UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

FENÔMENOS ELETROMAGNÉTICOS - PROFº LUIS HENRIQUE DE LIMA

RELATÓRIO EXPERIMENTO 4 - GALVANÔMETRO CASEIRO

Nome: Fagner B. R. de Souza ​RA: 21062016

Nome: Inaíra C. B. Ramos ​RA: 11201921354
Nome: Isabelle G. F. Rodrigues ​RA: 11201920372
Nome: Paloma Cristina Santana ​RA: 11201921396

Questão 1. Considerando uma espira condutora quadrada percorrida por uma corrente ​I,
imersa numa região com campo magnético constante ​B (Figura 1), demonstre que há um
torque resultante sobre a espira dado por:

Onde ​A tem módulo igual à área da espira e direção definida pela regra da mão direita.
Mostre que o momento de dipolo magnético definido como:

Tende a se alinhar com o campo magnético ​B.

Figura 1 - Dipolo magnético formado por uma espira quadrada na presença de uma
campo magnético constante.
RESPOSTA:

Questão 2. Demonstre que o módulo do campo magnético ​B produzido por uma bobina ao
longo do seu eixo central é dado por:
Onde ​n = N/L é a densidade de voltas ​N por unidade de comprimento ​L da bobina.

Figura 2 - Bobina usada para gerar um campo magnético constante na região que
colocaremos o ímã (centro).

RESPOSTA:

Questão 3. Usando as dimensões da mina de grafite e a tensão da bateria, quais os valores de

corrente​ IG ​e campo magnético ​B que foram obtidos? Justifique sua resposta.
Questão 4. Demonstre que o ângulo de deflexão α é dado por:

onde ​V é a tensão da bateria, ​A é a área de seção transversal da mina de grafite, ​ρ é a

resistividade do grafite, ​l1e ​l2 são os comprimentos indicados na figura, ​C é a constante de
calibração do galvanômetro e ​RG é a resistência interna do galvanômetro.
Questão 5. Os valores dos ângulos de deflexão α medidos em função do comprimento da
mina de grafite são apresentados na tabela disponibilizada. Complete as colunas vazias da
tabela com os valores aí solicitados. O ângulo foi medido com um transferidor (admita uma
incerteza de ± 0,5º e o tamanho do grafite foi obtido usando uma régua milimétrica.

Tabela 1 - Medidas e incertezas experimentais

Medida α ± σα( ° ) α−1 ± σα−1 (rad−1 ) l2 ±σl2 (cm)

1 63,0±0,5 910±​7E-03 1,00±0,05

2 47,4±0,5 121±1E-02 2,15±0,05

3 36,2±0,5 158±2E-02 3,02±0,05

4 22,2±0,5 258±6E-02 4,00±0,05

5 10,3±0,5 56±3E-01 5,20±0,05

σ α = 5,00E-01°
σ α = 8,73E-03 rad
σ l2 = 5,00E-02 cm

σα−1 (rad−1 ) podemos calcular por propagação de erro:

√(
df
√( · (8, 73 · 10−3 )²
1
σα−1 = da )² · (a)² = a² )²

Incerteza de 1 = ​7,23E-03 rad​-1

Incerteza de 2 = 1,28E-02 ​rad​-1
Incerteza de 3 = ​2,19E-02 rad​-1
Incerteza de 4 = 5,81E-02 ​rad​-1
Incerteza de 5 = 2,70E-01 ​rad​-1

Questão 6.
(a) Apresente o gráfico linearizado de ​α−1 em função de ​ℓ2 apresentando os ajustes lineares
obtidos pelo ​método dos mínimos quadrados​.
 Figura 3 - Gráfico linearizado das medidas experimentais (α−1 x ℓ2)

LINEARIZAÇÃO
V
Para realizar a linearização (y=mx+b): a = (
Cp
A )*l2+CRG

Cp CRG
a − 1 = ( Av )*l​2+
​
V

OBS: a = 1,06E+02 rad​-1​.m​-1 b = -8,93E-01 rad​-1 e Δ a= 2, 90E + 01 rad − 1.m − 1 Δb =

9,87E-01 rad-1 ​*Feito com o software Qtiplot.

Figura 4 - Dados da regressão linear feita com o Software Qtiplot

(b) A partir do ajuste linear, encontre os valores de ​C e ​RG com seus respectivos erros.

rad
m2 .V
m .
[ ohm.m
]=[ rad.V
ohm ]

σ C: 7,17E-01 rad.V/ohm
σ RG: ​8,37 ohm

(c) Discuta a validade da equação devida às aproximações.

RESPOSTA: Como os dois últimos pontos estão distantes da reta devido às aproximações e
o gráfico descreve uma trajetória de uma parábola. Por esse motivo, utilizando os cinco
pontos, temos um coeficiente linear negativo, o valor de R​G também será negativo e C será
positivo já que se trata de uma reta crescente. Seria mais válido calcular com os três pontos
para obter melhores resultados, uma vez que diminuindo o ângulo de deflexão, dificulta as
medições, além da linearização e cálculos provenientes posteriores, uma vez que aumenta o
erro a ser propagado, resultando em valores fora do estimado.
Questão 7. A partir dos valores obtidos pelas medições, complete a tabela calculando os
valores da corrente ​IG e do campo magnético ​B com seus respectivos erros. Compare os
valores encontrados aqui e os estimados na questão 3.

Tabela 2 - Dados e resultados experimentais

Medida α ± σα( ° ) α−1 ± σα−1 (rad−1 ) l2 ± σl2 (cm) I G ± σI G (A) B ±σB (T )

1 63,0±0,5 910±​7E-03 1,00±0,05 14±8E-01 7±​4​E-02

2 47,4±0,5 121±1E-02 2,15±0,05 10±6E-01 6±​3​E-02

3 36,2±0,5 158±2E-02 3,02±0,05 8±4,53E-01 4±​2​E-02

4 22,2±0,5 258±6E-02 4,00±0,05 5±3E-01 3±​2​E-02

5 10,3±0,5 56±3E-01 5,20±0,05 2±1E-01 1±​7​E-02

Obteve-se I​G = 0,1355A e B = 7,15E-03T na questão 3. Nos dados calculado na tabela o valor
que mais se aproximou foi o da medida 5 (I​G =
​ 2,26E-01 e B = 1,19E-2), uma vez que possui

menor ângulo de deflexão. Logo, quanto maior o ângulo alfa formado, maior o erro a ser
propagado, o que impede de se encontrar um valor estimado. O motivo pela distinção da
questão 3 se deve por tendenciar ao infinito, enquanto no cálculo dessa questão levou-se em
conta, utilizando-o.

Questão 8. Estime a corrente máxima Imáx que o galvanômetro é capaz de mensurar.

Calcule então o valor de máxima sensibilidade.

S=1/Imax para o galvanômetro construído

Conhecendo o valor de C e o maior ângulo formado é o de 90º ( π2 rad) para ser perpendicular,
obtém-se o seguinte:

π
I máx = C α → I máx = 1, 26 * 2 → I máx ≈ 1, 98 A

Dessa forma, resulta em:

S = 1/I​máx ​= 1
1,98
→ S ≈ 0, 51 A −1