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Licenciatura em Engenharia Hidraulica

4o ANO

PROJECTO DE BARRAGEM

GRUPO B

PROJECTO DE BARRAGEM DE BETAO

COMPACTADO COM CILINDRO SOBRE O RIO

GUTO

DISCENTES: DOCENTE:

MUXLHANGA, Félix Fernando; Engo. CARVALHO, Ezequiel Fernandes

CASSIMO, Mário Lourenço;

MULAICHO, Catarina de Fátima;

CHILELE, Franque;

Songo, Setembro de 2019


Curso: Licenciatura em Engenharia Hidráulica
4o ANO

PROJECTO DE BARRAGEM

DIMENSIONAMENTO DE UMA BARRAGEM DE BETAO


COMPACTADO COM CLILINDRO NO RIACHO GUTO

Elaborado pelos estudantes do 4°ano:____________________________________

Verificou: Engo. CARVALHO, Ezequiel Fernandes

Corrigiu: ______________________________________________________________

Songo, Setembro de 2019


CONTEÚDO

Lista de Figuras .......................................................................................................... V

Lista de Tabelas ........................................................................................................ VI

Lista de Símbolos ..................................................................................................... VII

I MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA ........................................................... 8

CAPÍTULO I – NOTAS INTRODUTÓRIAS ................................................................ 9

1.2. Objectivos ........................................................................................................ 9

1.3. Metodologia ..................................................................................................... 9

CAPÍTULO II - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ....................................................... 11

2.1 Materiais de Construção ................................................................................. 11

2.2. Principais propriedades de Betão compactado com cilindro .......................... 11

2.2.1. Permabilidade e absorção ....................................................................... 11

2.3. Espessura de camadas betonagem ............................................................... 11

2.4. Lançamento de betão compactado com cilindro (BCC) ................................. 12

2.5. Interrupções de lançamento de BCC em períodos chuvosos ........................ 12

2.6. Espalhamento do BCC................................................................................... 12

2.7. Compactação do BCC ................................................................................... 12

2.8. Juntas de contração ....................................................................................... 12

2.8.1. Juntas horizontais de construção ............................................................ 13

2.8.2. Juntas verticais de contração .................................................................. 13

2.9. Drenagem e Galerias ..................................................................................... 13

2.10.1. Protecção dos paramentos hidráulicos .................................................. 14

CAPÍTULO III - CARACTERIZAÇÃO DA ALBUFEIRA ............................................ 16

3.1. Áreas e volumes ............................................................................................ 16

3.2. Determinação do volume morto e volume útil ................................................ 18

3.3. Capacidade útil .............................................................................................. 19


3.4. Nível de Pleno Armazenamento .................................................................... 19

3.5. Nível mínimo de exploração........................................................................... 20

3.6. Volume de encaixe de cheia .......................................................................... 20

3.7. Cota de coroamento....................................................................................... 21

3.8. Altura da barragem ........................................................................................ 21

CAPÍTULO IV - ÓRGÃOS DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA ............................. 22

4.1 Descarregador de cheia .................................................................................. 22

4.1.1 Intensidade de Precipitação...................................................................... 22

4.1.2. Caudal de pico do projecto ...................................................................... 23

4.1.3. Largura do descarregador ....................................................................... 23

4.2. Descarregador de fundo ................................................................................ 23

4.2.1. Caudal pluvial .......................................................................................... 24

4.2.2. Caudal ecológico ..................................................................................... 24

4.2.3. Cálculo do diâmetro da conduta .............................................................. 24

CAPÍTULO V - Avaliaçao do potencial hidroeléctrico ........................................... 25

5.1. Cálculo do caudal turbinado........................................................................... 25

5.2. Cálculo da potência hidráulica ....................................................................... 25

CAPÍTULO VI - DIMENSIONAMENTO DE BARRAGEM DE BETÃO .................. 26

6.1. Pré – dimensionamento ................................................................................. 26

6.1.1. Estimativa de Volumes ............................................................................ 26

6.3. Cortina de impermeabilização e rede de drenagem ...................................... 27

Bibliografia ............................................................................................................... 29

III PEÇAS DESENHADAS ....................................................................................... 30


Lista de Figuras

Figura 1: Área da bacia. ........................................................................................... 16


Figura 2: Áreas inundadas. ...................................................................................... 17
Figura 3: Volumes acumulados. ............................................................................... 18
Figura 4: Espessura do paramento hidráulico .......................................................... 28

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Lista de Tabelas

Tabela 1:Curva das áreas inundadas e volumes acumulados ................................. 16


Tabela 2: Função base para obtenção do NPA ....................................................... 20
Tabela 3: Função base para obtenção do NME ....................................................... 20
Tabela 4: Precipitacoes maximas diarias ................................................................. 22

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Lista de Símbolos

SÍMBOLO DESCRIÇÃO
BCC Betão compactado com cilindro
BCV Betão Convencional
NME Nível Mínimo de exploração
NMC Nível de Máxima Cheia
NPA Nível de Pleno armazenamento
V Volume
H Cota
CUTIL Capacidade Útil
VCHEIA Volume de encaixe de Cheia
CC Cota do coroamento
CI Cota Inicial
I Intensidade de Precipitação
A Área Efectiva da bacia
Q Caudal
QP Caudal do Projecto
B Largura da Barragem
QRIO Caudal do rio
QECOLÓGICO Cudal Ecológico
QESC. PLUVIAL Caudal de Escoamento Pluvial
D Diâmetro
P Precipitação
E Evaporação
QE Caudal Efluente
QA Caudal afluente
DS/DT Armazemanento em função do tempo
G Aceleração de Gravidade
EF Eficiência

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Parte I

I MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

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CAPÍTULO I – NOTAS INTRODUTÓRIAS

1.1. Introdução

A barragem do riacho Guto será basicamente uma barragem gravidade, de betão


compactado com cilindro, com cerca de 23.2𝑚 de altura, 22.89𝑚 de comprimento,
270𝑚 desenvolvimento do coroamento, com coroamento na cota 701,20𝑚. Com estas
dimensões a barragem propiciará a criação de uma albufeira que estende-se
aproximadamente a 4.43 𝐾𝑚 a montante do riacho Guto.

A adopção de uma barragem gravidade, comparativamente com as outras, prende-


se pelo facto de este tipo ser tecnicamente menos exigente e economicamente mais
barata, pois, embora exija maiores volumes de betão, ela pode ser construida em
vales abertos e não exije necessariamente mão-de-obra qualificada.

A barragem do riacho Guto terá como finalidade reter e armazenar água que corre ao
longo do rio Guto, para fins de abastecimento e irrigação das hortas existentes na
área residencial conhecida por “Acampamento Africano” e produção de energia
eléctrica atravês de uma mini-central hídrica.

No que respeita aos órgãos hidráulicos de segurança e exploração, a barragem no


riacho Guto será dotada de um descarregador de cheias sobre a barragem, munido
de uma bacia de dissipação de energia do tipo III, uma descarga de fundo munida de
uma válvula e ainda uma tomada de água que permitirá a captação.

1.2. Objectivos
O objectivo do presente trabalho é conceber uma barragem de betão compactado
com cilindro (BCC) no Riacho Guto, na Vila de Songo, Província de Tete.

1.3. Metodologia
Para a eleboração do presente trabalho, efectuou-se visitas de campo por forma a
apurar os dados a considerar para o projecto. Após efectuada a visita de campo, fez
–se o trabalho de escritório onde discutiu-se sobre a estrutura do trabalho por forma
a criar as fronteiras da abordagem.

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Contudo para a obtenção das curvas das areas inundadas, curvas dos volumes
armazenados entre outros pormenores inerentes ao trabalho, recorreu-se ao uso de
Softwares como: Google Earth, Global Mapper e Archicad 22, este último para
produção das peças desenhadas das partes construtivas da barragem.

Foi usado também o Software CADAM para avaliacao da estabilidade da barragem,


Manuais da cadeira projecto de barragens disponibilizados pelo docente,
mencionados nas referências bibliográficas do trabalho.

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CAPÍTULO II - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

2.1 Materiais de Construção

Serão utilizados agregados graúdos de dimensão máxima em torno de 50mm,


agregados miúdos, e o ligante definido é o cimento portland tipo II, devido ás suas
baixas características de geração de calor. A água deverá ser limpa, de boa
qualidade, e isenta de quantidades inadmissíveis de silte, sais e despejos de esgotos
e em caso de suspeita de contaminação deverá ser analisada em laboratório.

O tipo de betão definido para o projecto, “betão compactado com cilindro”, constitui
requisito obrigatório dado pelo docente da cadeira de Projectos de Barragens. Este
tipo de betão tem um abaixamento nulo, permitindo enquanto fresco, o trânsito sobre
ele, de equipamentos pesados.

2.2. Principais propriedades de Betão compactado com cilindro


Comparativamente ao Betão convencional, o betão compactado com cilindro possui
menor teor de água e de pasta, a forma de adensamento, e a massa específica obtida
deste é ligeiramente superior com cerca de 1% a 3%, à do betão convencional, com
os mesmos tipos de agregados (ANDRIOLO, 1989).

2.2.1. Permabilidade e absorção


Umas das propriedades que serão verificadas e usadas para o cálculos de alguns
parâmetros inerentes ao projecto, principalmente às espessuras de paramentos
hidráulicos é a permeabilidade e absorção.

Estas que dependerão do sistema e da distribuição de vazios, de grau de


compactação, bem como da pasta de mistura. Normalmente a absorção do betão
compactado com cilindro tem apresentado os valores entre 3% a 5% (ANDRIOLO,
1989).

2.3. Espessura de camadas betonagem


Tratando de uma obra de BCC, utilizar – se – à uma camada de espessura na ordem
de 30cm. A adopção de uma espessura de camada de pequena dimensão deve – se
ao facto deste ter influência positiva no calor de hidratação do betão, e
consequentemente no surgimento das fissuras.

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Serão evitadas interrupções maiores que uma semana, nas camadas de betonagem
para evitar a formação de juntas frias.

2.4. Lançamento de betão compactado com cilindro (BCC)


O lançamento de BCC será por meio de correias transportadoras providas de
anteparos para controlar a segregação, por descargas directas dos camiões
basculantes.

2.5. Interrupções de lançamento de BCC em períodos chuvosos


No caso de ocorrência de chuvas fortes inesperadas, o BCC lançado será
imediatamente compactado. E como medida de protecção adicional, a camada será
protegida de coberturas impermeáveis, neste caso o uso de lonas plásticas.

Se uma camada não compactada receber chuva forte durante o processo de


execução, sem a protecção adicional, todo o betão lançado não compactado deverá
ser removido.

2.6. Espalhamento do BCC


O equipamento escolhido para efectuar o espalhamento é um tractor tipo “bulldozer”
(tractores equipados na parte frontal com uma lâmina de aço), com dimensão e
capacidade adaptados ao tipo de obra, ao volume de betão a espalhar e ao sistema
de transporte utilizado.

2.7. Compactação do BCC


Os equipamentos que serão utilizados em zona corrente para a compactação serão
geralmente cilindros vibradores de rasto liso.

No caso de zonas de cofragens, paramentos e galerias, devem ser deixados 25cm


sem qualquer compactação, devendo recorrer – se a equipamentos de compactação
manual ou ainda vai – se usar o Betão Convencional (BCV).

2.8. Juntas de contração


As juntas de contração no corpo da barragem e nos órgãos de segurança, serão
executadas para compatibilizar a capacidade de produção e/ou requisitos do projecto.
Serão adotadas juntas de contração distanciadas entre 15m e 30m longitudinalmente,

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de modo que permita a limitação das zonas restritas da barragem e dar certa liberdade
de deformação a estrutura.

2.8.1. Juntas horizontais de construção


A junta horizontal de construção terá função de separar entre duas camadas de BCC
sucessivas. Estas juntas poderão ser de dois tipos: juntas quentes e juntas frias.

 As juntas quentes existirão quando a colocação do BCC é contínua, não tendo


a camada anterior atingido a presa antes da colocação da camada seguinte,
não necessitando de qualquer tratamento.
 As juntas frias ocorrerão sempre que o tempo de colocação entre camadas
exceda uma a quatro horas (Sagrado, 2008).

2.8.2. Juntas verticais de contração


As juntas de contracção verticais serão realizadas com o objectivo de controlar as
possíveis fissuras que podem ocorrer no corpo da estrutura devido a gradientes
térmicos elevados. Estas juntas dividem a estrutura em blocos e, assim, evitam ou
minimizam, o aparecimento de fissuras térmicas na direcção montante-jusante.

2.9. Drenagem e Galerias


Como a barragem dispõe de uma altura superior a 15𝑚, serão instaladas a cortina de
impermeabilização e rede de drenagem, a fim de reduzir os caudais percolados pela
fundação e reduzir subpressões, respectivamente.

Para fins de controlo de fluxo calcular – se – à a profundidade da cortina de


impermeabilização e o comprimento dos furos de rede de drenagem ver notas de
cálculos.

2.10. Paramentos hidráulicos

Sabendo que os principais objectivos dos paramentos hidráulicos (Montante e


Jusante) são de prover uma superfície durável e aumentar a impermeabilidade da
estrutura.

Desta forma para escolha do tipo de paramento fundamentou – se na geometria da


estrutura (extensão e volume), condições físicas do local (temperatura e acção
sísmica do local) e dos aspectos estéticos.

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Como o paramento de montante é vertical, o paramento de jusante foi obrigado a
possuir uma inclinação mínima de 0,75𝐻/1𝑉 por questões de estabilidade, podendo
esta inclinação minimizar-se a 0,80𝐻/1𝑉.

2.10.1. Protecção dos paramentos hidráulicos


O paramento de montante será projectado para receber uma membrana impermeável
de espessura 0.93𝑚 de betão convencional vibrado, e 0.65𝑚 para o paramento de
jusante conforme estimado com a expressão de Brazant, ver nota de cálculos.

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Parte II

II NOTA DE CÁLCULOS

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CAPÍTULO III - CARACTERIZAÇÃO DA ALBUFEIRA

3.1. Áreas e volumes

Da carta topográfica obtida pode-se, pelo traçado do eixo da barragem, saber o


número de curvas de níveis interceptadas e desenvolvimento do eixo da barragem ,
e com auxilio de GIS (Autodesk Civil 3D 2014), foi possível determinar as áreas
inundadas até à cota 700m ver figura 1.

Figura 1: Área da bacia.

Com auxílio da carta topográfica gerada com auxílio do Google Earth e Global Mapper
foi possível gerar as curvas de nível, e as respectivas cotas. Como resultado a tabela
01 mostra os valores das áreas inundadas e volumes acumulados.

Tabela 1:Curva das áreas inundadas e volumes acumulados

Cotas(m) Areas(m2) Volumes


acumulados(m3)
678 80.46 0.00
680 3408.62 2620.1
682 3507.05 10212.07
684 6240.21 17925.03

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686 2566.39 27662.68
688 2539.64 39710.06
690 6545.80 56529.4
692 7687.71 78587.71
694 7306.27 102288
696 8887.36 124668.6
698 4986.61 149939.8
700 4434.96 182325.8

Areas inundadas
705

700
Cotas(m)

695

690
y = 676,09e0,0029x
685
R² = 1

680

675
0 2 4 6 8 10 12 14

Areas(m2)

Figura 2: Áreas inundadas.

A curva dos volumes armazenados é obtida por integração numérica sobre as áreas
inundadas apresentadas na figura 1, onde:

ℎ𝑓
(𝐴𝑖 + 𝐴𝑖+1 )
𝑉 (ℎ) = ∫ 𝐴(ℎ)𝑑ℎ = ∗ℎ
2
ℎ𝑖

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Curva de Volumes acumulados
705
700
Cotas(m)

695
690 y = 676,09e0,0029x
685 R² = 1
680
675
0 2 4 6 8 10 12 14
Volumes acumulados(m3)

Figura 3: Volumes acumulados.

3.2. Determinação do volume morto e volume útil


Para o cálculo do volume morto adoptou-se os seguintes parâmetros:

 Concentração média de sedimentos: 600ppm=600kg


 Porosidade média de sedimentos (𝑛): 0.4
 Densidade de sedimentos (𝜌𝑠 ): 2600𝑘𝑔/𝑚3
 Período de retorno (T): 100 anos
 𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0.68𝑚3 /𝑠
 𝜌𝐻2𝑂 = 1000𝑘𝑔/𝑚3

1. Volume afluente

𝑉𝑎𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑄𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 ∗ 365 𝑑𝑖𝑎𝑠⁄𝑎𝑛𝑜 ∗ 24 ℎ⁄𝑑𝑖𝑎 ∗ 3600 𝑠⁄ℎ

𝑉𝑎𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 0.68𝑚3 /𝑠 ∗ 365 𝑑𝑖𝑎𝑠⁄𝑎𝑛𝑜 ∗ 24 ℎ⁄𝑑𝑖𝑎 ∗ 3600 𝑠⁄ℎ

𝑉𝑎𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 2144480𝑚 3

2. Peso do volume afluente anual

1000𝑘𝑔
𝝆𝒂𝒇𝒍𝒖𝒆𝒏𝒕𝒆 = 𝑽𝒂𝒇𝒍𝒖𝒆𝒏𝒕𝒆 × 𝝆𝑯𝟐𝑶 = 2144480𝑚 3 × 3
= 2144480 × 103 𝑘𝑔
𝑚

3. Peso dos sedimentos


600 ∗ 2144480 × 103 𝑘𝑔
𝑃𝑠𝑒𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 = = 1286688𝑘𝑔
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4. Volume aparente de sedimentos
𝑃𝑠𝑒𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 1501194𝑘𝑔
𝑉𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = = = 494.88𝑚3
𝜌𝑠 2600𝑘𝑔
𝑚3
5. Volume real de sedimentos
𝑉𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 × 𝑛 494.88𝑚3
𝑉𝑟𝑠𝑒𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 = 𝑉𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 − = 494.88𝑚3 − = 164.96𝑚3
1−𝑛 1 − 0.4
6. Volume de sedimentos aos 10 anos

𝑉𝑠𝑒𝑑. (10) = 164.96𝑚 3 × 10 = 1640.96𝑚 3

7. Capacidade útil no fim de 10 anos

𝐶ú𝑡𝑖𝑙 = 182325.8𝑚 3 − 1640.96𝑚 3 = 180684.84𝑚 3

8. Retenção específica

𝐶ú𝑡𝑖𝑙 180684.84𝑚 3
𝑅𝑒 = = = 0.08
𝑉𝑎𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 2144480𝑚 3

A partir do gráfico de Brune o coeficiente de retenção é aproximadamente a 88%.

9. Volume de sedimentos efectivamente retidos em 10 anos

𝑽𝑺𝒆𝒅. (𝒓𝒆𝒕𝒊𝒅𝒐𝒔 𝟏𝟎) = 𝟎. 𝟖𝟖 × 1640.96𝑚 3 = 1444.04𝑚 3

10. Volume morto em 50 anos

𝑉𝑚𝑜𝑟𝑡𝑜 = 50 ∗ 1640.96𝑚 3 = 82048𝑚 3

3.3. Capacidade útil

Por sua vez, a capacidade útil será obtida pela subtração da capacidade total da
albufeira pelo volume morto findos 50 anos, e teremos:

𝐶ú𝑡𝑖𝑙 = 180684.84𝑚 3 − 82048𝑚 3 = 98636.84𝑚 3

3.4. Nível de Pleno Armazenamento

O nível de de pleno armazenamento pode ser determinado através da interpolação


lagrangiana, consoante os valores da tabela 02.

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Tabela 2: Função base para obtenção do NPA

𝑯(𝒎) 𝟔𝟗𝟖 𝑵𝑷𝑨 𝟕𝟎𝟎


𝑽(𝒎𝟑) 149939.8 98636.84 182325.8

Para um volume correspondete a 98636.84𝑚3, temos o seguinte nível de pleno


armazenamento:

𝑁𝑃𝐴 = 699.5𝑚

3.5. Nível mínimo de exploração

O nível de pleno armazenamento pode ser determinado através da interpolação


lagrangiana, consoante os valores da tabela 03.

Tabela 3: Função base para obtenção do NME

𝑯(𝒎) 𝟔𝟕𝟖 𝟔𝟖𝟎 𝟔𝟖𝟐


𝑽(𝒎𝟑) 0 2620.1 10212.07

Para um volume correspondete a 8248𝑚3, temos o seguinte nível de pleno


armazenamento:

𝑁𝑀𝐸 = 681.5𝑚

3.6. Volume de encaixe de cheia

Para o cálculo do volume de encaixe de cheias, leva-se em consideração a cota do


nível de máxima cheia que neste caso é 700m o volume total armazenado nesta cota
subtraida a do nível de pleno armazenamento, concretamente igual a 98636.84𝑚3 .

O volume total de encaixe de cheias é dado por:

𝑉𝐶ℎ𝑒𝑖𝑎 = 182325.8𝑚3 − 98636.84𝑚3 = 83688.96𝑚3

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3.7. Cota de coroamento

A cota do coroamento será dada por:

Adoptando a folga de 1.2𝑚

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟. = 𝑁𝑀𝐶 + 𝐹𝑜𝑙𝑔𝑎 𝑀í𝑛𝑖𝑚𝑎 = 700𝑚 + 1.2𝑚 = 701.2𝑚

3.8. Altura da barragem

Conhecendo o nível de pleno armazenamento (𝑁𝑃𝐴) e a cota do corroamento


determinou - se a altura da barragem:

𝐻 = 𝑐𝑐 − 𝑐𝑖 = 701.2 − 678 = 23.2𝑚

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CAPÍTULO IV - ÓRGÃOS DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA

4.1 Descarregador de cheia

4.1.1 Intensidade de Precipitação


Através dos dados da precipitação de 2007 a 2008 fornecidos pelo o docente da
cadeira, com vista a facilitar a execução do presente projecto, foi obtido um (1) dia
com maior precipitação, em seguida dois (2) dias consecutivos de maior precipitação,
três (3) dias e sucessivamente até seis (6) dias consecutivos com maiores
precipitações, como mostra a tabela 04:

Tabela 4: Precipitações máximas diárias

Tempo(dias) Precipitações Acumuladas (mm)


1 91.80
2 129.90
3 196.70
4 226.30
5 230.30
6 245.50

A intensidade das precipitações (𝐼) é dada pela equação:

𝑃2 − 𝑃1
𝐼=
𝑡2 − 𝑡1

Em que

𝑷𝟏 = 𝟗𝟏. 𝟖𝒎𝒎 𝒆 𝒕𝟏 = 𝟏𝒅𝒊𝒂


{
𝑷𝟐 = 𝟐𝟒𝟓. 𝟓𝟎𝐦𝐦 𝐞 𝒕𝟐 = 𝟔𝒅𝒊𝒂𝒔

245.50𝑚𝑚 − 91.8𝑚𝑚 30.74𝑚𝑚 30.74𝑥10 −3 𝑚


𝐼= = = = 3.56𝑥10−7 𝑚/𝑠
6𝑑𝑖𝑎𝑠 − 1𝑑𝑖𝑎 5𝑑𝑖𝑎 86400𝑠

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O coeficiente 𝐶 está entre 0.8 ou 0.6 consoente a bacia for acidentada e o solo for
pouco permeavel, respectivamente.

Para o presente projecto 𝑪 = 𝟎. 𝟔.

A área da albufeira de contribuição é correspondente a 52434.96𝑚2 = 5.24ℎ𝑎.

4.1.2. Caudal de pico do projecto


3.56𝑥10−7 𝑚
𝑄 = 𝐶. 𝐼. 𝐴 = 0.6 × × 52434.96𝑚2 = 0.011𝑚3 /𝑠
𝑠

0.011𝑚3
𝑸𝒑 = 𝟏. 𝟓 × = 0.17𝑚3 /𝑠
𝑠

4.1.3. Largura do descarregador


A dimensões do descarregador são obtidas com base na equação geral de um
descarregador com soleira norma, considerando um coeficiente de vazão de 50%.

𝐻 = 𝑁𝑀𝐶 − 𝑁𝑃𝐴 = 0.5𝑚

0.17𝑚3
𝑄𝑑 𝑠
𝐵= 3 = 3 = 0.27𝑚.
𝜇 ∗ √2 ∗ 𝑔 ∗ 𝐻2 0.40 ∗ √2 ∗ 9.81 ∗ 1(2)𝑚

Onde: μ é o coeficiente de vazão, variando entre 0.40 e 0.55; 𝐵 é a largura da soleira


e 𝐻 é a carga acima da soleira.

No presente projecto será considerada uma largura mínima de 𝟏. 𝟓𝒎, sendo no


entanto, o descarregador dotado de dois vaos.

4.2. Descarregador de fundo


Para garantir o caudal ecologico, serão tidos em conta, os seguintes parametros do
projecto:

𝐼 = 3.56𝑥10−7 𝑚/𝑠 𝑄𝑅𝐼𝑂 = 0.68𝑚 3 /𝑠 𝐴 = 52434.96𝑚2 𝑁𝑀𝐸 = 681.5𝑚

𝑁𝑀𝐶 = 700𝑚

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4.2.1. Caudal pluvial
O caudal originado a nível da albufeira pela precipitação acima estabelecida, será
dado por:

3.56𝑥10−7 𝑚
𝑸𝒑 = 𝑰 × 𝑨 = × 52434.96𝑚2 = 0.019𝑚3 /𝑠
𝑠

4.2.2. Caudal ecológico


O caudal ecológico é resultante da soma das parcelas acima determinadas:

𝑄𝑒𝑐𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑐𝑜 = 20% × (𝑄𝑟𝑖𝑜 + 𝑄𝐸𝑠𝑐.𝑝𝑙𝑢𝑣𝑖𝑎𝑙 ) = 0.2 × (0.68𝑚3 /𝑠 + 0.019𝑚3 /𝑠) = 0.14𝑚3 /𝑠

4.2.3. Cálculo do diâmetro da conduta


O diâmetro do descargador de fundo será calculado a partir da equação geral de
escoamentos por orifícios, dado pela seguinte fórmula:

1/2
4×𝑄
𝐷=( )
𝜇 × 𝜋 × √2 × 𝑔 × (𝑁𝑃𝐴 − 𝑁𝑀𝐸)

1/2
4 × 0.14
=( )
0.50 × 𝜋 × √2 × 9.81 × (699.5 − 681.5)

= 0.138𝑚

Nota – se que o diâmetro calculado é inferior a diâmetro mínimo recomendado pelo


Regulamento de pequenas barragem é 700𝑚, portanto o diâmetro da conduta fica: 𝐷 = 700𝑚.

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CAPÍTULO V - Avaliaçao do potencial hidroeléctrico

5.1. Cálculo do caudal turbinado


Considerando os valores da precipitação na bacia e da evaporação na albufeira e o
caudal normal do curso do riacho Guto, por meio do balanço hídrico na albufeira,
obteve - se o valor do caudal turbinado:

∆𝑆
𝑃 − 𝐸 − 𝑄𝑒 + 𝑄𝑎 =
∆𝑡

𝑄𝑒 = 420.544𝑚𝑚 − 355.480𝑚𝑚 + 0.684𝑚3 /𝑠

𝑄𝑒 = 876854699.2𝑚𝑚 = 0.684𝑚3 /𝑠

Significa que o (𝑄𝑎 = 𝑄𝑒 ). Logo todo o caudal ecológico é garantido com o volume de
água turbinada, e a barragem funcionará a fio de água, não havendo necessidade de
regularização de caudal.

5.2. Cálculo da potência hidráulica


O cálculo da potência hidráulica é obtida pela seguinte expressão:

𝑃𝑜𝑡. = 𝜌 ∗ 𝑔 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑄𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 ∗ ℎ

Este valor corresponde ao caudal afluente calculado pelo método de boia flutuante.

Assim a potência será:

𝑃𝑜𝑡. = 𝜌 ∗ 𝑔 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑄𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 ∗ ℎ

𝑃 = 1000 ∗ 9.81 ∗ 0.75 ∗ 0.68 ∗ 23 = 0.12𝑀𝑊 < 2𝑀𝑊 → 𝑀𝑖𝑛𝑖 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙 𝐻í𝑑𝑟𝑖𝑐𝑎

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CAPÍTULO VI - DIMENSIONAMENTO DE BARRAGEM DE BETÃO

6.1. Pré – dimensionamento

6.1.1. Estimativa de Volumes


São conhecidos os seguintes parâmetros:

Largura do coroamento: 6𝑚

Altura da barragem: 23.2𝑚

Inclinacao de montante: 1: 1(𝐻: 𝑉)

Inclinacao de jusante: 1: 0.8(𝐻: 𝑉)

Desenvolvimento do coroamento: 270𝑚

Comprimento da barragem: 22.89𝑚

Para estimar o volume de BCC usado na barragem recorreu – se ao método de


médias das áreas:

(6𝑚 + 22.89𝑚)
𝑉=[ × 23.2𝑚] × 270𝑚 = 105203.88𝑚3
2

6.2. Largura do coroamento

Para o cálculo da largura do coroamento recorreu – se a três expressões distintas


afim de apurar a menor largura.

1. Segundo Bureu of Reclamation

𝐻 23.2
𝐿𝑐 = + 3.3 = + 3.3 = 9.94𝑚
5 5

2. Segundo Preece

𝐿𝑐 = 1.1 + √𝐻 + 1 = 1.1 + √23.2 + 1 = 6𝑚

3. Comision Interministerial de Normas Sismoresistentes (Espanha, 1968)

𝐿𝑐 = 3 + 1.5 × (𝐻 − 1.5)1/3 = 3 + 1.5 × (23.2 − 1.5)1/3 = 10𝑚

Página | 26
6.3. Cortina de impermeabilização e rede de drenagem

1. Profundidade da Cortina de impermeabilização

0.35𝐻 − 0.75𝐻, 𝐶𝑜𝑚 𝐻 = 21.5𝑚


0.75 × 21.5𝑚 = 16.13𝑚
Onde:
𝐻 − 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑛𝑎 𝑎𝑙𝑏𝑢𝑓𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑖𝑛𝑎

2. Comprimento dos furos de rede de drenagem

35% − 70% 𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑖𝑛𝑎


40% × 𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 0.4 × 16.13𝑚 = 6.45𝑚

6.4. Cálculo das espessuras dos paramentos hidráulicos

Para o cálculo teórico das espessuras dos paramentos, pode ser utilizada a
expressão desenvolvida por Bazant:

𝑡
𝑒 = √2 × 𝑃 × 𝑘 ×
𝑎

Onde:

𝑒 − 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(𝑚);

𝑃 − 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 (𝑚 );

𝑚
𝑘 − 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑒𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ( ) ;
𝑠

𝑡 − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑑𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑎𝑛𝑜𝑠);

𝑎 − 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑐𝑎𝑜(%)

1. Paramento de montante

Considerando a altura da coluna de água correspondente a 21.5𝑚, coeficiente de


permeabilidade de 10−8 𝑚/𝑠, tempo de vida útil considerado de 100𝑎𝑛𝑜𝑠 e uma
absorção de 4%.

Página | 27
𝑡 100 × 86400𝑠
𝑒 = √2 × 𝑃 × 𝑘 × = √2 × 21.5𝑚 × 10−8 𝑚/𝑠 × = 0.93𝑚
𝑎 0.4

2. Paramento de jusante

Considerando a altura da coluna de água correspondente a 21.5𝑚, coeficiente de


permeabilidade de 10−8 𝑚/𝑠, tempo de vida útil considerado de 100𝑎𝑛𝑜𝑠 e uma
absorção de 4%.

𝑡 10−8 𝑚 100 × 86400𝑠


𝑒 = √2 × 𝑃 × 𝑘 × √
= 2 × 1.5𝑚 × × = 0.65𝑚
𝑎 𝑠 0.4

Considerando ainda a vida útil da barragem corresponde a 50anos, tem – se uma


nova metodologia de obtenção da espessura dos paramentos, deduzida por Bazant
em forma de àbaco que depende somente da altura da coluna de água
correspondente:

Figura 4: Espessura do paramento hidráulico

Página | 28
Bibliografia

[1]. CARVALHO, Ezequiel Fernandes. Memórias de Ezequiel Carvalho – ABC das


barragens. Capitulo 7 – Órgãos de Segurança e exploração de Barragens. Versão
em edição, 2019.

[2]. CARVALHO, Ezequiel Fernandes. Memorias de Ezequiel Carvalho – ABC das


barragens. Capitulo 5 – Conceitos gerais sobre Barragens. Versão em edicao, 2019.

[3]. MARCELINO, João. Projecto, construção e exploração de pequenas barragens


de aterro. Laboratorio Nacional de Engenharia Civil. 2a edicao. 2009.

[4]. MARQUES, Tiago Alexandre Silva. Estudo de um betão compactado com cilindros
aplicado a barragens. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa. 1aedicao.2008.

[5]. FILHO, Luiz Milani. O uso do concreto compactado com rolo em barragens –
tendências futuras. Universidade Federal de Itajubá. 2003.

[6]. BATISTA, L. ; FARINHA, M. L. B. Dimensionamento Estrutural e Conrolo de


Seguranca de Pequenas Barragens de Betão. LNEC. 2012.

[7]. LUCIO, Ines e MATOS, Jorge. Hydropower. 2015/2016

[8]. SAGRADO, J. D.,Materiais, Dosagem e Técnicas de Controlo de Qualidade do


CCR em Barragens Espanholas, 1º Brasillian International RCC Symposium,
Ibracon, Brasil, Setembro 2008.

[9]. ANDRIOLO, F.R., Contribuicoes para o conhecimento e desenvolvimento do


concreto rolado. São Paulo: Barber – Greene. 1989.

[10]. ANDRIOLO, F.R., The use of roller compacted concrete. São Paulo: Oficina de
textos. 1989.

Página | 29
III PEÇAS DESENHADAS

Página | 30
6m

Folga = 1,2
NMC=700 m BCC 1
NPA=699,5 m
Desca
rregad
o
cheias res de

0,8
1
Albufeira BCC 2

Capacidade Útil= 180684, 84 m3

Rede de
Drenagem
3,5 m
NME=681,5 m
Descarregador de 1,5 m
fundo

2,336
volume Morto = 82048 m3
BCC 3
Bacia de
22,891
dissipação
de energia
Rocha Sã

ção
Seccao transversal da barragem

iliza
eab
erm
Imp
Betao Armado
NA NA

de
tina
1,00 m

1,5 m Cor
1,5 m

Vista frontal do descarregor DESENHADO E PROJECTADO POR: GRUPO B LOCALIZAÇÃO: RIO Guto

CONSTITUIDO ESCALA
POR: MUXLHANGA, Felix Fernando; INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO 1:100
CADEIRA:
CASSIMO, Mário Lourenço;
PROJECTO DE BARRAGEM
MULAICHO, Catarina de Fatima;
DESENHO:
BARAGEM DE BETAO COMPACTADA COM CILINDRO
CHILELE, Franque;
REF: Rev: Folha:
DOCENTE Engo. CARVALHO, Ezequiel Fernandes GRUPO B 2 A3
GSPublisherVersion 0.5.100.100
Barragem

Albufeira

Riacho Guto

fetch da barragem

DESENHADO E PROJECTADO POR: GRUPO B LOCALIZAÇÃO: RIO Guto

CONSTITUIDO ESCALA
POR: MUXLHANGA, Felix Fernando; INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO 1:100
CADEIRA:
CASSIMO, Mário Lourenço;
PROJECTO DE BARRAGEM
MULAICHO, Catarina de Fatima;
DESENHO:
BARAGEM DE BETAO COMPACTADA COM CILINDRO
CHILELE, Franque;
REF: Rev: Folha:
DOCENTE Engo. CARVALHO, Ezequiel Fernandes GRUPO B 2 A3
GSPublisherVersion 0.5.100.100
Barragem

Albufeira

Riacho Guto

Tomada de agua

Turbinas
Conduto forcado

Casa de Maquina

vista em perfil da barragem, albufeira, rio guto e o esquema do empreendimento da mini central hídrica
DESENHADO E PROJECTADO POR: GRUPO B LOCALIZAÇÃO: RIO Guto

CONSTITUIDO ESCALA
POR: MUXLHANGA, Felix Fernando; INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO 1:100
CADEIRA:
CASSIMO, Mário Lourenço;
PROJECTO DE BARRAGEM
MULAICHO, Catarina de Fatima;
DESENHO:
BARAGEM DE BETAO COMPACTADA COM CILINDRO
CHILELE, Franque;
REF: Rev: Folha:
DOCENTE Engo. CARVALHO, Ezequiel Fernandes GRUPO B 2 A3
GSPublisherVersion 0.5.100.100
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by Martin Leclerc, M. Ing.
NSERC / Hydro-Quebec / Alcan Industrial Chair on Structural Safety of Concrete Dams
École Polytechnique de Montréal, Canada

General Information:
Project: Barragem de Betao compactada com cilindro
Dam: Grupo B construcoes
Owner: Grupo B
Dam location: Songo
Project engineer: Ezequiel Carvalho
Analysis performed by: Grupo B
Date: 09/09/2019
Geometrical Dimensions & Concrete Volumetric Mass(  ):

L4
G

F
L3
L2

DOWNSTREAM
E

UPSTREAM
7 0 0 ,0 0 0 7 0 0 ,7 0 0
6 9 9 ,5 0 0

6 9 9 ,2 0 0

6 9 7 ,7 0 0

6 9 6 ,2 0 0 D I
H C
6 9 4 ,7 0 0
A B
6 9 3 ,2 0 0
L1
6 9 1 ,7 0 0

6 9 0 ,2 0 0 L1 = 22,891 m
L2 = 0,000 m
6 8 8 ,7 0 0

6 8 7 ,0 0 0 L3 = 7,000 m
6 8 7 ,2 0 0
6 8 6 ,2 0 0
6 8 6 ,5 3 6 L4 = 6,000 m
6 8 5 ,7 0 0
Elev. A = 678,200 m
6 8 4 ,7 0 0
6 8 4 ,2 0 0 6 8 4 ,2 0 0 Elev. B = 678,200 m
6 8 2 ,7 0 0 Elev. C = 684,200 m

6 8 1 ,2 0 0
Elev. D = 686,200 m
Elev. E = 699,500 m
6 7 9 ,7 0 0
Elev. F = 700,000 m
Elev. G = 701,200 m
Elev. H = 684,200 m
Elev. I = 684,700 m

 3100,00 kg/m³

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École Polytechnique de Montréal, Canada

Material Properties:

Option 1 Option 2
Concrete strength Shear strength
Material name f'c ft Cohesion Angle (  ) 
n Curve type
(kPa) (kPa) (kPa) (deg) (kPa) (kPa)
B20 30000,0 0,000 Peak: 2000,000 55,000 0,000 Option 1
Residual: 0,000 45,000 0,000 Option 2
0,0 0,000 Peak: 0,000 0,000 0,000 Option 1
Residual: 0,000 0,000 0,000 Option 1
0,0 0,000 Peak: 0,000 0,000 0,000 Option 1
Residual: 0,000 0,000 0,000 Option 1
Base joint 30000,0 0,000 Peak: 196,200 32,000 200000,00 0 Option
Residual: 1 0,00 0 45,00 0 0,00 0 Option

Rock Passive Shear Strength Properties:


Consideration of Unit mass Cohesion Friction angle Failure plane angle
passive shear strength (kg/m³) (kPa) (deg) (deg)
No 2400,000 0,000 30,000 30,000

Lift Joint(s):
Upstream end Downstream end
ID Material name Elevation Position x Elevation Position x Length Inertia
(m) (m) (m) (m) (m) (m^4)
1 B20 700,700 0,000 700,700 6,417 6,417 22,016445
2 B20 699,200 0,000 699,200 7,921 7,921 41,418518
3 B20 697,700 0,000 697,700 9,648 9,648 74,851095
4 B20 696,200 0,000 696,200 11,376 11,376 122,67685
5 B20 694,700 0,000 694,700 13,103 13,103 187,47245
6 B20 693,200 0,000 693,200 14,830 14,830 271,81459
7 B20 691,700 0,000 691,700 16,558 16,558 378,27994
8 B20 690,200 0,000 690,200 18,285 18,285 509,44517
9 B20 688,700 0,000 688,700 20,012 20,012 667,88698
10 B20 687,200 0,000 687,200 21,739 21,739 856,18202
11 B20 685,700 0,000 685,700 22,891 22,891 999,56962
12 B20 684,200 0,000 684,200 22,891 22,891 999,56962
13 B20 682,700 0,000 682,700 22,891 22,891 999,56962
14 B20 681,200 0,000 681,200 22,891 22,891 999,56962
15 B20 679,700 0,000 679,700 22,891 22,891 999,56962
16 Base joint 678,200 0,000 678,200 22,891 22,891 999,56962

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Pre-Cracked Lift Joint(s):


Upstream end Downstream end
ID Material name Elevation Crack length Elevation Crack length
(m) (m) % of joint length (m) (m) % of joint length
1 B20 700,700 700,700
2 B20 699,200 699,200
3 B20 697,700 697,700
4 B20 696,200 696,200
5 B20 694,700 694,700
6 B20 693,200 693,200
7 B20 691,700 691,700
8 B20 690,200 690,200
9 B20 688,700 688,700
10 B20 687,200 687,200
11 B20 685,700 685,700
12 B20 684,200 684,200
13 B20 682,700 682,700
14 B20 681,200 681,200
15 B20 679,700 679,700
16 Base joint 678,200 678,200

Concentrated Mass(es):
ID Elevation Position x Horizontal mass Vertical mass
(m) (m) (kg) (kg)
1 689,700 11,450 100000,000 100000,000

Reservoirs, Ice & Silt:


Water volumetric weight Crest overtopping pressure Ice
 9,810kN/m³ Upstream pressure = 100,00% Load = 0,000 kN
Downstream pressure = 50,00% Thickness = 0,000 m
Operating reservoir elevations
Elevation = 699,500 m
Upstream Downstream
699,500 m 686,200 m Silt Floating debris
Elev. = 686,536m Load = 0,000 kN
Flood reservoir elevations
 26,000kN/m³ Apply at elev. = -1,000 m
Upstream Downstream
 20,000deg Max. elevation = 2,000 m
700,000 m 687,000m Assumption: At rest

Uplift pressures:
Uplift pressures are considered as an external load (linearisation of effective stresses)

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Cracking options:
Cracking is considered for all combinations ? YES

Tensile strength:

Usual Flood Seismic Post-seismic


Crack initiation: ft / 3,000 ft / 2,000 ft / 1,000 ft / 3,000
Crack propagation: ft /10,000 ft /10,000 ft /10,000 ft /10,000
Dynamic magnification: ft * 1,500

Uplift pressure updates:


Static analyses: Full uplift pressures applied to the crack section
Seismic analyses: Uplift pressures remain unchanged
Post-seismic analyses: Full uplift pressures applied to the crack section
Downstream closed crack:Restore uncracked uplift condition
Drain effectivness: No drain effectiveness upon cracking

Numerical options:
Convergence method: Bracketing + Bi-section method
Accuracy: Medium (1E-6)

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General Information:
Project: Barragem de Betao compactada com cilindro
Dam: Grupo B construcoes
Owner: Grupo B
Dam location: Songo
Project engineer: Ezequiel Carvalho
Analysis performed by: Grupo B
Date: 09/09/2019

Load Combination Factors:


Usual Flood Seismic #1 Seismic #2 Post-seismic #1
Self-weight 1,0000
Hydrostatic (upstream) 1,0000
Hydrostatic (downstream) 1,0000
Uplift pressures 1,0000
Silts 1,0000
Ice
post-tensioning
Applied forces
Floating debris
Seismic (horizontal)
Seismic (vertical)

Combination Required Safety Factors:


Usual Flood Seismic #1 Seismic #2 Post-seismic #1
Peak sliding factor 3,0000 2,0000 1,3000 1,3000 2,0000
Residual sliding factor 3,0000 1,3000 1,0000 1,0000 1,1000
Overturning factor 1,5000 1,1000 1,1000 1,1000 1,1000
Uplifting factor 3,0000 1,1000 1,1000 1,1000 1,1000

Combination allowable stresses:


Usual Flood Seismic #1 Seismic #2 Post-seismic #1
Tension (% of ft) 0,0 50,0 90,9 90,9 66,7
Compression (% of f'c) 33,3 50,0 90,9 90,9 66,7

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Usual Combination (Stresses):


Joint Cracking Normal stresses Allowable normal stress Shear stresses
ID U/S elevation Upstream Downstream Upstream Downstream Tension Compression Upstream Maximum Maximum at Downstream
(m) (%) of joint (%) of joint (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (% of joint) (kPa)
1 700,700 -16,129 -13,295 0,000 -9990,000
2 699,200 -69,801 -32,976 0,000 -9990,000 0,000 -12,583 33,284 37,972
3 697,700 -114,156 -38,046 0,000 -9990,000 0,000 -12,430 31,978 43,810
4 696,200 -155,411 -40,592 0,000 -9990,000 0,000 -9,517 29,143 46,742
5 694,700 -193,295 -43,107 0,000 -9990,000 0,000 -5,812 24,457 49,639
6 693,200 -228,282 -46,308 0,000 -9990,000 0,000 -2,394 17,169 53,324
7 691,700 -260,909 -50,347 0,000 -9990,000 0,000 -0,232 5,938 57,976
8 690,200 -291,638 -55,196 0,000 -9990,000 0,000 63,560 100,000 63,560
9 688,700 -348,635 -131,010 0,000 -9990,000 0,000 -15,077 23,161 150,860
10 687,200 -386,689 -119,321 0,000 -9990,000 0,000 -5,905 16,874 137,401
11 685,700 -414,781 -129,789 0,000 -9990,000 0,000 61,522 50,000 0,000
12 684,200 -427,582 -178,791 0,000 -9990,000 0,000 77,013 50,000 0,000
13 682,700 -436,617 -231,559 0,000 -9990,000 0,000 89,837 50,000 0,000
14 681,200 -442,290 -287,689 0,000 -9990,000 0,000 102,662 50,000 0,000
15 679,700 -444,602 -347,180 0,000 -9990,000 0,000 115,486 50,000 0,000
16 Base joint -443,552 -410,032 0,000 -9990,000 0,000 128,311 50,000 0,000

10/09/2019 19:32:19 C:\Users\MARIO CASSIMO\Desktop\JOB.dam


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Usual Combination (Stability):


Joint Safety factors Resultants over ligament Final uplift Rock wedge
ID U/S elevation Sliding Overturning Uplifting Normal Shear Moment Position Normal Resistance
(m) Peak Residual toward U/S toward D/S (kN) (kN) (kN·m) % of joint (kN) (kN)
1 700,700 > 100 > 100 > 100 > 100 > 100 -94,40 0,00 -9,7 48,39478 0,00 0,000
2 699,200 > 100 > 100 47,12721 30,29891 35,92235 -407,06 0,44 -192,5 44,02835 11,66 0,000
3 697,700 > 100 46,20263 11,77403 8,41315 9,61945 -734,26 15,89 -590,5 41,66560 85,19 0,000
4 696,200 > 100 20,87113 8,30838 6,20842 7,05451 -1114,84 53,42 -1238,2 40,23659 184,13 0,000
5 694,700 > 100 13,70480 6,93589 5,27581 6,02043 -1548,80 113,01 -2148,8 39,41152 308,50 0,000
6 693,200 > 100 10,45887 6,19225 4,73163 5,44298 -2036,13 194,68 -3335,3 38,95477 458,28 0,000
7 691,700 > 100 8,63492 5,72573 4,36535 5,06775 -2576,83 298,42 -4810,5 38,72519 633,48 0,000
8 690,200 96,87676 7,47446 5,40663 4,09837 4,80163 -3170,92 424,23 -6587,6 38,63809 834,09 0,000
9 688,700 81,93853 8,38876 6,76372 4,41203 5,52717 -4799,37 572,12 -7263,0 42,43795 1060,13 0,000
10 687,200 69,17616 7,41190 6,18247 4,18876 5,19359 -5500,21 742,08 -10530,0 41,19360 1311,58 0,000
11 685,700 58,24452 6,63876 5,64465 3,95293 4,88194 -6232,87 938,86 -12444,6 41,27775 1605,61 0,000
12 684,200 47,38806 5,90524 5,14372 3,66982 4,57293 -6940,24 1175,27 -10863,8 43,16177 1942,45 0,000
13 682,700 41,36019 5,57821 4,84041 3,43379 4,35525 -7647,60 1370,98 -8954,1 44,88514 2279,29 0,000
14 681,200 36,83832 5,33289 4,63500 3,23353 4,19363 -8354,97 1566,69 -6750,9 46,47019 2616,13 0,000
15 679,700 33,32073 5,14205 4,48403 3,05932 4,06889 -9062,34 1762,40 -4254,1 47,94930 2952,97 0,000
16 Base joint 3,11770 4,98936 4,36517 2,90496 3,96968 -9769,70 1958,11 -1463,7 49,34550 3289,81 0,000
Required: 3,000 3,000 1,500 1,500 3,000

10/09/2019 19:32:19 C:\Users\MARIO CASSIMO\Desktop\JOB.dam


CADAM - Stability drawing Page 1

By Martin Leclerc, M. Ing.


NSERC / Hydro-Quebec / Alcan Industrial Chair on Structural Safety of Concrete Dams, École Polytechnique de Montréal, Canada
Project: Barragem de Betao compactada com cilindro Dam location: Songo Analysis performed by: Grupo B
Dam: Grupo B construcoes Date: 09/09/2019 Project engineer: Ezequiel Carvalho
Owner: Grupo B

Usual combination (effective stress analysis)

Joint # Crack Normal Principal Uplift Crack Normal Principal Uplift


(% joint) (kPa) (kPa) (kPa) (% joint) (kPa) (kPa) (kPa)

1 -16,129 -16,129 0,000 -13,295 -22,527 0,000

2 -69,801 -69,801 2,943 -32,976 -76,702 0,000

3 -114,156 -114,156 17,658 -38,046 -88,494 0,000

4 -155,411 -155,411 32,373 -40,592 -94,416 0,000

5 -193,295 -193,295 47,088 -43,107 -100,267 0,000

6 -228,282 -228,282 61,803 -46,308 -107,712 0,000

7 -260,909 -260,909 76,518 -50,347 -117,108 0,000

8 -291,638 -291,638 91,233 -55,196 -128,386 0,000

9 -348,635 -348,635 105,948 -131,010 -304,728 0,000

10 -386,689 -386,689 120,663 -119,321 -277,542 0,000

11 -414,781 -414,781 135,378 -129,789 -129,789 4,905

12 -427,582 -427,582 150,093 -178,791 -178,791 19,620

13 -436,617 -436,617 164,808 -231,559 -231,559 34,335

14 -442,290 -442,290 179,523 -287,689 -287,689 49,050

15 -444,602 -444,602 194,238 -347,180 -347,180 63,765

16 -443,552 -443,552 208,953 -410,032 -410,032 78,480

10/09/2019 19:33:06 filename: C:\Users\MARIO CASSIMO\Desktop\JOB.dam


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By Martin Leclerc, M. Ing.


NSERC / Hydro-Quebec / Alcan Industrial Chair on Structural Safety of Concrete Dams, École Polytechnique de Montréal, Canada
Project: Barragem de Betao compactada com cilindro Dam location: Songo Analysis performed by: Grupo B
Dam: Grupo B construcoes Date: 09/09/2019 Project engineer: Ezequiel Carvalho
Owner: Grupo B

Usual combination (stability analysis)

Joint # SSF SSF OSF OSF USF Normal Shear Moment Res. Pos.
(peak) (residual) (U/S <-) (-> D/S) (kN) (kN) (kN·m) (% joint)

1 > 100 > 100 > 100 > 100 > 100 -94,4 0,0 -9,7 48,395

2 > 100 > 100 47,127 30,299 35,922 -407,1 0,4 -192,5 44,028

3 > 100 46,203 11,774 8,413 9,619 -734,3 15,9 -590,5 41,666

4 > 100 20,871 8,308 6,208 7,055 -1114,8 53,4 -1238,2 40,237

5 > 100 13,705 6,936 5,276 6,020 -1548,8 113,0 -2148,8 39,412

6 > 100 10,459 6,192 4,732 5,443 -2036,1 194,7 -3335,3 38,955

7 > 100 8,635 5,726 4,365 5,068 -2576,8 298,4 -4810,5 38,725

8 96,877 7,474 5,407 4,098 4,802 -3170,9 424,2 -6587,6 38,638

9 81,939 8,389 6,764 4,412 5,527 -4799,4 572,1 -7263,0 42,438

10 69,176 7,412 6,182 4,189 5,194 -5500,2 742,1 -10530,0 41,194

11 58,245 6,639 5,645 3,953 4,882 -6232,9 938,9 -12444,6 41,278

12 47,388 5,905 5,144 3,670 4,573 -6940,2 1175,3 -10863,8 43,162

13 41,360 5,578 4,840 3,434 4,355 -7647,6 1371,0 -8954,1 44,885

14 36,838 5,333 4,635 3,234 4,194 -8355,0 1566,7 -6750,9 46,470

15 33,321 5,142 4,484 3,059 4,069 -9062,3 1762,4 -4254,1 47,949

16 3,118 4,989 4,365 2,905 3,970 -9769,7 1958,1 -1463,7 49,346

3,000 3,000 1,500 1,500 3,000

10/09/2019 19:33:07 filename: C:\Users\MARIO CASSIMO\Desktop\JOB.dam

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