Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
António Domingos
Nampula
Janeiro de 2017
António Domingos
O júri
_______________________________________________________
________________________________________________________
(Oponente)
_________________________________________________________
(Presidente)
The oversights of the execution of solid reinforced concrete slabs are usually seen after the
stripping or over time when the first problems arise. Usually they are failures in the assembly of
the armatures, necessary covering, launching, densification and cure of the concrete. Each service
that is not performed according to the Technical Norms related to it, is subject to the appearance
of pathologies over time, which will generally imply costly repairs and also the lack of security
for the people who live or transit there. Based on what was said, this work intends to analyze the
possible failures in the execution of solid slabs of reinforced concrete and the pathologies that can
develop due to them.
À minha mãe Tebia Afonso Daruba, ao meu pai Domingos Morais Chertaca, a família,
amigos, e colegas de curso que directas ou indirectamente fazem parte do meu quotidiano dedico
este trabalho.
Agradecimento
Agradeço a Deus por me ter dado saúde, sabedoria, oportunidade e força sem as quais não
poderia fazer este trabalho.
Á minha mãe, Tebia Afonso Daruba e pai Domingos Morais Chertaca pelo incentivo ao
estudo e por todos os anos de luta, trabalho, esforço, preocupação, suporte moral, financeiro,
crédito e amor.
Ao Arquitecto Afonso Issufo Nacir pelo apoio técnico e dedicação neste trabalho.
Aos meus grandes amigos que estão distantes e, mesmo assim, mantiveram-se presentes, através
de e-mails e telefonemas.
Lista de Abreviaturas
Introdução
Os megas projectos que vem afluindo o mercado moçambicano, tem obrigado aos profissionais
da construção civil, a concepção de modelos e métodos de construção capazes de responder com
satisfação a procura.
1.2. Tema
Sob o presente trabalho de pesquisa recai o tema: análise de possíveis falhas na execução de
lajes maciças de betão armado que podem levar ao surgimento de patologias.
1.3. Problemática
O sistema de lajes é um sistema que vem sendo usado para edifícios de grande porte desde
sempre pelos profissionais da construção civil. São várias as vantagens que levaram o uso desse
sistema até aos dias actuais, mas a principal razão sabre cai por elas manterem a estrutura de
pavimento e cobertura mais leve e suportarem grandes cargas.
Que métodos são usados para evitar as possíveis falhas na execução de lajes maciças?
1.4. Justificativa
É importante destacar a integração entre um bom planeamento, projecto, execução e
especificação dos materiais, adicionado com a sua manutenção nas obras públicas. O cargo de
técnico médio acarreta ainda a tarefa de definir tendências, e procurar soluções eficazes e
sustentáveis. O crescimento das cidades é um facto, que obriga a que o engenheiro civil ou
técnico médio seja um atento espectador e pesquisador para responder com satisfação a procura
de soluções rápidas face aos problemas encontrados nas obras.
Identificar possíveis falhas que podem ocorrer na execução de lajes maciças e quais
patologias podem surgir devido às mesmas.
1.6. Hipóteses
Capítulo II
Metodologia de pesquisa
O tipo de pesquisa usado no presente trabalho foi o da pesquisa bibliográfica, em que se usaram
todos elementos e regulamentos essenciais para o dimensionamento e análise de estruturas do
género.
2.2. Laje
Laje é um elemento plano, bidimensional, cuja função principal é servir de piso ou cobertura nas
construções, e que se destina a receber as acções verticais aplicadas, como de pessoas, móveis,
pisos, paredes, e os mais variados tipos de carga que podem existir em função da finalidade
arquitectónica do espaço físico de que esta faz parte (SILVA e LÜKE. 2013). De modo geral, são
três os tipos de apoio das lajes: paredes de alvenaria ou de betão, vigas ou pilares de betão. Entre
elas, as vigas nas bordas são o tipo de apoio mais comum nas construções.
Segundo a NBR 6118/03, a durabilidade das estruturas é altamente dependente das características
do betão e da espessura e qualidade do cobrimento da armadura que é adoptado de acordo com a
classe de agressividade imposta pelo ambiente.
2.6. Patologias
Entende-se como patologia das estruturas o campo que faz o estudo das origens, formas de
manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de
deterioração das estruturas.
Materiais e métodos
3.1. Materiais
Desmoldante;
Espaçadores;
Caminhão-Betoneira;
Vibrador;
Pás;
Pá de madeira para acabamento.
3.2. Métodos
Para este artigo, foi considerado que o projecto estrutural das peças estudadas e o das fundações
da edificação foram elaborados segundo as Normas Brasileiras (como por exemplo, a NBR
6118:2003, NBR 6122:1996, entre outras). Seguindo este raciocínio, pode-se dar início às
observações feitas em campo.
Slump test
Haste metálica
Régua
Abatimento
(cm)
Cone de Abrams
Amostra
Base de chapa
metálica
Prever corrente, cadeado e chave para impedir o uso por pessoa sem habilitação e em
horários inadequados ou accionamento acidental.
d)Calhas e correias transportadoras – são indicadas para obras de maior porte, com exigência
de fluxo contínuo de betão em grande quantidade.
O diâmetro interno da tubulação deve ser maior que o triplo do diâmetro máximo do
agregado graúdo;
Reforçar as curvas com escoras e travamento para suportar o golpe de aríete provocado
pelo bombeamento;
Na figura 4 podemos ver que a madeira utilizada no sistema de formas foi retirada de outros
locais da obra e feito um certo “improviso”. Já que não se sabe qual a deformação, se haverá
possibilidade de ocorrer flambagem e as vibrações a que o escoramento está sujeito, a estrutura
fica sujeita a muitos problemas, como fissuras e trincas, que podem facilitar a entrada de agentes
externos causando corrosão da armadura, diminuindo bastante a vida útil da peça de betão
armado. No pior dos casos, se o cimbramento ou o onde ele esteja descarregando as solicitações a
que está submetido não for adequado para o suporte da estrutura, ela pode chegar a ruir e causar
mortes.
b) Agente desmoldante
Seu uso é indicado para promover uma retirada mais rápida e menos danosa das formas, podendo
assim, ter um maior índice de reaproveitamento das mesmas.
Segundo a norma 14931:2004, o agente desmoldante deve ser aplicado exclusivamente na forma,
antes da montagem da armadura. Como se pode ver na figura 5, o agente desmoldante está sendo
aplicado após a montagem da armadura. Isso pode causar uma menor aderência da armadura com
o concreto, fazendo com que a peça não trabalhe da forma que foi calculada.
Sendo assim, a resistência da peça poderá atingir valores bem abaixo do esperado e que
dependendo das solicitações a que está sujeita pode surgir fissuras, trincas e até mesmo chegar a
ruir.
c) Recobrimento da Armadura
Segundo a NBR 14931:2004, o recobrimento especificado para a armadura no projecto deve ser
mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta.
É permitido o uso de espaçadores de betão ou argamassa, desde que apresente relação água ou
cimento menor ou igual a 0,5, e espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contacto
com a forma revestida com material plástico ou outro material similar.
Não devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o betão, tenha
espessura menor do que o especificado no projecto.
d) Ensaios no betão
Não foi feito o ensaio de slump test no concreto de nenhum dos camiões-betoneira utilizados e
também não foi moldado nenhum corpo-de-prova da obra para realização do ensaio de resistência
à compressão. Apenas foi feito para a empresa que forneceu o betão.
Isto faz com que não se tenha certeza, respectivamente, sobre a trabalhabilidade e resistência
daquele betão deixando dúvida sobre as características exigidas em projecto.
Outro ponto notado foi o adensamento do concreto. Não houve o cuidado de não ter contacto do
vibrador com a armadura e parede das formas, como prevê a NBR 14931:2004.
Isto pode originar bolhas de ar na superfície gerando um ponto frágil, já que a área da secção
transversal de betão diminui, e se for ao redor da armadura pode diminuir a aderência da mesma
com o betão.
Figura 8 - Adensamento do betão com vibrador.
A NBR 6118:2003 afirma que a durabilidade das estruturas é altamente dependente da qualidade
e as espessuras do betão do recobrimento da armadura.
É a segregação do betão fresco de tal forma que a sua distribuição deixa de ser uniforme,
comprometendo sua compactação, essencial para atingir o potencial máximo de resistência e
durabilidade.
Principais Causas:
Betão executado com elevado factor água-cimento, acarretando elevada porosidade do betão e
fissuras de retracção.
3.2.10.4. Fissuras
De acordo com a NBR 6118:2003, as aberturas das fissuras não devem ultrapassar:
À 0,2 mm para peças expostas em meio agressivo muito forte (industrial e respingos de
maré);
À 0,3mm para peças expostas a meio agressivo moderado e forte (urbano, marinho e
industrial);
À 0,4mm para peças expostas em meio agressivo fraco (rural e submerso).
As fissuras são fenómenos próprios e inevitáveis do betão armado e que podem se manifestar em
cada uma das três fases de sua vida:
Figura 12 - Fases de vida útil.
Movimentações térmicas;
Movimentações higroscópicas;
Sobrecargas;
Deformações excessivas da estrutura;
Recalques de fundação;
Alterações químicas dos materiais (como a corrosão de armaduras);
Fogo sobre a estrutura.
4. Conclusão
A partir das avaliações patológicas feitas neste trabalho, concluí que ocorrem erros crassos na
execução destas lajes maciças de concreto armado, e, como consequência disto, haverá maior
facilidade na entrada de agentes externos que levarão ao processo de corrosão da armadura,
diminuindo drasticamente a vida útil destas peças.
Um dos factores que pode explicar tais erros é a necessidade de se cumprir os prazos
estabelecidos pelo cronograma físico-financeiro, o que pela rapidez que se executa as tarefas, o
funcionário é levado a esquecer de procedimentos ou até ignorá-los para se atingir prazos.
5. Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de
madeira – NBR 7190.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de
Obras de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2004. 53 p
MÃOS A OBRA PRO: O guia do profissional da construção / Associação de cimento
portland.
BORGES, A. C., Prática das Pequenas Construções Vol. II, 8ª edição, 2004, Editora
Edgard Blücher ltda., São Paulo.
NOTAS DE AULA DA UEPG. Concretagem – Elementos de Concreto Armado.
Disponível em: <www.uepg.br/denge/aulas/Concretagem/Concretagem.doc> Acesso em 25
de jan. 2017.
NOTAS DE UM TRABALHO DE INVESTIGACAO. Patologias em Concreto Armado.
Disponível em: http://rodrigorcarvalho.com.br/artigos/patologias-em-concreto-armado/
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blücher, 1987.
1178p.
BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Rio de Janeiro: RJ. LTC- Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1994. 935p.
HELENE, Paulo R.L. Manual prático para reparo e reforço de estruturas de concreto. São
Paulo: Pini, 1988. 119p.
PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS: Editora Globo,
1979. 435p.
RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini, 1995. 253p.
SAMPAIO, José Carlos de A. Manual de aplicação da NR-18. São Paulo: Pini, 1998. 540p.