviços Distrital das Actividades Económicas do Município da Ilha de
Moçambique. As entrevistas foram gravadas com recurso a um telefone e
posteriormente transcritas literalmente.

Para além das entrevistas, o estudo recorreu a pesquisa bibliográfica e observação não
participante para o alcance dos objectivos previamente estabelecidos. Portanto, foram
estes instrumentos de colecta de dados que facilitaram a aquisição de informações
relevantes no campo e relativas a pesquisa. No âmbito da realização das entrevistas não

20
abecedemos nenhum critério de prioridade, cabendo para o efeito, a disponibilidade do
participante, isto é do entrevistado.

3.4. Técnicas de apresentação, analise e discussão de resultados

Para o presente estudo foram usadas as técnicas de análise qualitativa, para o efeito, os
dados foram analisados e interpretados em categorias, à luz das questões que o estudo
visa responder,mas também, fez-se um cruzamento da informação na análise dos dados
recolhidos das entrevistadas e a revisão bibliográfica de modo a se chegar às conclusões
possíveis do problema em estudo.

Nesta parte foi feita a análise dos dados colhidos no campo e a sua respectiva
interpretação, com o intuito de responder os objectivos do estudo, fazendo uma ligação
com conhecimentos obtidos dos estudos realizados anteriormente que versam sobre o
mesmo problema em estudo. Assim, foi necessário o uso do método de triangulação
para analisar os dados colhidos no campo, mas também na análise bibliográfica para
permitir a obtenção dos resultados finais das questões de investigação e o respectivo
problema do estudo

CAPÍITULO IV‫ ׃‬APRESENTAÇĂO DE DADOS E DISCUSSĂO DE


RESULTADO

21
Neste capítulosão apresentados os resultados obtidos na recolha de dados, mediante a
aplicação de uma entrevista sobre o Empreendedorismo como factor impulsionador do
desenvolvimento Local, dirigida aos empreendedores e individualidades das instituições
públicas, na Autarquia local.

4.1. Apresentação de dados

Os dados a seguir apresentados foram baseados nas informações colhidas no campo,


(Município da Ilha de Moçambique), concretamente nos diferentes bairros e em três
instituições Públicas designadamente‫ ׃‬Conselho Municipal, Administração local e no
Serviço Distrital das Actividades Económicas, com o intuito de responder aos
objectivos do estudo. As entrevistas incidiram, essencialmente, sobre áreas de
actividadesdesenvolvidas, motivo pela opção, melhoria das condições de vida, o
contributo das diversas actividades empreendedoras e os constrangimentos dos
empreendedores.

Importa referir que o estudo envolveu 30 participantes de ambos sexos, com idades
compreendidas entre 30 e 50 anos, sendo 27 empreendedores e 3 representantes das
instituições supracitadas. Na grelha seguinte são apresentadas, de forma sintética, as
questões e respectivas respostas incluindo a unidade de registo e frequência de cada.

Categoria Subcategoria Unidade de registo Frequências


1.Áreas de Quais são as áreas Comércio 16
actividades dos de actividades
Pesca 7
empreendedores económicas
da Ilha de desenvolvidas pelos 30
Turismo 5
Moçambique empreendedores na
Ilha de
Indústria salineira 2
Moçambique?
Qual é actividade Comércio 19
económica que Pesca 6 27
desenvolve? Gastronomia 2
O que motivou a Falta de emprego 22
desenvolver esta 27
Falta de condições 05
actividade?
Na sua opinião, Sim, porque com o
22
algo melhorou na meu negócio
sua vida e da resolvo os
família durante o problemas da
tempo que vem minha família; 25

praticando esta porque com meu


actividade? Se sim, negóciojá construi
porquê? minha casa, pago a
2.Contributo 27
escola dos meus
socioeconómico
filhos e garanto a
resultante das
alimentação.
actividades
Não, porque o
empreendedoras
negócio não
na Ilha de
satisfaz as minhas 02
Moçambique
necessidades e da
minha família
Quais são os A maior parte dos
contributos empreendedores
resultantes das cumprem com as
diversas actividades suas obrigações
03 03
empreendedoras? fiscais, ou seja,
contribuem para os
cofres do
Município num
valor anual de
193.125.00
Meticais.

Quais são os Falta de apoio 16


principais financeiro
constrangimentos
Falta de clientes por 10
que encaram os
causa da Covid 19.
3.Desafios
empreendedores no
resultantes do Falta de espaço 30
Município da Ilha
empreendedorism para novas 03
de Moçambique?
instalações

23
o na Ilha de comerciais
Moçambique Não há dificuldades 01

Fonte‫ ׃‬Autor da pesquisa (2021)

Feita a apresentação dos dados na grelha acima, segue-se nesta parte, a descrição dos
dados com base nas informações colhidas no campo.

Pergunta 1: Quais são as áreas de actividades dos empreendedores na Ilha de


Moçambique?

A pergunta tinha como objectivo indicar as áreas de actividades desenvolvidas pelos


empreendedores no local em estudo. Sobre esta pergunta, dos 30 entrevistados, 16
apontaram o comércio, 7a pesca, 5o turismo e 2a indústria salineira, como sendo as
áreas de actividades levadas a cabo no Município da Ilha de Moçambique.

Pergunta 2: Qual é a actividade económica que desenvolve?

A pergunta tinha como objectivo saber a actividade que o entrevistado/empreendedor


desenvolve. Com base nessa questão apurou-se o seguinte, dos 27 empreendedores, 19
desenvolvem o comércio, 6 desenvolvem a pesca, e apenas 2 desenvolvem a
gastronomia.

Pergunta 3: O que motivou a desenvolver esta actividade?

A pergunta tinha por objectivo indicar o motivo pela opção de tal actividade. Sendo
assim, dos 27 empreendedores /entrevistados, 22 disseram que entraram para o mundo
de negócio por falta de emprego, e 5responderam que a grande motivação que lhes
levou para o mundo do negócio é falta de condições.

Pergunta 4: Na sua opinião, algo melhorou na sua vida e da família durante o tempo
que vem praticando esta actividade? Se sim, porquê?

Com esta pergunta procurava-se saber se a actividade que cada empreendedor exerce
melhora algo na sua vida e na da família. Assim, dos 27 entrevistados 25 responderam
que sim, as suas actividades económicas têm contributo muito na melhoria das
condições de vida. Enquanto isso, 2 entrevistados responderam que não, as suas
actividades não contribuem na melhoria das condições de vida

24
Pergunta 5: Quais são os contributos resultantes das diversas actividades
empreendedoras?

Com esta pergunta pretendia-se saber se os empreendedores contribuem nas receitas


locais através de pagamento de impostos exigidos por lei. Dos 3
entrevistados/personalidades das instituições públicas locais disseram que, dos 344
empreendedores registados pelo Município, na sua maioria cumprem com as suas
obrigações fiscais, ou seja, contribuem para os cofres do Município num valor anual de
193.125.00 Meticais.

Pergunta 6: Quais são os principais constrangimentos que encaram os empreendedores


no Município da Ilha de Moçambique?

Quanto a esta pergunta, tinha por objectivo indicar os principais constrangimentos


durante o exercício das diferentes actividades económicas, através da qual teve-se como
respostas as seguintes: dos 30 entrevistados 16 entrevistados, apontaram a falta de apoio
financeiro, 10a falta de clientes por causa da Covid 19, 3 falta de espaço para novas
construções comerciais e apenas 1 disse que não haviam dificuldades.

4.2. Discussão de resultados

Nesta parte faz-se a confrontação das questões de investigação previamente formuladas


com os dados colhidos no campo, face ao problema em estudo. Nesse contexto, a
discussão será feita em categorias temáticas levantadas por meio das seguintes
categoriaas nomeadamente⁏ áreas de actividade dos empreendedores da Ilha de
Moçambique, contributo socioeconómico resultante das actividades empreendedoras na
Ilha de Moçambique e os desafios do empreendedorismo na Ilha de Moçambique.

4.2.1.As áreas de actividade dos empreendedores da Ilha de Moçambique

Nesta categoria procurou-se saber sobre, as áreas de actividade dos empreendedores


locais, as actividades económicas que os empreendedores desenvolvem e os motivos
que lhes levaram a desenvolverem as suas actividades. Nesse sentido, dos 30
entrevistados, 16 apontaram o comércio, 7pesca, 5turismo e 2a indústria salineira,como
sendo as áreas de actividades desenvolvidas no Município da Ilha de Moçambique

Comercio

25
"O comércio é a actividade que movimenta diferentes produtos, com uma finalidade
lucrativa. É toda acção que tem como objectivo principal a compra e revenda de
mercadorias" (Lima, 2017,P.23). Comércio é, portanto, "o conjunto de actividades
necessárias para tornar um produto disponível aos consumidores, em determinado lugar,
no tempo solicitado e em quantidades e preços especificados" (Lima, 2017,P.23).

Assim, nota-se que o comércio é uma actividade que está relacionada à distribuição de
produtos no mercado.

Pesca

"A pesca é uma actividade de exploração dos recursos naturais renováveis, com
características singulares que resultam, geralmente, na necessidade de cuidados
específicos para sua administração" (Kahn, 1998, citado por Cad, 2017, P.15).

"A pesca compreende actividades de subsistência, de pequena produção e de produção


industrial. Na actividade pesqueira incluem-se várias modalidades, estas actividades vão
desde a colecta de mariscos e a actividades rudimentares e de subsistência, até a pesca
industrial". (Vieira, 2008, P.28).

Turismo

O  turismo  é  uma  combinação  de   actividades, serviços e indústrias que se


relacionam com a realização de uma viagem: transportes, alojamento, serviços de
alimentação, lojas, espectáculos, instalações para actividades diversas e outros serviços
receptivos disponíveis para indivíduos ou grupos que viajam para fora de casa (Ignara,
2003, citado por Oliveira, 2014).

"O turismo engloba todos os prestadores de serviços para os visitantes ou para os


relacionados  com  eles" (Oliveira, 2014, p.25).

"Entende-se que o turismo é uma actividade situada no sector terciário de produção e


tem como principal característica a prestação de serviços e, utiliza-se dos demais
sectores produtivos que são responsáveis pelo seu funcionamento" (Silva,2004, p.13).

Industria salineira

Ele inicia-se com a captação da água do mar através de potentes estações de


bombeamento ou pela foz de um rio (pequenas salinas ainda fazem a captação da água
26
por comportas, aproveitando o período de enchentes das marés), ao passo em que são
inundadas grandes áreas, denominadas de evaporadores (Santos e Leite,2010, p.1600).

Segundo Fernandes (2020) "O método mais tradicional para produção de sal consiste na
evaporação solar, onde a água marinha é represada em diques de argila, formando
lagoas salinas (p.218)

Assim, de acordo com as respostas obtidas sobre esta questão, os entrevistados


confirmam que as áreas de actividades dos empreendedores no Município da Ilha de
Moçambique são‫ ׃‬comércio, pesca, turismo e indústria salineira.

Portanto, estas respostas aliam-se com a afirmação de Camargo (2013) segundo a


qualdizque: “as áreas do empreendedorismo são inúmeras e têm relevância cada vez
mais acentuada para o crescimento económico, empregos, inovações. Ademais, dentro
desse pensamento podemos destacar três áreas na qual o empreendedor pode actuar que
são: Comércio, Indústria e Prestação de Serviços.

Essa visão é contrariada porLopes (2014) quando afirma que, as empresas têm como
principais áreas de actuação: “comércio retalhista e grossista, incluindo o Mukerismo ou
comércio transfronteiriço; a indústria de confecções; o ensino e os serviços de saúde
privado; associações não lucrativas; indústria de marketing, fashion e beleza.

Neste contexto, pode-se notar que no local do estudo podiam existir mais áreas de
actividades, mas por razões de localização, destacam-se as que foram mencionadas.

Relativamente a questão sobre as actividades económicas desenvolvidas pelos


empreendedores, constatou-se que dos 27 empreendedores, 19 desenvolvem o comércio,
6a pesca, e apenas 2 desenvolvem a gastronomia.

Sendo assim, confirma-seque a maior parte dos entrevistados/empreendedores


desenvolve o comércio, posicionamento que comunga com o de Camargo (2013), citado
por Cornélio (2017)ao afirmar que, “o comércio é o sector mais investido pelos
empreendedores” e toma como exemplo a pesquisa realizada pelo Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, no ano de 2011, a qual demonstrou o
crescimento do sector, o empreendedorismo.

Dessa forma, é interessante observar também que, os entrevistados não descartam a


possibilidade de desenvolverem as outras áreas de actividades existentes no local do

27
estudo, porém elegeram o comércio como prioritária, porque como se sabe, toda
actividade empreendedora culmina com a venda, razão pela qual priorizam o seu
investimento nessa área.

No que concerne aos motivos que levam os empreendedores a desenvolverem as


actividades apurou-se que, dos 27 empreendedores /entrevistados, 22 disseram que
entraram para o mundo de negócio por falta de empregoe 5responderam que a grande
motivação que lhes levou para o mundo do negócio é falta de condições.

Com estas respostas certifica-seque a maior parte dos entrevistados/empreendedores


entraram para o mundo do negócio por falta de emprego, confirmando-se assim o
pensamento de Cornélio (2017), o qual defende que empreendedorismo de necessidade
nasce aquando de situações como desemprego, emprego precário.

Ainda para essa análise considerou-se a visão de Barros e Pereira (2009), os quais
afirmam que, uma maior actividade empreendedora nos países pobres pode ser resultado
de elevado desemprego estrutural e marasmo económico, que levaria ao
empreendedorismo por necessidade como alternativa para a escassez de emprego.

Neste contexto, pode-se notar que, o motivo principal que leva os empreendedores
locais a entrarem para o mundo do negócio é, de facto, a falta de emprego associada à
falta de condições, sejam elas materiais ou económicas. Portanto, a ideia dos
empreendedores em optarem pelas actividades comerciais é uma escolha forçada,
devido, sobretudo, a falta de oportunidades de emprego.

Terminada a discussão referente a esta categoria compreende-se que, os


empreendedores no local do estudo actuam em diversas áreas nomeadamente‫׃‬comércio,
turismo, pesca e indústria salineira.

4.2.2.O contributo socioeconómico resultante das actividades empreendedoras na


Ilha de Moçambique

Nesta categoria, procurou-se saber sobre os benefícios provenientes das actividades


empreendedoras na vida social e económica dos empreendedores e suas famílias, e os
ganhos provenientes da mesmapratica para o Município.

Em relação aos benefícios ou melhorias provenientes das actividades empreendedoras,


na vida dos empreendedores e suas famílias. Com base nesta pergunta, o estudo apurou

28
que, dos 27 entrevistados 25 responderam que sim, as suas actividades económicas têm
contributo muito na melhoria das condições de vida. Enquanto isso, 2 entrevistados
responderam que não, as suas actividades não contribuem na melhoria das condições de
vida.

Para sustentar este argumento toma-se como exemplo o trecho de um dos entrevistados
que disse:"Sim, porque com o meu negócio resolvo os problemas da minha família;
porque com meu negóciojá construi minha casa, pago a escola dos meus filhos e garanto
a alimentação".

Uma análise mais cuidadosa das respostas ora discutidas, nota-se que as mesmas
tendem para a linha de pensamento de Shumpeter, (1934) e Dolabela, (1999), citados
por Pinto, (2016) que diz: “o empreendedorismo vai além de uma solução para o
problema do desemprego. O desenvolvimento das habilidades empreendedoras coloca
os seus candidatos em melhores condições para enfrentar um mundo em constante
mudança e oferece vantagens também para a disputa na corrida pelo emprego”.

Nessa linha de raciocínio Soares (2018), aponta que, a prática empreendedora tem sido
vista como uma fonte de geração de emprego, riqueza e desenvolvimento, sendo
desenvolvimento económico entendido como acumulação de riqueza.

Relativamente aos contributos resultantes das diversas actividades económicas,


constatou-se que dos 344 empreendedores registados, na sua maioria cumprem com as
obrigações fiscais, ou seja as contribuições feitas por eles, através de impostos têm
reflectido positivamente nos cofres da Autarquia local, num valor anual de 193.125.00
Meticais.

Para enfatizar este argumento toma-se como exemplo a entrevista do Vereador das
actividades económicas do Município da Ilha de Moçambique que disse: "Com as
contribuições feitas pelos empreendedores, através dos impostos o Município consegue
fazer a manutenção dos mercados, jardins compra de material de limpeza, para
limparmos os diferentes bairros da urbe e comprarmos combustível para abastecermos
as viaturas que fazem a recolha do lixo"

Nesse sentido Brandão, (2012) citado por Soares (2018), afirma que, a acção pública
subsidia os custos de instalação dos grandes empreendimentos, onde acaba ocorrendo

29
uma concorrência entre as localidades que ofertam benefícios tributários, fiscais e de
infra-estruturas.

Enquanto, em (2018) Alves, acrescenta dizendo que, o empreendedorismo é uma


ferramenta importantíssima na promoção do desenvolvimento económico sustentável de
qualquer país por permitir a criação de novos negócios, o que por si só fomenta novos
empregos, gera vários impostos e proporciona de igual modo a execução da
responsabilidade social das empresas.

Portanto, ao da pesquisa foi possível observar que, a maior parte das rendas dos
munícipes dependem da evoluçãodo exercício da prática das actividades em causa, o
qual se observa ainda é que, com os lucros ganhos nas actividades estes usam para as
despesas caseiras, pagamento de escolas dos seus educandos, compra de produtos
alimentares, vestuário, meios de transporte e construção de casas melhoradas. E isso
mostra-nos duma forma parcial, de melhoria nas condições de vida dos empreendedores
assim como as suas famílias, e do abandono das casas precárias às melhoradas, tornando
um desenvolvimento ou mudanças no que diz respeito ao ambiente de habitação.

Como se pode ver, para além de o empreendedorismo contribuir na geração de auto-


emprego, também geram impostos e, é a partir das contribuições feitas pelos
empreendedores locais através dos impostos exigidos por lei, que ajudam a Autarquia
local a fazer trabalhos de interesse público que beneficiam aos munícipes.

No geral, referente a esta categoria o estudo apurou que, as actividades económicas


levadas a cabo pelos empreendedores no Município da Ilha de Moçambique, promovem
o auto-emprego, mas também contribuem na melhoria das condições de vida dos
empreendedores e as suas famílias, porque é através do rendimento proveniente dos
seus negócios que permite aos empreendedores a construção de casas melhoradas,
pagamento de despesas escolares dos seus educandos ou suas famílias. Mas, ao mesmo
tempo os empreendedores contribuem para os cofres do Município através dos impostos
exigidos por lei, num valor anual de 193.125.00 Meticais.

4.2.3. Desafios do empreendedorismo na Ilha de Moçambique

Nesta categoria procurou-se saber sobre os constrangimentos que encarram os


empreendedores no Município da Ilha de Moçambique.

30
Relativamente aos constrangimentos que encarram os empreendedores no local em
estudo,através da qual teve-se como respostas as seguintes: dos 30 entrevistados 16
apontaram a falta de apoio financeiro, 10 apontaram a falta de clientes por causa da
Covid 19, 3 falta de espaço para novas construções comerciais e apenas 1 disse que não
há dificuldades.

Confirma-se com isso que a maior parte dos entrevistados acreditam que os dois
maiores constrangimentos são‫ ׃‬a falta de apoio financeiro e falta de clientes por causa
da Covid 19. Levando em consideração que a maioria dos entrevistados acredita o apoio
financeiro como o principal desafio. Confirma-se a opinião de Veríssimo, (2011) citado
em Cardoso, (2016) onde afirma que, o financiamento é uma das maiores dificuldades
dos empreendedores, que procuram aceder a várias fontes, à falta de um apoio mais
sólido.

Ainda nesta linha de raciocínio, Pais (2014) citado em Deitos (2019) "a principal
dificuldade apontada pelas empreendedoras é a falta de financiamento"(p.17). Essa
visão é contrariada pela Comissão Europeia (2012), citado em Cardoso (2016) onde
concluiu que um dos principais obstáculos ao empreendedorismo é a falta de recursos
financeiros e o clima económico desfavorável actual.

Porém quando levada em consideração a segunda maior dificuldade apontada pelos


entrevistados, que é a falta de clientes por causa da Covid 19, notamos que converge
com a pesquisa do SEBRAE (2020), "com base na segunda rodada de pesquisa com
empresários, os pequenos negócios têm sido fortemente afectados pela pandemia do
Covid-19" (p.17).

O sector empresarial figura como um dos sectores que mais vai se ressentir dos efeitos
desta pandemia, uma vez que as medidas de contenção da propagação da pandemia
implicam a redução do nível de actividade económica global, tendo resultado na
disrupção das cadeias de valor, quebra das ligações intersectoriais, aumento do risco de
investimento e deterioração do ambiente de negócio(CTA, 2020)

De forma geral, referente a esta categoria compreende-se que, apesar do


empreendedorismo praticado no Município da Ilha de Moçambique, reduzir o
desemprego e melhorar a vida dos Munícipes esta prática encontra-se limitada no que
diz respeito a sua expansão devido a falta de incentivos financeiros, falta de clientes por
causa da Covid 19 e falta de espaço para novas construções comerciais e isso, limita aos

31
praticantes ou mesmo aqueles que desejam praticar, e consequentemente o número dos
praticantes torna-se cada vez mais reduzido e a sua contribuição também não é tão
visível como se deseja.

CAPÍTULO V‫ ׃‬CONCLUSOȆS E SUGESTOȆS

5.1. Conclusão

32
O presente estudo visou essencialmente analisar o empreendedorismo como factor
impulsionador do desenvolvimento local, olhando concretamente para o caso do
Município da Ilha de Moçambique, de modo a aferir até que ponto a actividade
empreendedora contribui na melhoria da qualidade de vida dos empreendedores e suas
famílias?Assim, o estudo concluiu, com base nos seguintes objectivos nomeadamente
‫׃‬Identificar as áreas de actividade dos empreendedores da Ilha de Moçambique;Avaliar
o contributo socioeconómico resultante das actividades empreendedoras na Ilha de
Moçambique e Descrever os desafios resultantes do empreendedorismo na Ilha de
Moçambique.
Neste caso, no que se refere ao objectivo identificar as áreas de actividade dos
empreendedores da Ilha de Moçambique, o estudo concluiu que os empreendedores do
Município actuam em diversas áreas nomeadamente‫׃‬Comercio, turismo, pesca e
indústria salineira, mas segundo as informações provenientes da recolha e tratamento de
dados, ficou claro que há tendência para um peso maior na área do comercio, isto é, esta
área tem sido a área que envolve mais empreendedores em relação as outras áreas de
actividade, devido a sua facilidade em negócios por essa razão os empreendedores
optam por essa área porque as outras áreas são vistas como sendo mais complexas e
requerem investimentos pouco elevados.

Tratando-se do objectivo avaliar contributo socioeconómico resultante das actividades


empreendedoras na Ilha de Moçambique, neste estudo concluiu-seque, as actividades
económicas em alusão contribuem para a redução da pobreza nos Munícipes, o que
significa melhoria das condições de vida. O comércio é apontado como sendo a
actividade que mais contribui, pois a venda regista-se em quase todos cantos do
Município e por isso, considera-se fonte de auto-emprego, pois, é através do rendimento
proveniente dos negócios que permite aos munícipes a construção de casas melhoradas,
pagamento de despesas escolares dos seus educandos ou suas famílias e outras despesas
caseiras.

Por outro lado, os representantes das instituições públicas não esconderam a sua
satisfação em relação as actividades realizadas pelos empreendedores porque, segundo
suas declarações, é a partir delas que há incremento na arrecadação das receitas locais,
através de pagamento de taxas ou impostos exigidos por lei, sendo que a maior parte dos

33
empreendedores contribuem para os cofres do Município num valor anual de
193.125.00 Meticais.

No que diz respeito ao objectivo descrever os desafios resultantes do empreendedorismo


na Ilha de Moçambique, o estudo conclui ainda que,os empreendedores no Município da
Ilha de Moçambique encaram sérios problemas, particularmente, financeiros, falta de
clientes por causa da Covid 19 e falta de espaço para novas construções comerciais.
Mesmo assim, desafiam manter firme as suas actividades com vista a acelerarem o
desenvolvimento à vista nas suas famílias. Para isso, eles estão determinados a
colaborarem com qualquer que seja o investidor a disposição para os financiar, quer em
valores monetários assim como em materiais adequados à actividade que desejarem
apoiar.

5.2.Sugestões

Ao longo do trabalho foi possível compreender que uma das grandes dificuldades que as
actividades empreendedoras enfrentam na Ilha de Moçambique é a falta de fontes de
financiamento para o exercício das suas actividades quotidianas. Sendo assim, sugere-se
que as autoridades locais se encajem na mobilização de parcerias junto de entidades
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras com vista a dinamizar o
empreendedorismo na Autarquia. Enquanto isso, sugere-se ainda que as instituições
financeiras existentes na praça criem oportunidades estimulantes de acesso ao
financiamento, através da redução das taxas de juros aplicadas nos actuais empréstimos.

Apesar do empreendedorismo ter sido introduzido nas escolas como disciplina, com o
objectivo de incutir nos alunos noções básicas do empreendedorismo, como forma de
fomentar um pensamento criativo e inovador, é necessário que as instituições públicas e
privadas continuem a trabalhar junto com as comunidades locais promovendo
capacitações, palestras ou seminários subordinados a temas relacionados com o
empreendedorismo, os quais serão moderados ou encabeçados por empreendedores de
sucessos - pessoas com larga experiência na matéria.

6.Referências

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Catarina.

37
APÊNDICES

7.Apêndice 1. Guião de entrevista

O presente guião de entrevista visa a recolha de dados sobre o tema: “O


Empreendedorismo como factor impulsionador do Desenvolvimento Local: Caso

38
específico do Município da Ilha de Moçambique.” Por toda colaboração prestada, sem a
qual este trabalho não seriaviável, manifesto desde já o meu agradecimento, uma vez
que da sua sinceridade e da ponderação das suas respostas depende a validade do
mesmo.

1.Quais são as áreas de actividades económicas desenvolvidas pelos empreendedores na


Ilha de Moçambique?

2.Qual é actividade económica que desenvolve?

3.O que motivou a desenvolver esta actividade?

4. Na sua opinião, algo melhorou na sua vida e da família durante o tempo que vem
praticando esta actividade? Se sim porque?

5.Quais são os contributos resultantes das diversas actividades empreendedoras?

6.Quais são os principais constrangimentos que encaram os empreendedores no


Município da Ilha de Moçambique?

..................................................... FIM……………………………………………………

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