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 Na Idade Clássica as

fundações passaram a ser


feitas de blocos
superpostos em uma ou
duas camadas.
 As fundações das
construções gregas de
menor porte eram
basicamente constituídas
por sapatas isoladas.
 Já os romanos contribuíram
significativamente para o
desenvolvimento das técnicas
construtivas de fundações.

 O destaque da execução de
fundações pelos romanos era o uso
de um concreto romano,
preparado a partir da mistura de
pozolana com calcário e daí, pela
adição de pedaços de pedra ou de
tijolos cozidos
 A partir do século XVIII, com o conhecimento até então acumulado, surgiram
diversas teorias, tais como:
 As leis de atrito e de coesão de Charles Coulomb (1776),.
 o estado de tensão dos solos de William Rankine (1845).
 A percolação d’água nas areias por Henri Darcy (1856).
 Os estudos de adensamento e consolidação das argilas por Karl Terzaghi (1925),
considerado o pai da Mecânica dos Solos.
 No Brasil, existem poucos registros sobre as primeiras obras de fundações
utilizadas.

 Sabe-se através de documentos localizados no Mosteiro de São Bento, no Rio de


Janeiro, que havia “a tradição dos alicerces das obras comuns constituídos por
pedras socadas em valas escavadas ao longo das paredes”.

 Já no período do Império, a grande atividade da engenharia era a construção de


estradas de ferro, que utilizavam fundações em blocos, provavelmente de alvenaria
de pedra, em cavas abertas no terreno firme.
 Com o aprimoramento das técnicas de
fundações, grandes edificações passaram a
ser construídas no Rio de Janeiro, São
Paulo, Recife e Manaus como, por exemplo,
o Teatro Amazonas, construído entre 1884
e 1896.

 Aquele tipo de alicerce de pedras, citado


nos documentos do Mosteiro de São Bento,
deu lugar às sapatas e blocos de alvenaria
de tijolos ou de pedra, sobre solos
apiloados e, pelo menos, em cavas com 1,0
m de profundidade.
 As informações mais precisas sobre fundações de edifícios surgem a partir de
1930, quando os edifícios construídos em concreto armado já se apoiavam sobre
fundações diretas, do tipo sapatas de concreto armado ou blocos de concreto
simples. Nas situações em que eram utilizadas fundações profundas, optava-se
pelo uso de estacas de madeira ou estacas pré-moldadas de concreto armado
 Conforme NBR 6122 (ABNT, 2010), Fundações superficiais (rasas ou diretas) são
elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, predominantemente
pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de
assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor
dimensão da fundação.
 Incluem-se neste tipo de fundação os blocos, as sapatas (isoladas,
corridas, associadas, alavancadas, vigas de fundação).
 Fundação é a parte de uma estrutura que transmite ao terreno a carga
da obra edificada ou a edificar. Portanto o estudo da fundação
compreende preliminarmente duas partes essencialmente distintas:
 1) Cálculo das cargas atuantes sobre a fundação
 2) Estudo do terreno
 Trabalham basicamente por
compressão
 Estruturas não armadas, porém
robustas
 Podem ser escalonados
 α >= 60°
 Menos robusta, porém armada;
 Uma sapata por Pilar
 Resiste principalmente os esforços
de flexão
 Podem ser :
 Circulares B=∅
 Quadradas B=L
 Retangulares L>B e L<3B ou L<5B
 Corridas L>B L>5B

 30°< α <60°
 α < 30°
 Esforços estão as sapata inteira
 Seguem toda a estrutura de
baldrame
 Utilizada quando há dois ou mais

pilares próximos que não permitem o


uso de sapatas isoladas.
 Todos os Pilares da construção descarregam seus esforços na mesma estrutura;

 Utilizada quando a área total de sapatas supera 70% a área da construção ou quando

se deseja reduzir ao máximo os recalques diferenciais.

 Grande Volume de Concreto


Uma edificação sempre precisa resistir a dois tipos de cargas, aquelas
transmitidas pelo seu peso próprio e aquelas referentes a seu uso. Sendo
assim, todas essas cargas são transmitidas para a fundação.
A fundação, por sua vez, além das cargas advindas desses elementos estruturais,
ainda recebe aquelas que são aplicadas diretamente sobre o piso e as transmite para o
solo. Sendo assim é de extrema importância que ele apresente uma resistência que o
mantenha estável diante do peso que recebe.
Caso isso não aconteça, a edificação corre o risco de apresentar patologias!
Não basta conhecer apenas as características superficiais do solo, visto que ele
não é homogêneo e o efeito dos esforços vai até alguns metros abaixo. Daí a
necessidade de se investigar o subsolo e definir características como resistência a
penetração, consistência e nível de água.
Uma sondagem deve fornecer informações do subsolo como:
 Espessura e dimensão de cada camada do solo até a profundidade desejada;

 Existência de água com a posição do nível de água encontrado durante a investigação do


solo;

 Profundidade da camada rochosa ou do material impenetrável ao amostrador;

 As propriedades do solo ou da rocha como permeabilidade, compressibilidade e


resistência ao cisalhamento.
 Trados manuais
Este tipo de sondagem é muito utilizado para a determinação do nível do
lençol freático. Os resultados da sondagem são apresentados através de perfis
individuais ou tabelas e são traçados perfis gerais do subsolo.
 Sondagem Rotativa

A sondagem rotativa permite a investigação e reconhecimento de rochas e solos


permitindo a retirada de amostras da rocha atravessada, podendo atingir grandes
profundidades
TIPOS DE SONDAGEM
 SPT
Conhecida como sondagem SPT (Standard Penetration Test) ou teste de penetração
padrão ou simples reconhecimento, esse é um processo muito usual para conhecer o tipo
de solo fornecendo informações importantes para a escolha do tipo de fundação.
TIPOS DE SONDAGEM
 SPT

Em cada ponto de sondagem, monta-se uma torre (tripé), com


altura em torno de 5 metros e um conjunto de roldanas e cordas, que
auxiliará no manuseio da composição de hastes por força manual.
A amostra a zero metro é coletada e inicia-se a escavação com
trado manual; na base do furo apoia-se o amostrador padrão acoplado
a hastes de perfuração; marca-se na haste, com giz, um segmento de
45 cm dividido em trechos iguais de 15 cm; ergue-se o martelo
padronizado ou “peso batente” de 65 kg até a altura de 75 cm e deixa-
se cair em queda livre sobre a haste.
TIPOS DE SONDAGEM
 SPT
Tal procedimento é repetido até que o amostrador penetre 45 cm do solo; a soma do
número de golpes necessários para a penetração do amostrador nos últimos 30 cm é o que
dará o índice de resistência do solo na profundidade ensaiada ( Nspt ).
 Eventual proteção de muros e
construções vizinhas;
 Limpeza do terreno, retirando o
material vegetal, e camada de solo
com matéria orgânica;
 Eventual desvio de instalações
existentes;
 Caso exista nível freático elevado,
deverão ser adotados métodos de
controle de águas, como o
rebaixamento do lençol freático.
 Segue a orientação do projeto de
fundações;
 Para a escavação são utilizados
equipamentos, como a escavadeira, e
pequenos acertos são realizados
manualmente:
 Pá para solos moles;
 Martelo pneumático para solos duros
 Ou por equipamentos de pequeno porte e maior
precisão
 Deve ser verificada a necessidade de
acesso do equipamento no canteiro de
obras, para operações de movimento de
terra.
 Com a área escavada limpa a
compactada, depositar concreto
magro (lastro), em toda a área
escavada, nivelando com o auxilio
de régua e colher.
 Execução do Lastro:
 A NBR 6122 recomenda que em
fundações que não se apoiam sobre
rocha, deve-se executar,
anteriormente à sua execução, uma
camada de concreto magro, de no
mínimo 5 cm de espessura, ocupando
toda a área da cava de fundação.
 Deve-se então executar as fôrmas das sapatas;
 Caso a própria encosta venha a servir como fôrma, as laterais de toda a área
escavada devem ser chapiscadas.
 Com a vala preparada, inicia-
se a marcação dos pilares;
 São fixadas estacas de
madeira nos pontos indicados
pelo projetista;
A checagem do nível é um
procedimento imprescindível
para garantir boa marcação
dos pilares.
Depois de definida a localização de todos os pilares, tem início
a inserção da armação, sempre seguindo a orientação do
projeto de fundações.
Com o auxílio de arames de aço, são
presos também os ferros especiais de
arranque dos pilares.
 A concretagem também deve ser feita, de acordo com as especificações do
projetista, até a parte superior da sapata;
 A concretagem é executada após a limpeza geral do lastro, da fôrma e da
armadura colocada;
Na execução do concreto, seu abatimento “Slump” deve
permitir a trabalhabilidade necessária para execução
das faces laterais através de regularização com a
desempenadeira.
 A armação do pilar deve ser
montada a partir dos ferros de
arranque. Só então serão
colocadas as fôrmas do pilar para
o prosseguimento da
concretagem;
 Após a desenforma do pilar, deve-
se fazer o reaterro da cava da
sapata, executado com o solo
compactado em camadas.
Radier Protendido
 Fundação rasa • Fundação rasa
 Para fundações com mais de 5 • Para fundações com menos de
m de extensão 5 m de extensão
 Grande suporte de carga • Construções de casas ou
edifícios baixos
 Edifícios até 14 pavimentos
• Edifícios até 5 pavimentos
• Com 12 trabalhadores,
consegue-se executar 5
radiers por dia, para casas de
50m²
• 1 armador, 1 eletricista, 1
encanador e 3 ajudantes para
a armação.
• 3 pedreiros e 3 ajudantes para
a concretagem
 Antes da preparação da base do radier, deve-se nivelar o solo.
• Demarcação da área do radier, com • Posicionamento das tubulações
formas de madeira, a posicionando
no lote
• Colocação de lona plástica
 Camada de brita
 São montadas as instalações
hidráulicas, esgoto, caixas de
passagem das instalações
elétricas.
 Radier de concreto armado, pode
ser empregada tela metálica –
simples ou dupla, com ou sem
reforço sob as paredes.
 Na amarração, deve-se atentar ao
cobrimento mínimo das telas e o
posicionamento das armaduras de
arranque.
 Cobrimento garantido com
espaçadores, treliças metálicas e
caranguejos metálicos
• São usados cordoalhas
plastificadas e engraxadas,
dispostas em feixes de 80cm a 1m.
• Nos encontros de cordoalhas,
deve-se posicionar espaçadores
para garantir a sua elevação e
fixação.
 Lançamento feito por bomba
ou jerica
 Acabamento superficial
obtido por
sarrafeamento,
desempenamento e
acabadora mecânica de
superfície.
 No caso, do radier
protendido, deve-se
evitar pisar nas
cordoalhas ou encostar
nela com a bomba, para
não desloca-la.
 Nos radiers protendidos, a
cura é feita com a aplicação
de água durante o intervalo
de 7 dias entre a
concretagem e a protensão.
 A cura nos radiers de
concreto armado dura em
torno de 72 horas.
 Para realizar a protensão, a
resistência mínima do concreto
deve ser de 21 Mpa. Utilizando
um macaco hidráulico que
estica o cabo de protensão,
depois é realizado o corte da
cordoalha, que fica ancorada.
 As fundações são o resultado da necessidade de transmitir cargas ao
solo pela construção de uma estrutura;

 Seu comportamento em longo prazo pode ser afetado por diversos


motivos, ocasionando as chamadas patologias.
As patologias associadas as fundações superficiais são principalmente
causadas pela ausência de especificações como:
 Cota de implantação das fundações.

Efeitos da falta de definição da cota de assentamento das fundações,


neste caso foram assentes sobre solo de aterro.
Fissuras provocadas numa edificação assente sobre solo de aterro
 Tipo de solo onde vai ser implantadas as fundações.

 Ordem de construção dos elementos estruturais.


Ordem pela qual deverá ser executadas as fundações.
 As características do betão a ser adaptadas durante a execução são
indispensáveis para que os elementos estruturais possam ter a
resistência prevista em projeto.
 Deve ser especificado o recobrimento de todas as armaduras a
utilizar no projeto de fundações, este recobrimento tem de ser
garantido na execução para proteger os elementos estruturais ao
longo do tempo.
Exemplo de como os recobrimentos dos elementos estruturais devem estar
indicados em projeto
Estes recalques podem ser classificados em 3 grupos, de acordo com
os danos que causam.
 1-Danos estruturais - são os danos causados à estrutura
propriamente dita (pilares, vigas e lajes).

 2 -Danos arquitetônicos - são os danos causados à estética da


construção, tais como fissuras, trincas em paredes e acabamentos,
rupturas de painéis de vidro ou mármore, etc.

 3 - Danos funcionais - são os causados à utilização da estrutura com


refluxo ou ruptura de esgotos e galerias, emperramento das portas e
janelas, desgaste excessivo de elevadores (desaprumo da estrutura),
etc.
 Estruturas construídas utilizando fundações superficiais apoiadas
diretamente sobre a camada argilosa, sem qualquer tipo de
contraventamento entre fundações.
 Fundações superficiais ligadas por vigas de fundação
 Fundações executadas em solos diferentes
 A morfologia das fissuras é o resultado da interação solo-estrutura no
caso de problemas ao nível das fundações;

 As fissuras são sintomas que ajudam a compreender os movimentos


sofrido pela estrutura e diagnosticar as causas que originaram o
problema.
.
 Fissuras com inclinação de aproximadamente 45º ocasionadas pelo
levantamento da sapata.
 Fissuras de aproximadamente 45º ocasionadas pelo assentamento da
sapata.
 É importante o conhecimento de todas as possibilidades de
ocorrência de problemas nas fundações de forma que os diferentes
profissionais participantes das etapas de investigação, projeto,
fornecimento de materiais, execução, fiscalização do trabalho e até
os envolvidos em atividades pós construção, realizem as suas tarefas
com o maior rigor e qualidade, utilizando a boa prática e
normalização vigente, evitando desta forma o surgimento de
problemas nas fundações.
 Projetos, Sapatas de concreto – Revista Téchne
Disponível em: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/artigo286532-2.aspx
Acesso: 02 fev. 2016

 SANTANA, O. S. Fundações rasas para residências populares. Trabalho de


Conclusão de Curso para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia
Civil da Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo, 2011

 FABRÍCIO, Márcio M.; ROSSIGNOLO, João A.. Tecnologia das Construções II. Rio de
Janeiro: Escola de Engenharia, 2001.
 DE CARVALHO, D. M. PATOLOGIAS DAS FUNDAÇÕES: FUNDAÇÕES EM
DEPÓSITOS DE VERTENTE NA CIDADE DE MACHICO. Funchal, Junho de 2010.
Dissertação (Mestre em Engenharia Civil) – Universidade da Madeira.

 RIBEIRO, T.; QUINTANA, L. PATOLOGIA DAS FUNDAÇÕES. Junho de 2014. CURSO


DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – Universidade da
Região da Campanha.

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