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MONOGRAFIA
O Director do Curso
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(Presidente do júri)
_______________________________
(Supervisor)
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(Co- Supervisor)
_________________________________
(Oponente)
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos docentes Msc. Elias Manjate, e dr. Alcídio Macuacua pela orientação, apoio е
confiança e pelo empenho dedicado, e ao Prof. Doutor. Francisco Januário pelo incentivo
na elaboração deste trabalho.
Agradeço minha Mãe, pelo amor, incentivo е apoio incondicional ao longo da vida e do
período de formação em particular.
Ao meu tio Boavida Muhambe por ter me apoiado em todos momentos da minha vida por
acreditar е investir em mim e aos meus irmãos, sobrinhos, primos e tios pelo apoio.
À todos que directa ou indirectamente fizeram parte da minha formação, о meu muito
obrigado
ii
DEDICATÓRIA
iii
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Abicínia Te resa Muhambe, declaro por minha honra que esta monografia nunca foi
apresentada, na sua essência, para a obtenção de qualquer grau académico, e que a mesma
constitui o resultado da minha investigação pessoal, estando indicados ao longo do texto e
nas referências bibliográficas todas as fontes utilizadas.
_______________________________________
iv
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... ii
DEDICATÓRIA .................................................................................................................... iii
DECLARAÇÃO DE HONRA .............................................................................................. iv
ÍNDICE ................................................................................................................................... v
Table of Contents.................................................................. Error! Bookmark not defined.
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................... vii
LISTA DE TABELA ........................................................................................................... viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................... ix
RESUMO................................................................................................................................ x
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1
1.1 Introdução ....................................................................................................................... 1
1.2 Delimitação do tema......................................................................................................... 3
1.3 Formulação do problema .................................................................................................. 3
1.4 Objectivos da pesquisa ..................................................................................................... 4
1.5 Objectivo Geral................................................................................................................ 4
1.6 Objectivos Específicos ..................................................................................................... 4
1.7 Perguntas de pesquisa....................................................................................................... 5
1.8 Justificativa ..................................................................................................................... 5
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA..................................................................... 7
2.1. Educação Ambiental........................................................................................................ 7
2.2. Saneamento .................................................................................................................... 8
2.3. Gestão ............................................................................................................................ 9
2.4. Tratamento de Águas Residuais ....................................................................................... 9
2.5. Educação Ambiental e Tratamento de Águas residuais..................................................... 14
2.6. O Sistema de Saneamento da Cidade de Maputo ............................................................. 15
CAPÍTULO III: METODOLOGIA ...................................................................................... 17
3.1 Descrição do local do estudo........................................................................................... 17
3.2 Abordagem metodológica ............................................................................................... 18
3.3 Amostra ........................................................................................................................ 18
3.4 Técnicas de recolha de dados .......................................................................................... 18
3.5 Técnica de análise de dados ............................................................................................ 19
3.6 Questões éticas .............................................................................................................. 20
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................... 21
v
4.1. Gestão das Lagoas de Tratamento de águas residuais de Infulene e Educação Ambiental ... 21
Descurso do Sujeito Colectivo 1........................................................................................ 25
Discurso do Sujeito Colectivo 2 ........................................................................................ 25
Discurso do Sujeito Colectivo 3 ........................................................................................ 26
Discurso do Sujeito Colectivo 4 ........................................................................................ 27
Discurso do Sujeito Colectivo 5 ........................................................................................ 27
4.2. Impacto das actividades desencadeadas pelos agricultores ao redor das lagoas de tratamento
de águas residuais ................................................................................................................ 30
Discurso do Sujeito Colectivo 1 ........................................................................................ 32
Discurso do Sujeito Colectivo 2 ........................................................................................ 32
Discurso do Sujeito Colectivo 3 ........................................................................................ 32
Discurso do Sujeito Colectivo 4 ........................................................................................ 32
4.3. Estratégias de consciencialização e sensibilização ambiental e vantagens da gestão correcta
das lagoas de tratamento ...................................................................................................... 34
Discurso do Sujeito Colectivo 1 ............................................................................................ 36
Discurso do Sujeito Colectivo 2 ............................................................................................ 36
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................. 37
5.1. Conclusões ................................................................................................................... 37
5.2. Recomendações ............................................................................................................ 38
5.3 Ao conselho Municipal................................................................................................... 38
5.4 Aos agricultores ............................................................................................................. 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 39
ANEXOS 1 ............................................................................................................................. a
ANEXOS 2 ............................................................................................................................. c
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 2 - Câmara de entrada das águas residuais (Fonte: Manuel et al 2010) .............................. 11
Figura 4 - Saída da Água tratada para o Rio Infulene (Fonte Manuel et al 2010) .......................... 13
Figura 5 - Vista Aérea das Lagoas de Tratamento de Águas Residuais (Fonte: Google Earth) ....... 16
vii
LISTA DE TABELA
viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ix
RESUMO
O presente estudo tem como finalidade, a busca pela compreensão profunda do papel da
educação ambiental na melhoria da gestão das bacias de tratamento de águas
residuais/esgotos de Infulene em Maputo. Este estudo foi realizado na sua íntegra na base
dos seguintes objectivos específicos: Descrever a gestão actual das lagoas de tratamento de
águas residuais/esgotos no Infulene; Identificar (possíveis) problemas inerentes as
actividades da comunidade local nas imediações das lagoas; e, Identificar estratégias de
educação ambiental para a disseminação de boas práticas ambientais na gestão das lagoas.
A pesquisadora manteve contacto com dezanove (19) indivíduos dos quais nove
representam a comunidade de agricultores que realizam suas actividades na ETAR e os
restantes dez representam os funcionários do Conselho Municipal da Cidade de Maputo,
Direcção de Agua e Saneamento. A técnica de análise de dados que foi usada nesta
pesquisa é o Discurso do Sujeito Colectivo (DSC).
O estudo conclui que a limpeza das bacias de tratamento de águas residuais e do capim
existente ao entorno das mesmas, a manutenção e monitoria frequentes podem condicionar
a melhoria da gestão da ETAR e o processo de tratamento de águas residuais que no
momento são consideradas deficientes. A Educação Ambiental tem o papel de disseminar
mecanismos voltados a minimizar os impactos sócio-ambientais identificados, melhorar a
gestão das lagoas e melhorar acima de tudo as cond ições de tratamento das águas residuais.
Propõe-se assim a adopção metodologia participativa como forma de garantir o
envolvimento de todas intervenientes chaves
x
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
De acordo com Rocha, Rosa e Cardoso (2004) afirmam que desde a revolução industrial no
séc. XVIII que o homem tem contaminado o ambiente com os resíduos excedentes de sua
produção ou actividade. Nesta época, os rios e os mares eram os principais destinos deste
tipo de resíduos que, ao serem lançados directamente causavam prejuízos na fauna e na
flora do local, levando à propagação de doenças como a cólera, a febre tifóide ou as
hepatites. Mas com o avanço da tecnologia e com o aumento da consciência ambiental, a
água proveniente do uso doméstico, comercial, industrial e agrícola passou a ser desviada
para um sistema de drenagem que tem o nome de esgotos.
Para Rocha et al. (2004) afirmam que as ETAR’s são a resposta para a questão do, então,
referido reaproveitamento dos recursos hídricos utilizados nas mais diversas actividades
que apresenta benefícios tais como evitar risco para a saúde pública, poluição dos recursos
hídricos para os quais são descarregados efluentes, rede hidrográfica, lagos e o mar, até
1
evita a degradação da flora e da fauna aquáticas. Mas quando lançadas ao ambiente receptor
sem ser tratadas podem trazer consequências tais como poluição do ambiente em geral, sob
a forma de odores desagradáveis ou paisagem alterada e contaminação das águas
subterrâneas e limitando dessa forma actividades económicas, sociais e causando dessa
forma problemas ambientais.
Segundo Muchangos (2007) os problemas ambientais não são só, os problemas a nossa
volta, mas aqueles que na sua origem e através das suas consequências tornam-se
problemas sociais, problema dos cidadãos, da sua história, das suas relações com o Mundo
e a realidade, das suas condições de vida, sociais e culturais. O mesmo autor refere que, o
problema ambiental é aquele que resulta da constatação da diferença entre o estado
ambiental concreto e situação desejada, ou seja a diferença entre a realidade e a finalidade.
Sendo assim, a educação tem como objectivo a disseminação do conhecimento sobre o
ambiente, a fim de ajudar a sua preservação e utilização sustentável.
O presente estudo tem como finalidade, a busca pela compreensão profunda sobre o papel
da educação ambiental na melhoria da gestão das bacias de tratamento de águas residuais
de Infulene em Maputo. Em termos de estrutura, importa referir que este é composto por
cinco capítulos e suas respectivas secções, nomeadamente: Capítulo (I) da Introdução -
onde tem a delimitação do tema, formulação do problema, objectivo da pesquisa, perguntas
de pesquisa e justificativa. Em seguida temos o Capitulo (II) da Revisão da Literatura -
onde temos a visão de viários autores sobre conceitos de Educação ambiental, saneamento,
gestão, tratamento de águas residuais e esgotos, saneamento em Moçambique, saneamento
no meio rural, e por fim o sistema de saneamento na cidade de Maputo. Capítulo (III) da
2
Metodologia - neste capítulo tem a descrição do local do estudo, abordagem metodológica,
amostragem, técnicas de recolha de dados e técnicas de análise de dados. Capítulo (IV) da
Apresentação e Discussão dos Resultados – onde são Apresentados e discutidos os
resultados da pesquisa e por fim no Capítulo (V) das Conclusões e recomendações – onde
são apresentadas as principais constatações e sugeridas algumas recomendações.
Sendo assim, dados relactivos a idade, nome, sexo, formação académica e residência não
foram objecto da analise do presente estudo para garantir que não se perdesse o foco do
mesmo.
3
Aliado a essa falta de um Sistema de Gestão, observa-se uma presença humana ao redor das
bacias de tratamento de águas residuais que utiliza as mesmas para a irrigação de culturas
agrícolas. A utilização dos efluentes não representa apenas um risco à saúde pública mas
também pode afectar o ambiente, pois para além de se utilizar os efluentes, a comunidade
deposita lixo nas bacias, o que perturba o funcionamento normal das mesmas.
Diante do cenário desolador ora descrito, torna-se necessária uma melhor compreensão do
papel da educação ambiental para uma melhor gestão das bacias de águas residuais. Nesta
ordem de ideia surgiu a seguinte questão fundamental que norteou toda a pesquisa:
4
1.7 Perguntas de pesquisa
1. Como é feita a gestão nas bacias de tratamento de águas residuais de Infulene e que
relação pode ser estabelecida com a educação ambiental?
2. Qual é o impacto das actividades desencadeadas pela comunidade local nas imediações
das lagoas de tratamento de águas residuais?
1.8 Justificativa
A escolha do tema do presente estudo foi motivado em primeiro lugar pelo supervisor e a
posterior no decorrer de um estágio no Conselho Municipal da Cidade de Maputo quando
houve o contacto directo com a realidade do local e foram questão que para serem
respondidas seria necessário a realização do presente estudo.
Este tema é de estrema importância, porque pode trazer soluções educativas que possam
melhorar a gestão na utilização das lagoas de tratamento das águas residuais para ser
implementadas pelas autoridades municipais que velam pela área de estudo podendo
também serem replicadas pelo resto do país.
Portanto, consciente de que este estudo vai contribuir para a melhoria da gestão das lagoas
de tratamento de águas residuais, propondo criação de um sistema de gestão das lagoas de
5
tratamento de águas residuais propondo a criação de um programa modelo de educação
ambiental neste local.
6
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo é feita uma revisão da literatura para dar um suporte teórico ao trabalho e
condicionar a melhor compreensão do mesmo. Sendo no entanto, abordados na perspectiva
de vários autores temas como Educação Ambiental; Saneamento; Gestão; Tratamento de
Águas Residuais; Fases de Tratamento de Aguas residuais; Educação Ambiental e
Tratamento de Águas residuais e Sistema de Saneamento da Cidade de Maputo.
De acordo com Leef (2003), a educação ambiental envolve uma função social primordial,
aportar à construção de uma sociedade sustentável e à medida humana, que implica uma
problematização da educação que transmitimos, da visão de mundo que difundimos e da
localização do nosso lugar nele, da racionalidade que subjaz ao conhecimento que se dá, os
valores que guiam a estrutura organizacional da instituição e as ideologias da metodologia e
técnicas que são utilizadas para aportar o objectivo educativo.
Para Furtado (2010), a educação ambiental é uma prática social de aprimoramento humano,
através da transmissão e assimilação de conhecimento popular e científico. É a inda uma
7
acção estruturada ou não, do imaginário ou do mundo real, abrangendo a construção de
conceitos, valores, práticas, habilidades, atitudes e outros atributos que afectam ou são
afectados por: (a) questões e relações entre os organismos vivos – com especial referência
aos humanos – e os meios (água, ar, solo e os ecossistemas), e (b) efeitos económicos,
culturais e políticos que emergem das próprias actividades humanas. Processo por meio dos
quais o indivíduo e a colectividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Dos vários autores acima referenciados corroboram que a Educação Amb iental é uma
prática educativa que permite estabelecer formas de convivência harmónica entre o homem
e o meio ambiente, através da educação para a preservação ambiental e exploração
sustentável e responsável dos recursos a sua disposição. Portanto para o presente trabalho
considera-se Educação Ambiental um processo educativo permanente e primordial para
aquisição de conhecimento, comportamentos, habilidades e atitudes voltadas a melhoria da
qualidade ambiental da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Infulene.
2.2. Saneamento
De acordo com o MICOA (2009), saneamento é o tratamento das condições do meio que
nos rodeia e da nossa vida e como podemos melhorar a nossa saúde e conservar o nosso
meio ambiente, como podemos eliminar do nosso meio ambiente o que nos molesta e
prejudica a nossa saúde, Exemplo: Água a estagnada, o lixo, as fezes humanas e dos
animais. Tendo em conta que, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define o
saneamento como o controle de todos factores do meio físico do homem, que exercem ou
podem exercer efeitos danosos sobre o seu bem-estar físico, mental ou social.
Zanta (2008), por seu turno definiu o Saneamento como conjunto de medidas adoptadas em
uma região, em uma cidade, para melhorar a vida e a saúde dos habitantes, impedindo que
factores físicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar físico
mental e social. O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, o maneio de resíduos
sólidos e drenagem de águas pluviais são conjunto de infra-estrutura e instalações
operacionais que visam melhorar a vida da comunidade.
8
Sendo assim, o conjunto de medidas que visa zelar pela saúde do ser humano, partindo do
pressuposto de que muitas doenças podem se desenvolver quando há um saneamento
precário. Além disso contribui na minimização dos danos ao meio ambiente que interferem
na saúde da população, isto é, protegendo e melhorando as condições de vida das
populações e manter o ambiente em equilíbrio.
2.3. Gestão
Segundo a ECOS (s/d), águas residuais, águas servidas ou esgoto são líquidos gerados pela
actividade humana, nos mais diversificados usos. Seja na mais simples actividade ou na
mais sofisticada indústria, a água é utilizada sendo posteriormente disposta, arrastando
impurezas que certamente são nocivas ao meio ambiente. Sendo assim, uma ETAR tem por
objectivo, reduzir a carga contaminante ou poluente dos esgotos, a um nível compatível
com o corpo receptor, ou seja, de modo que o efluente final tratado possa ser absorvido,
sem provocar a degradação do meio e riscos à saúde do homem.
9
Sendo no entanto, o tratamento de esgotos domésticos importante por permitir que seja
feita a remoção de impurezas, de modo possam ser devolvidos à natureza sem causar danos
ambientais e à saúde humana.
1 - A primeira etapa do tratamento é barrar o lixo sólido que vem junto com o esgoto. Para
reter o material pesado, duas linhas de grades (a primeira com 10 centímetros de espaço
entre as barras e a segunda com 2 centímetros) impedem a entrada de tocos de madeira,
garrafas de refrigerante, pedaços de papel e fios de cabelo que chegam por uma
impressionante tubulação de 4,5 metros de diâmetro;
2 - A fase seguinte, chamada de desarenação, serve para retirar a terra e a areia que se
misturam à sujidade. No fundo de uma grande caixa, um tubo coloca ar na água, fazendo
com que as partículas em suspensão formem uma espiral e se depositem no fundo, e evita
que o atrito dos sedimentos estrague as bombas que impulsionam o líquido no tratamento;
4 - A água do esgoto inicial, ainda suja, vai para o tanque de aeração, habitado por uma rica
fauna de bactérias e considerado o coração da estação de tratamento. Lá, um tubo injecta
micro bolhas de ares, que activam a voracidade desses microrganismos. Alimentando-se da
matéria orgânica dissolvida no esgoto, os bichinhos do tanque comem a sujeira em uma
velocidade milhares de vezes maior do que em um rio;
5 - O líquido que sai do tanque de aeração está quase limpo, mas ainda sobraram as
bactérias. Por sorte, elas também são mais densas que a água e se agrupam no fundo do
tanque. Aí começa a chamada decantação secundária: em tanques redondos, uma pá
10
giratória separa os microrganismos da água limpa e manda-os de volta ao tanque de
aeração;
6 - Depois de tratada, a água que sai da estação está pronta para ser devolvida ao rio. A
eficiência do processo é grande: no total, algo em torno de 90 a 95% da carga orgânica
chega a ser removida.
7 - Mesmo que o produto final seja uma água bem mais limpa, ela ainda apresenta alguns
organismos causadores de doenças. Para ser reutilizada, ela é filtrada e clorada em uma
estação de utilidades. Depois disso, a água serve para irrigação e uso industrial, mas ainda
não é potável (Veja figura 01).
De acordo com DNA (1984), o tratamento de águas residuais na ETAR do Infulene é feito
Biológico e consiste no tratamento Aeróbico e Anaeróbico. Compreende as seguintes Fase:
B. Tratamento preliminar
1- Câmara de entrada
11
3- Grade de barras Médias - esta etapa que tem por objectivo reter o material sólido
grosseiro em suspensão no efluente (veja figura 02).
Figura 2 - Câmara de entrada das águas residuais (Fonte: Manuel et al. 2010)
O caudal é dividido em duas partes iguais, a ser conduzida a cada uma das lagoas
anaeróbicas paralelas
C. Tratamento primário
6- Etapa na qual ocorre em duas lagoas anaeróbicas cada uma com uma área de superfície
de 0,31 ha. A estabilização da matéria orgânica é realizada predominantemente por
processos de fermentação anaeróbia, que processo ocorre na ausência do oxigénio. Onde o
tempo de retenção dos efluentes nas lagoas é de 1,5 dias onde a redução do DBO é de 40%
12
a 50% da carga total transportada para estação, os efluentes tratados são conduzidos para
lagoas facultativas através de vertedouros de transbordamento.
D. Tratamento Secundário
7- Etapa na qual ocorre em duas lagoas facultativas - cada uma com uma área de
superfície de 3,4 ha com profundidade de 2m acima do Nível Médio do Mar (NMM). A
estabilização da matéria orgânica ocorre em duas camadas, sendo a superior aeróbia e a
inferior anaeróbia, simultaneamente onde a redução de 80%. (Veja figura 03).
8- Vala para efluentes - é através dessa vala que são lançados os efluentes tratados para
o rio Infulene da estação de tratamentos para o rio Infulene (ve ja figura 04).
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Figura 4 - Saída da Água tratada para o Rio Infulene (Fonte Manuel et al. 2010)
WHO (1978) refere que os indivíduos deveriam conhecer melhor suas próprias condições
de saúde, de modo que, a partir disto, pudessem se transformar em agentes interessados em
promover seu próprio desenvolvimento, em vez de representarem apenas meros receptores
passivos da ajuda veiculada por outros, muitas vezes até desnecessária. Não se deseja,
portanto, que os indivíduos aceitem passivamente determinadas soluções – mais do que
14
isso, torna-se necessário que adquiram a capacidade de auto-analise, identificando possíveis
soluções e seleccionando a que lhes parece mais conveniente. Ao mesmo tempo, é preciso
que a comunidade se torne receptiva no que respeita à aprendizagem de novas formas de
comportamento.com vista a levantar os danos causados pelo uso de efluentes em tratamento
e desenvolver acções educativas para à comunidade local.
De acordo com Zanta (2008) de várias maneiras a água pode afectar a saúde do homem:
através da ingestão directa, na preparação de alime ntos; na higiene pessoal, na agricultura,
na higiene do ambiente e nas actividades de lazer. E acrescenta ainda que Os riscos para a
saúde estão relacionados com a ingestão de água contaminada através de contacto directo,
ou por meio de insectos vectores que necessitam da água em seu ciclo biológico; os riscos
derivados de poluentes químicos, efluentes de esgotos industriais, ou causados por
acidentes ambientais.
De acordo com Manuel et al. (2010) a maior parte dos centros urbanos de Moçambique
possui sistemas de saneamento deficientes e obsoletos. Concorrem para esta situação
factores como o aumento drástico da população utilizadora, a má utilização e a falta de
manutenção devido principalmente, à falta de meios financeiros dos municípios
DNA (S/d), a maior parte da cidade de Maputo os dejectos Humanos são descarregados
através de sistema de saneamento de baixo custo (Latrinas) e na cidade de cimento existem
sistemas de drenagem de aguas residuais e pluviais e que na maior parte dos casos
funcionam em ligação constituindo em um sistema Misto” este construído em 1948. E o
sistema II construído entre 1982 e 1989 e abrange fundamentalmente o distrito urbano Nr.1.
15
aumentar a pressão de escoamento das águas residuais para a Estação de Tratamento do
Infulene.
E as restantes águas residuais e pluviais são conduzidas para Baia através de vários
emissários, nomeadamente nas Zonas da ponta vermelha, Polana cimento e Baixa da
Cidade. Além das partes acima referidas como sendo servidas pela estacão de tratamento do
Infulene, todas as restantes tem águas residuais tratadas em fossas sépticas domiciliarias,
sendo posteriormente lançadas na rede geral de esgotos e/ou cond uzidas a Baia ou
descarregadas na toalha freática através dos respectivos drenos.
DNA (S/d), Nos bairros suburbanos, com construção precária não existe praticamente
nenhum sistema de drenagem com excepção aos bairros densamente povoados (Mafalala,
Munhuana e Maxaquene A, entre outros) onde o nível freático é elevado. Nestes bairros
existem valetas auto construídas que conduzem as águas para as vertentes naturais.
16
CAPÍTULO III: METODOLOGIA
Figura 5 - Vista Aérea das Lagoas de Tratamento de Águas Residuais (Fonte: Google
Earth)
17
3.2 Abordage m metodológica
3.3 Amostra
No entanto, durante esta pesquisa foi mantido o contacto com dezanove (19) indivíduos dos
quais nove representam a comunidade de agricultores que realizam suas actividades na
ETAR e os restantes dez representam os funcionários do Conselho Municipal da Cidade de
Maputo, Direcção de Água e Saneamento.
Pesquisa Bibliográfica
No que concerne a pesquisa bibliográfica foi feita uma revisão da bibliografia pertinente
capaz de oferecer meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como
também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente e tem
por objectivo permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou
manipulação de suas informações" (Marcone & lakatos, 2003).
18
No entanto, foram consultadas obras e manuais que tratam de educação ambiental,
saneamento, tratamento de esgotos de modo a definir alguns conceitos básicos relacionados
com o tema deste estudo.
Pesquisa de campo
As entrevistas realizadas no decurso deste estudo consistiram no diálogo face a face com
intervenientes chaves. Fizeram parte destes intervenientes, alguns trabalhadores do
Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) e comunidade local do Bairro do
Infulene a fim de adquirir informação necessária para auxiliar a realização deste estudo.
A técnica de análise de dados que foi usada nesta pesquisa é o Discurso do Sujeito
Colectivo (DSC). De acordo com Lefèvre e Lefèvre (2003), o DSC é uma proposta de
organização e tabulação de dados qualitativos de natureza verbal, obtidos de depoimentos,
artigos de jornal, materiais de revistas, semanais, cartas, papers, entrevistas especializadas,
19
entre outros. Por outra os mesmos autores, definem o DSC como um discurso-síntese
redigido na primeira pessoa do singular e composto pelas Expressões Chaves que tem as
mesmas Ideias centrais.
Para realizar a análise dos dados recolhidos ao longo deste estudo, foram transcritas
literalmente todas as respostas dadas pelos intervenientes. Após a transcrição os dados
foram colocados em três tabelas composta pelos Sujeitos, Expressões Chaves e Ideias
Centrais de modo a responder as três questões desta pesquisa.
20
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
S1 A mudança que deve haver esta ligada a Deve haver limpeza das
limpeza das bacias de tratamento de águas bacias devido ao mau cheiro
residuais devido ao mau cheiro e ao entorno. e limpar o capim devido ao
Deve-se limpar o capim devido ao aumento do aumento do índice de
índice de criminalidade, pois os malfeitores se criminalidade
aproveitam da situação para assaltar e violar
mulheres que por ali passam na calada da noite
S5 Deve haver limpeza por causa das cobras. Deve haver limpeza para
Antes era limpo evitar a proliferação de
cobras
21
S6 Existem programas de sensibilização ou de A EA é promovida por uma
Educação Ambiental sobre as lagoas de associação de agricultores
tratamento de águas residuais e quem promove denominada CRIVERDE,
esses programas é uma associação de através de palestras sobre o
agricultores denominada CRIVERDE. A uso de insecticidas.
sensibilização é feita através de palestras,
viradas ao uso de insecticidas
S12 A ETAR ajuda a escoar as águas de uma parte O tratamento das águas
22
da cidade de Maputo e a desvantagem é que o residuais é deficiente e os
tratamento das águas residuais não é bom e os agricultores usam a mesma
agricultores usam a água para regar sem estar para a irrigação.
em condições
S13 A minha percepção sobre EA é que com base É com base na EA que se
nela pode-se sensibilizar a comunidade sobre os pode sensibilizar a
impactos negativos da poluição, uso racional comunidade sobre os
dos recursos, contribuindo para um impactos da poluição e o uso
desenvolvimento sustentável racional dos recursos.
S15 Funciona com tantas dificuldades. Ela é feita O tratamento das águas
nas condições que lá existem apenas e não no residuais é feito com as
seu bom caminho para tal Apesar da má gestão dificuldades que existem.
(manutenção) faz ou reduz a carga viral das Apesar da má gestão a
águas residuais ETAR reduz a presença de
agentes patológicos nas
águas residuais
23
fecais.
24
tratamento biológico das aguas residuais.
Assim sendo pretendem trabalhar em turnos
para sanar esses problemas de utilizadores não
licenciados e com resíduos não permitidos na
ETAR.
25
A mudança que deve haver esta ligada a limpeza das bacias de tratamento de águas
residuais devido ao mau cheiro. Deve-se limpar o capim devido ao aumento do
índice de criminalidade, pois os malfeitores se aproveitam da situação para
assaltar e violar mulheres que por ali passam na calada da noite. Deve haver,
ainda, mudança devido a falta de manutenção das bacias e não é feita a limpeza
com frequência. Antigamente havia uma frota de barcos que eram usados para a
limpeza e remoção da vegetação nas lagoas.
Acho mesmo, que devia-se reforçar a limpeza das bacias porque a água sai do
mesmo jeito que entra. Melhorando assim a limpeza e as condições de tratamento
das águas residuais. Antigamente havia limpeza regular das bacias e actualmente
devido a ausência da mesma verifica-se o aparecimento de malfeitores e cobras. As
pessoas que têm machambas próximas as bacias de tratamento de águas residuais,
não deviam usar aquela água.
A ETAR funciona com tantas dificuldades e a sua gestão é feita nas condições que
lá existem apenas e não no seu bom caminho para tal. Mas apesar da má gestão
(manutenção) faz ou reduz a carga viral das águas residuais. Em suma a gestão da
ETAR é feita aleatoriamente e com pouco controle.
26
Os camiões de sucção depositam as lamas fecais e águas de esgotos nas bacias de
tratamento de águas residuais. Contudo, deve haver recolha dos resíduos sólidos,
tratamento das águas residuais e monitoria da poluição que estas possam causar.
A minha percepção sobre a Educação Ambiental é que com base nela pode -se
sensibilizar a comunidade sobre os impactos negativos da poluição, uso racional
dos recursos, contribuindo para um desenvolvimento sustentável. A Educação
Ambiental consiste na transmissão de conhecimentos, valores, habilidades, atitudes
e competências que visam a conservação e preservação do meio ambiente.
A Educação Ambiental tem a ver com os métodos que devemos usar no seio das
comunidades. Por isso, Julgo que a Educação Ambiental importante e até
indispensável, contudo é ainda pouco divulgada, pois a mesmo visa garantir a
preservação do meio para as gerações vindouras. Os programas de Educação
Ambiental funcionam através dos funcionários afectos a ETAR..
27
O primeiro discurso colectivo, refere que a gestão da ETAR é feita pelo município através
do Departamento de Água e Saneamento, com a responsabilidade de cadastrar os
operadores que despejam águas residuais e lamas fecais na ETAR e de realizar todas obras
de manutenção e revitalização da mesma.
Refere ainda que, neste momento há somente um trabalhador a controlar a entrada e saída
dos camiões de depuração, trabalhando este apenas das 7 horas as 15 horas. Verificando-se
ainda após a sua saída do posto do trabalho a entrada de camiões para fazer o despejo de
águas residuais sem nenhum controlo, fazendo o por vezes no chão (veja figura 06). Assim
sendo existe a pretensão de se trabalhar em turnos para sanar problemas de utilizadores não
licenciados e com resíduos não permitidos na ETAR.
O Segundo discurso colectivo apela a mudança na gestão das bacias de tratamento de águas
residuais, apontando a limpeza das mesmas e do capim existente ao seu entorno como
actividades que podem melhorar o processo de tratamento e reduzir o índice de
criminalidade e a proliferação de cobras. A limpeza e manutenção das lagos devem ser
feitas com frequência e é sugerido aqui o uso de barcos para a limpeza e remoção da
28
vegetação dos resíduos sólidos nas lagoas assim como era feito antigamente, porque
actualmente encontra se no estado deplorável (Veja figuras abaixo).
O terceiro discurso colectivo por seu turno, refere que a gestão da ETAR é deficiente, má e
sem condições apesar de ajudar a escoar parte das águas residuais da Cidade de Maputo.
Mesmo perante essa má gestão acredita-se que o tratamento de águas residuais na ETAR
ajuda a reduzir a poluição e a presença de agentes patológicos na água tratada.
As águas negras e lamas fecais de utentes que não estão ligados a rede de esgotos da Cidade
de Maputo, são depositadas nas lagoas de tratamento através de camiões de sucção. Apela-
se aqui a recolha dos resíduos sólidos e monitoria da poluição durante o processo de
tratamento de águas residuais.
O quarto discurso colectivo afirma que os programas de EA que existem são sobre as
melhores formas de irrigação e sobre o uso de insecticidas, através de palestras. No que
concerne a sua percepção sobre a EA, refere que é com base nela que se pode sensibilizar a
comunidade sobre impactos ambientais e uso racional dos recursos.
29
Numa outra linha de pensamento a EA visa transmitir conhecimentos, valores, habilidade,
atitudes e competências voltadas a conservação e preservação do meio ambiente. Sendo
essa EA importante e até indispensável.
Por fim, o quinto discurso colectivo refere que foi elaborado um documento de postura
Municipal sobre utilização de sistemas de saneamento e drenagem. E um dos objectivos
chaves do documento é estabelecer regras municipais de saneamento e drenagem de forma
qualitativa e quantitativa e contemplar a questão Ambiental. Este documento contém
também num dos artigos as características gerais, facturação e regras específicas do
licenciamento da Etar.
4.2. Impacto das actividades desencadeadas pelos agricultores ao redor das lagoas de
tratamento de águas residuais
30
entupimento dos tubos de descarga águas negras provenientes de
tubos de descarga entupidos.
S7 Os impactos sócio ambientais são: atentado a O uso das águas residuais
saúde por usarem as águas das lagoas e isso das bacias constitui um
pode afectar a população atentado a saúde pública.
31
Discurso do Sujeito Colectivo 1
O primeiro discurso colectivo aponta como impacto, o facto de as culturas serem inundadas
por águas negras devido ao rompimento das condutas ou tubos de descarga que se
encontram entupidos e o aparecimento da praga branca que afecta as hortícolas.
32
Figura 8 - Agricultores tirando água nas lagoas (Fonte: Autora)
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O quarto e último discurso colectivo, afirma que um dos impactos sócio - ambientais é a
redução da procura pelos produtos (hortícolas) produzidos na ETAR porque os agricultores
usam as águas residuais para irrigar, o que constitui um atentado a saúd e pública. Por fim,
aponta-se a falta de controlo do grau de poluição como outro impacto negativo.
34
residuais
S7 Reduz a poluição ambiental e riscos de Redução da poluição
doenças ambiental e dos riscos de
contrair doenças.
S8 Sensibilização sobre os riscos, educação cívica Deve-se promover uma
através de rádios, televisão, palestra nas sensibilização e educação
comunidades sobre tais impactos. cívica através da rádio,
televisão e palestras nas
comunidades.
S9 Vantagens: Tratamento de águas residuais; O tratamento das águas
desvantagem poluição ambiental/cheiro residuais reduz a poluição
nauseabundo ambiental e o cheiro
nauseabundo.
S10 Diálogo/sensibilização pelas organizações As organizações
ligadas ao ambiente ambientalistas devem
promover o diálogo e
sensibilização
S11 Prevenção de doenças, causar problemas de O tratamento de águas
saúde e mau cheiro residuais reduz o mau cheiro
e a incidência de doenças
S12 Criação de grupos focais nas comunidades, É necessária a criação e
criação de agentes de Educação comunitária de capacitação de grupos focais
modo a transmitir mensagens no seio das no sei da comunidade local e
comunidades capacitação de agentes de
educação comunitária.
S13 Tratamento de águas residuais Tratamento de águas
residuais
S14 Vantagens, fácil localização e declividade ideal É necessário que haja
em relação a cidade, desvantagem falta de monitoria
monitoria
35
Discurso do Sujeito Colectivo 1
Eu acho que deve haver encontros regulares com as comunidades para uma
educação cívica relativamente a importância e o uso deste mecanismo ali
implantado. Deve haver também sensibilização, diálogo e Educação comunitária
sobre os riscos do uso da água das lagoas de Infulene. Sensibilização sobre os
riscos, educação cívica através de rádios, televisão, palestras nas comunidades
sobre tais impactos promovidas pelas organizações ligadas ao ambiente.
36
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
A gestão das lagoas de tratamento de águas residuais é feita pelo conselho Município de
Maputo, pelo Departamento de Água e Saneamento. E o processo de tratamento é
considerado deficiente. Mesmo perante ao cenário gestão deficiente, acredita-se que o
tratamento das águas residuais nas lagoas de tratamento da ETAR ajuda a reduzir a
presença de agentes patológicos na água tratada para que seja lançado ao meio receptor sem
causar graves problemas.
Os impactos identificados são: Inundação das hortícolas por águas negras, praga branca que
afecta as hortícolas, falta de apoio para aquisição de insumos, mau cheiro, aparecimento de
cobras, criminalidade e falta de compradores paras as hortícolas produzidas ao entorno das
lagoas de tratamento de águas residuais e redução da procura pelas hortícolas.
Por conseguinte, como estratégias da educação ambiental, o estudo revela que deve haver
encontros regulares com a comunidade para uma educação cívica, campanhas de
37
sensibilização, dialogo e educação comunitárias promovidas através da rádio, televisão,
palestras, capacitação de grupos focais e agentes de educação comunitária com vista à
sensibilização e consciencialização ambiental. No que concerne as vantagens da gestão
correcta das lagoas, ficou patente que a mesma é fundamental porque reduz a poluição no
meio receptor, reduz o risco de contrair-se doenças e o mau cheiro e garante um ambiente
saudável e melhorias a saúde pública.
5.2. Recomendações
Recomenda-se aos agricultores que usem água potável disponível nas fontes existentes ao
redor da ETAR para a irrigação das hortícolas, em detrimento das águas que se encontram
nas lagoas de tratamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manuel, F., Monjane, A., Bandeira, B., Singo O., Amisse L., Alberto F, Hens, L., Júnior
L.M., Moiana,M., Sitóe, P., Fernando, S., Cassam,L., (2010). Manual De Educação
ambiental Nas Escolas Vocacionais De Moçambique. Maputo
Ministério das Obras Públicas e Habitação Direcção Nacional De Água (2007). Plano
Estratégico de Água e Saneamento Rural
Ministério das Obras Publicas e Habitação Direcção Nacional de Água, (2014). Síntese
Anual conjunta de Avaliação de desempenho da Área de Água
Ministério das Obras Públicas e Habitação – Direcção Nacional de Águas SINAS, Analise
de tendências de 2006-2011 com base nos dados do censo e inquérito S/d
39
Olivera, E. M. (1995). Educação ambiental: uma possível abordagem. Brasília: Ibama,
.OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Estilos de vida. Disponível
em:<http://www.opas.org.br/coletiva/tem as.cfm?id =15&area=Conceito>.
Rocha, J.C., Rosa, A. H., & Cardoso, A. A. (2004). Introdução a química ambiental. Porto
Alegre. Brasil Editora Bookman.
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ANEXOS 1
Tópico Qual o papel da educação ambiental, para a melhoria da gestão das lagoas de
tratamento das águas residuais de Infulene?
Na secção seguinte são apresentadas as perguntas a serem aplicadas aos Gestores das
lagoas do Infulene, funcionários do conselho Municipal da cidade de Maputo,
departamento de água e saneamento (CMCM-DAS)
R:
a
3. Qual é a sua opinião sobre a EA nas lagoas de tratamento?
R:
R:
R:
R:
7. Quais são os impactos sócio ambientais que advém das actividades desenvolvidas
palas comunidades nas lagoas de tratamento de esgotos?
R:
R:
b
ANEXOS 2
Tópico Qual o papel da educação ambiental, para a melhoria da gestão das lagoas de
tratamento das águas residuais de Infulene?
A presente pesquisa tem como objectivo principal: Analisar o papel da educação ambiental
na melhoria da gestão das lagoas de tratamento de águas residuais de Infulene, cidade de
Maputo.
Roteiro de entrevista a ser aplicado para recolha de dados de carácter qualitativo relativos a:
Educação Ambiental na Gestão das Lagoas de Tratamento de esgotos: O Caso das lagoas
de tratamento do Bairro de Infulene, Cidade de Maputo, a entrevista será feita no âmbito da
realização do trabalho de culminação do curso de licenciatura em educação ambiental
(Monografia).
Na secção seguinte são apresentadas as perguntas a serem aplicadas a comunidade local que
prática a agricultura nos arredores das lagoas de tratamento de Infulene.
c
Entrevista No. _____
3. Caso sim, como é feito ou quais são os métodos aplicados? a) Visitas as famílias?
b)Trabalho colectivo? c)) Palestras, d) Cartazes, e) Reuniões do Bairro? f) Outros
5. Acha que deve mudar alguma coisa no funcionamento ou na utilização das Lagoas de
tratamento da Etar?