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DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria Vânia Bernardino Nhamutote,
estudante da Universidade Católica de Moçambique Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e
Mineralogia. Resultado de um esforço pessoal, com excepção nas citações, que foram obtidas em
outras fontes. Este trabalho nunca foi submetido a uma outra Universidade.
A Autora
____________________________________
O Supervisor
_______________________________________
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu amigo, companheiro e amado esposo, Heitor Sive, por sempre estar
ao meu lado. Obrigado pelo carinho, pela compreensão cumplicidade, e por acreditar em mim,
mostrando que tudo é possível basta perseguir os sonhos.
A minha mãe, Helena Banze, minha mais bela e razão de existir, pelo amor, dedicação,
ensinamentos, e pelo apoio incondicional em todos os momentos da minha vida.
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiro, a Deus pela vida, pela sabedoria, por todas as minhas conquistas pessoais e
profissionais, e por ter colocado em meu caminho pessoas tão especiais, que não mediram
esforços em me ajudar durante a realização deste trabalho de lincenciatura. A estas pessoas vai
aqui meus sinceros agradecimentos.
Aos meus pais, Bernardino Nhamutote e Helena Banze, por terem me trazido ao mundo e pelo
amor.
Ao meu esposo Heitor, que não mediu esforços para garantir meus estudos, e por ter
proporcionado a oportunidade de estudar e oferecido todas as condições para que pudesse fazé-lo
com sucesso, pelo incentivo e apoio, pela compreensão dos momentos solitários enquanto eu
estava fazendo trabalhos.
Um agradecimento especial á minha filha Kaylane, e peço perdão pela minha ausência em alguns
momentos de sua vida, que precisaste de carinho, atenção e a mamãe não se encontrava em casa
pra poder dar o amor.
Aos meus irmãos, Emidio, Isaias, Julinho, Papaito, Sofia e Rosa pela força, pelos ensinamentos
em todos os momentos da minha vida.
As minhas cunhadas Dinha, Paulinha, Marta e Manoca, pelos conselhos nas dificuldades que eu
encarava dia-pós-dia nesse percurso, e fizeram entender que o futuro é feito apartir da constante
dedicação.
Aos colegas do curso de Administração Pública, em especial a Farzana, Bendita, Graça, Davide,
Clarisse, Luisa, que compartilharam alegrias, angústias, conhecimentos, idéias, nas infinitas
manhãs e tardes na UCM, Foi uma convivência maravilhosa e enriquecedora.
III
A gradeço a todos os docentes, do curso de Administração Pública, em particular a Deolinda
Inácio, José de Albuquerque, Longo Chuva, Elton Caetano, Alba Mate, Anussa Ali, e Fernando
Colaço pela formação.
Dirijo ainda, um agradecimento especial ao meu supervisor, José de Albuquerque pelo tempo que
disponibilizou, pela paciência e atenção, pelos ensinamentos ao longo do trabalho, pela
simplicidade com que me tratou, vai o meu muito obrigado.
As minhas amigas Sofia, Gina, Inocência, Luisa, pelo apoio, amizade e companherismo em todos
os momentos.
A todos que directa ou indirectamente contribuiram para a realização deste trabalho, o meu muito
obrigado.
IV
EPIGRAFE
“Conhecimento não é aquilo que você sabe, mas o que você faz com aquilo que você sabe”
Aldous Huxley
V
RESUMO
O presente trabalho tem como tema análise do orçamento participativo no contexto do
desenvolvimento do município da Cidade de Tete período de 2012 à 2015, como um mecanismo
para o alcançe do desenvolvimento local. A escolha deste tema justifica-se pelo facto do
orçamento participativo ser o processo que pode levar ao desenvolvimento local, através da
participação da comunidade nos debates que o município tem feito para a definição de
prioridades. O objectivo geral do trabalho é de analisar o orçamento participativo no contexto do
desenvolvimento do município da Cidade de Tete e de forma especifica pretende-se descrever o
processo do orçamento participativo no município da Cidade de Tete; perceber o grau de
cooperação entre a comunidade e o município da Cidade de Tete no processo do orçamento
participativo e por fim compreender o contributo do orçamento participativo no desenvolvimento
do município da Cidade de Tete no período de 2012 à 2015. O problema que se levanta neste
trabalho é de perceber em que medida, estará o orçamento participativo a contribuir para o
aprofundamento da participação em vista ao desenvolvimento do município da Cidade de Tete.
Metodologicamente a pesquisa é do tipo qualitativo e quanto ao objecto é descritivo e a recolha
de dados baseou-se em fontes bibliográficos, entrevista semi-estruturada, questionário e análise
documental. Diante disso concluiu-se que apesar das dificuldades, que ainda devem ser
superados, fica claro que sem os municipes, dificilmente poderá-se alcançar o desenvolvimento
local na Cidade de Tete, assim, como em todo o país e assim sugere-se que deve-se envolver mais
os chefes locais na mobilização da comunidade para a participação na vida do município.
Palavras-chave: Orçamento, Participação, Desenvolvimento, Município.
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LISTA DE ABREVIATURAS
AM_________________________________________________________Assembleia Municipal
CM___________________________________________________________Conselho Municipal
DM____________________________________________________________Distrito Municipal
OP________________________________________________________Orçamento Participativo
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LISTA DE TABELAS
Tabela______________________________________________________________________pág
VIII
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.2.Contextualização
Actualmente, a maioria dos países de regimes democráticos, como é o caso de Moçambique vêm
buscando mecanismos de incentivo à participação dos cidadãos na tomada de medidas para
solução das necessidades locais através da descentralização, (Dias, 2015 & Nguenha, 2009). No
entanto, a descentralização democrática ou devolução aos municípios, cede a autoridade de
decisão e influência as instituições eleitas democraticamente garantindo de forma mais directa o
acesso do cidadão ao processo decisório local, através de mecanismos de participação, dentre eles
o orçamento participativo que doravante passaremos a designar por (OP).
Importa clarificar que este processo é visto como uma gestão partilhada, isto é, a gestão dos
municípios passa a ser partilhada entre a comunidade e os gestores públicos, entretanto a
planificação do desenvolvimento dos municípios, a definição das prioridades e as necessidades
que a comunidade tem, passa a ser definida em processo participativo, isto é, a comunidade
acompanha o financiamento, fiscaliza a execução das actividades municipais.
Ė importante mencionar ainda que ao falar do orçamento participativo deve-se ter em conta três
fases do processo de municipalização, pois na primeira fase que deu-se apartir de (1997 à 2002),
nessa fase era prematuro falar-se em processos de orçamentação participativa na gestão
autárquica, sendo que, era uma fase de aprendizagem, o processo de tomada de decisão e de
participação na elaboração dos programas e planos anuais abrangia somente os órgãos
autárquicos, pois, um dos municípios a implementar o OP na fase de aprendizagem foi o
município de Dondo. Já a segunda fase que deu-se apartir de (2003 à 2008) esta fase foi
caracterizada pelos resultados satisfatórios que o município de Dondo obteve, e os outros
sentiram-se encorajados a implementar, a terceira fase deu-se apartir de (2009 à 2013) esta fase
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foi caracterizada pela implementação do OP nos municípios de Vilanculo, Monapo, Chimoio,
Nacala e Gurué que foram influênciados pela experiência do município de Dondo, (Nguenha,
2009).
1.3 Problematização
Orçamento Participativo (OP) é um dos processos que garante a forma mais directa de acesso da
comunidade ao processo decisório local, é neste âmbito que um dos principais objectivos é
aproximação do cidadão na tomada de decisões e na definição de prioridades, (Nguenha, 2009). Ė
nessa óptica que OP deve ser visto como uma nova forma de governação baseada, não apenas, na
participação directa dos cidadãos, em amplos processos de consulta ou decisão partilhada, mas,
particularmente, na definição de prioridades de investimentos do orçamento participativo
municipal.
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na discussão das necessidades da comunidade, contribui para aprofundar o exercício da
democrácia através do diálogo que o município estabelece com os cidadãos.
Um dos grandes problemas que se verifica ao nível do município da Cidade de Tete é a fraca
participação aliada a uma fraca prestação de contas aos cidadãos, contrariando assim, a lógica do
orçamento participativo que é da promoção da justiça social e desenvolvimento local. Diante
deste posicionamento questiona-se o seguinte: Estará o orçamento participativo a contribuir
para o aprofundamento da participação em vista ao desenvolvimento do município da
Cidade de Tete?
O trabalho será norteado por um (1) objectivo geral, três (3) objectivos específicos e três (3)
questões de investigação subjacentes aos objectivos específicos.
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1.6 Justificativa e Relevância da Pesquisa
1.6.1 Justificativa
O desejo em desenvolver este tema, nasce de algumas curiosidades obtidas nas aulas de
Administração Autárquica, que abordam assuntos tais como a descentralização administrativa,
gestão participativa. Deve-se ainda ao facto do orçamento participativo ser o processo que pode
levar ao desenvolvimento local, através da participação da comunidade nos debates que o
município tem feito para a definição de prioridades, entretanto, importa ressaltar que, ao se
implementarem essas prioridades melhora-se a qualidade de vida da comunidade.
Ao nível social pretende-se que o presente estudo traga a forte participação dos cidadãos na
tomada de decisões, visando o fortalecimento da democrácia participativa, empoderamento a
comunidade no processo de orçamento participativo, para que sejam capazes de fiscalizar o
cumprimento do orçamento participativo e exigir o não cumprimento.
Em termos pessoais o tema é importante, porque ao conseguir com que a comunidade conheça a
sua capacidade de influênciar as decisões, espondo as suas necessidades, estaremos a motivar a
comunidade a participar nos processos do orçamento participativo.
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1.6.2. Relevância Teorica
A nível teórico é pertinente fazer uma investigação sobre este tema, pois, poderá trazer possíveis
benefícios para o orgão autárquico, para o município bem como para os cidadãos.
A delimitação temporal do estudo compreende o período de 2012 à 2015 a escolha deste período
deve-se ao término da terceira fase da evolução dos processos participativos na gestão municipal,
no entanto será feita análise dos seus efeitos até 2015, na vertente do orçamento participativo no
contexto do desenvolvimento municipal. E a escolha do Município da Cidade de Tete deve-se ao
facto de ser um município em desenvolvimento e também devido a sua localização, e pela
facilidade de deslocamento que facilitou a realização do estudo.
O trabalho está estruturado por capítulos. O primeiro capítulo é composto pela presente
introdução, que retrata sobre a breve contextualização, a problematização, a delimitação e
justificativa do tema, os objectivos, as perguntas de pesquisa cujas respostas se encontram ao
longo do trabalho (os desafios encontrados ao longo da pesquisa e tratamento de dados) as
limitações do trabalho e a estrutura do trabalho. O segundo capítulo é composto pela revisão da
literatura, na qual se faz analise dos conceitos básicos, a relação dos conceitos básicos, a revisão
da literatura focalizada e empírica. O terceiro capítulo retrata sobre a metodologia de investigação
que compõe o tipo de pesquisa, as fontes de informação, a apresentação dos participantes do
estudo, a caracterização do local da pesquisa e as técnicas utilizadas na recolha de dados e na
análise dos resultados. O quarto capítulo está composto pela à apresentação, análise e
interpretação de dados recolhidos, à discussão dos resultados e posicionamento do pesquisador. O
quinto capítulo corresponde às conclusões e recomendações.
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CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO
2.2.1 Descentralização
Araújo (2005, citado em Passos, 2005) define descentralização como sendo pessoas jurídicas
distintas, sem vínculo de subordinação de uma perante a outra.
Pena (2016) define o local como sendo um sitio em que uma determinada pessoa possui certa
familiaridade ou intimidade, como uma rua, uma praça ou a própria casa.
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Depois de ter discutido os conceitos acima referenciados pode se concluir que, local torna-se uma
realidade, a partir da convivência, familiaridade com o mesmo, visto que as actividades sociais
realizam-se no local onde estão inseridas.
Para Zavale (2011), o poder local deve ser definido como o poder atribuido, exercido nos termos
da lei, ao nível das comunidades locais, através de orgãos descentralizados, de instituições
organizadas tradicionalmente.
Por outro lado Zavale (2011, p.35), define poder local como sendo “a necessidade que as
populações de um determinado território, têm de auto-administrarem e gerirem, autonomamente,
os interesses próprios e comuns”. De acordo com o artigo 272, número 1 da CRM (2004), o poder
local compreende a existência de autarquias locais.
Depois de ter discutido os conceitos acima referenciados conclui-se que o poder local é o poder
que os chefes locais tem exercido, de tomar decisões para o bem da comunidade ou para o bem
comum. Ė nesse contexto que iremos abordar em seguida o conceito de autarquias locais.
De acordo com o artigo 1, número 2, da lei nᵒ 2/97 autarquias locais “são pessoas colectivas
públicas dotadas de orgãos representativos próprios que visam a prossecução dos interesses das
populações respectivas sem prejuizo dos interesses nacionais e da participação do Estado”.
Na vertente de Louro (2014, p.1), autarquias locais “são instituições públicas onde existe uma
grande interação entre o Estado e o cidadão, nesse sentido, as instituições autárquicas devem
empenhar-se na qualidade de prestação dos serviços públicos, através da procura de uma melhoria
contínua na prestação de serviços”.
Por um lado Nunes (2012, p.1), afirma que autarquias locais “é em particular, a transferência de
competências do poder central, para o poder local, considerando as autarquias como as entidades
politicamente credíveis e localmente sustentadas na implementação das actividades”.
Depois de ter se discutido vários conceitos de autores acima supracitados pode-se concluir que
autarquias locais são pessoas colectivas públicas, que tem em vista a satisfação das necessidades
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colectivas ao nível local. Importa clarificar que, para o nosso contexto devido ao objecto de
estudo iremos tratar apenas da figura do município.
2.3.4 Município
Na óptica de Moreno (2013, p.20), município é definido como “pessoas, entidades territoriais
colectivas, como órgão representativo (deliberativo e executivo) emanado das suas respectivas
populações, dotado de autonomia administrativa, financeira, patrimonial, normativa e
organizativa, e que define os interesses das suas populações”
Segundo Pinto (2003, citado em, Pina, Lima e Silva 2008), município é a menor unidade
territorial, com governo próprio, formado pelo distrito-sede, onde acha-se localizada a cidade, que
é a sede municipal e que leva o mesmo nome do município e o território ao seu redor que é a zona
rural.
Diante disso, conclui-se que, município compreende uma cidade, que é a sua sede, e inclui suas
vizinhanças rurais, isto é, área rural ou seja compreende as cidades e vilas.
Lemos (2009, p.3) define comunidade como sendo “unidades sociais que variam de aldeias,
conjuntos habitacionais e vizinhanças até grupos étnicos, nações e organizações internacionais”.
Sustenta Bottomore (1996, p.115), que a comunidade “geralmente indica um grupo de pessoas
dentro de uma área geográfica limitada, que interagem dentro de instituições comuns e que
possuem um senso comum de dependência e integração”.
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desenvolvimento local, Factores-chave do orçamento participativo no contexto do
desenvolvimento local.
2.4.1 Orçamento
Angélico (1995, p.19, citado em Vieira, 2011, p.5), define o orçamento “como um plenejamento
de aplicação de recursos esperados, em programas de custeios, inversões e tranferência durante
um período financeiro”.
Diante disso percebe-se que o orçamento é um instrumento que os gestores usam para melhor
cumprir com os projectos dos munícipes, importa ressaltar que é através do orçamento disponível,
que verifica-se as necessidades mais urgentes para que possam ser os primeiros a serem
executados.
2.4.2 Participação
Por um lado Lousão (2009), diz que participação é uma forma de distinguir as dificuldades que
afligem os cidadãos, isto é, uma forma de identificação de problemas e formulação de propostas.
No entanto Jacobi (1990), salienta que a participação deve ser entendida como um processo
continuado de democratização da vida municipal, que visa, promover iniciativas a partir de
programas e campanhas especiais visando o desenvolvimento de objectivos de interesse colectivo.
Dentro destes conceitos conclui-se que participação é fazer parte nos processos politicos, isto é,
influênciar nas decisões que reflitam os interesses colectivos, no entanto, para que os cidadãos
possam influênciar as decisões devem participar de forma activa.
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2.4.3 Orçamento Participativo
De acordo com Carvalho (2008), o orçamento participativo (OP) é uma das práticas da gestão
democrática das cidades, os quais se dão através da participação da população nos processos de
elaboração e execucão orçamentária dos projectos da comunidade.
Por um lado Azevedo (1994, p.44), define o OP como sendo “um mecanismo governamental da
democrácia participativa que permite aos cidadãos influênciar ou decidir sobre o orçamento
público, geralmente o orçamento de investimentos municipais, através de processos da
participação da comunidade”.
De acordo com o Decreto n.ᵒ 51/2004 de 1 de Dezembro o município da Cidade de Tete pertence
oas municípios de nível “C”, que dividem-se em postos administrativos e estes em bairros
municipais. Na óptica de Nguenha (2009), quanto a forma de participação o município deve-se
dividir em regiões de planificação, juntando bairros com características semelhantes, mas
respeitando os níveis de organização territorial imediatamente superiores, localidades, postos
administrativos e distritos municipais, ao nível de participação mais inferior, seja o bairro ou
conjunto de bairros ou mesmo grupos de interesse, os cidadãos devem ter a possibilidade de
participar directamente no processo.
Conclui-se que, a participação, é um meio mais viável para que se conheça as necessidades que a
comunidade tem, e é através da participação nos processos, que pode-se dar prioridades para a
resolução das necessidades, nesse sentido se apopulação não tem fonte de água, energia ou estrada
é através da participação nos processos que a mesma comunidade poderá decidir o que deverá ser
resolvido primeiro.
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2.4.5 Factores-chave do orçamento participativo no contexto do desenvolvimento local
Nesse contexto Macuácua, Malaire e Santos (2014), mostram factores que podem ser relevantes
para o sucesso da orçamentação participativa que retiraram apartir de experiência, factores como:
Diante disso conclui-se que todos os factores são indispensáveis no processo do orçamento
participativo, entretanto, como um dos principais actores para a promoção do desenvolvimento
local temos o presidente do conselho municipal, que poderá criar mecanismos para que haja
transparência nos processos, mobilizar mais os munícipes para participarem nos processos de
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forma activa, visto que, o que se pretende com esses processos é a definição de prioridades, a
satisfação das necessidades dos munícipes, melhorando dessa forma aqualidade de vida dos
mesmos.
No entanto Dias (2014, p.24), afirma que o objectivo principal do OP “é criar um espaço de
convivência democrática pautado pelo debate político e pela tomada de decisões sobre a alocação
de recursos públicos em prol do desenvolvimento municipal”. Para o alcançe dos objectivos do
OP deve-se preconizar o seguinte, (Dias, 2014):
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disponível para a execução dos projectos prioritários, entretanto, é importante salientar que
durante a implementação, os munícipes fiscalizam os projectos por eles escolhidos.
Macuácua, Malaire e Santos (2014, p. 16) trazem as vantagens do OP, da seguinte forma “no
processo da orçamentação participativa, o governo municipal, os cidadãos e as diferentes
organizações locais (comunitárias, sector privado e sociedade civil) têm motivações diferentes
para apoiar ou opor-se ao processo”. No entanto, este processo de participação directa dos
cidadãos no orçamento participativo traz um conjunto de vantagens para os municípios, munícipe,
ao Presidente do Conselho Municipal, aos vereadores, bem como para a Assembleia Municipal,
(Macuácua, Malaire & Santos 2014):
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2.4.9 Orçamento participativo como estrutura de participação dos cidadãos
De acordo com Macuácua, Malaire e Santos (2014), o orçamento Participativo constitui uma
estrutura de participação dos cidadãos com base em mecanismos e critérios abrangentes
localmente, tais como:
Participação directa dos cidadãos locais, nas suas diversas formas de organização;
Definição de prioridades do investimento público, respeitando as reais necessidades dos
munícipes;
Um debate aberto sobre o orçamento disponível para o financiamento do investimento
público acordado;
Ser um processo continuado e repetido ao longo dos anos, para sua consolidação e
apropriação pelos intervenientes;
Garantir publicamente a prestação de contas, para o conhecimento dos munícipes sobre os
resultados do processo.
Diante disso conclui-se que, os cidadãos devem participar na discussão das necessidades, bem
como na definição das prioridades, entretanto nesses debates, os munícipes teram o conhecimento
do orçamento disponível e que será usado para a execução dos projectos escolhidos pelos
mesmos, importa clarificar que, os cidadãos devem participar na fiscalização dos projectos por
eles escolhidos, pois, isto fará com que haja transparência nos processos, entretanto so
participando que os munícipes possam ter capacidades de exigir o não cumprimento do orçamento
participativo.
2.4.9.1 Príncipios que devem vigorar nos processos do orçamento participativo a nível dos
Municípios
Segundo Dias (2014), existem seis princípios que devem vigorar nos processos de OP a nível dos
Municípios:
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As reuniões de auscultação e priorização a realizar nas comunidades devem ser abertas a
todos as pessoas interessadas, cabendo ao município assegurar uma ampla divulgação;
O OP é uma prática continuada, desenvolvida anualmente;
O processo deverá assegurar o envolvimento dos munícipes no acompanhamento da
execução dos projectos, através de uma estratégia de monitorização participativa;
O município respeitará a decisão dos participantes, cabimentará os projectos vencedores
do OP na sua proposta de orçamento e assegurará a execução dos mesmos.
Dias (2014, p.22) afirma que com esta abordagem metodológica “pretende-se assegurar os
princípios anteriormente referenciados, afirmando que estes processos se encontram ainda numa
fase de experimentação, pelo que apresentam fragilidades”. Segundo o autor acima supracitado,
temos como exemplo de fragilidades a falta de organização das equipas técnicas, atrasos na
execução dos investimentos e défices de comunicação pública. Entretanto apesar das debilidades
acima referidas Dias (2014), refere que o orçamento participativo representa um avanço
assinalável, a pelo menos três níveis:
Permitem fazer chegar mais investimento público aos bairros mais carenciados,
viabilizando serviços e infraestruturas básicas;
Descentralizam o poder de decisão sobre os investimentos públicos para os munícipes em
espaços abertos a todos os interessados, sendo, no entanto, necessário assegurar uma
ampla divulgação;
Reforçam o diálogo entre o município e as suas populações, contribuindo para o
desenvolvimento de uma administração pública mais aberta, transparente e
responsabilizável, e para uma cidadania mais activa, exigente e vigilante.
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2.5.1 Desenvolvimento
De acordo com Sul (1991, citado em Valá, 2009, p. 269), “desenvolvimento é um processo que
torna possível aos cidadãos realizarem o seu potencial, ganharem auto-confiança e viverem as
suas vidas com dignidade e para realização de si mesmos”.
De acordo com a PNUD (s/a citado em Viega, 2008), desenvolvimento é a liberdade que as
pessoas têm de escolher o tipo de vida para viver, com a provisão dos instrumentos e
oportunidades necessárias para fazerem suas escolhas.
Valá (2009) traz uma nova abordagem do conceito do desenvolvimento para Moçambique
traduzido da seguinte forma:
De acordo com Delnet (2002, citado em Valá, 2009), o conceito de desenvolvimento local, apoia-
se na ideia de que nas localidades, dispõem de um conjunto de recursos económicos, humanos,
ambientais e culturais que constituem o seu potencial de desenvolvimento, nesta perspectiva, o
grande desafio é colocado as comunidades locais é de serem capazes de mobilizar as
pontencialidades existentes no seu território, afavor do desenvolvimento.
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Diante disso conclui-se que, o desenvolvimento local é o resultado de um plano orçamentário bem
feito e discutido pelos munícipes, isto é, esse plano reflete as necessidades dos cidadãos, neste
caso haverá uma transformação com a execucão dos projectos prioritários e que possa levar a
melhor qualidade de vida dos munícipes.
Para Nylen (2014), o orçamento Participativo no desenvolvimento local tem sido uma atracção
para os municípios, isto é, tem sido o entendimento de que um orçamento participativo bem
concebido permite aos cidadãos participarem em decisões de despesa pública nos seus bairros e
cidades e ao fazê-lo, encoraja-os a estarem próximos dos seus dirigentes e a tornarem-se parte da
esfera pública ao nível local.
Bandeira (1999, citado em Almeida e Dantes, 2009) salienta que como consequência da falta de
envolvimento da comunidade, muitos programas e projectos governamentais concebidos e
implantados não sobrevivem às administrações responsáveis pelo seu lançamento e acabam por
ser substituídos por outros. Diante disso Bordenave (1994), acrescenta ainda que a luta pela
participação social envolve processos participatórios, isto é, actividades organizadas dos grupos
com o objectivo de expressar necessidades, defender interesses comuns, alcançar determinados
objectivos económicos, sociais, políticos, e influênciar directamente nos poderes públicos.
Nesse contexto conclui-se que sendo os munícipes conhecedores das necessidades que tem
enfrentado, a melhor forma da solução dos mesmos é discutir essas necessidades com os
munícipes, pois, é participando nos debates que possam dar aconhecer ao orgão autarquico as
necessidades, e juntos possam resolver, e dar as prioridades, importa ressaltar que apartir do
momento em que as necessidades urgentes da comunidade são resolvidos, melhora a qualidade de
vida dos munícipes.
De acordo com Santos (2014), o controle social relaciona-se com a participação do cidadão na
gestão pública com a intervenção na tomada de decisão, e também a orientação na administração
de medidas que possam atender os interesses dos munícipes, e ao mesmo tempo exercer controle
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sobre a acção do município, determinando que o gestor público possa prestar contas na sua
actuação.
O orçamento participativo para que possa levar ao desenvolvimento local e mobilizar maior
número de participantes, assegurando a prestação de contas deve obedecer o processo abaixo
mencionado. Segundo Dias (2015, p.27), “as fases do processo do orçamento participativo são
Preparação do processo, Divulgação e Mobilização Pública, Definição dos Projectos Prioritários;
Análise e Validação dos Projectos, Aprovação do Plano e Orçamento, Execução dos Projectos,
Entrega dos Projectos a Comunidade e Avaliação Global do Processo”.
De acordo co Dias (2015), esta fase inicial faz-se uma revisão da metodologia, isto é, uma análise
dos resultados obtidos no OP anterior e proceder os ajustes necessários, definição orçamental e
territórial, definição do valor orçamental a atribuir ao OP e os bairros a serem contemplados.
Esta fase consiste em, assegurar a realização de acções de informação sobre o OP dirigidas a
diferentes grupos tais como: distritos municipais, associações, organizações da sociedade civil,
rádios comunitárias, universidades, internet, de salientar que, nesta fase de divulgação e
mobilização pública, os chefes locais tem o papel de fazer chegar a informação a comunidade,
relacionada com adata, hora, local em que a reunião irá decorrer, de forma a ampliar acapacidade
de mobilização dos munícipes para a participação nas reuniões dos bairros, (Dias, 2015).
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2.6.3 Terceira Fase: Definição de Projectos Prioritários
Segundo Dias (2015), esta fase, é definida as sessões de auscultação dos munícipes, os bairros a
serem contemplados pelo OP são destinados a definir os projectos concretos a serem
encaminhados para a análise técnica dos serviços municipais, pois, as sessões públicas nos bairros
tem como objectivo a auscultação da população dos bairros municipais de modo a conhecer as
suas necessidades e eleger o projecto prioritário do bairro. No entanto os referidos projectos que
resultam do debate entre os participantes, as reuniões do bairro deverão constar numa acta a ser
publicamente divulgada ao nível dos bairros abrangidos e nos respectivos distritos municipais, é
importante salientar que estas reuniões serão acompanhadas por uma equipa do conselho
municipal, que doravante passaremos a designar por CM, coordenação global do OP, chefes
locais e moderadores.
Importa referir que, na análise técnica debruça-se sobre os projectos prioritários definidos ao nível
de cada bairro, seguindo rigorosamente a hierarquização feita pelos munícipes, dentro do
montante máximo a atribuir a cada bairro, a equipa de análise técnica deverá começar pelo
primeiro projecto prioritário de cada bairro, a eventual análise do segundo ou restantes projectos
prioritários só poderá ter lugar no caso do primeiro projecto não reunir as condições de
elegibilidade definidas no regulamento devidamente justificadas, ou no caso da verba atribuída a
cada bairro permitir financiar mais do que um projecto, entretanto, este trabalho é da
responsabilidade da equipa de análise técnica do CM, (Dias, 2015).
Esta fase consiste na aprovação dos projectos no plano e orçamento, cada projecto deverá
corresponder a uma rubrica específica do orçamento municipal e deverá estar alocado ao
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respectivo distrito municipal, após aprovação do plano e orçamento no CM é feita a execução do
projecto, (Dias, 2015).
Esta fase corresponde à finalização da execução física das obras e à sua entrega à população,
devendo o distrito municipal (DM) preparar: a cerimónia de recepção provisória a nível técnico
ou de inauguração a nível superior; a informação ao gabinete de comunicação para divulgação nos
órgãos de comunicação; a colocação da imagem do OP em todos os projectos, de forma a ficar
visível para os munícipes.
Das fases do autor acima referenciados conclui-se que o orçamento participativo é fundamental
para o desenvolvimento local, neste caso quando o cidadão participa na discussão das
necessidades que lhe afectam diariamente, este tem a opção de escolher o projecto a ser executado
em primeiro lugar, e onde o mesmo será executado, é importante salientar que no orçamento
participativo o cidadão tem o poder de tomada de decisão, no entanto, os munícipes devem
participar de forma activa em todas as fases do processo do OP, para que haja transparência nos
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processos, aumentando dessa forma a confiança com os dirigentes, assim sendo, os lideres
comunitários devem ser responsáveis com a divulgação de informações relacionados com a data,
hora, local da reunião em que a comunidade poderá discutir as necessidades e prioridades, logo, a
participação da comunidade na tomada de decisões, leva ao desenvolvimento local, visto que, os
recursos disponíveis são aplicados nos projectos que mais merecem atenção no momento,
melhorando dessa forma a qualidade de vida.
Neste ponto, procuramos trazer um estudo realizado em Campina Grande-PB, relacionado com o
tema análise do orçamento participativo no contexto do desenvolvimento do município da Cidade
de Tete.
Almeida e Dantes (2009) fizeram um estudo que tinha como tema: orçamento participativo e
desenvolvimento local em Campina Grande-PB. O objetivo principal do trabalho consistia em
análisar se a política de participação popular na implementação de políticas públicas ocasionou,
no município de Campina Grande, um desenvolvimento local proporcional à mesma. O problema
do estudo era a relação entre as políticas públicas e o orçamento participativo na promoção do
desenvolvimento local em Campina Grande-PB.
A metodologia usada para a recolha de dados, a pesquisa foi do tipo qualitativo e ao mesmo
tempo quantitativo, a recolha de dados baseou-se em fontes bibliográficos, análise documental. A
população envolvida no estudo, foi a população do município de Campina Grande-PB
21
desenvolvimento será necessário um maior número de participação popular e de investimento em
políticas públicas direcionadas, (Almeida & Dantes 2009).
Neste ponto, procuramos trazer um estudo feito em Moçambique relacionado com o tema análise
do processo do orçamento participativo no desenvolvimento do município da Cidade de Tete.
Nguenha (2009), fez um estudo parecido em Maputo que tinha como tema Governação Municipal
Democrática em Moçambique: Alguns Aspectos Importantes para o Desenho e Implementação de
Modelos do Orçamento Participativo. Tinha como objectivo geral, analisar a governação
municipal democrática em Moçambique: alguns aspectos importantes para o desenho e
implementação de modelos do orçamento participativo, como objectivos especificos os seguintes,
apresentar o quadro legal e institucional da governação Moçambique; discutir o quadro legal e
institucional; identificar e analisar a evolução dos processos participativos; argumentos porque o
orçamento participativo é considerado melhor forma de governação municipal participativa e de
promoção do desenvolvimento local; tinha como problema a reflexão das formas de governação
municipal participativa para uma gestão pública local política e socialmente mais inclusiva, com
os cidadãos mais autónomos nos processos de tomada de decisão.
A metodologia usada para a recolha de dados, a pesquisa foi do tipo qualitativo, os dados foram
recolhidos através dos questionários aplicados a municípios. A população envolvida foi a
população dos municípios de Maputo, Dondo.
No estudo feito pelo Nguenha (2009), conclui-se que as actuais formas de governação
participativa municipais são frágeis e pouco profundas para uma governação local que se pretende
mais democrática e promotora de desenvolvimento local, entretanto, os municípios devem criar
mecanismos para a mobilização da comunidade na participação dos processos, concluiu-se ainda
que apesar da fraca participação da população os municípios que implementaram o orçamento
participativo, afirmam que o OP pode levar ao desenvolvimento local visto que os projectos
executados são as necessidades urgentes da comunidade.
22
2.7.3 Diferenças e semelhanças da revisão da literatura empírica e focalizada
Diante da revisão da literatura empírica no estudo de Almeida e Dantes (2009), conclui-se que
apesar da baixa expressividade da participação popular, constatada pelo estudo, foi possível
constatar que houve desenvolvimento em diversos bairros e localidades do município, concluiu-se
ainda que para que haja o desenvolvimento local que se pretende será necessário um maior
número de participação popular e de investimento em políticas públicas direcionadas. O que torna
semelhante com o estudo, onde podemos encontrar citado ao decorrer da revisão focalizada que
apesar da fraca participação da população os municípios que implementaram o orçamento
participativo afirmam o OP leva ao desenvolvimento local visto que os projectos executados são
as necessidades urgentes da comunidade. Por outro lado divergimos em alguns pontos, nos quais
não são relevantes para o estudo, mas que em algum momento torna se espelho.
Diante de vários conceitos sobre, orçamento participativo, desenvolvimento local, poder local,
constata-se que para o desenvolvimento local é imperioso que os munícipes participem de forma
activa em todos os processos do orçamento participativo. Pois, com a participação dos munícipes
nos processos, discute-se as necessidades que mais afligem a comunidade, e dessa forma, a
mesma comunidade poderá escolher o projecto a ser executado primeiro, isto é, a necessidade que
mais tem afectado a comunidade, poderá ser executado em primeiro lugar, e sem estar de fora em
nenhuma fase dos processos, visto que, nesse processo o que mais se pretende é a transparência
nos processos, e a mobilização de maior número da comunidade, para que participem nos
processos de forma activa.
23
CAPÍTULO III: DESENHO METODOLÓGICO
No presente capítulo, trataremos do tipo de pesquisa onde iremos tratar da pesquisa quanto ao
enfoque e quanto ao objectivo, depois teremos quanto aos procedimentos técnicos e fontes de
informação, segue-se a população e participantes do estudo, igualmente trataremos das técnicas
de recolha dados, técnicas de análise e interpretação de dados, por fim teremos as limitações do
estudo e a caracterização do município da Cidade de Tete.
Quanto ao enfoque, a pesquisa é qualitativa, de acordo com Vilelas (2009), o enfoque qualitativo
é uma forma de estudo da sociedade que se centra no modo como as pessoas interpretam e dão
sentido as suas experiências e ao mundo em que elas vivem. No entanto Creswell (2010, p. 43,
citado em Araújo, 2013, p.2) entende a pesquisa qualitativa como sendo “um meio para explorar e
para entender o significado que os indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou
humano”. Ademais, trazendo esta percepção dos autores para o nosso estudo, pode-se afirmar
que a nossa pesquisa é do tipo qualitativa, e os dados obtidos são analisados segundo a realidade
dos factos, a interpretação dos fenômenos, isto é, o que acontece no campo de estudo nesse caso
concreto no município da Cidade de Tete em relação ao orçamento participativo os dados
recolhidos foram interpretados para que se possa fazer a atribuição de significados.
A pesquisa é de carácter descritiva. Segundo Gil (2002, p.42), as pesquisas descritivas “têm como
objectivo primordial a descrição das caracteristicas de determinada população ou fenômeno ou,
então, o estabelecimento de relações entre variaveis”. É nesta óptica que a nossa pesquisa se
propõe a estudar o nível de atendimento dos orgãos autarquicos no município da Cidade de Tete,
24
as condições de participaçao dos seus munícipes no processo de orçamentação Participativa que
se regista mostrando a realidade do orçamento participativo no contexto do desenvolvimento do
município da Cidade de Tete.
Quanto aos procedimentos a pesquisa é bibliográfica Silva (2011), análise documental Lakatos e
Marconi (2011), e no estudo de caso escolheu-se a entrevista semi-estruturada Martins (2006).
Assim sendo, o nosso estudo quanto as fontes bibliográficas abrangem a informação já publicada,
constituído basicamente por livros, artigos, boletins, jornais e informações disponibilizadas na
internet relacionadas com o município e orçamento participativo. A análise documental consistiu
em recolher dados nos documentos, escritos, onde a recolha realizou-se depois do momento em
que ocorreu o facto.
25
seleccionar determinados elementos da área do estudo do Município da Cidade de Tete pelas
funções desempenhadas, cargos, prestígio ou a própria posição social, influenciam
significativamente nos resultados. E para entender a participação dos munícipes no processo de
orçamento participativo recorreu-se ao método probabilístico de selecção de amostra onde todos
entrevistados (munícipes) tinham a mesma probabilidade de serem seleccionados para a entrevista
através de uma selecção aleatória onde foram entrevistados trinta e um (31) munícipes que
residem a mais de cinco (5) anos no Município da Cidade de Tete.
Na óptica de Lakatos e Marconi (2011, p.86), questionário “é um meio pelo qual o investigador
usa para colecta de informações, que este questionário é constituído por conjunto de perguntas,
que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.
3. Limitações de estudo
Na realização do estudo tive várias limitações, iniciando pela dificuldade de ter acesso a manuais
para a realização do estudo, dificuldade de ter a informação no Município para que pudesse dar
continuidade ao estudo, pois demonstravam indisponibilidade para a entrevista, e isso fez com
26
com que houvesse alguns transtornos em relação ao cumprimento do cronograma de actividades
da materialização do estudo. Bem como o facto dos munícipes não responderem todas as questões
colocadas dificultou um bocado a análise e tratamento dos dados.
A cidade de Tete encontra-se à beira do rio Zambeze, no local onde existem as duas primeiras
pontes sobre aquele rio em território moçambicano: a Ponte Samora Machel, cujo tabuleiro se
estende por um quilómetro, construída no período colonial, e a segunda ponte, a Ponte Kassuende
que fica situada cinco quilómetros a jusante, e que foi inaugurada em Novembro de 2014. A
cidade tem um clima quente e tem abundância de gado caprino, tem a potencialidade de
desenvolvimento agrícola e mineiro.
4.1.2 População
27
O Presidente do Conselho Municipal é o órgão executivo e singular eleito por voto directo e
pessoal dos cidadãos eleitores residentes na respectiva circunscrição territorial. O PCM e os
Vereadores formam o Conselho Municipal, que tomam decisões para cada pelouro em audiência e
em secções que são realizadas uma vez por semana. No exercício das suas actividades, a cada
vereador supervisiona os serviços respectivos, ordena e articula as actividades cuja competência é
exclusiva da entidade municipal.
Administração e Finanças,
Saneamento e Meio Ambiente
Infra-estruturas
Transporte e Transito
Cultura, Juventude e Desporto
Administração Urbana Construção
Educação, Saúde Publica, Mulher e Acção Social
Desenvolvimento Comunitário e Jardins, Mercado e Feiras e Turismo
Os quais são chefiados por Vereadores e por 9 Bairros, nomeadamente: Josina Machel, Mateus S.
Mutemba, Francisco Manyanga, Matundo, M’padue, Filipe Samuel Magaia, Chingodzi, Degue e
Samora Moisés Machel, chefiados pelos respectivos Secretarios dos Bairro. O Conselho
Municipal reúne-se regularmente para a coordenação de actividades, por um lado e por outro, nas
sessões da Assembleia Municipal para a prestação de contas periódica e apresentação de
propostas (planos, relatórios e posturas).
Visão
28
Missão
O Conselho Municipal de Tete tem como missão garantir o desenvolvimento económico e social
dos munícipes através da provisão de serviços, com vista a garantir a qualidade de vida dos
munícipes.
Valores
29
CAPÍTULO IV. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS
Neste capítulo, o estudo dedica-se a fazer a análise dos dados recolhidos no inquérito e interpretar
os seus resultados com a finalidade de poder adquirir um posicionamento em prol do estudo em
análise. Contudo segue-se com os presentes pontos:
1. Na primeira parte deste capítulo destinou-se a apresentação dos participantes do estudo.
2. Na segunda parte, privilegiou-se a técnica descritiva de conteúdo onde procura-se análisar
os conteúdos das respostas as questões abertas.
3. Na terceira parte, o estudo fez uma interpretação e discussão em torno dos resultados
obtidos, comparando-os com as fundamentações teóricas, empíricas e focalizadas.
4. Na quarta e última parte visa a conclusão e sugestões.
Das respostas obtidas, constatou-se que: os munícipes encontram-se num rítmo em que querem
mostrar seus pontos de vista sobre o que acontece na Cidade de Tete.
30
Tabela 2: Tabela referente a faixa etária dos participantes do estudo
Nos dados recolhidos, constatou-se que: em todas faixa etárias mostraram o interesse de ser
investigados, como a idade de 30 a 40 anos mostra o maior envolvimento em seguida mais de 40
anos e por fim de 18 a 30.
Nesta segunda parte, privilegiou-se a técnica descritiva de conteúdo onde procura-se análisar os
conteúdos das respostas as questões abertas, e o procedimento usado. A recolha de informação foi
feita através da entrevista, usando os dados qualitativos. Participaram desse estudo o
Departamento de Vereação da Administração e Finanças, o Presidente da Assembleia, e os
Munícipes. Entretanto poderá-se apresentar os resultados de trabalho de campo em relação aos
dados obtidos nas categorias em todos os participantes no estudo: Participantes do Departamento
de Vereação de Administração e Finanças.
31
b) Questionados acerca do conceito do orçamento participativo, responderam dizendo que
orçamento participativo é o processo onde a comunidade tem a possibilidade de participar
na planificação das necessidades da comunidade.
c) Em relação as fases do processo do orçamento participativo, o Departamento de Vereação
da Administração e Finanças responderam dizendo que, as fases são: auscultação dos
municipes para se conhecer as necessidades; definição de prioridades; selecção das
prioridades dos municipes; compilação pelo Conselho Municipal; apresentação a
Assembleia Municipal para deliberação; inicio da implementação do projecto. O
Departamento de Vereação da Administração e Finanças acrescentou ainda que o
Presidente do Conselho Municipal tem se deslocado aos bairros e acompanha as
necessidades dos municipes, em cada um destes, para a elaboração do plano anual, depois
de elaborados submete-se a Assembleia Municipal após a deliberação distribui-se o
documento para que os municipes, possam acompanhar a execução dos projectos por eles
propostos.
d) Questionados acerca do papel do governo municipal em todo o processo, o Departamento
de Vereação da Administração e Finanças responderam dizendo que o papel do governo
em todo processo, é de alocar os fundos, garantir a execução dos projectos e controlar a
implementação dos projectos.
e) Questionou-se ao Departamento de Vereação da Administração e Finanças o seguinte,
onde é decidido o orçamento participativo e quem tem o poder de tomada de decisão,
responderam-nos dizendo que o orçamento participativo é decidido pelo município, e o
munícipe é que tem o poder de tomada de decisão.
32
necessidades e prioridades que cada bairro municipal apresenta, é de acordo com esses
dados, que são apresentados no Conselho Municipal, e procede a orçamentação das
actividades e remete-se a Assembleia para deliberação.
33
c) Questionados acerca da existência dos processos para garantir a prestação de contas do
orçamento participativo, o Departamento de Vereação da Administração e Finanças
afirmou que, garantem a prestação de contas através de assistência nos bairros.
d) Em relação a questão como o Departamento de Vereação da Administração e Finanças se
relaciona com os chefes locais, sustentaram que, relaciona-se com os chefes locais, através
de consulta para terem conhecimento das necessidades do bairro.
e) Em relação a questão como acomunidade encara o processo de orçamento participativo? o
Departamento de Vereação da Administração e Finanças sustentou que a comunidade
encara o processo do orçamento participativo de forma positiva, visto que, é mais uma
valia para o desenvolvimento do bairro.
34
b) Questionados como avaliam a relação entre os chefes locais e os representantes do
processo de orçamento participativo? Na entrevista constatou-se que: dos 31 inqueridos,
primeiro com a representação de 9 afirmam que a relação é razoavel dos quais 8 homens e
1 mulher; em segundo com representação de 7 dos quais 2 homens e 5 mulheres afirmam
que a relação é nada razoável; em terceiro com representação de 6 dos quais 3 homens e 3
mulheres afirmam que a relação entre os chefes locais e os representantes do processo do
orçamento participativo é excelente; quarto com representação de 2 dos quais 1 homem e
1 mulher afirmam que a relação é pouco razoável e por fim com representação de 7 dos
quais 5 mulheres e 2 homens não tem conhecimento da existência do orçamento
participativo.
c) Perguntado qual é a opinião da comunidade em relação ao orçamento participativo? O
resultado da entrevista é o primeiro com representação de 14 só homens afirmam que o
processo do orçamento participativo é fraco; o segundo com representação de 9 dos quais
só mulheres afirmam que o processo è bom e com representação de 1 mulher afirma que o
processo è excelente e por fim com representação de 7 dos quais 5 mulheres e 2 homens
não tem conhecimento da existência do orçamento participativo.
35
c) Questionou-se que mudanças o orçamento participativo trouxe para o município? O
Departamento de Vereação e Administração e Finanças, afirmou que, as melhorias que o
orçamento participativo trouxe são o aumento de infraestruturas básicas, a melhoria na
qualidade de vida dos munícipes.
d) Perguntou-se quem supervisiona e monitora a execução dos projectos aprovados no
orçamento participativo? O Departamento de Vereação da Administração e Finanças,
respondeu dizendo que, os munícipes e assembleia municipal é que monitoram e
supervisionam a execução dos projectos.
e) Questionados em relação as propostas se devem referir o local de implementação? O
Departamento de Vereação da Administração e Finanças, sustentam que nas propostas
deve estar explicito o local de implementação.
f) Perguntou-se que projectos escolhidos pela comunidade no orçamento participativo e
foram executados no período de 2012 á 2015? o Departamento da Vereação da
Administração e Finanças respondeu dizendo que os projectos executados nesse processo
foram: construção de uma repreza, construção de casas mãe espera no bairro Degue,
construção de um posto de saúde no bairro Matundo, ensaibramento de estradas terceareas
através de saíbro no bairro Mateus Sanção Mutemba, colocação de paves no bairro
Francisco Manyanga.
g) Questionou-se quais as principais dificuldades que o município da Cidade de Tete enfrenta
na implementação dos projectos do orçamento participativo? o Departamento da Vereação
da Administração e Finanças mencionou as principais dificuldades que o município
enfrenta da seguinte forma: a exiquidade de fundos, ampliar o processo do orçamento
participativo para que possa abrangir mais bairros.
h) Questionados se gostariam de acrescentar alguma informação? O departamento da
Vereação da Administração e Finanças em relação a última não tinha nada acrescentar.
36
b) Questionou-se que lições pode tirar desse processo? o Presidente da Assembleia
Municipal sustentou que, tira-se lições positivas, visto que é um processo bom, pois,
permite obter dos munícipes aquilo que necessitam que seja melhorado.
c) Questionado se gostaria de acrescentar alguma informação? o Presidente da Assembleia
Municipal respondeu dizendo que do momento não tinha nada acrescentar.
37
restantes 2 dos quais só mulheres não tinham nada acrescentar e por fim os 7 inqueridos
dos quais 5 mulheres e 2 homens não tem conhecimento da existência do orçamento
participativo.
Nesta terceira parte, faz-se uma interpretação e discussão em torno dos resultados obtidos,
comparando-os com as fundamentações teóricas, empíricas e focalizadas
38
indispensáveis na divulgação de informação, e para que haja transparência nos processos,
entretanto, com ajuda dos chefes locais poderá-se mobilizar o maior número de munícipes para
que possam participar no orçamento participativo de forma activa, portanto, os munícipes devem
ter conhecimento do orçamento disponível para a execução dos projectos por eles escolhidos e
acompanharem a fiscalização.
39
CAPÍTULO V. CONCLUSÃO E SUGESTÕES
5.1 Conclusão
Da pesquisa feita constatou-se que o município possue um papel muito importante, para o
desenvolvimento local, visto que, o governo local deve se preocupar em satisfazer as necessidades
prioritàrias da comunidade, procurando dar satisfações relacionadas com o orçamento
participativo e criando mecanismos para que a participação dos munícipes seja sempre activa.
Contudo conclui-se o seguinte:
40
mostram-se satisfeitos com o processo. Importa ressaltar que os munícipes, precisam de
orgão autarquico que se preocupe com o bem estar da comunidade, procurando executar
os projectos prioritarios e dando satisfações aos mesmos, para que possam fazer parte de
todo o processo. Pois o que se pretende e uma sociedade justa, pro-activa e capaz de
fiscalizar o cumprimento e o não cumprimento do orçamento participativo.
41
5.2. Sugestões
42
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Legislação
1. Boletim da República: Lei n.ᵒ 2/97 de 18 de Fevereiro. I Serie n.ᵒ7
46
APÊNDICE
47
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Questões de entrevista para a obtenção de informações para o estudo de caso relacionado com
o trabalho do final do curso, de Lincenciatura em Administração Pública, que tem como tema:
Análise do Orçamento Participativo no Contexto do Desenvolvimento do Município da
Cidade de Tete período de 2012 á 2015. Importa ressaltar que a informação disponibilizada
pelo Município servirá somente para efeitos académicos.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
48
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
h) Que passos o município segue para encorajar e mobilizar a comunidade para participar no
processo do orçamento participativo?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
49
l) De que forma o orçamento participativo contribui no desenvolvimento do município da
Cidade de Tete?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
m) Como o município tem feito a distribuíção do orçamento participativo para que possa
levar ao desenvolvimento local?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
q) Que projectos foram escolhidos pela comunidade e foram executados no período de 2012
á 2015?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
50
A Licenciada
_____________________________________________
O Supervisor
_____________________________________________
(José de Albuquerque)
51
Questionário dirigido ao Presidente da Assembleia Municipal
Questões de entrevista para a obtenção de informações para o estudo de caso relacionado com o
trabalho do final do curso, de Lincenciatura em Administração Pública, que tem como tema:
Análise do Orçamento Participativo no Contexto do Desenvolvimento do Município da
Cidade de Tete período de 2012 á 2015. Importa ressaltar que a informação disponibilizada pelo
Assembleia Municipal servirá somente para efeitos académicos.
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g) O que se pode melhorar no orçamento participativo?
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A Licenciada
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O Supervisor
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(José de Albuquerque)
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Questionário dirigido aos munícipes
a. Feminino b. Masculino
a) Entre 18 á 30anos
b) Entre 30 á 40 anos
c) Mais de 40 anos
a) Sim b) Não
4. Participa?
a) Sim b) Não
c) 6 a 11 anos
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Frequentemente Nunca realizou
Não Sempre
Excelente Fraco
Bom Mau
Razoável
9. Qual é a avaliação que a comunidade faz desde que começaram a fazer aparte do
orçamento participativo?
Excelente Boa
10. Acha que o orçamento participativo pode levar ao desenvolvimento local? Como ?
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11. Gostaria de acrescentar alguma informação?
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A Licenciada
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O Supervisor
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(José de Albuquerque)
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Índice Geral
DECLARAÇÃO ................................................................................................................................I
DEDICATÓRIA .............................................................................................................................. II
EPIGRAFE ...................................................................................................................................... V
RESUMO ........................................................................................................................................VI
1.2.Contextualização ......................................................................................................................... 1
57
1.6.2. Relevância Teorica.................................................................................................................. 5
2.4.9.1 Príncipios que devem vigorar nos processos do orçamento participativo a nível dos
Municípios ...................................................................................................................................... 14
58
2.5 Desenvolvimento Local ............................................................................................................ 15
59
3.3.1 População e participantes do estudo ...................................................................................... 25
3. Limitações de estudo................................................................................................................... 26
5.1 Conclusão.................................................................................................................................. 40
60
Referências bibliográficas ............................................................................................................... 42
Legislação ....................................................................................................................................... 46
APÊNDICE ..................................................................................................................................... 47
61