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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: BETÃO II
DIMENSIONAMENTO DE UMA VIGA DE BETÃO PRÉ-ESFORÇADO
Estudante : Docentes:
• Daud, Humeid Abdul Rehmane;
DISCIPLINA: BETÃO II
DIMENSIONAMENTO DE UMA VIGA DE BETÃO PRÉ-ESFORÇADO
Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Índice Geral
1. Pré-dimensionamento da secção de betão ............................................................................... 7
1.1. Altura da secção ............................................................................................................... 7
1.1.1. Verificação da altura mínima da viga ....................................................................... 7
1.2. Largura do Banzo Superior e Inferior .............................................................................. 8
1.3. Espessura do banzo superior e inferior ............................................................................ 8
1.4. Largura da alma ................................................................................................................ 8
2. Elementos geométricos da viga ............................................................................................... 8
2.1. Área de secção da viga ..................................................................................................... 8
2.2. Centro de gravidade ......................................................................................................... 8
2.3. Momento de Inércia da secção ......................................................................................... 9
2.4. Módulo de Flexão........................................................................................................... 10
3. Análise dos esforços atuantes na viga ................................................................................... 10
3.1. Análise das acções permanentes .................................................................................... 11
3.2. Análise da acção variável ............................................................................................... 12
3.3. Análise e identificação da secção crítica ........................................................................ 13
4. Pré-dimensionamento da força de Pré-esforço ...................................................................... 13
5. Dimensionamento da Força Pré-esforço................................................................................ 15
5.1. Pré-esforço inicial- 𝑃0 ................................................................................................... 15
5.2. Pré-esforço final- 𝑃∞ ..................................................................................................... 16
5.3. Pré-esforço na origem- 𝑃0′ ............................................................................................ 17
6. Cálculo das armaduras de Pré-esforço................................................................................... 18
6.1. Disposições Regulamentares das Armaduras de Pré-esforço ........................................ 19
6.1.1. Distância mínima entre armaduras.......................................................................... 19
6.1.2. Recobrimento mínimo ............................................................................................ 19
7. Verificação das Tensões na fibra superior e inferior, a tempo 𝑡0 e 𝑡∞ ................................ 20
8. Fuso limite ............................................................................................................................. 22
9. Traçado dos cabos de Pré-esforço ......................................................................................... 23
9.1. Cabo equivalente ............................................................................................................ 24
9.2. Cabo superior ................................................................................................................. 25
9.3. Cabo inferior .................................................................................................................. 25
10. Dimensionamento aos Estados Limites Últimos (ELU) .................................................... 26
10.1. Estado Limite Último de Flexão ................................................................................. 26
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Índice de Figuras
Figura 1- Pré-dimensionamento da secção ..................................................................................... 9
Figura 2- Sistema estático com cargas permanentes..................................................................... 11
Figura 3- Sistema estático com carga variável ............................................................................. 12
Figura 4- Sistema estático com todas as cargas ............................................................................ 13
Figura 5- Diagramas de tensões .................................................................................................... 14
Figura 6- Cabo equivalente e sistema de eixos ............................................................................. 24
Figura 7- Desenhos dos cabos em corte longitudinal ................................................................... 26
Figura 8- Diagrama das extensões ................................................................................................ 31
Figura 9- Armaduras transversais na viga .................................................................................... 35
Figura 10- Ancoragem Multiplane MA com Armadura de reforço em hélice ............................. 37
Figura 11- Vista lateral da Ancoragem Multiplane MA ............................................................... 38
Figura 12- Vista frontal da Ancoragem Multiplane MA .............................................................. 38
Figura 13- Desenho final com armaduras de pré-esforço ............................................................. 40
Índice de Tabelas
Tabela 1- Equação do cabo equivalente........................................................................................ 24
Tabela 2- Equação do cabo superior ............................................................................................. 25
Tabela 3- Equação do cabo inferior .............................................................................................. 25
Tabela 4- Excentricidades dos cabos ............................................................................................ 26
Tabela 5- Dados relativos à Ancoragem Multiplane MA ............................................................. 37
Tabela 6- Tabela Auxiliar para o cálculo da armadura de reforço para a Ancoragem Multiplane
MA ................................................................................................................................................ 39
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Introdução
A tecnologia de pré-esforço é relativamente mais moderna e carece ainda de alguns estudos por
forma a clarificar alguns aspectos. Baseia-se esssencialmente na aplicação de uma tensão de
compressão prévia na peça de betão, para que quando sejam aplicadas as cargas de serviço, estas
sejam resistidas com mais eficiência pelo conjunto betão-aço.
O presente trabalho visa demonstrar, passo a passo e com notas explicativas, o dimensionamento
de uma viga pré-esforçada.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
ℎ ≥ 0,625𝑚, 𝑉𝐸𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐴!
1.4.Largura da alma
A largura da alma foi meramente arbitrada, sendo que foi considerada igual a 𝒃 = 𝟎, 𝟐𝟓𝒎.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑦1 × 𝐴1 + 𝑦2 × 𝐴2 + 𝑦3 × 𝐴3
𝑦𝑔 =
𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3
0,10 × 0,09 + 0,575 × 0,1875 + 1,1 × 0,27
𝑦𝑔 =
0,7475
𝑦𝑔 = 0,75𝑚
O centro de gravidade foi calculado tendo em conta um eixo de referência com origem no canto
inferior esquerdo do ponto da peça e na base da mesma, tal como mostra a figura abaixo.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
secções em separado e em seguida faz-se uso da parcela de Steiner para determinar o Momento de
Inércia Total.
𝑏 × ℎ3 0,9 × 0,33
𝐼𝑥1 = = = 2,025 × 10−3 𝑚4 ; 𝑦1 = 0,35𝑚
12 12
𝑏 × ℎ3 0,25 × 0,753
𝐼𝑥2 = = = 8,8 × 10−3 𝑚4 ; 𝑦2 = 0,175𝑚
12 12
𝑏 × ℎ3 0,45 × 0,23
𝐼𝑥3 = = = 3,0 × 10−3 𝑚4 ; 𝑦2 = 0,65𝑚
12 12
𝐼𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 𝐼𝑥1 + 𝑦12 × 𝐴1 + 𝐼𝑥2 + 𝑦22 × 𝐴2 + 𝐼𝑥3 + 𝑦32 × 𝐴3
𝐼𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 2,025 × 10−3 + 0,352 × 0,27 + 8,8 × 10−3 + 0,1752 × 0,1875 + 3,0 × 10−3
+ 0,652 × 0,09
𝐼𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 5,2924 × 10−2 𝑚4
2.4.Módulo de Flexão
O módulo de flexão é calculado para as fibras extremas da secção, ou seja, fibra superior e fibra
inferior. Segue-se o cálculo do módulo de flexão para a secção em causa.
𝐼𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 5,2924 × 10−2
𝑊𝑠 = = = 0,105𝑚3
𝑦𝑠 0,5
𝐼𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 5,2924 × 10−2
𝑊𝑖 = = = 0,069𝑚3
𝑦𝑖 0,75
Onde:
𝑊𝑠 - Módulo de Flexão superior;
𝑊𝑖 - Módulo de Flexão inferior;
𝐼𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 - Inércia total da secção;
𝑦𝑠 - distância da fibra superior ao centro de gravidade da secção;
𝑦𝑖 - distância da fibra inferior ao centro de gravidade da secção.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑃𝑝 = 𝑃𝑣 × 𝐴𝑐
𝑃𝑝 = 25 × 0,5475
𝑃𝑝 = 13,6875 𝐾𝑁⁄𝑚
Onde:
𝑃𝑝- Peso próprio da viga,em 𝐾𝑁⁄𝑚;
𝑃𝑣 - Peso volúmico do betã, em 𝐾𝑁⁄𝑚3 ;
𝐴𝑐 - Área da secção de betão, em 𝑚2 .
29 × 20
𝑅𝐴 = 𝑅𝐵 = = 290𝐾𝑁
2
𝑀(𝑥) = −14,5𝑥 2 + 290𝑥, 𝑀(8,8) = 1429,12 𝐾𝑁𝑚, 𝑀(0) = 0 𝐾𝑁𝑚, 𝑀(20) = 0 𝐾𝑁𝑚
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑅𝐴 = 61,6𝐾𝑁, 𝑅𝐵 = 48,4𝐾𝑁
Para o 1º troço (0 ≤ 𝑥 ≤ 8,8𝑚)
𝑇(𝑥) = 61,6 𝐾𝑁
𝑇(𝑥) = −48,4𝐾𝑁
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑅𝐴 = 351,6𝐾𝑁, 𝑅𝐵 = 338,4𝐾𝑁
Para o 1º troço (0 ≤ 𝑥 ≤ 8,8𝑚)
𝑀(𝑥) = −14,5𝑥 2 + 351,6𝑥, 𝑀(8,8) = 1971,2 𝐾𝑁𝑚, 𝑀(0) = 0 𝐾𝑁𝑚
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Após o pré-dimensionamento já se pode ter noção do valor de Pré-esforço que vai possivelmente
será o escolhido, que é reprensentado através do intervalo abaixo.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
3986,7 𝐾𝑁 ≤ 𝑃 ≤ 9725,55 𝐾𝑁
5.1.Pré-esforço inicial- 𝑃0
Este valor de pré-esforço é o valor que actua na estrutura algumas horas após a aplicação do pré-
esforço, e resulta da subtracção das perdas de tensão instantâneas pelo Pré-esforço na origem. O
valor do pré-esforço inicial é determinado fazendo uma análise das fibras inferior e superior da
peça no tempo 𝑡0 , tempo este onde actuam apenas a carga permanente e a força pré-esforço. Veja-
se a equação a seguir.
Tempo 𝑡0 :
• Fibra inferior
Para a verificação a nível do pré-esforço na fibra superior, verifica-se a compressão máxima tendo
em conta a combinação rara de acções, de acordo com o artigo 71º do REBAP.
𝑀𝑔 𝑃0 𝑃0 × 𝑒
− − ≥ −0,8 × 𝑓𝑐𝑑
𝑊𝑖 𝐴 𝑊𝑖
1971,6 𝑃0 𝑃0 × 0,33
− − ≥ −0,8 × 23,3 × 103
0,069 0,5475 0,069
𝑃0 ≤ 7142,9 𝐾𝑁
• Fibra superior
Considera-se que não existem compressões na fibra mais traccioanda, ou seja, a fibra inferio. Isto
implicará que não será necessária a verificação aos Estados Limite de Serviço (Fendilhação).
𝑀𝑔 𝑃0 𝑃0 × 𝑒
− − + ≤0
𝑊𝑠 𝐴 𝑊𝑠
1971,2 𝑃0 𝑃0 × 0,33
− − + ≤0
0,105 0,5475 0,105
𝑃0 ≤ 14261,41 𝐾𝑁
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
5.2.Pré-esforço final- 𝑃∞
O pré-esforço final é aquele que é necessário para garantir que a compressão desejada na secção
crítica do elemento estrutural seja atingida e consequentemente tire-se as vantagens do uso Pré-
esforço. Tal valor obtém-se subtraindo o valor das perdas de tensão diferidas pelo valor do Pré-
esforço inicial. Veja-se as equações abaixo, para o cálculo do 𝑃∞ .
Far-se-á a análise de tensões instaladas na viga no tempo 𝑡∞ , no qual actuam todas as cargas
previstas no projecto (tanto as permanentes, assim como as variáveis).
Tempo 𝑡∞
• Fibra inferior
Considera-se que não existem compressões na fibra mais traccioanda, ou seja, a fibra inferior. Isto
implicará que não será necessária a verificação aos Estados Limite de Serviço (Fendilhação).
𝑀𝑔 𝑀𝑄 × 𝜓2 𝑃∞ 𝑃∞ 𝑒
+ − − ≤0
𝑊𝑖 𝑊𝑖 𝐴 𝑊𝑖
1971,2 542,08 × 0,6 𝑃∞ 𝑃∞ × 0,33
+ − − ≤0
0,069 0,069 0,5475 0,069
𝑃∞ ≥ 5325,1 𝐾𝑁
• Fibra superior
Para a verificação a nível do pré-esforço na fibra superior, verifica-se a compressão máxima tendo
em conta a combinação rara de acções, de acordo com o artigo 71º do REBAP.
𝑀𝑔 𝑀𝑄 𝑃∞ 𝑃∞ 𝑒
− − − + ≥ −0,8 × 𝑓𝑐𝑑
𝑊𝑠 𝑊𝑠 𝐴 𝑊𝑠
1971,2 542,05 𝑃∞ 𝑃∞ × 0,33
− − − + ≥ −0,8 × 23,3 × 103
0,105 0,105 0,5475 0,105
𝑃∞ ≥ 4181,05 𝐾𝑁
Após a verificação realizada acima, quer das tensões a tempo 𝑡0 assim como a tempo 𝑡∞ , resta-nos
agrupar os resultados e analisá-los em termos de valores tanto de 𝑃0 assim como de 𝑃∞ .
𝑃0 ≤ 7142,9 𝐾𝑁 𝑃 ≥ 5325,1 𝐾𝑁
{ ⟺{ ∞
𝑃0 ≤ 14261,4 𝐾𝑁 𝑃∞ ≥ 4181,05 𝐾𝑁
𝑃0 ≤ 7142,9 𝐾𝑁
{
𝑃∞ ≥ 5325,1 𝐾𝑁
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Em seguida resta-nos definir um valor quer seja de 𝑃0 ou 𝑃∞ . Para que tal seja feito, é necessário
assumir ou estimar aquilo que seriam as perdas instantâneas e as diferidas que ocorreriam na peça
de betão. Com base em (Figueiras, 1993) e outros autores, estimou-se as perdas de tensão como
sendo:
➢ Perdas instantâneas: 11% ;
➢ Perdas diferidas: 14% .
Sendo assim ,decidiu-se obter o valor de 𝑃∞ através do valor de 𝑃0 , através da relação abaixo.
𝑃∞ ≤ 0,86 × 𝑃0
𝑃∞ ≤ 0,86 × 7142,9
𝑃∞ ≤ 6142,89 𝐾𝑁
Prossegue-se agora comparando o valor de 𝑃∞ obtido acima com o valor de 𝑃∞ obtido através das
análises de tensões.
4181,05 𝐾𝑁 ≤ 𝑃∞ ≤ 6142,89 𝐾𝑁
Em seguida procede-se à escolha do valor do 𝑃∞ tendo em conta o intervalo acima. É de notar que
é aconselhável escolher um valor de 𝑃∞ que esteja acima da média entre os dois valores limite do
intervalo acima. Assim sendo, escolhe-se, finalmente o valor:
𝑷∞ = 𝟓𝟖𝟓𝟎 𝑲𝑵
Uma vez escolhido, finalmente,o valor de 𝑃∞ , resta agora calcular os valores de 𝑃0 e 𝑃0′ , através
das perdas estimadas ou consideradas acima.
𝑃∞ 5850
𝑃0 = = = 6802,32 𝐾𝑁
0,86 0,86
𝑷′𝟎 = 𝟕𝟔𝟒𝟑, 𝟎𝟔 𝑲𝑵
{𝑷𝟎 = 𝟔𝟖𝟎𝟐, 𝟑𝟐 𝑲𝑵
𝑷∞ = 𝟓𝟖𝟓𝟎 𝑲𝑵
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝐴𝑝 ≥ 54,79 ∙ 10−4 𝑚2
{
𝐴𝑝 ≥ 53,84 ∙ 10−4 𝑚2
Daí, surge que a armadura de pré-esforço deve ser 𝐴𝑝 ≥ 54,79 ∙ 10−4 𝑚2.
Fazendo uso do Catálogo da DYWIDAG, escolhe-se dois cabos 5927, equivalente a 𝑨𝒑 = 𝟓𝟓, 𝟑 ∙
𝟏𝟎−𝟒 𝒎𝟐 .
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Como foi dito anteriormente, foi usado o catálogo para extrair alguns dados de acessórios. Foram
escolhidos alguns acessórios, como:
• Ancoragem activa: Multiplane Anchorage MA with Helix Reinforcement.
• Ancoragem passiva: Loop Anchorage HV.
• Acoplador R;
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Tempo 𝑡0 :
• Fibra inferior
Para a verificação a nível do pré-esforço na fibra superior, verifica-se a compressão máxima tendo
em conta a combinação rara de acções, de acordo com o artigo 71º do REBAP.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑀𝑔 𝑃0 𝑃0 × 𝑒
− − ≥ −0,8 × 𝑓𝑐𝑑
𝑊𝑖 𝐴 𝑊𝑖
1971,6 6802,32 6802,32 × 0,35
− − ≥ −0,8 × 23,3 × 103
0,069 0,5475 0,069
−18360,7 ≥ −18640, 𝑽𝑬𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨!
• Fibra superior
Considera-se que não existem compressões na fibra mais traccioanda, ou seja, a fibra inferio. Isto
implicará que não será necessária a verificação aos Estados Limite de Serviço (Fendilhação).
𝑀𝑔 𝑃0 𝑃0 × 𝑒
− − + ≤0
𝑊𝑠 𝐴 𝑊𝑠
1971,2 6802,32 6802,32 × 0,35
− − + ≤0
0,105 0,5475 0,105
−8525,36 ≤ 0, 𝑽𝑬𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨!
Tempo 𝑡∞
• Fibra inferior
Considera-se que não existem compressões na fibra mais traccioanda, ou seja, a fibra inferior. Isto
implicará que não será necessária a verificação aos Estados Limite de Serviço (Fendilhação).
𝑀𝑔 𝑀𝑄 × 𝜓2 𝑃∞ 𝑃∞ 𝑒
+ − − ≤0
𝑊𝑖 𝑊𝑖 𝐴 𝑊𝑖
1971,2 542,08 × 0,6 5850 5850 × 0,35
+ − − ≤0
0,069 0,069 0,5475 0,069
−7076,99 ≤ 0, 𝑽𝑬𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨!
• Fibra superior
Para a verificação a nível do pré-esforço na fibra superior, verifica-se a compressão máxima tendo
em conta a combinação rara de acções, de acordo com o artigo 71º do REBAP.
𝑀𝑔 𝑀𝑄 𝑃∞ 𝑃∞ 𝑒
− − − + ≥ −0,8 × 𝑓𝑐𝑑
𝑊𝑠 𝑊𝑠 𝐴 𝑊𝑠
1971,2 542,05 5850 5850 × 0,35
− − − + ≥ −0,8 × 23,3 × 103
0,105 0,105 0,5475 0,105
−15120,97 ≥ −18640, 𝑽𝑬𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨!
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Terminadas as verificações acima, há que realçar que a encentricidade final adotada pelo
projectista será de 𝒆 = 𝟎, 𝟑𝟓𝒎.
8. Fuso limite
O fuso limite é a região onde o cabo equivalente de pré-esforço deve situar-se, tendo em conta o
corte longitudinal da peça. Ficando o cabo equivalente nesta região, é garantido o efeito do pré-
esforço desejado de acordo com os cálculos efectuados, ou seja, se este cabo equivalente do pré-
esforço situar-se na região do Fuso Limite, a peça terá o comportamento previsto pelos cálculos e
termos de tensões atuantes.
Esta região é determinada de acordo com duas análises ou equações, são elas:
a) Descompressão a tempo 𝑡0 ;
b) Descompressão a tempo 𝑡∞ .
a) Descompressão a tempo 𝑡0
Esta descompressão é verificada na fibra superior e actuam apenas o pré-esforço e a carga
permanente.
𝑀𝑔 (𝑥) 𝑃0 𝑃0 × 𝑒1 (𝑥)
− − + ≤0
𝑊𝑠 𝐴 𝑊𝑠
(−14,5𝑥 2 + 290𝑥) 6802,32 6802,32 × 𝑒1 (𝑥)
− − + ≤0
0,105 0,5475 0,105
𝒆𝟏 (𝒙) ≤ −𝟐, 𝟎𝟑𝟕 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 𝒙𝟐 + 𝟎, 𝟎𝟒𝟐𝟔𝒙 + 𝟎, 𝟏𝟗𝟐, (𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟎 ≤ 𝒙 ≤ 𝟖, 𝟖𝒎)
𝑀𝑔 (𝑥) 𝑃0 𝑃0 × 𝑒1 (𝑥)
− − + ≤0
𝑊𝑠 𝐴 𝑊𝑠
(−14,5𝑥 2 + 34,8𝑥 + 1429,12) 6802,32 6802,32 × 𝑒1 (𝑥)
− − + ≤0
0,105 0,5475 0,105
𝒆𝟏 (𝒙) ≤ −𝟐, 𝟏𝟑 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 𝒙𝟐 + 𝟓, 𝟏𝟏 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 𝒙 + 𝟎, 𝟒𝟎𝟐, (𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟖, 𝟖 ≤ 𝒙 ≤ 𝟐𝟎, 𝟎𝒎)
a) Descompressão a tempo 𝑡∞
A analise da descompressão a tempo 𝑡∞ é feita na fibra inferior, tendo em conta que todas as cargas
actuam na estrutura.
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
A tabela abaixo irá resumir a informação obtida pelos cálculos para determinação do Fuso Limite.
𝑥(𝑚) 0 2 4 6 8 8.8 10 12 14 16 18 20
𝑒1 (𝑥) 0.19 0.27 0.33 0.37 0.4 0.41 0.41 0.4 0.37 0.33 0.27 0.19
- - - -
𝑒2 (𝑥) 0.06 0.12 0.16 0.17 0.17 0.15 0.11 0.05
0.13 0.02 0.03 0.13
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
9.1.Cabo equivalente
Será usado o princípio da equação quadrática, sendo que a origem do Sistema Cartesiano
Orotogonal será o ponto onde a excentricidade é máxima, tal como indica a figura abaixo.
𝑥(𝑚) 0 2 4 6 8 8.8 10 12 14 16 18 20
𝑦(𝑚) 0 0.02 0.07 0.16 0.3 0.35 0.35 0.28 0.18 0.1 0.04 0
Tabela 1- Equação do cabo equivalente
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
9.2.Cabo superior
O cabo denominado superior é aquele que se encontra acima do cabo equivalente.
Uma vez que o cabo superior encontra-se 0,21m acima do cabo equivalente, basta adicionar a
parcela 𝑐 = 0,21𝑚 à equação do cabo equivalente, ficando assim a equação:
𝑦1 = 4,52 ∗ 10−3 𝑥 2 + 0,21, (𝑝𝑎𝑟𝑎 0,0 ≤ 𝑥 ≤ 8,8𝑚)
𝑦2 = 2,79 ∗ 10−3 𝑥 2 + 0,21, (𝑝𝑎𝑟𝑎 8,8 ≤ 𝑥 ≤ 20,0𝑚)
𝑥(𝑚) 0 2 4 6 8 8.8 10 12 14 16 18 20
𝑦(𝑚) 0.21 0.23 0.28 0.37 0.50 0.56 0.49 0.39 0.31 0.25 0.22 0.21
Tabela 2- Equação do cabo superior
9.3.Cabo inferior
O cabo denominado inferior é aquele que se encontra abaixo do cabo equivalente.
Uma vez que o cabo inferior encontra-se 0,21m abaixo do cabo equivalente, basta adicionar a
parcela 𝑐 = −0,21𝑚 à equação do cabo equivalente, ficando assim a equação:
𝑦1 = 4,52 ∗ 10−3 𝑥 2 − 0,21, (𝑝𝑎𝑟𝑎 0,0 ≤ 𝑥 ≤ 8,8𝑚)
𝑦2 = 2,79 ∗ 10−3 𝑥 2 − 0,21, (𝑝𝑎𝑟𝑎 8,8 ≤ 𝑥 ≤ 20,0𝑚)
𝑥(𝑚) 0 2 4 6 8 8.8 10 12 14 16 18 20
- - - - - - - - -
𝑦(𝑚) 0.08 0.14 0.07
0.21 0.19 0.14 0.05 0.03 0.11 0.17 0.20 0.21
Tabela 3- Equação do cabo inferior
Na tabela a seguir, serão demonstradas a excentricidade do cabo equivalente, assim como do cabo
superior e do cabo inferior, através da fórmula:
𝑒𝑐 = 𝑒𝑚𝑎𝑥 − 𝑦
Onde:
𝑒𝑐 - excentricidade do cabo em questão (𝑚);
𝑒𝑚𝑎𝑥 - excentricidade máxima (𝑒𝑚𝑎𝑥 = 0,35𝑚);
𝑦- ordenada do cabo em questão, no ponto de abcissa 𝑥 em estudo (𝑚);
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑥(𝑚) 0 2 4 6 8 8.8 10 12 14 16 18 20
- - - - -
𝑒𝑐𝑠 (𝑚) 0.07 0.12 0.14 0.14 0.11 0.06 -0.1
0.21 0.15 0.02 0.04 0.21
𝑒𝑐𝑒 (𝑚) 0 0.14 0.25 0.31 0.35 0.35 0.35 0.32 0.27 0.2 0.11 0
𝑒𝑐𝑖 (𝑚) 0.21 0.35 0.45 0.52 0.56 0.56 0.56 0.53 0.48 0.42 0.32 0.21
Tabela 4- Excentricidades dos cabos
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Para dar início ao dimensionamento ao Estado Limite Último de Flexão, há que calcular os
esforços tendo em conta as combinações fundamentais de acções, de acordo com o artigo 9º do
RSA. Confira-se o cálculo que se segue.
𝑀𝑠𝑑 = 1,5(1971,2 + 542,08)
𝑀𝑠𝑑 = 3769,92 𝐾𝑁⁄𝑚
Em relação às Disposições Regulamentares contidas no REBAP, estas fazem parte do correcto
dimensionamento e serão tidas em conta a posterior.
Método simplificado de dimensionamento
De acordo com (Figueiras, 1993), é possível fazer o cálculo das armaduras de flexão através do
Método Simplificado, com o auxílio de tabelas do Manual do LNEC.
Procedimento de cálculo:
𝑑𝑠 = 0,85 − 𝑦𝑔
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Tendo a posição da linha neutra, é possível determinar o valor do centro de gravidade da área de
betão comprimida. De notar que este Centro de Gravidade é medida apartir da fibra superior da
peça.
0,5(𝑥 2 + 0,21)
𝑦𝑔 =
𝑥 + 0,78
0,5(0,652 + 0,21)
𝑦𝑔 =
0,65 + 0,78
0,5(0,652 + 0,21)
𝑦𝑔 =
0,65 + 0,78
𝑦𝑔 = 0,22𝑚
𝑀𝑠𝑑
𝜇=
𝑏𝑑 2 ∙ 𝑓𝑐𝑑
3769,92
𝜇=
0,9 ∙ 0,862 ∙ 23,3 ∙ 103
𝝁 ≅ 𝟎, 𝟐𝟓, 𝑶𝑲!
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝑎 = 0,39𝑚
𝑑 =ℎ−𝑎
𝑑 = 1,25 − 0,39
𝒅 = 𝟎, 𝟖𝟔𝒎
Onde:
𝑎- recobrimento ponderado, calculado tendo em conta o centro de gravidade das armaduras totais;
𝐴𝑝 - armadura de pré-esforço;
𝑓𝑝𝑦 - tensão de cedência ou tensão limite de proporcionalidade a 0,1%, para armaduras de pré-
esforço;
𝑓𝑠𝑦𝑑 - tensão de cedência de cálculo das armaduras ordinárias, consultada no REBAP;
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Sendo que a armadura de flexão é negativa, significa que as armaduras ordinárias de flexão não
irão resistir aos esforços calculados,mas sim serão armaduras com fins construtivos.
Assim, é necessário determinar a armadura mínima a colocar, de acordo com o artigo 90º do
REBAP.
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛
𝜚= ∙ 100
𝑏𝑡 𝑑
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛
0,15 = ∙ 100
0,9 ∙ 0,86
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 11,61 ∙ 10−4 𝑚2
𝑈𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜 𝟔𝝓𝟏𝟔, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑨𝒔 = 𝟏𝟐, 𝟎𝟔 ∙ 𝟏𝟎−𝟒 𝒎𝟐
Dados:
• 𝜀𝑐 ≤ 3,5‰
• 𝜀𝑠 ≤ 10‰
• ∆𝜀𝑝 ≤ 10‰ → 𝜀𝑝 = 𝜀𝑝0 + ∆𝜀𝑝
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Quanto à extensão das armaduras de pré-esforço, 𝜀𝑝 , ela é composta pela soma de duas
componentes, das quais a 𝜀𝑝0 é a extensão inicial a que a armadura já está sujeita, antes mesmo de
ser instalada à estrutura, e por outro lado, existe a varaiação da extensão da armadura ∆𝜀𝑝 , que é
o alongamento que se dá durante a vida útil do elemeto estrutural.
A extensão inicial é calculada da seguinte forma:
𝑃∞
𝜀𝑝0 =
𝐴𝑝 ∙ 𝐸𝑃
5850
𝜀𝑝0 =
(55,3 ∙ 10−4 )
∙ (195 ∙ 106 )
𝜀𝑝0 = 5,42‰
Onde:
𝜀𝑝0 - Extensão inicial da armadura de pré-esforço;
𝑃∞ - Pré-esforço final;
𝐴𝑝 - armadura de pré-esforço;
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
3,5‰ 𝜀𝑠
=
0,65 0,45
𝜀𝑠 = 2,42‰ > 1,74‰, 𝑽𝑬𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨!
𝜀𝑐 ∆𝜀𝑝
=
𝑥 𝑑−𝑥
3,5‰ ∆𝜀𝑝
=
0,65 0,20
∆𝜀𝑝 = 1,08‰ < 10‰, 𝑽𝑬𝑹𝑰𝑭𝑰𝑪𝑨!
𝜀𝑝 = 𝜀𝑝0 + ∆𝜀𝑝
𝜀𝑝 = 5,42‰ + 1,08‰
𝜺𝒑 = 𝟔, 𝟓‰
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Se tomar-se atenção ao artigo 77º do REBAP, pode-se verificar que existe um espaçamento
mínimo que deve ser respeitado entre armaduras. Tal espaçamento permite a betonagem do
elemento sem quaisquer percalços, pois tem em conta o inerte do betão com maior diâmetro.
𝑆𝑚𝑖𝑛 = 2𝑐𝑚.
′
b. Esforço Transverso de Cálculo, 𝑉𝑠𝑑
O pré-esforço tem, algumas vezes, um efeito favorável, contribuindo para a resistência ao esforço
′
transverso. E isso é materializado através do cáculo do 𝑉𝑠𝑑 , que contém uma parcela onde é
subtraida a componente de contribuição do Pré-esforço. Vide o cálculo abaixo.
′
𝑉𝑠𝑑 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑃 ∗ sin 𝛼
′
𝑉𝑠𝑑 = 527,04 − 5850 ∗ 0,079
′
𝑉𝑠𝑑 = 59,04 𝐾𝑁
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
Onde:
𝑉𝑐𝑑 - contribuição do betão para a resistência ao esforço transverso;
𝑉𝑤𝑑 - contribuição das armaduras para a resistência ao esforço transverso;
𝜏1 - tensão cujo valor é apresentado no Quadro VI do REBAP;
𝑏𝑤 - largura da alma da secção;
𝑑- altura útil da viga;
𝑀𝑠𝑑 - Momento flector de cálculo;
𝑀0 - momento que, aplicado à secção, anularia a tensão de compressão resultante do esforço
actuante de cálculo e do pré-esforço de cálculo na fibra extrema da secção que, por acção exclusiva
de 𝑀𝑠𝑑 , ficaria traccionada. Este valor não pode ser tomado superior a 2.
➢ Cálculo do 𝑀0
𝑃∞ 𝑃∞ 𝑒 𝑀0
− − + =0
𝐴 𝑊𝑖 𝑊𝑖
5850 5850 ∙ 0,35 𝑀0
− − + =0
0,5475 0,069 0,069
𝑴𝟎 = 𝟐𝟕𝟖𝟒, 𝟕𝟔 𝑲𝑵
➢ Cálculo do 𝑉𝑅𝑑𝑚𝑎𝑥
𝑉𝑅𝑑 ≤ 𝜏2 ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑, 𝑜𝑛𝑑𝑒
𝜏2 = 7,0 ∙ 103 𝐾𝑝𝑎
0,105
𝑏𝑤 = 0,25 − = 0,1975𝑚
2
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
′
Uma vez que o esforço actuante 𝑉𝑠𝑑 = 59,04 𝐾𝑁 ≤ 375,39 𝐾𝑁 = 𝑉𝑐𝑑 , temos que o betão por
sim só resiste ao esforço transverso, não necessitando assim da contribuição das armaduras, 𝑉𝑤𝑑 ,
para a resistência ao esforço transverso.
Assim sendo, adota-se a armadura mínima para o esforço transverso, calculada de acordo com o
artigo 94º do REBAP. Para armaduras A400, a percentagem de estribos, 𝜚𝑤 , não deve, em geral,
ser inferior a 0,10.
𝐴𝑠𝑤
𝜚𝑤 = ∙ 100
𝑏𝑤 𝑆 sin 𝛼
𝐴𝑠𝑤
0,10 = ∙ 100
. 25 ∗ 𝑆
𝐴𝑠𝑤
= 2,5 ∙ 10−4 𝑚2
𝑆
Usando estribos 𝜙6, com 𝐴𝑠 = 0,28 ∙ 10−4 𝑚2, teremos:
Estribos 𝝓𝟔 ∕∕ 𝟎, 𝟐𝟐𝒎
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
0,3052
𝐴1 𝜋 4
𝑃𝑐𝑅𝑑 = 𝑓𝑐𝑑 √ = 23,3 ∙ 103 √ = 25380,36 𝐾𝑁 ≤ 3,3𝑓𝑐𝑑
𝐴0 0,282
𝜋 4
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
7643,06 −3
∆𝜎𝑝0,𝑓𝑟 (𝑥) = −4
[1 − 𝑒 (−0,19(0,08+5∙10 ∗8,8)) ]
55,3 ∙ 10
∆𝜎𝑝0,𝑓𝑟 (𝑥) = 32,07 𝑀𝑝𝑎
Onde:
∆𝜎𝑝0,𝑓𝑟 (𝑥)- perda de tensão nas armaduras de pré-esforço, ao longo de uma distância;
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝛽(𝑥) 0,08
𝑃 = 𝜇[ + 𝑘] = 0,19 ( + 5 ∙ 10−3 ) = 2,66 ∙ 10−3
𝑥 8,8
129,88 ∙ 9,04
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎𝑠 =
17,84
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎𝑠 = 65,81 𝑀𝑝𝑎
Onde:
Δ𝑆- entrada das cunhas em termos de milímetros;
𝑎- distância contada apartir de onde é aplicada a força de pré-esforço, na qual se faz sentir as perdas
por atrito;
c) Perdas por deformação instantânea do betão
Para quantificar as perdas por deformação instantânea do betão, segue-se a expressão:
1 𝑛 − 1 𝐸𝑝
∆𝜎𝑝0,𝑒 (𝑥) = − 𝜎 (𝑥)
2 𝑛 𝐸𝑐,𝑗 𝑐
1 2 − 1 195 ∙ 103
∆𝜎𝑝0,𝑒 (𝑥) = − ∗ ∗ (−18,6148)
2 2 33,5 ∙ 103
∆𝜎𝑝0,𝑒 (𝑥) = 27,09𝑀𝑝𝑎
Onde:
∆𝜎𝑝0,𝑒 (𝑥)- perdas de tensão por deformação instantânea do betão;
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝐸𝑐,𝑗 - módulo de elasticidade de betão com a idade que tem quando lhe são aplicadas as acções
(pré-esforço e outras acções permanentes);
𝜎𝑐 (𝑥)- tensão de compressão (negativa) no betão, na secção x, calculada ao nível do centro
mecânico da armadura de pré-esforço, resultante do pré-esforço aplicado e de outras acções
permanentes atuantes.
𝑃0′ ∙ 𝑒 2 𝑃0′ 𝑀𝑔
𝜎𝑐 (𝑥) = − − + ∙𝑒
𝐼 𝐴 𝐼
7643,06 ∙ (0,35)2 7643,06 1971,2
𝜎𝑐 (𝑥) = − −2
− + ∙ 0,35
5,29 ∙ 10 0,5475 5,29 ∙ 10−2
𝜎𝑐 (𝑥) = −18614,8 𝐾𝑁⁄𝑚2
𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 )𝐸𝑝 + 𝛼𝜑𝑐 (𝑡, 𝑡0 )[𝜎𝑐,𝑔 (𝑥) + 𝜎𝑐,𝑝𝑜 (𝑥)] − ∆𝜎𝑝,𝑡−𝑡0,𝑟 (𝑥)
Δ𝜎𝑝𝑡,𝑠+𝑐+𝑟 (𝑥) = −
𝜎𝑐,𝑝𝑜 (𝑥) 𝜑 (𝑡, 𝑡 )
1−𝛼 [1 + 𝑐 2 0 ]
𝜎𝑝𝑜 (𝑥)
Onde:
Δ𝜎𝑝𝑡,𝑠+𝑐+𝑟 (𝑥)- perdas diferidas resultantes da retracção e fluência do betão, assim como da
relaxação das armaduras;
𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 )- extensão devida à retracção livre do betão entre as idades 𝑡0 e 𝑡 (sinal negativo para
encurtamento). Esta extensão foi calculada de acordo com o Anexo I do REBAP;
𝐸𝑝 - Módulo de elasticidade das armaduras de pré-esforço;
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝜎𝑝𝑜 (𝑥)- tensão na armadura de pré-esforço, na secção x, devida ao pré-esforço inicial (sinal
positivo);
d. Coeficiente de fluência
Este parâmetro determina a influência deste fenómeno das perdas. Para estimá-lo, recorreu-se ao
Anexo I do REBAP.Obteve-se 𝜑𝑐 (𝑡, 𝑡0 ) = 2,3
e. Cálculo do 𝜎𝑝
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Dimensionamento de uma viga utilizando Pré-esforço
𝜎𝑝 = 𝜎𝑝𝑜,𝑔 − 0,3Δ𝜎𝑝𝑡,𝑠+𝑐+𝑟
𝜎𝑝 = 𝜎𝑝𝑜,𝑔 − 0,3Δ𝜎𝑝𝑡,𝑠+𝑐+𝑟
𝑃𝑜 𝑀𝑔 6802,32 1971,2
𝜎𝑝𝑜,𝑔 = + ∙ 𝑒 ∙∝= + ∙ 0,35 ∙ 5,82 = 1305,95 𝑀𝑝𝑎
𝐴𝑝 𝐼 55,3 ∙ 10−4 5,29 ∙ 10−2
𝜎𝑝 = 1250,87 𝑀𝑝𝑎
Resumindo:
• Perdas Instantâneas- 9,04%;
• Perdas diferidas- 14,93%.
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