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Instituto Superior Politécnico de Songo

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA HIDRÁULICA

Relatório de Estágio Profissional

ANÁLISE DE PERDAS DE CARGA AO LONGO DO SISTEMA ADUTOR NO SSA DA


VILA DE SONGO – FASE DE AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE BOMBAGEM

Autor: Supervisor:

Rui das Bênçãos e Mawanda José


Francisco

Co-Supervisor:

Eng.° Faria Joaquim, MSc.

Songo, abril de 2021


Instituto Superior Politécnico de Songo

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA HIDRÁULICA

Relatório de Estágio Profissional

ANÁLISE DE PERDAS DE CARGA AO LONGO DO SISTEMA ADUTOR NO SSA DA


VILA DE SONGO – FASE DE AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE BOMBAGEM

Autor Supervisor

Rui das Bênçãos e Mawanda José


Francisco

Co-Supervisor

Eng.° Faria Joaquim, MSc.

Songo, março de 2021


Rui das Bênçãos e Mawanda José Francisco

ANÁLISE DE PERDAS DE CARGA AO LONGO DO SISTEMA ADUTOR NO SSA DA


VILA DE SONGO – FASE DE AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE BOMBAGEM

Trabalho submetido para a sua aprovação pelos


membros de júri, como requisito parcial para a
aquisição do grau de Licenciatura em
Engenharia Hidráulica, concedido pelo Instituto
Superior Politécnico de Songo.

Membros de Júri:

O supervisor:

________________________________________

Co-Supervisor

_________________________________________

O Examinador:

_________________________________________

O presidente da mesa de Júri:

__________________________________________

Songo, Outubro de 2019


Instituto Superior Politécnico de Songo

TERMO DE ENTREGA DO RELATÓRIO

LICENCIATURA EM ENGENHARIA HIDRÁULICA

TERMO DE ENTREGA DO RELATÓRIO DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

Declaro que o estudante Rui das Bênçãos e Mawanda José Francisco entregou no
dia__/03/2021 as cópias do relatório do seu estágio profissional com referência Máquinas
e Órgãos Hidráulicos intitulado: ANÁLISE DE PERDAS DE CARGA AO LONGO DO
SISTEMA ADUTOR NO SSA DA VILA DE SONGO – FASE DE AMPLIAÇÃO DA
CAPACIDADE DE BOMBAGEM

Songo ______ de______ de 2021

O Chefe da Secretaria

___________________________________
JIANGSU SUZHONG CONSTRUCTIONS GROUP CO. LTD

DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
RESUMO

O presente trabalho com o tema, Análise de Perdas de Cargas ao longo do Sistema de


adução no Projecto de Ampliação da Bombagem e Reabilitação do Sistema de
Abastecimento de Água na Vila de Songo, com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa como o
dono da obra, Jiangsu Suzhong Construction Group Co. LTD como a empreitada e a
Técnica Engenheiros Consultores como a fiscalização. O mesmo consiste numa
abordagem teórica sobre os inconiventes causados pelas perdas de cargas ao longo de
um sistema de abastecimento de água (SAA), perdas essas resultantes de vazamentos,
introdução de vários órgãos hidráulicos.
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ÍNDICE
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LISTA DE SÍMBOLOS
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Conceito de perda de carga..................................................................................17


Figura 2: Alteração na superfície interna do tubo. (1) tubo novo; (2) formação de camadas
aderentes (incrustações); (3) fenómeno de corrosão (reentrância); (4) surgimento de de
tubérculos (protuberância)....................................................................................................21
Figura 3: (a) Captação por torre. (b) Torre de tomada de água da HCB............................22
Figura 4: Posicionamento de grupos verticais submersíveis de captação de água Bruta do
SBAA-HCB............................................................................................................................24
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LISTA DE TABELAS

Tabela 1:Descrição dos grupos electrobombas submersíveis na estação elevatória de


água bruta (Cota 300)...........................................................................................................23
Tabela 2: Descrição dos grupos electrobombas horizontais na estação elevatória T1 (Cota
400).......................................................................................................................................26
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1. INTRODUÇÃO

1.1. Objectivo geral


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Em geral, o objectivo do presente trabalho é de fazer a avaliação dos impactos que


as perdas de carga causam ao longo do sistema de adução do circuito hidráulico,
sistema esse para o abastecimento de água para a população da Vila de Songo.

1.1.1. Objectivos específicos

De modo a alcançar o objectivo geral, para o presente trabalho apresenta-se os seguintes


objectos específicos:

Abordar, de forma geral, sobre as influências que as perdas de carga têm num
sistema de abastecimento de água para fazer a contextualização;
Fazer a descrição do sistema do sistema de adução;
Descrever os tipos de materiais (tubagens e acessórios hidráulicos) que compõem
o sistema;
Descrever minuciosamente os tipos de perdas existentes ao longo das condutas
adutoras;
Fazer a descrição das perdas de carga que ocorrem em cada estação elevatória
(EEAB, EET1 e EET2);
Dimensionar o sistema de abastecimento de modo a determinar a magnitude das
perdas de carga existentes no sistema.

1.2. Formulação do Problema e Justificativa


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Face ao início dos trabalhos de ampliação e reabilitação do sistema de


abastecimento para o fornecimento de água potável à população da vila de Songo,
fornecimento este que é feito por gravidade através dos quatro depósitos existentes (dois
na zona sul e dois na zona norte) e mais três sendo construídos (dois na zona norte e um
na zona sul), na hipótese dos depósitos não receberem quantidade de água desejada, o
sistema tornar-se-á ineficiente, no entanto, isso condiciona mão abastecimento de água
potável. Portanto, pretende-se fazer a análise de perdas de carga ao logo do sistema
adutor por forma que se garanta a chegada da água aos depósitos que servirá a
população referida em condição de pressão desejada/satisfatória.
Tendo em conta que o escoamento de um fluido (água), através de tubulações
sofre a influência das paredes e de obstáculos (órgãos de manobra e segurança) no seu
interior devido ao atrito do fluido com a parede da tubagem, esta influência promove a
dissipação de energia ou perdas de carga. E sempre que um fluido escoa em numa
tubagem de um ponto a outro haverá perda de energia.

O Sistema adutor para o abastecimento de água à vila de Songo é composto por


vários órgãos hidráulicos que são fundamentais para o correcto funcionamento do
sistema, no entanto, esses órgãos afectam significativamente, no que diz respeito a
perdas de energias. Portanto, o conhecimento de perdas de carga em num sistema de
abastecimento de água, especificamente em tubulações e acessórios hidráulicos são de
grande importância, pois influenciam nos dimensionamentos dos projetos hidráulicos e das
máquinas de fluxos.
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1.3. Metodologia

O presente trabalho foi elaborado na base de: pesquisas bibliográficas em livros e em


arquivos técnicos da JIANGSU SUZHONG CONSTRUCTION GROUP CO., LTD;
pesquisas on-line em ficheiros digitais e em páginas de internet cujos links são
apresentados na bibliografia; conversas com trabalhadores da JIANGSU SUZHONG
CONSTRUCTION GROUP CO., LTD e conversas com especialistas da área em estudo,
ou seja, na área de sistemas de abastecimento de água.
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2. MATERIAS DE PESQUISA E MÉTEDOS

2.1.1. Materiais de pesquisa

Para a realização do trabalho foram realizadas consultas em memória descritiva do


projecto em execução, livros, artigos científicos, monografias de especialização,
dissertações de mestrado, teses de doutorado.

Para a realização dos mapas foram usados programas informáticos como:

 Autocad civil 3D 2012.


 Google Earth;
 Global Mapper;
 ArchiCad versão 24;

2.1.2. Métodos

A partir da revisão bibliográfica foram seleccionados os principais temas relacionados


com o roteiro prático para o dimensionamento hidráulico de sistemas de abastecimento de
água em questão, com o GoogleEarth foi feita a delimitação da área do projecto com
auxilio das coordenadas que delimitam o sistema adutor, com o Global Mapper foram
tiradas as curvas de nível, associadas ao AutoCad Civil 3D para edição das curvas, e com
o ArchiCad foram realizados esquemas, em planta, da exposição dos equipamentos que
compõem o sistema adutor.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Perdas de carga, conceitos e natureza

A perda de carga num tubo, é a perda de energia dinâmica do fluido devido à


fricção das partículas do fluido entre si (devida a viscosidade) e contra as paredes da
tubulação que os contenha. [CITATION Wik20 \l 1046 ]

A resistência ao escoamento no caso de regime laminar é devida inteiramente à


viscosidade, embora essa perda de energia seja comumente designada por fricção ou por
atrito, não se deve supor que ela seja devida a uma forma de atrito como a que ocorre
com os sólidos. A velocidade eleva-se de zero até ao máximo valor junto ao eixo do tubo.
Quando o escoamento se dá em regime turbulento, a resistência é o efeito combinado das
forças devidas à viscosidade e à inércia. A distribuição de velocidades na tubulação
depende da turbulência, maior ou menor, e esta é influenciada pelas condições das
paredes. [CITATION Net18 \l 1046 ]

Figura 1: Conceito de perda de carga.

Fonte: [CITATION Net18 \l 1046 ]


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3.1.1. Classificação das Perdas de Carga em tubulações, peças especiais e

órgãos de manobra e segurança

Na prática, as tubulações não são constituídas exclusivamente por tubos rectilíneos e


de mesmo diâmetro. Usualmente, são incluídas peças especiais e conexões, pela forma e
disposição, elevam a turbulência, provocam atritos e causam o choque de partículas,
dando origem a perdas de carga. Além disso, há também nas canalizações órgãos de
manobra e segurança como, válvulas, registos, medidores etc., também responsáveis por
perdas de carga. As perdas de carga classificam-se em: perdas por resistência ao logo
das tubulações e perdas localizadas ou acidentais. [CITATION Net18 \l 1046 ]

Perdas por resistência ao logo das tubulações/ Resistência ao escoamento

Ocasionadas pelo movimento da água na própria tubulação. Também chamadas de


perdas contínuas. Admite-se que esta perda seja uniforme em qualquer ponto trecho de
uma canalização de dimensões constantes, independentemente da posição da
canalização.[CITATION Net18 \l 1046 ]

"Após inúmeras experiências conduzidas por Darcy e outros investigadores


com tubos de secção circular, conclui-se que a resistência ao escoamento da água
é: directamente proporcional ao comprimento da canalização ( π × D × L ¿;
inversamente proporcional a uma potência do diâmetro ( (1/ D m ); função de uma
potência da celocidade média ( v n); variável com a natureza das paredes dos tubos
(rugosidade), no caso do regime turbulento (k ' ); independente da posição do tubo;
independente da pressão interna sob qual o líquido escoa; função de uma potência
da relação entre a viscosidade e a densidade do fluido ¿.” [CITATION Net18 \l 1046
]
r
1 μ
'
∆ H =k × π × D× L×
D m
n
×v ×
ρ()
μ r
'
Simplificando ao fazer: m= p+1 e k =k × π × ()
ρ
:

k × vn
∆ H= ×L
Dp
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Após várias simplificações concluiu-se que:

L × v2 8 × L× Q 2 Equação 3.1
∆ H =f × =f × 5
D ×2 × g D × π2 × g
A equação (3.1) é designada fórmula universal de Darcy e Weisbach.

A equação (3.1) apresenta, segundo Neto & Fernandéz (2018, p.116), as seguintes
dificuldades:
“(a) em escoamento turbulento, que ocorre quase sempre na prática, a perda de
carga não varia exactamente com o quadrado da velocidade, mas sim com uma
potência que varia normalmente de 1,75 a 2. Para contornar essa dificuldade,
corrige-se o valor de f de forma a compensar a incorreção na fórmula; (b)
considerando que v=Q/ A , v=Q/π ×( D 2 /4 ), e se ‘Q ’, ‘ f ’ e ‘ L’ forem
conhecidos, tem-se que a equação (1.0) resulta em ∆ H =α /D 5 , ou seja, a perda
de carga é inversamente proporcional à 5ª potência do diâmetro, o que não se
verifica na prática, pois as experiências demostram que o expoente de ( D ) é na
prática de 5,25.”

L ×Q 1,85
∆ H =10,643× 1,85 Equação 3.2
C × D 4,87

A equação (3.2), conhecida como fórmula de Hazen-Williams, tem sido a mais usada e
é que dispõe de mais observações ao longo do tempo, com os valores de C (a
determinado projecto em determinadas épocas, presentes ou futuras) organizados em
tabelas, correlacionados ao material e tempo de uso das tubulações. [ CITATION Net18 \l 1046
]

Perdas localizadas ou acidentais

Provocadas pelas peças especiais e órgão de manobra e segurança de uma


instalação. Essas perdas são relactivamente importantes no caso de canalizações curtas
com órgãos hidráulicos; nas canalizações longas, o seu valor frequentemente é
desprezível, comparado ao da perda pela resistência ao escoamento. Essas perdas são
denominadas locais acidentais, localizadas ou singulares. [CITATION Net18 \l 2070 ]
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“A presença de cada um desses acessórios, necessários para a operação do


sistema, concorre para que haja alteração de módulo ou direção da velocidade
média, e consequentemente de pressão, localmente. Isto se reflete em um
acréscimo de turbulência que produz perdas de carga que devem ser agregadas
às perdas distribuídas, devido ao atrito, ao longo dos trechos retilíneos das
tubulações. Tais perdas recebem o nome de perdas de cargas localizadas ou
singulares.”[CITATION POR06 \l 1046 ]

De um modo geral, segundo Neto & Fernandéz (2018, p.119), todas as perdas
singulares podem ser expressas sob a forma

v2 8 ×Q 2
∆ H =K × =K × 2 Equação 3.3
2×g π × D4 × g

3.1.2. Influência do envelhecimento das tubagens

Com o decorrer do tempo a capacidade de transporte de água das tubulações vai


diminuindo. Por exemplo, os tubos de ferro fundido e de aço, quando novos, são mais
lisos e oferecem resistência menor ao escoamento que após alguns anos de uso. Com o
tempo, esses tubos são atacados por fenômenos de natureza química relativos aos
minerais presentes na água, e na sua superfície interna surgem protuberâncias
(tubérculos) ou reentrâncias (fenômeno de corrosão). Essas condições agravam-se com o
tempo. [ CITATION Net18 \l 1046 ]

Outro fenômeno que acontece nas canalizações é a deposição progressiva de


substâncias contidas nas águas e a formação de camadas aderentes (incrustações) que
reduzem o diâmetro útil dos tubos e alteram a sua rugosidade. Essas incrustações
verificam-se no caso de águas muito duras, com teores elevados de certas impurezas.
[ CITATION Net18 \l 1046 ]
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Figura 2: Alteração na superfície interna do tubo. (1) tubo novo; (2) formação de camadas
aderentes (incrustações); (3) fenómeno de corrosão (reentrância); (4) surgimento de de tubérculos
(protuberância).

Fonte: [ CITATION Net18 \l 1046 ]

3.2. Adutora e tipo de captação

3.2.1. Adução de água

É a operação pela qual aquela é conduzida desde a captação até ao local de


abastecimento. Caso existam derivações numa linha adutora, destinadas a conduzir água
para outros pontos do sistema, formando canalizações secundárias, as mesmas são
chamadas subadutoras. Quando se trate de água potável – ou de água previamente
tratada – a adutora chama-se de água tratada; em caso contrário, é chamada de água
bruta. [ CITATION PAI99 \l 1046 ]

3.2.2. Captação por torre

Este tipo de captação é o mais indicado para as albufeiras, nas quais o nível das águas
está mais sujeito a variações. A torre, normalmente é ligada à margem por um passadiço –
que também serve de suporte à tubagem. [ CITATION PAI99 \l 1046 ]
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(a)

(b)

Figura 3: (a) Captação por torre. (b) Captação por torre da HCB

Fonte: (a) [ CITATION PAI99 \l 1046 ]. (b) O autor


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4. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ADUÇÃO

4.1. Sistema adutor existente

4.1.1. Captação Superficial na Estação Elevatória de Água Bruta – Cota 331(Cota


300)

A estação elevatória de água bruta (EEAB), localizada na torre de captação na


albufeira da Barragem de Cahora Bassa, à cota 329 m, é constituída por 3 grupos
electrobomba submersíveis, marca KSB, instalados a uma profundidade de cerca de 30 m,
com capacidade de elevação total de 500 m 3/h (200 m3/h, 175 m3/h e 130 m3/h), altura de
elevação de 120 m e potências de 90 kW, 75 kW e 60 kW, sendo a água elevada para a
estação de tratamento de água (ETA).

Sendo o sistema de captação do tipo Torre, construída em betão armado, montados


em paralelo, possuindo três (3) válvula de retenção, três (3) válvulas de seccionamentos
acopladas a cada grupo, um sistema hidropneumático para choque hidráulico (golpe de
ariete), Compressor de Ar, RAC, sistema de telegestão (automatizado), um (1) medidor de
caudal ultrassónico de marca SIEMENS DN 400mm.

A conduta elevatória, instalada no passadiço da torre de tomada de água, é em aço e


apresenta um diâmetro de 400 mm e uma extensão de 60 m, bifurcando para duas
tubagens de ferro fundido dúctil (FFd) de diâmetro 350 mm logo após o passadiço, com
uma extensão de 680 m, perfazendo uma extensão total de 740 m, sendo a água bruta.

Grupos Caudal Altura Potência


Electrobombas (m3/h) (m) (kW)
N° 1 200 120 90
N° 2 175 120 75
N° 3 130 120 60

Tabela 1:Descrição dos grupos electrobombas submersíveis na estação elevatória de água bruta (Cota 300)

Fonte: O autor
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(a)

(b)

Figura 4: (a) Posicionamento de grupos verticais submersíveis de captação de água Bruta do SBAA-HCB.
(b) Condutas verticais dos grupos da EEAB da HCB

Fonte: (a) HCB. (b) O autor

Características dos Equipamentos da Captação

 Grupo Nº1 (Submersível), Bomba Marca KSB Tipo: UPA300-94/4ª, N° Séries


9972230148-000100-001; Qmax = 200 m³/h, Hman = 120 m. Motor tipo:
UMA250B132/21, tensão: 400/660V, 323A, 2925 rpm, IP 68, 90 KW
 Grupo Nº2 (Submersível), Bomba Marca KSB Tipo: UPA25B-120/4B N° Séries :
1T11-646401 Q max = 175 m³/h, Hman = 120 m, Motor: Tipo: UMA250B132/21, tensão:
380/660V, 124A, 2925 rpm, IP 58, 75 KW
 Grupo Nº3 (Submersível), Bomba Marca KSB Tipo: UPA300-94/4ª N° Séries:
1T10614552 Qmax = 130 m³/h, Hman = 120 m, Motor: Tipo: UMA 250-70/22, tensão:
380/660V, 124A, 2925 rpm, IP 58, 60 KW
 Sistema Hidropneumático (RAC): Compressor: Marca Kayser tipo: K-250-2, N°
séries: 1T10614552; P max : 15 bar , Vol = 1 m³. Motor: Marca SIEMENS, modelo: tipo
parafuso, N° séries: 1LA/1062YF40IP40, Tensão: 3Kw, 380V, 62A, 3Cv, 2840 rpm.
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4.1.2. Estação de tratamento de água e estação elevatória T1 – Cota 400 (Cota

408)

A estação de tratamento de água (ETA) e a estação elevatória T1 (EET1) situam-se à


cota 408, sendo a água tratada elevada para a estação elevatória T2 (EET2), através de
duas condutas em ferro fundido dúctil (FFd) de diâmetro 300 mm e com uma extensão de
2,20 km. A ETA é alimentada, como já foi anteriormente referido, a partir da captação
EEAB.

A capacidade de elevação total é de 430 m 3/h, através de 3 grupos electrobomba


idênticos (Q = 133 m 3 /h; P = 202 kW e H = 295 m), marca KSB, constituída por válvula
de retenção, válvulas de seccionamento acopladas a saída de cada grupo elevatório, um
sistema hidropneumático para choque hidráulico (golpe de ariete), RAC de 5 m³. Duas
válvulas de segurança DN 350mm, a saída do repartidor de caudal de água tratada. Está
infraestrutura têm como principal objetivo, transformar a água bruta em tratada, e
posteriormente bombear até a Estação elevatória.

(a)

(b)
Figura 5: (a) Posicionamento de grupos de elevação horizontal da Estação Elevatória T1 do SBAA-HCB. (b)
Grupos horizontais da estação elevatória T1.

Fonte: (a) HCB. (b) O autor


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Grupos Caudal Altura Potência


Electrobombas (m3/h) (m) (kW)
N° 1 133 295 202
N° 2 133 295 202
N° 3 133 295 202

Tabela 2: Descrição dos grupos electrobombas horizontais na estação elevatória T1 (Cota 400)

Fonte: O autor

Características dos equipamentos da estação elevatória T1

 Grupo Nº1 (HORIZONTAL) Bomba: Marca KSB Tipo: MTCD125/4-10.211.67


N°Séries: 9972198535/600100/02, Qmx = 355 m³/h Hman =295m Peso: 2000T,
Motor: SIEMENS, Tipo: C913675410/100002, Tensão: 400/660V, 660A, 3600rpm,
Cosθ 0.91, IP 55, 400 KW
 Grupo Nº2 (HORIZONTAL) Bomba: Marca KSB Tipo: WL 100/ 5N N°Séries: 6-
271-490417/1, Qmx = 133m³/h Hman =289m, Motor: EFACEC, Tipo:
BF3355M6MD2, Tensão: 380/660V, 350A, 2987 rpm, Cosθ 0.91, IP 53, 275 KW,
275Cv
 Grupo Nº3 (HORIZONTAL) Bomba: Marca KSB Tipo: WL 100/ 5, N°Séries:
9623665/101, Qmax = 133m³/h Hman =295m, Motor: EFACEC, Tipo:
BF3355M6MD2, Tensão: 380/660V, 350A, 2987 rpm, Cosθ 0.91, IP 53, 275 KW,
275Cv
 Sistema Hidropneumático RAC: Compressor: Marca Kayser tipo: K-250-2,
N°Séries: 1LA/1062YF40IP40 Pmax : 15bar Volume=5m³ Motor: Marca SIEMENS
Modelo: tipo parafuso, N°Séries: 1T10614552, Tensao: 3Kw, 380V, 62A, 3Cv,
2840rpm, Cos ø 0,90, 50H
 GRUPO Nº1 (VERTICAL) Abastecimento a central Bomba: Marca SALMSON
Tipo: Mult'V1603- ose-T/2, Qmx = 30m³/h Hman =35m, Motor: SALMSON,
N°Séries: 041/53955 Tensão: 2,2Kw, 230/440V, 7.5A, 3Cv, 2810rpm, Cosø 0,90,
50Hz
 GRUPO Nº1 (VERTICAL) Abastecimento a central Bomba: Marca
GARVENSWERKE WERKE Tipo: FJ6518/5, N°Séries: 9623665/101, Qmx = 40m³/h
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Hman =94m, Motor: GARVENSWERKE WERKE, N°Séries: KDD5785/3Tensão:


15Kw, 380V, 30.5A, 3Cv, 2810rpm, Cosø 0,90, 50Hz

4.1.3. Estação Elevatória T2 (Cota 600)

A Estação elevatória (cota 600) é uma infraestrutura construída para fazer o


incremento de pressão e caudal de água aduzida a partir da ETA, composta por três
grupos elevatórios KSB em paralelo, do tipo WL 100/5ª Horizontal, sendo dois(2) com um
Q=133m³/h, H=280m, e um (1) com Q=142m³/h, H=280m, dois (2) medidores de caudal
ultrassónico de marca SIEMENS DN 300mm, válvula de retenção, duas (2) válvulas de
seccionamentos (motorizadas) DN 300 mm, um (1) sistema hidropneumático para choque
hidráulico (golpe de ariete) com capacidade de 5m³, sistema de telegestão (automatizado),
duas (2) linha de tubagem em ferro dúctil revestimento interno em betão DN300 mm,
numa extensão de 3223m até ao H da Zanco (Zona de interligação) composta por cinco
(5) válvulas de seccionamento e regulador de caudal. A saída do H zanco até aos
depósitos Sul, numa extensão de 2584m uma linha de tubagem em ferro dúctil
revestimento interno em betão DN300 mm, e uma linha de tubagem em ferro dúctil
revestimento interno em betão DN 300 mm a reservatório Norte em um percurso 1209m.

Características dos equipamentos Estação elevatória T2

Grupo Nº1(HORIZONTAL) Bomba: Marca KSB Tipo: WL100/5N N°Séries:


9972198535/600100/02, Qmx = 355 m³/h Hman =289m Peso: 2000T, Motor: SIEMENS,
Tipo: C913675410/100002, Tensão: 400/660V, 660A, 3600rpm, Cosθ 0.91, IP 55, 400 KW

Grupo Nº2(HORIZONTAL) Bomba: Marca KSB Tipo: WL 100/ 5N N°Séries:


9971124703/100, Qmx = 133m³/h Hman =289m, Motor: EFACEC, Tipo: BF3355M6MD2,
Tensão: 380/660V, 350A, 2987 rpm, Cosθ 0.91, IP 53, 275 KW, 275Cv

Grupo Nº3 (HORIZONTAL) Bomba: Marca KSB Tipo: WKF 100/ 5A, N°Séries:
9623665/101, Qmx = 142m³/h Hman =280m, Motor: EFACEC, Tipo: BF3355M62M002,
Tensão: 380/660V, 350A, 2987 rpm, Cosθ 0.91, IP 53, 275 KW, 275Cv
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Sistema Hidropneumático RAC: Compressor: Marca Kayser tipo: K-250-2, N°Séries:


1T10614552, Pmax : 15bar Volume=5m³ Motor: Marca SIEMENS Modelo: tipo parafuso,
N°Séries: 1LA/1062YF40IP40, Tensao: 3Kw, 380V, 62A, 3Cv, 2840rpm, Cos ø 0,90, 50H

(a)

(c)

(b)

Figura 6: (a) Posicionamento de grupos de elevação horizontal da EET1 do SBAA-HCB. (b) Grupos de
elevação de água aos tanques sul e norte. (c) Grupo n° 3 de elevação.

Fonte: (a) HCB; (b) e (c) O autor


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4.1.4. Traçado das condutas

A adução de água é feita através de uma conduta de aço que tem início na torre de
tomada de água da albufeira, com diâmetro 400 mm, bifurcando para duas tubagens de
ferro fundido de diâmetro 350 mm logo após o passadiço. As condutas têm cerca de 740
m de extensão e desenvolvem-se até à ETA. A partir deste ponto desenvolvem-se duas
condutas de FFd em paralelo, com diâmetro 300 mm, até à EET2, com uma extensão de
cerca de 2,2 km. A partir desta estação, a água é elevada para os reservatórios da rede de
distribuição de água através de duas condutas em FFd de 300 mm de diâmetro, tendo 4,4
km de extensão a conduta para o reservatório da Zona Norte e 5,8 km de extensão a
conduta para o reservatório da Zona Sul. As condutas adutoras existentes serão mantidas
no projecto de remodelação do sistema, tendo o aumento da capacidade de transporte do
sistema em conta a limitação imposta pela capacidade de transporte das condutas. Nas
peças desenhadas apresenta-se o traçado em planta das condutas adutoras e o
respectivo esquema altimétrico.

Figura 7: Condutas adutoras do Sistema da rede de adução de água do SAA da vila de Songo

Fonte: O autor
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5. Condutas elevatórias e órgãos de manobra e segurança que compõem a rede

de adução

5.1. Condutas elevatórias

As condutas adutoras são constituídas por tubagens em ferro fundido dúctil com
revestimento interior em argamassa de cimento, marca Pont-A-Mousson, e estão em bom
estado geral. As curvas são do tipo Express.

Figura 8: equipamentos que compõem as condutas elevatórias

Fonte: O autor

Cada tubagem tem um comprimento equivalente de cerca de 6 m. Apoiados em


maciços de ancoragem, sendo os apoios constituídos por blocos de betão simples com
uma chapa em aço a abraçar o tubo, fixa por parafusos encastrados no betão, conforme
ilustra a figura 9 - (a). Nas curvas em planta e em perfil segue-se o mesmo princípio,
sendo os apoios na curva e imediatamente a montante e jusante, figuras 9 – (b) e (c).

Ao longo do traçado as condutas cruzam as estradas através de passagens inferiores


em caleiras. O rio Guto é atravessado duas vezes: uma entre a EET1 e a EET2 e outra
entre a câmara de Zanco e o reservatório da zona sul, sendo que em ambas as travessias
a conduta está á vista na berma da estrada.
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(b)

(a) (c)

Figura 9: Órgão de proteção da conduta adutora contra esforços interiores e exteriores

Fonte: O autor

5.2. Órgãos de segurança ao longo da conduta de adução

5.2.1. Válvulas de retenção


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REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS

BAPTISTA, M., & LARA, M. (2010). Fundamentos de Engenharia Hidráulica (3º ed.). Belo
Horizonte: UFMG.

MARQUES, J. A., & SOUSA, J. J. (2011). Hidráulica Urbana (Sistemas de Abastecimento


de Água e de Drenagem de Águas Residuais (3º ed.). Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra.

NETO, J. M., & FERNANDÉZ, M. (2018). Manual de Hidráulica (9º ed.). São Paulo:
Blucher.

PAIXÃO , M. d. (1999). Água e Esgoto em Urbanização e Instalações Prediais (2º ed.). (E.
Orion, Ed.) Portugal: Orion.

PORTO, R. d. (2006). Hidráulica Básica (4º ed.). São Carlos: RESC-USP.

WIKIPÉDIA. (24 de Junho de 2020). Perda de Carga. Obtido em 12 de Dezembro de


2020, de Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Perda_de_carga

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