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Série Estruturas Betão Armado

CAPÍTULO III

APLICAÇÕES NUMÉRICAS

1º - Exemplo

Considere o pilar (A-B), indicado na Fig. 3.1. que representa uma parte de uma estrutura
classificada de nós fixos, segundo o regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-
esforçado.

Da análise estrutural obtiveram-se os seguintes esforços:

Para a carga permanente

Ng = 1872 KN

Para sobrecarga

Nq = 576 KN (ψ0 = 0.4 . ψ2 = 0.2)

Para a acção de sismos

NE = 160 KN
ME = 450 KNm

Determine:

- A secção do pilar (A-B).


- As armaduras necessárias para a verificação da segurança aos estados limites últimos
- Pormenorize as armaduras e secção obtida.

Pilares / Aplicações Numéricas Cap. III / 1


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Fig. 3.1 – Parte de uma estrutura classificada de nós fixos

RESOLUÇÃO

a) - Dados do exercício

Ng = 1872 KN

Nq = 576 KN (ψ0 = 0.4 . ψ2 = 0.2)

NE = 160 KN
ME = 450 KNm
Fcd =13.3 MPa
Fsyd =348MPa

b) - Combinação de acções

Combinação 1: acção base + Sobrecarga (Q).

Nsd = 1.5 Ng + 1.5 Nq = 3672 KN

Combinação 2: acção base + sismo (E).

Nsd = Ng + 1.5 NE + 0.4 Nq = 2342 KN

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Msd = 1.5 ME = 675 KNm

c ) - Verificação da segurança à encurvadura

c.1) - Calculo da esbelteza

Do Art.º. 59 do REBAP.
l0
λ=
i
em que:

I
l0 =η ⋅l e i=
A
devido à geometria da estrutura , temos uma estrutura de nós fixos:

0.7 + 0.05 ⋅ (α 1 + α 2 ) ≤ 1
η = mín 0.85 + 0.05 ⋅ α ⋅ min ≤ 1
1.0

c.2) - Cálculo de α 1 e α 2

α 1 = 0 ( admitindo um encastramento perfeito no ponto B)


α 2 , (no ponto A)
E c I pil .
∑ l pil .
α2 =
E c I vig .
∑ l vig .

em que.

E c.(betão ) = 29G.Pa ( B25 )

b.h 3
I pilar =
12
b.h 3
I viga =
12

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0.40 × 0.70 3  1 1 
29 × 10 6 × × + 
12  3.0 1.8  = 5.69
α2 =
0.30 × 0.55 3  1 1 
29 × 10 6 × × + 
12  6 .0 6 .0 

c.3). Calculo de η

0.7 + 0.05 ⋅ (α 1 + α ) = 0.98


η = mín 0.85 + 0.05 ⋅ α ⋅ min = 0.85 → η =0.85
1.0

c.4) – calculo de ι

bh 3
2
I 12 = b = b = 0.70 = 0.20
ι= =
A b⋅h 12 12 12
ι = 0.20

c.5) – calculo de λ

η ⋅ l 0.85 × 0.30
λ= = = 12.75 ≤ 140
ι 0.20

Segundo o Art.º. 61.4, para uma estrutura de nós fixos pode dispensar-se a verificação da
segurança em relação à encurvadura, desde que se verifique uma das condições:

M sd
1ª - para: λ ≤ 70 → ≥ 3 .5 h
N sd

1ª combinação: M sd = 0 → não verifica

M sd 675
2ª combinação: ≥ 3 .5 × h ⇔ ≥ 3.5 × h ⇔ 0.29 ≥ 3.5 × 0.70 = 2.5
N sd 2342

2ª - para estruturas de nós Móveis:

M sd ,b
λ ≤ 50 – 15 ×
M sd ,a

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Como : M sd ,a e M sd ,b são os momentos actuantes de cálculo nas extremidades do pilar

M sd ,a ≥ M sd ,b , atribuindo-lhe o mesmo sinal ou sinais contrários consoante determinam

uma deformada do pilar com simples ou dupla curvatura.

No pior dos casos ter-se-à M sd ,a = M sd ,b

pelo que: λ ≤ 35 ⇒ verifica

M SD , A e M SD , B M SD , A e M SD , B

com o mesmo sinal com sinais contrários

FIG. 3.2 - Momentos actuantes no pilar

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d) - Dimensionamento da armadura

Quadro. 3.1 - Dimensionamento da armadura recorrendo a tabelas

COMBINAÇÕES ESFORÇOS PARAMETROS ω TOTAL ARMADURAS


cm 2 φ
Nsd
(KN) 3672 ν 0.986
0.14
1 Msd ---------- ---------
(KNm) 0 µ 0

Nsd
(KN) 2342 ν 0.623 6∅25
0.50 53.5 em cada
2 Msd face
(KNm) 675 µ 0.259

e) – Verificação das armaduras

0.6
( AS )mín ≥ 0.6% AC = × 0.40 × 0.70 × 10 4 = 16.8cm 2
100
( AS )LOG → verifica

8
( AS )máx ≤ 8% AC = × 0.40 × 0.70 × 10 4 = 224cm 2
100

12 φ = 12 × 2.50 = 30 cm
( AS )CINTAS ≤ menor dimensão do pilar = 0.40 cm → vou adoptar φ 8 // 0.15

30 cm

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f) – Pormenorização da armadura

Fig. 3.3 – Pormenorização da armadura

2º- Exemplo

Considere a estrutura indicada na Fig.3.4 que é actuada pelas seguintes acções:

Acção permanente 20 KN/m


Sobrecarga na travessa 20 KN/m
Acção sísmica FE = 28 KN

Considerando duas combinações de acções:

1ª - Carga permanente + sobrecarga


2ª - Carga permanente + sismo.

a)- Dimensione a secção do pilar

b)- Determine as armaduras necessárias para verificação da segurança aos estados limites
últimos

c)- Pormenorize as armaduras e secções obtidas

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Fig. 3.4 – Pórtico de uma estrutura

RESOLUÇÃO

Materiais: B25; A40


Fcd = 13.3 Mpa
Fsyd = 348 Mpa

a) – Calculo dos esforços

a-1) - Cargas permanente = sobrecargas = 20 KN

Fig.3.5 – Calculo dos esforços

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a-2) – Acção dos sismos – FH

Fig.3.6 – Calculo dos esforços

A secção crítica do pilar, é a secção da base.

b) – Combinação de acções

1ª - Combinação (cargas permanentes + sobrecargas)

M sd = 0

N sd = 1.5 × 150 + 1.5 ×150 = 450 KN

2ª - Combinação (cargas permanentes + sismo)

M sd = 1.5 × 90 = 135KNm

N sd = 1.0 × 150 = 150 KN

c) – Predimensionamento da secção do pilar

Fig.3.7 – Excentricidade no pilar

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Tratando-se de um pilar sujeito a pequenas excentricidades (esforço axial muito superior ao


esforço flector), é usual prédimensioná-lo por uma das seguintes formas:

1ª - Partindo da hipótese que:

AS = 0.01AC e N Sd = 0.85 f Cd AC + f syd As

N Sd = 0.85 f Cd AC + f syd 0.01AC

N Sd = Ac (0.85 f Cd + 0.01 f syd )

N sd
Ac =
0.85 f cd + 0.01 f syd

2ª - Pelo Art.º 144 (disposições relativas a estruturas de ductibilidade


melhorada),impõe-se que: N sd ≤ 0.6 f cd Ac

N sd 10 N sd
Ac ≥ ⇒ Ac ≥
0.6 f cd 6 f cd

3ª - Adoptando a formula empírica : Ac = 10 −4 N sd , obtém-se assim uma estimativa da

área da secção necessária, adoptando-se valores a (b e h), que se aproximem de Ac .

b × h = Ac

4ª - Tratando-se de um pilar sujeito a médias ou grandes excentricidades (o momento


flector começa a ter importância), é usual prédimensioná-lo de forma a obter um µ ≈
0.25, sabendo que:

M sd
µ=
b ⋅ d 2 ⋅ f cd

Para o pilar em questão, atendendo aos esforços máximos obtidos pode concluir-se:

- O esforço máximo não é elevado.


- O máximo esforço axial é de 450 KN, o que adoptando por exemplo a 2ª regra viria:

450
Ac = = 0.056m 2 ⇒ b × h = 0.20 × 0.30
0.6 × 13.3 × 10 3

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M sd 90
- Para uma das combinações a excentricidade é elevada , e = = = 0.6 assim
Vsd 150

vai predimensionar-se de tal modo que: µ ≈ 0.25, vem:

135
µ= = 0.251
0.20 × 0.45 2 × 13.3 × 10 3

Adoptou-se, (b = 0.20m; h = 0.50).

d) - Verificação da segurança à encurvadura

d.1) – Segundo o ART.º 61.4, esta verificação pode dispensar-se, nos casos em que:

M sd
≥ 3 .5 ⋅ h para h ≤ 70
N sd
e
M sd λ
≥ 3 .5 ⋅ h ⋅ para h > 70
N sd 70
ou:
estruturas de nós móveis ⇒ h ≤ 35
M sd .b
estruturas de nós fixos ⇒ h ≤ 50 − 15 ⋅
M sd .a

d.2) –Classificação da estrutura

Segundo o ART.º 58, consideram-se estruturas de nós fixos aquelas cujos nós sob efeito dos
valores de cálculo das acções sofrem deslocamentos horizontais de valor desprezável, caso
contrário são consideradas de nós móveis.

Atendendo à geometria da estrutura e à sua excentricidade (e= 0.6); esta é claramente de nós
móveis.

d.3) – Calculo da esbelteza

Segundo o ART.º 59.

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l 0 - comprimento efectivo da encurvadura

l0
λ= sendo
i
i - raio de giração da secção

l 0 = η ⋅ l = 2 ⋅ l = 2 × 6 = 12m

I bh 3 h
i= = = = 0.144
A 12bh 12
l0 12.0
λ= = = 83.1
i 0.144

Pelo ART:ª 64 (limites de esbelteza), os pilares não devem em caso algum, ter esbelteza
superior 140.

λ = 83.1 ⇒ verifica

Como λ > 70 e tratando-se de uma estrutura de nós móveis:

Para λ ≤ 35 ( não verifica a dispensa ao calculo).

1.ª - Combinação:

M sd λ
M sd = 0 ≥ 3 .5 ⋅ h ⋅ para λ > 70 ⇒ não verifica
N sd 70

N sd =150 KN

2.ª - Combinação:

M sd λ
M sd = 135KNm ≥ 3 .5 ⋅ h ⋅ para λ > 70
N sd 70

135 83.3
N sd =150 KN ≥ 3.5 × 0.5 × ⇒ não verifica
150 70

Há pois que fazer a verificação da segurança à encurvadura.

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Do ART:º 63 – A verificação da segurança segundo uma dada direcção, deve ser efectuada
considerando que o valor de calculo do momento flector actuante M sd , na secção crítica e na
direcção em causa é acrescido do momento definido pela expressão:

N sd ⋅ (ea + e2 + ec )

d.4) – Calculo das excentricidades adicionais

1.º- excentricidade acidental ( ea )

l0 12
= = 0.40
300 300
ea = máximo
menor dimensão do pilar = 0.20m

2.º- excentricidade de 2.ª ordem ( e2 )

1 l 20 5 l2
e2 = ⋅ = × 10 −3 η 0
r 10 h 10
0.4 f cd Ac
η= ≤ 1 .0
N sd

0.4 × 13.3 × 10 3 × 0.2 × 0.5 532


η= =
N sd N sd

para ambas as combinações N sd < 532 , temos η = 1.0, ficando:

5 12.0 2
e2 = × 10 −3 × 1.0 × = 0.144m
0.5 10

3.º- excentricidade de fluência ( ec )

A excentricidade de fluência pode ser dispensada desde que se verifique uma das
seguintes condições:

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M sd λ
≥ 3 .5 ⋅ h ⋅
N sd 70
não verifica para ambas as combinações
λ ≤ 70

 M sg    ϕ (t , t )  
ec =  + ea  ⋅ exp . c ∞ 0  − 1
N   N −N  
 sg    E sg  

em que:

M sg = 0

M sg
= 0 (forças devido às acções com caracter de
N sg

permanência)
N sg = 150 KN

ϕ c (t ∞ , t 0 ) = 2.5 (coeficiente de fluência Constante)

0.2 × 0.5 3
E c , 28 I c 29 × 10 ×
6

N e = 10 × = 10 × 12 = 41950.6 KN
2 2
l0 12

  2.5 × 150  
ec = (0 + 0.04 ) ⋅ exp⋅   − 1.0 = 0.004m
  4195.6 − 150  
et = e a + e 2 + e c

et = 0.04 + 0.144 + 0.004 = 0.188m

1.ª - Combinação

Fig.3.8 – Excentricidade no pilar

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N sd = 450 KN

M sd = 0 + (450 × 0.188) = 84.6 KNm

2.ª - Combinação:
N sd = 150 KN

M sd = 1 + (150 × 0.188) = 163.2 KNm


Quadro.3.2 - Dimensionamento da armadura recorrendo a tabelas
COMBINAÇÕES ESFORÇOS PARAMETROS ω TOTAL ARMADURAS
cm 2 φ
Nsd
(KN) 450 ν 0.338
0.08
1 Msd ---------- ---------
(KNm) 84.6 µ 0.127

Nsd
(KN) 150 ν 0.113 4∅20
0.50 19.1 +
2 Msd 4φ16
(KNm) 163.2 µ 0.245

N sd M sd
ν= ; µ=
bhf cd bh 2 f cd

bhf cd
As ,tot = As1 + As 2 = Wtot ⋅
f syd

e) – Verificação das armaduras

0.6
( AS )mín ≥ 0.6% AC = × 0.20 × 0.50 × 10 4 = 6.0cm 2
100
( AS )LOG → verifica

8
( AS )máx ≤ 8% AC = × 0.20 × 0.50 × 10 4 = 80cm 2
100

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12 φ = 12 × 2.0 = 24 cm
( AS )CINTAS ≤ menor dimensão do pilar = 0.20 cm → vou adoptar φ 8 // 0.15

30 cm

f) – Armaduras de esforço transverso (ART.º 53).

1.º - Devido à carga permanente e à sobrecarga, o esforço transverso no pilar é


nulo.

2.º - Para os sismos:

Vsd = 1.5 × 15 = 22.5KN

Fig.3.9 – Calculo de esforços

Calculo de Vcd :

No caso de elementos sujeitos a flexão composta com compressão, os valores de Vcd , podem

 M 
ser obtidos multiplicando o valor de τ 1 bw d pelo factor 1 + 0  , em que M sd é o valor de
 M sd 
cálculo do momento actuante e M 0 é o momento que, aplicado à secção, anularia a tensão de
compressão resultante do esforço normal actuante de cálculo na fibra extrema da secção que,
por acção exclusiva de M sd , ficaria traccionada (ART.º 53.2, d).

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M0
τ M0

I
M0 W=
τ M0 =
W
V

V= h
2

N sd

τ N sd

N
τ N sd =
A

Fig.3.10 – Calculo de esforços

Condições de equilíbrio:

M0 N WN
σ Mo = σ Nsd = 0 ⇔ =− ⇔ M0 = − ⇒ (N>0 → Tracção)
W A A

No caso em consideração:

N sd = 150 KN ( compressão)

M sd = 135 KNm (passou a 163.3)

bh 2
N
W ⋅N 6 bh 2 hn 0.5 × 150
M0 = − = = N= = = 12.5 KNm
A A 6bh 6 6

 M 
Vcd = τ 1 bwd 1 + 0  = 0.65 × 10 3 × 0.20 × 0.45 ⋅ 1 + 12.5  = 62.98 KN
 M 
 sd   163.3 

Como Vcd > Vsd , ou seja 62.98 > 15 (KN), basta colocar a armadura mínima de esforço
transverso.

12 φ = 12 × 2.0 = 24 cm
( AS )CINTAS ≤ menor dimensão do pilar = 0.20 cm → vou adoptar φ 8 // 0.15

30 cm

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g) – Pormenorização de armaduras

Fig. 3.11 – Pormenorização da armadura

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3º - Exemplo

Considere o pilar indicado na figura incluído numa estrutura classificada de nós móveis. Da
análise estrutural obtiveram-se os seguintes esforços:

Dados:

Carga permanente: N = 1600 KN


Sobrecarga: Nq = 600 KN
Sismo: NE = 200 KN ME = 400 KN.m

2.80

3.00

6.00

Admitindo vigas com b = 0.30m e h = 0.50m , pilares com b = 0.40m e h = 0.60 e adoptando
como materiais B 25 e A500NR, dimensione o pilar.

Resolução:

1º. Cálculo dos esforços

1ª. Combinação: carga permanente + sobrecarga

Nsd = 1.5 Ng + 1.5 Nq = 3300 KN

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2ª. Combinação: carga permanente + sismo

Nsd = 1.0 Ng + 1.5 NE = 1900 KN

Msd = 1.5 ME = 600 KN.m

2. Verificação da segurança à encurvadura

2.1. Cálculo da esbelteza

λ = lo/i com lo = ηl e i = I/A

Para uma estrutura de nós móveis ( REBAP artº. 59º ) vem:

1.0 + 0.15 ( α1 + α2 )
η= min
2.0 + 0.3 α min

2.2. Cálculo de α1 e α2

Secção de apoio (B): admitindo um encastramento perfeito => α1 = 0

Secção superior (A): o parâmetro α é dado pela relação entre a soma das rigidezes de flexão
dos pilares que concorrem no nó e a soma das rigidezes de flexão das vigas que aí também
concorrem

∑i (Eii/Li ) pil
α2 = =
∑j (Eij/Lj ) vig

6 3
[ 29 × 10 × 0.4 × 0.6 / 12 ( 1 / 2.8 + 1 / 3.2)]
α2 = = 4.63
6 3
[ 29 × 10 × 0.3 × 0.5 / 12 ( 1 / 6.0 + 1 / 6.0)]

2. 3. Cálculo de η

1.0 + 0.15 ( 0 + 4.63 ) = 1.69


η = min = 1.69
2.0 + 0.3 × 0 = 2.0

Assim: λ = lo/i = η x l/i = 1.69 × 3.2 / (0.6 × 12 ) = 31.22 140

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3
Nota: i = I A = (b h 12) b h ) = h 12

Pode dispensar-se a verificação em relação à encurvadura desde que se verifique uma das
condições:

1. λ 70 ⇒ Msd/Nsd 3.5 h

1ª. Combinação: Msd = 0 ⇒ não verifica

2ª. Combinação: Msd/Nsd = 600/1900 = 0.32

3.5 h = 3.5 × 0.6 = 2.1

0.32 < 2.1 ⇒ não verifica

2. Estrutura de nós móveis

λ 35 λ= 31.2 < 35 ⇒ verifica

Conclusão: Pode dispensar-se a verificação da segurança à encurvadura

3. Dimensionamento da armadura:

As, tot = As1 + As2 = Wtot × b × h × fcd fsyd

Tabelas ( D`Arga e Lima) não tem p/ A500NR

W=? Ábacos

Fórmulas Simplificadas

ÁBACOS

A`/A = 1
D`ARGA E LIMA → 32 →
a / h = 0.05

a = 0.05 h = 0.05 × 60 = 3 cm ⇒ Recobrimento

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ν = 1.034

Combinação 1 ω1 = 0.15
µ=0

ω tot = max
ν = 0.595

Combinação 2 ω2 =0.58

µ = 0.313

⇒ ω tot = máx ω1 e ω2 ⇒ ω tot = 0.58

As. tot = 0.58 × 40 × 60 × 13.3 435 = 42.46 cm2

As. tot = As1 +As2, com As1 = As2

As1 = As2 = As. tot 2 = 21.28 cm2 ⇒ 7 ∅ 20 ( 21.99 cm2 )

FÓRMULAS SIMPLIFICADAS

ν = Nsd b × h ×fcd µ = Msd bh × fcd

Combinação 1

µ = 0 ; ν = 1.034

νc = ν - 0.85 = 1.034 – 0.85 = 0.184

Relação β ⇔ ν ( D´Arga e Lima )

ν ≤ 0.4 0.5 0.6 0.7 >0.85

β 1.0 0.93 0.88 0.88 0.93

→ β = 0.93

ν = 1.034
→ ω = µ αβ + νc

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λ = 0.5 - a h com a = 3 cm e h = 60 cm

⇒ λ = 0.45

ω1 = 0 (0.45 + 0.93) + νc = 0.184 ≅ 0.18

Combinação 2

µ = 0.313 ; ν = 0.595 ⇒ β = 0.88

νc = ν - 0.85 = 0.595 – 0.85 = - 0.255

β = 0.88
ν = 0.595 ⇒
ω = ( µ + 0.55 ν - νc ) λ β

0.313 – 0.55 × 0.595 × 0.295


ω= = 0.58

0.45 × 0.88

⇒ ω tot = máx ω1 e ω2 ⇒ ω tot = 0.58

ω tot = ω1 + ω2 = 0.18 + 0.58 = 0.76

As, tot = 0.58 × 40 × 60 × 13.3 435 = 42.56 cm2

As1 = As2 = As2,tot 2 = 21.28 cm2 ⇒ 7 ∅ 20 ( 21.99 cm2 )

COMBINAÇÃO ESFORÇOS PARÂMETROS W total ARMADURA

Cm2 ∅

Nsd
(KN) 3300 ν 1.034 a) 0.15

mínima
b) 0.18
Msd 0 µ 0
(KN.m)

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Nsd
(KN) 1900 ν 0.595
a) 0.58
42.56 14∅20

Msd b) 0.58
(KN.m) 600 µ 0.313

NOTA: a) Ábacos; b) Fórmulas simplificadas.

4. Verificação da amadura

As min = 0.006 × 40 × 60 = 14.4 cm2 < As

As máx = 0.08 × 40 × 60 = 192 cm2 > As

5. Pormenorização das armaduras

7Ø25 7Ø25

0.40

Ø8 // 0.24 2Ø16
0.60

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