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Análise de Estruturas II

2013/14
Ildi Cismaşiu
ildi@fct.unl.pt

Departamento de Engenharia Civil


Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade Nova de Lisboa

Análise de Estruturas II – p.1/39


Apresentação da Disciplina
Programa:
• Módulo I: Teoria de lajes finas:
• Revisão dos conceitos principais da teoria de lajes finas.
• Modelação de lajes com elementos de grelha.
• Modelação numérica com MDF e MEF
• Módulo I: Linhas de influência de estruturas reticuladas isostáticas e hiperstáticas.
• Métodos de determinação das linhas de influência
• Método directo e indirecto aplicada à estruturas isostáticas
• Módulo II: Introdução à Dinâmica de Estruturas
• Origem de cargas, massa e amortecimento estrutural
• Revisão e aprofundamento do caso de 1 GDL
• História no tempo e resposta no domínio da frequência
• Espectros de resposta
• Eurocódigos relevantes
• Análise modal - caso de 2 GDL
• Medição e análise de vibrações

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Apresentação da Disciplina
Bibliografia Recomendada:
1. Apontamentos das aulas (disponíveis no CLIP)
2. Timoshenko, S., Woinowsky-Krieger, S., Theory of Plates and Shells, McGraw-Hill,
1959
3. Ghali, A., Neville, A. M., Structural Analysis, E&FN Spon, 6th edition
4. L Castro, V Leitão, Apontamentos sobre análise elástica linear de lajes, IST, 2013
5. L Castro, Modelação de lajes com elementos de grelha, IST, 2002.
6. O. Zinkiewicz The Finite Element Method for Solid and Structural Mechanics, Elsevier,
Sixth Edition, 2005
7. A. Chopra, Dynamics of Structures, Prentice-Hall International, 3rd edition

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Apresentação da Disciplina
Métodos de Avaliação - 2014
• Frequência:
• Número de faltas não justificadas às aulas práticas ≤ 1/3 AP .
• Avaliação contínua - Provas Escritas (NE):
• Teste 1 (NT1) - dia xx/04/2014 (0 a 7 valores)
• Teste 2 (NT2) - dia xx/06/2014 (0 a 8 valores) Requer Frequência.
• Trabalho laboratorial de grupo (NTL) (0 a 5 valores)
NE = NT1 +NT2 + NTL ≥ 9.5 valores
• Exame de Recurso (NER) - Requer Frequência.
NE = 0.75*NER + NTL ≥ 9.5 valores

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Lajes - Soluções aproximadas
Análise de flexão de Lajes com métodos numéricos (aproximados)
Nos casos mais gerais não é possível encontrar soluções analíticas (nem
mesmo na forma de série) e tem que se recorrer a técnicas numéricas
(aproximadas).
• métodos indirectos: - discretização da equação diferencial: método das
diferenças finitas, método de colocação, método dos elementos de
fronteira, método de Galerkin.
• métodos directos: - princípios variacionais que permitem obter soluções
numéricas sem recurso a equação diferencial das lajes: método de Ritz,
método dos elementos finitos

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Lajes - Soluções aproximadas
Método das Diferenças Finitas
Permite obter soluções aproximadas de equações diferenciais através da
aproximação das derivadas intervenientes.
O método exige que:
• o plano médio seja "coberto" por uma rede (rectangular,triangular) de
pontos chamada malha de diferenças finitas definindo os "nós".
• impõe-se que a equação diferencial seja satisfeita nos nós da malha de
discretização. A equação diferencial no domínio é substituído por um
sistema equações equações algébricas, através de uso de operadores
diferenciais nos nós da malha.
• as condições de fronteira também são formuladas através de operadores
diferenciais para os pontos da malha da fronteira. A maior dificuldade de
aplicação deste método encontra-se na representação de um contorno
irregular.
Resolvendo o sistema de equações diferenciais obtêm-se o valor (discreto) do
campo de deslocamentos transversais em cada um dos nós da malha.

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Lajes - Método das diferenças finitas
Aproximação dos operadores diferenciais

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MDF - operadores diferenciais em domínios 1D
A obtenção dos operadores pode seguir uma via "analítica" ou uma "técnica" ,
representação gráfica:
Exemplo: campo de deslocamentos transversais de uma viga w(x) com malha
uniforme:

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MDF - operadores diferenciais em domínios 1D
Representação gráfica

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MDF - operadores diferenciais em domínios 2D
Para obter os operadores diferenciais definidos para domínios bi-dimensionais
considere-se uma malha bi-dimensional (igualmente espaçada h nas duas
direcções) na vizinhança do nó (i, j).
Pretende-se calcular o operador ∇2 w(x, y) para esse ponto:

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MDF - operadores diferenciais em domínios 2D
2 ∂ 2 w(x, y) ∂ 2 w(x, y)
∇ w(x, y) = 2
+
∂x ∂y 2
d2 w(i) 1
Tendo em conta que : dx2
= h2
(wi+1 − 2wi + wi−1 )
2 1 1
∇ wi,j = 2 (wi+1,j − 2wi,j + wi−1,j ) + 2 (wi,j+1 − 2wi,j + wi,j−1 )
h h
1
∇2 wi,j = (wi+1,j + wi−1,j + wi,j+1 + wi,j−1 − 4wi,j )
h2
Representação gráfica do operador ∇2 w(x, y), fig.c. A fig.a corresponde ao
operador ∂ 2 w/∂x2 a fig.b corresponde ao operador ∂ 2 w/∂y 2

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Lajes - Método das Diferenças Finitas
Definição das equações de domı́nio
p
A equação de Lagrange: ∇4 w = Df é escrita em termos de diferenças finitas
para cada um dos pontos da malha de deslocamento desconhecido:
p
(∇2 ∇2 w)k = k ; k = 1, 2, · · · , N
Df
A carga pk se considera com o valor médio correspondente a área h × h. Se a
carga for concentrada então pk = P/h2 .
A representação gráfica do esquema de DF para calcular (∇2 ∇2 w) é:

Análise de Estruturas II – p.12/39


Lajes - Método das Diferenças Finitas
Definição das equações de domı́nio: Os operadores ∂ 4 w/∂x4 e ∂ 4 w/∂y 4
obtêm-se utilizando a igualdade definida para as quartas derivadas
uni-dimensionais:

∂4w ∂ ∂x2 w
Para o cálculo do operador usa-se (fig.a): ∂x2 ∂y 2
= ∂x2 ∂y 2

O operador ∂ 2 w/∂y 2 obtêm-se utilizando a igualdade definida para as


segundas derivadas uni-dimensionais ( fig.b):

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Lajes - Método das Diferenças Finitas
Operador Esquema

∇2 w

∇4 w

∂4w
∂x2 ∂y 2

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Lajes - Método das Diferenças Finitas
Definição dos campos de curvaturas

Operador Esquema

∂2w
−χx = ∂x2

∂2w
−χy = ∂y 2

∂2w
−χxy = ∂x∂y

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Método das Diferenças Finitas - Operadores
Cálculo dos campos de esforços

Operador Forma gráfica

∂2w ∂2w
−mx
Df = 2
+ν 2
| {z } | ∂y
∂x
{z }
f ig.a f ig.b

2
m ∂2w
− Dfy = ν ∂∂xw2 + ∂y 2

mxy ∂2w
− D (1−ν) = ∂x∂y
f

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Método das Diferenças Finitas - Operadores
Cálculo dos campos de esforços
As definições para os campos de momentos flectores mx e my são utilizadas
em duas fases distintas da análise:
• para impor condições de fronteira;
• quando se pretende caracterizar o comportamento da laje em todos os
pontos (nós) da malha.

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Método das Diferenças Finitas - Operadores
Cálculo dos campos de esforço transverso efectivo

Operador Forma gráfica

rx ∂3w ∂3w
−Df = ∂x3
+ (2 − ν) ∂x∂y2

ry ∂3w ∂3w
−Df = ∂y 3
+ (2 − ν) ∂y∂x2

Os esforços transversos efectivos estão associados a imposição das


condições de fronteira em bordos livres.

Análise de Estruturas II – p.18/39


MDF - Condições de fronteira
Condições de apoio (nesta exposição consideram-se apenas bordos
paralelos a y):
A imposição das condições de fronteira requer a consideração de nós
"fictícios" , exteriores ao domínio da laje em estudo.
• Bordos apoiados (normal x):
Para o nó 2 as condições de fronteira são:
x

w = 0;
∂2w
mx = ∂x2
=0 y 1 2 3

Aplicando o operador para a segunda


derivada, resulta: w2 = 0 w3
w1
w3 =−w1
w2 = 0 ;
1
mx = 1 −2 1 =0
2
w1 − 2w2 + w3 h
= 0 ⇒ w3 = −w1
h2

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MDF - Condições de fronteira
Condições de apoio (nesta exposição consideram-se apenas bordos
paralelos a y):
• Bordos encastrados (normal x):
Para o nó 2 as condições de fronteira são: x

w = 0;
∂w
θx = ∂x
=0 y 1 2 3

Aplicando o operador para a primeira


derivada, resulta:
w2 = 0 w3 =w1

w2 = 0 w1 w3

−w1 + w3
= 0 ⇒ w3 = w1
θx = 1 −1 0 1
2h
2h

Análise de Estruturas II – p.20/39


MDF - Condições de fronteira
Condições de apoio (nesta exposição consideram-se apenas bordos
paralelos a y):
• Bordos livres (normal x):
x
5 2 6
Para o nó 10
y
2 2
9 1 10 3 11
∂ w
mx = ∂x2
+ ν ∂∂yw
2 = 0;
8 4 7

∂mx ∂mxy
rx = ∂x
+2 ∂y
= 0;
w9 w1 w10 w3 w11

w3 = 2w 10− w 1
w11 = w 9 − 4w1 +4w 10
As condições de fronteira resultam:
2(1 + ν)w10 − w1 − w3 − ν(w2 + w4 ) = 0 ;
2(3 − ν)(w3 − w1 ) + (2 − ν)(w5 + w8 − w6 − w7 ) + w9 − w11 = 0 ;

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MDF - Condições de fronteira
Condições de apoio (nesta exposição consideram-se apenas bordos
paralelos a y):
• Bordos com encastramento deslizante (normal x):
x

5 2 6
Para o nó 10
y 9 1 10 3 11
∂w
θx = ∂x
=0
8 4 7

∂mx ∂mxy
rx = +2 = 0; w10= 0 w3 =w1
∂x ∂y
w1 w3

θx = 1 −1 0 1 =0
2h
As condições de fronteira resultam:
w3 = w1 ;
2(3 − ν)(w3 − w1 ) + (2 − ν)(w5 + w8 − w6 − w7 ) + w9 − w11 = 0 ;

Análise de Estruturas II – p.22/39


Lajes - Equação de Lagrange
Lembrar: Forma alternativa da equação de Lagrange
∂2w ∂2w ∂2w ∂2w
mx = −Df ( ∂x2 + ν ∂y2 ) e mx = −Df (ν ∂x2 + ∂y 2
)

Define-se M como:
mx + my
M= = −Df ∇2 w
1+ν
O esforço transverso assim fica definido:

∂M ∂ ∂2w ∂2w ∂M ∂ ∂2w ∂2w


vx = = −Df ( + ) ; vy = = −Df ( + )
∂x ∂x ∂x2 ∂y 2 ∂y ∂y ∂x2 ∂y 2

Em alternativa a equação de Lagrange pode ser substituída por duas


equações diferenciais da segunda ordem:
∂2M ∂2M ∂2w ∂2w M
2
+ 2
= −p ; e + = −
∂x ∂y ∂x2 ∂y 2 Df

Análise de Estruturas II – p.23/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 1: Laje quadrada 4 × 4 m simplesmente apoiada em todo o seu contorno
(ν = 0.2) é sujeita a uma carga uniformemente distribuída q = 1.0 kN/m2 .
Determine uma solução aproximada, (w), considerando uma malha de DF de h = a/2

O número de incógnitas (equações) a


escrever no domínio é condicionado
pelo número dos nós da malha onde se
desconhece o valor dos deslocamentos
transversais.
Nos bordos (BSA):
• especifica-se o valor do campo de
deslocamentos transversais:
w1 = w2 = w3 = w4 = 0

w6 = w7 = w8 = w9 = 0

Análise de Estruturas II – p.24/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Ex 1 (cont):
• é necessário impor que se devem anular o campo dos momentos
flectores mn = 0:

Análise de Estruturas II – p.25/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Ex 1 (cont): Equação de Lagrange para todos os nós da discretização onde o
valor do campo de deslocamentos transversais é desconhecido (w5 ):

1
[20w5 − 8(w2 + w4 + w8 + w6 ) + 2(w3 + w9 + w7 + w1 ) +
24
q
+w10 + w12 + w11 + w13 ] =
Df

Substituindo nesta equação a informação referente a imposição das


condições de fronteira:

w1 = w2 = w3 = w4 = w6 = w7 = w8 = w9 = 0
w13 = −w5 ; w10 = −w5 ; w11 = −w5 ; w12 = −w5 ;
Resulta:

1 q
(20w5 + w10 + w12 + w11 + w13 ) =
24 Df
1 q 1
(20w5 − w5 − w 5 − w5 − w5 ) = | q=1 ⇒ w5 =
24 | {z } Df Df
16w5

Análise de Estruturas II – p.26/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 1: Cálculo de grandezas cinemáticas e estáticas
• rotação θx em 2:

∂w 1 1 1
(θx )2 = − = − (w5 − w10 ) = − (w5 + w5 ) = −0.5w5 = −
∂x 2h 2·2 2Df

• momento flector mx = −Df ( ∂ 2 w2 + ν ∂ 2 w2 ) em 5:


∂x ∂y

Df
(mx )5 =− (w2 + w8 − (2 + 2ν)w5 + νw6 + νw4 )
h2
Df 2 + 2ν
= − 2 (−(2 + 2ν)w5 ) = = 0.6
h 4
• momento flector my = −Df (ν ∂ 2 w2 + ∂2w
) em 5:
∂x ∂y 2

Df
(my )5 =− (νw2 + νw8 − (2 + 2ν)w5 + w6 + w4 )
h2
Df 2 + 2ν
= − 2 (−(2 + 2ν)w5 ) = = 0.6
2 4

Análise de Estruturas II – p.27/39


Método das Diferenças Finitas - Operadores
Convergência da solução
A qualidade dos resultados melhora na medida que a malha fica mais refinada
(com espaçamentos menores entre os pontos interiores) mas a custa de maior
dimensão do sistema resolvente.
É possível verificar a qualidade dos resultados obtidos para mx e w no centro
da laje e mxy para o canto inferior da laje, considerando várias discretizações
e comparadas com a e a solução exacta ( de Navier).

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Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 2: h = a/4 = 1.0 m

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Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 1: h = a/4 = 1.0 m - Sistema de equações resultante.

Análise de Estruturas II – p.30/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 2: Laje quadrada a × a com a = 4 m se encontra encastrada em todo o seu
contorno (ν = 0.2) é sujeita a uma carga uniformemente distribuída q = 1.0 kN/m2 .
Determine uma solução aproximada considerando uma malha de DF de h = a/2

Em todos os bordos se especifica


o valor do campo de deslocamentos
transversais:

w1 = w2 = w3 = w4 = w6 = w7 = w8 = w9 = 0

Análise de Estruturas II – p.31/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 2: Em todos os bordos é necessário impor que se devem anular as
rotações θn = 0:

Análise de Estruturas II – p.32/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 2: Equação de Lagrange para todos os nós da discretização onde o
valor do campo de deslocamentos transversais é desconhecido (w5 ):

1 q
(20w5 + w10 + w12 + w11 + w13 ) =
24 Df

Substituindo nesta equação a informação referente a imposição das


condições de fronteira:

w13 = w5 ; w10 = w5 ; w11 = w5 ; w12 = w5 ;

Resulta a solução para o campo dos deslocamentos:

1 q 2
(20w5 + w5 + w5 + w5 + w5 ) = | q=1 ⇒ w5 =
24 Df 3Df

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Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 2: Cálculo de algumas grandezas estáticas

• momento flector mx = −Df ( ∂ 2 w2 + ν ∂ 2 w2 ) no centro da laje, em 5:


∂x ∂y

Df
(mx )5 =− 2
(w2 + w8 − (2 + 2ν)w5 + νw6 + νw4 )
h
Df 1+ν
= − 2 (−(2 + 2ν)w5 ) = = 0.4
2 3
• momento flector mx no nó 2:

Df
(mx )2 =− 2
(w5 + w10 − (2 + 2ν)w2 + νw1 + νw3 )
h
Df 1
= − 2 (2w5 ) = −
2 3

Análise de Estruturas II – p.34/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 3: Laje quadrada com a = 4 m com dois bordos encastrados e dois
simplesmente apoiados (ν = 0.2) é sujeita a uma carga uniformemente
distribuída q = 1.0 kN/m2 . Determine uma solução aproximada considerando uma malha de
DF de h = a/2

Em todos os bordos se especifica


o valor do campo de deslocamentos
transversais:

w1 = w2 = w3 = w4 = w6 = w7 = w8 = w9 = 0

e com base nos resultados anteriores:

w12 = w5 ; w10 = w5 ; w11 = −w5 ; w13 = −w5 ;


Equação de Lagrange para o nó 5: (w5 ):

1 q
(20w5 + w10 + w12 + w11 + w13 ) =
24 Df
1 q 4
(20w5 + w5 + w5 − w5 − w5 ) = | q=1 ⇒ w5 =
24 Df 5Df
Análise de Estruturas II – p.35/39
Método das Diferenças Finitas - Exemplos
Exemplo 3: Cálculo de algumas grandezas estáticas

• momento flector mx = −Df ( ∂ 2 w2 + ν ∂ 2 w2 ) no centro da laje, em 5:


∂x ∂y

Df
(mx )5 =− 2
(w2 + w8 − (2 + 2ν)w5 + νw6 + νw4 )
h
Df 2 + 2ν
= − 2 (−(2 + 2ν)w5 ) = = 0.48
2 5
• momento flector mx no nó 2:

Df
(mx )2 =− 2
(w5 + w10 − (2 + 2ν)w2 + νw1 + νw3 )
h
Df
= − 2 (2w5 ) = −0.4
2
• rotação θx no nó 8:

Df 1 0.4
(θx )8 = − (w11 − w5 ) = (w5 + w5 ) =
2h 2·2 Df

Análise de Estruturas II – p.36/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplo Extra
Considere a laje com as condições de apoio mostradas na figura. Determine o
valor aproximado do campo dos deslocamentos da laje, para h = 0.25a.

a q=const x

a 0.75a
q

Resolução
Condições de fronteira (cinemáticas): em todos os bordos exteriores e no
apoio x = a os deslocamentos são nulos.

Análise de Estruturas II – p.37/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplo Extra
Resolução Adopta-se a malha da figura (h = 0.25a), tendo em consideração a
simetria da laje em relação à eixo x.
1´ 2´ 3´ 4´ 5´
y h=a/4

1" 1 2 3 4 5 5"

6" 6 7 8 9 10 10" x Devido as condições de apoio


a
1" 1 2 3 4 5 5" o valor dos deslocamentos nos
nós fictícios resultam:
q=const a 0.75a
q

BsE: w1 ” = w1 ; w6 ” = w6 , ; w5 ” = w5 , ; w10 ” = w10


BsSA: w1′ = −w1 ; w2′ = −w2 , ; w3′ = −w3 , ;
Para o valor da carga temos:

x > a : p4 = p5 = p9 = p10 = 0 ;
x ≤ a : p1 = p2 = p3 = p6 = p7 = p8 = const.

Análise de Estruturas II – p.38/39


Método das Diferenças Finitas - Exemplo Extra
Resolução:
A equação de Lagrange é escrita para os pontos no domínio 1 a 10, resultando
o sistema de equações resolvente.
A resolução deste sistema conduz:

pa4 pa4 pa4


w1 = 0.00129 ; w2 = 0.002047 ; w3 = 0.001746 ;
Df Df Df
pa4 pa4 pa4
w4 = −0.000246 ; w5 = −0.000133 ; w6 = 0.001746 ;
Df Df Df
pa4 pa4
w7 = wmax = 0.000278 ; w8 = −0.002019 ;
Df Df
pa4 pa4
w9 = −0.0003476 ; w10 = −0.0001875 ;
Df Df

Análise de Estruturas II – p.39/39

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