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Provão 

de 1999
Questão 1 (valor: 10,0 pontos)

Em um laboratório foi montado o circuito da figura abaixo para medir a indutância L de uma bobina e a 
resistência r do seu enrolamento.

Medidas obtidas com um voltímetro:  Vab = 84 V                 Vbc = 70 V                        Vac = 120 V

a) Um aluno observou que o valor Vac era diferente do valor da soma das tensões Vab e Vbc, e afirmou: “as 
medidas são incoerentes, portanto devem estar erradas”. Analise essa afirmativa.
b) Determine o valor da resistência r do enrolamento da bobina.

Padrão de Resposta Esperado
a)  As medidas podem ser COERENTES pois, neste caso, a lei de Kirchoff deve ser empregada na sua forma 
fasorial. Portanto a equação fasorial é:

Vac
Vab
  
Vac = Vab + Vbc

Vbc

VBC 70
b)  A corrente na malha será:         I = = = 2,8 A
25 25

2 2
 V   84 
 = ( 30 ) 2 = 900
2
A impedância da bobina é, em módulo.                  Z bob = r 2 + (2 π 60L) 2 =  ab  = 
 I   2,8 
A impedância total do circuito é, em módulo
2 2
 V   120 
= ( 25 + r ) + ( 2 π 60 L ) =  ac  = 
2 2 2
Z tot  = 1.836,73
 I   2,8 
r 2 + ( 2π 60L ) 2 = 900
Combinando as equações:                                                                      
( 25 + r ) 2 + ( 2π 60L ) 2 = 1836,73
( 25 + r ) 2 − r 2 = 936,73 → r = 6,23 Ω
Obs: a solução gráfica em escala será válida.

Questão 2 (valor: 10,0 pontos)
Considere o seguinte arranjo de números:
1
1 1
1 2 1

1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1

Observe que cada linha do arranjo triangular começa e termina com o número 1. Cada um dos números internos 
é a soma de dois números da linha anterior, o imediatamente acima e o à esquerda deste, conforme indiciado no 
arranjo. A seguir é apresentado um algoritmo em pseudocódigo, que gera e imprime 7 linhas desse arranjo. 
Indique nas lacunas, no Caderno de Respostas, as instruções adequadas à solução do problema.

Início
Inteiro: I,J;
Tipo: MAT=matriz[ 1:5, 1:5 ] Inteiro;
A:MAT;
Procedimento GERAR_DADOS;
Início
Para I de 1 até 7 passo 1 faça
Para J de 1 até  LACUNA 1   passo 1 faça
Se J = 1 ou J = 1
Então  LACUNA 2
Senão  LACUNA 3
Fim­se
Fim­para;
Fim­para:
Fim; {GERA_DADOS}
Procedimento  IMPRESSÃO;
Início
Atribuir 0 a I
Repetir 
Adicionar 1 a I
Atribuir 0 a J
Repetir
Adicionar 1 a J
Imprima A[I,J]
Até que  LACUNA 4
Até que    LACUNA 5

Fim; {IMPRESSÃO}
//Chamadas dos procedimentos
GERAR_DADOS;
IMPRESSÃO;
Fim.

Padrão de Resposta Esperado
Para gerar os números na matriz diferentes de 1, observa­se que há uma lei de formação, que é
A[I,J] = A[I­1, J­1] + A[I­1, J],
onde I e J referenciam linhas e colunas da matriz

2
LACUNA 1:  I
LACUNA 2:   A[I, J]     ←     1

ou A[I, J]     =   1

ou Atribuir  1 a   A[I, J]

LACUNA 3: A[I, J]     ←   A[I – 1, J –1] + A[I –1, J]

ou Atribuir  A[I­1, J­1] + A[I­1, J] a A[I, J]

ou Atribuir   A[I­1,  J­1]  +  A[I­1, J]  a  A[I, J]

LACUNA 4: J = I

LACUNA 5:  I = 7     (Admite­se I > 6  como resposta correta.)

Obs:  Se o aluno explicar que o programa não pode ser executado porque a Matriz não foi dimensionada 
adequadamente, será considerada como correta a sua resposta.

Questão 3 (valor: 10,0 pontos)
A Figura 1 apresenta o diagrama de blocos de um sistema de controle, e a Figura 2, o seu lugar das raízes para 
K > 0. Com base nas duas figuras, resolva os itens abaixo.
a) Determine a função de transferência do sistema em malha fechada.
b) Calcule o valor do ganho K para que, em malha fechada, o sistema apresente pólos complexos conjugados 
com parte real igual a –10,0.
c) Obtenha a faixa dos valores de K para que o sistema com malha fechada seja estável.

Figura 1

Figura 2

3
Padrão de Resposta Esperado
a)
C(s) G (s) K
=                  Da Figura 1:               G (s) = 2                                 H (s) = 1
R (s) 1 + G (s) H (s) s(s + 60s + 1125)

K
C (s) s ( s + 60 s + 1125)
2
C(s) K C(s) K
∴ =            =
( )            =
R( s ) K R (s) s s 2 +60s +1125 + K R (s) s 3 +60s 2 +1125s + K
1+
s ( s 2 + 60 s + 1125)

b) 1
   a  Forma de Solução: 
Os pólos de malha aberta são obtidos diretamente do lugar das raízes.
P0 = 0
P1 = − 30 + j15
P2 = − 30 − j15

Dois pólos complexos conjugados com σ = ­10 (parte real) correspondem a duas raízes obtidas graficamente no 
diagrama do lugar:
                                               S1 = ­10 +j15                               S2 = ­10 – j15
Para s = s1 = ­10 + j15,  o valor de K é extraído de:
s m ⋅ s − p1 ⋅ s − p 2  s − p µ
K=
s − z1 ⋅ s − z 2  s − z ω
Como K > 0 , então  K = K
K = − 10 + j15 ⋅ − 10 + j15 − (−30 + j15) ⋅ − 10 + j15 − (−30 − j15) =

= − 10 + j15 ⋅ 20 ⋅ 20 + j30 = 10 2 + 15 2 × 20 × 20 2 + 30 2 =
= 325 × 20 × 1.300 = 20 325 ×1300 = 20 × 650 = 13.000                                                      K=13.000

b) 2
   a  Forma de Solução: 
Sabendo­se que o lugar das raízes passa por:
−10 ± j15 , então:                                              s 3 + 60s 2 + 1125s + K = ( s + 10 − j15) ⋅ ( s + 10 + j15)( s + a ) ,
onde “a” é o terceiro pólo (pólo real).
s 3 + 60s 2 + 1125s + K = s 3 + (20 + a )s 2 + (325 + 20a ) s + 325a
Comparando­se os dois termos:                                                          20 + a = 60                              a = 40
Raiz real em −40

K = 325 ⋅ a = 325 × 40 K=13.000

c) 1
   a  Forma de Solução: 
Aplicando­se o Critério de Routh:
p j ⇒ pólos
de malha aberta
z j ⇒ zeros 

1 1125
60 K
60 ×1125 − K 0
60
K

4
60 ×1125 − K > 0 ⇒ K < 67.500                                                                        K > 0      ⇒    K > 0
A faixa de estabilidade é:           0 < K < 67.500

c) 2
   a  Forma de Solução: 

s1, 2 = ± jb  (imaginário)
No limite para a instabilidade   
s 3 = a (real)
Asim:
s3 + 60s2 + 1125s + K = (s+a)(s2 + b2)
s3 + 60s2 + 1125s + K = s3 + b2s + as2 b2a
Comparando    a = 60
                   b 2 =1125

e
K = b2a = 1125×60 = 67.500                    então                                         0 < K < 67.500

Questão 4 (valor: 10,0 pontos)
Você é o Gerente de Produção de uma pequena indústria brasileira que monta um equipamento eletroeletrônico 
a   partir   de   três   componentes:   A,   B   e   C.   Objetivando   demonstrar   o   impacto   causado   no   custo   unitário   de 
produção pela desvalorização inicial e pela valorização subseqüente do real em face do dólar, atenda ao que se 
pede.

a) Desenhe um gráfico “CUSTO UNITÁRIO EM R$ versus TEMPO” com a evolução do custo unitário de 
produção dos equipamentos, destacando os dias da TABELA 1. Considere que a taxa de variação da cotação 
do dólar é constante em cada um dos intervalos da tabela.
b) Determine os aumentos percentuais do custo unitário de produção dos equipamentos nos dias 01 MAR 99 e 
01 ABR 99, em relação ao custo unitário de 12 JAN 99.

Dados / Informações Técnicas:
• Cada equipamento é montado com as quantidades de componentes da TABELA 2.
• O componente A custa R$ 25,00 a unidade.
• O componente B custa R$ 2.000,00 por lote de 100 unidades, mais o frete de R$ 50,00 por lote.
• O componente C, é o único dos três que é importado, custava em 01 JAN 99 R$ 25.000,00 por lote de 1.000 
unidades, acrescidos de 12% de impostos de importação.
• O custo mensal da mão­de­obra e dos encargos sociais é R$ 46.000,00.
• As despesas gerais montam em R$ 17.200,o0 por mês
• A produção mensal é de 800 equipamentos.
• As cotações do dólar em quatro dias do primeiro quadrimestre de 1999 são apresentadas na TABELA 1.

TABELA 1 TABELA 2
(Ano: 1999) COMPONENTE QUANTIDADE
DIA COTAÇÃO DO DÓLAR (R$) A 2
01 JAN 1,22 B 3
12 JAN 1,22 C 1
01 MAR 2,15
01 ABR 1,72

Padrão de Resposta Esperado
a) 12 Jan 99 = 01 Jan 99
Comp. A:
2×R$ 25,00 = R$ 50,00 A = R$ 50,00 / equip.

5
 R $2.000 R $ 50 
Comp. B:                3 ×  +  = 3 × 20,50 B = R$ 61,50 / equip.
 100 100 

 R $ 25.000 
Comp. C:                   1 ×  ×1,12  = 25 × 1,12 C = R$ 28,00 / equip.
 1 . 000 
R $ 46.000 / mês
Mão­de­obra(MO):            MO = MO = R$ 57,50 / equip.
800 equip. / mês
R $17.200 / mês
Despesas Gerais (DG):   DG = DG = R$ 21,50 / equip.
800 equip. / mês

Custo Unitário (CU): CU = A + B + C + MO + DG = 50 + 61,50 + 28 + 57,50 + 21,50
CU =R $ 218,50 / equip.

Obs: Se o aluno cometer erros na interpretação do item despesas gerais, a falta não será penalizada.

01 Mar 99
Comp. C:
R$ 28,00 2,15
Custo C1/3 =  × Custo C1/3 = R$ 49,34 / equip.
equip. 1,22
R $ 218,50
CU1/3 =  + 49,34 − 28,00 CU1/3 = R$ 239,84 / equip.
equip.

01 Abr 99
Comp. C:

R$ 28,00 1,72
Custo C1/4 =  × Custo C1/4 = R$ 39,48 / equip.
equip. 1,22

R $ 218,50
CU1/4 =  + 39,48 − 28,00 CU1/4 = R$ 229,98 / equip.
equip.

a) 01 Mar 99
 239,84 
 − 1 ×100% = 9,77% 9,77%
 218,50 
01 Abr 99
 229,98 
 − 1 ×100% = 5,25% 5,25%
 218,50 

6
Questão 5 (valor: 10,0 pontos)
Na figura abaixo, o circuito é alimentado por uma fonte de tensão senoidal com: e(t) = 500 cos (100 t + 40o) 
volts.

a) Determine os valores dos fasores   E , I, E R e E L .
b) Trace o digrama fasorial.
c) Determine a expressão, no domínio do tempo, da queda de tensão eR(t) no resistor.

Dados / Informações Técnicas:
NOTAÇÃO
O símbolo  x  é empregado para denotar o fasor da variável X.

Padrão de Resposta Esperado
a) Parâmetros da fonte senoidal
De e(t) = 500 cos (100 t + 40o);                              Em = 500 V                  ω = 100 rad/s                 φ = 40o
Fasor Tensão:
E 500
E= m = = 353,55 V                                           E = E φ                                  E = 353,55 40 o V
2 2

Parâmetros do Circuito:
Resistência do Resistor R =35 Ω

Reatância do Indutor
jX L = jω L = j ×100 × 0,7 jX L =j70 Ω

Circuito no Domínio da Freqüência

E = 353,55 40 o V

Fasor Corrente
Lei de Kirchhoff aplicada à malha:
E = E R + E L E = 353,55 40 o = 35i + j70 i

7
353,55 40 o 353,55 40 o
o
i= =                                         i = 4,52 − 23,4 A
35 + j70 78,26 63,4 o

Demais Fasores
E R = 35.i = 35 × 4,52 − 23,4 o                           E R = 158,2 − 23,4 o V

E L = j70.i = j70 × 4,52 − 23,4 o = 70 90 o × 4,52 − 23,4 o                           E L = 316,4 66,6 o V

Outra alternativa de solução para o item a (considerando os fasores com valor de pico):
Da expressão da fonte: e(t) = 500 cos (100 t + 40o) conclui­se que o fasor de tensão será:
E = 500 40 o
A impedância é:  Z = R + jXL = 35 + j100 . 0,7 = 35 + j70

Fasor de Corrente:
E 500 40 o
i= = = 6,39 − 23,4 o                                                               E R = 35.i = 223,65 − 23,4 o
Z 78,26 63,4 o

E L = j70.i = 70 90 o . 6,39 − 23,4                              E L = 447,3 66,6 o

b) Diagrama de Fasores

(Observar no gráfico):
• 3 ângulos corretos
• E R e E L  formando ângulo de 90o
• É na diagonal, como resultante de  E L  e  de  E R
• E  e i alinhados.
R

c)  Determinação de eR(t)
E = 158,2 − 23,4 o V
R

E Rm = 2 × VR = 2 ×158,2
E Rm = 223,73 V
φ R = − 23,4 o
ω = 100 rad / s

eR(t) = ERm cos(ωt + φR)
eR(t) = 223,73 cos (100t – 23,4o) V

8
Alternativa considerando o fasor com valor de pico:
E = 223,73 − 23,4 o
R

logo,  eR(t) = 223,73 cos(100t – 23,4o) V

Questão 6 (valor: 10,0 pontos)
Considere a bobina apresentada abaixo e determine a corrente no enrolamento de 200 espiras.

Dados / Informações Técnicas:
A densidade de fluxo magnético no ferro fundido é BFF = 0,6 Wb/m2.
ϕ = B ⊗S
onde: ϕ     é o fluxo magnético em Wb; B   é a densidade de fluxo magnético em Wb/m2; S é a área da seção reta 
em m2; ⊗  indica produto vetorial.

F = N.I
onde: F é a força magnetomotriz (fmm) em Ampères [A]; N é a quantidade de espiras no 
enrolamento da bobina;  é a corrente que flui na bobina em Ampères [A].

F = H. m
onde: F é a força magnetomotriz (fmm) em Ampères [A]; H é a intensidade de campo magnético em A/m;
 m é o comprimento médio em m. Na solução do problema utilize a curva B versus H.

9
Padrão de Resposta Esperado
1) Cálculo das áreas
SFF = 4 × 10­2 × 4 × 10­2 = 16 × 10­4 m2                                     SAF = 2 × 10­2 × 4 × 10­2 = 8 × 10­4 m2

2) Determinação dos comprimentos médios

 FF = 1 +  2 + 3 = 0,12 + 0,24 + 0,12 = 0,48 m

10
AF =  4 + 5 + 6 = 0,02 + 0,24 + 0,02 = 0,28 m

3) Determinação de HFF a partir de BFF = 0,6 Wb/m2
Entrando com o valor de BFF na curva B versus H encontra­se
HFF = 2000 A/m

2 −4 2 −4
4) Determinação de  φ FF                              φ FF = B FF ⋅ S FF = 0,6 Wb / m ⋅16 ⋅10 m = 9,6 ⋅10 Wb

5) Determinação de BAF
Como   φ FF = ϕ AF ,  então   φ AF = B AF ⋅ S AF
B AF = φ AF / S AF = 9,6 ⋅ 10 −4 Wb / 8 ⋅ 10 −4 m 2                              BAF = 1,2 Wb/m2

6) Determinação de HAF  
Entrando com o valor de BAF na curva B versus H encontra­se  HAF = 1130 A/m

Obs: Tolerância de ± 20 A/m  (entre 1110 a 1150 A/m)

7) Determinação da corrente I

F = N.I      e    F = ΣH.               Logo      N.I = ΣH. 
Então
200 × I = HFF ×  FF  + HAF ×   AF                           200 × I = 2000 A/m × 0,48m + 1130 A/m × 0,28m
200 × I = 960A+ 316,4 A                                        200 × I = 1276,4 A             →     I = 6,382 A

Obs:
Para HAF = 1110 A/m  então      I = 6,354 A
HAF = 1150 A/m então I = 6,410 A

11
Questão 7 (valor: 10,0 pontos)
Você é o engenheiro responsável por um  laboratório que dispõe de fontes de alimentação CC,  construídas 
segundo o esquema abaixo.

Como cinco dessas fontes apresentaram defeitos, seu chefe pediu­lhe o parecer sobre a possível causa do defeito 
de cada uma delas. Analisando as formas de ondas obtidas com o osciloscópio (fontes 1, 2 e 3) e os sintomas 
observados (fontes 4 e 5), indique a provável causa do defeito de cada uma das fontes.

Formas de onda obtidas com o osciloscópio:

Sintomas observados:
Fonte 4: Tensão sobre a carga igual a zero.
Fonte 5: Queima do fusível do primário.

Dados / Informações Técnicas:
• Os diodos e o capacitor são os únicos elementos passíveis de apresentar defeitos.
• Em cada fonte há um único componente defeituoso.
• Os defeitos possíveis são: curto­circuito ou interrupção (componente aberto).

Padrão de Resposta Esperado
Fonte 1: Capacitor aberto.
Fonte 2: Diodo D3 aberto ou (Diodo D4 aberto).
12
Fonte 3: Diodo D1 aberto ou (Diodo D2 aberto).
Fonte 4: Capacitor em curto.
Fonte 5:  Um diodo em curto.   Obs:    será considerado como certo se o formando responder que pode ser o 
capacitor em curto com resistor de proteção mal dimensionado.

Questão 8 – ELETROTÉCNICA (valor: 10,0 pontos)
Uma concessionária de energia elétrica pretende analisar o comportamento dos fluxos de potência ativa em seu 
sistema, tendo em vista a previsão de carga para um horizonte de dez anos. Para isso, como engenheiro da 
Divisão de Planejamento dessa concessionária, você foi encarregado de estudar o problema. A figura abaixo 
representa o diagrama unifilar do sistema com as cargas futuras previstas.
a) Calcule os fluxos de potência ativa nas linhas de transmissão, considerando a Barra 1 como a referência 
angular do sistema (ω1 = 0 rad).
b) Supondo que o fluxo de potência máximo permitido na linha 1­2 seja 0,5 pu, determine a reatância, em pu, 
do menor banco de capacitores que deverá ser instalado na linha 1­3, de modo que o limite máximo na linha 
1­2 não seja ultrapassado.

Dados / Informações Técnicas
P = B ω.
onde P é o vetor de injeção de potência ativa nas barras,  B é a matriz de susceptância de barras e ω é o vetor do 
ângulo das tensões de barra.
O efeito capacitivo e a resistência série das linhas de transmissão são desprezados.

Padrão de Resposta Esperado
a) Formação da matriz B
1
b i, j =
x i, j
b12 + b13 − b12 − b13   5 − 3 − 2
B =  − b12 b12 + b 23 − b 23  =  − 3 5 − 2
 − b13 − b 23 b13 + b 23  − 2 − 2 4 
Como θ1 = 0, elimina­se a 1a linha e 1a coluna de B
P2   5 − 2 θ 2 
P  =   ×   ⇐ P' = B' θ'
 3  − 2 4  θ 3 
θ 2  1 / 4 1 / 8  − 1 / 2  θ 2 = − 0,25 rad
θ  =  ×  ⇒ 
 3  1 / 8 5 / 16  − 1,0  θ 3 = − 0,375 rad

θi − θ j
Os fluxos nas linhas são dados por   Fij =
x ij
θ1 − θ 2 0 − (−0,25) θ −θ 0 − (−0,375)
F12 = = ⇒ F12 = 0,75 pu                                  F13 = 1 3 = ⇒ F13 = 0,75 pu
x 12 1/ 3 x 13 1/ 2

13
θ 2 − θ 3 −0,25 − (−0,375)
F23 = = ⇒ F23 = 0,25 pu
x 23 1/ 2

b)  Pede­se   F12 ≤ 0,5 pu             Xc = ?

θ1 − θ 2 1
Na condição limitrofe, tem­se           F12 = = 0,5 ⇒ θ 2 = −
1/ 3 6
O fluxo na linha 1−3 deve ser, então:
F13 = PG1 − F12 = 1,5 − 0,5  ⇒ F13 = 1,0  pu
Lembre­se que:
5 −2 
0 − θ3 − 0,5  1  − 1 / 6
F13 = = 1,0 ⇒ θ 3 = − x 13 (*)                             P' = B" θ" ⇒  = − 2 2 + × 
x 13  − 1,0   1
− X C   θ3 
 2 
Pela 1a equação, tem­se que:
1 5 1 1 1  1
− = − − 2 θ 3 ⇒ θ 3 = −                                  De (*)     − = −  − X C  ⇒ X C = pu
2 6 6 6  2  3

Questão 9 – ELETROTÉCNICA  (valor: 10,0 pontos)
Um sistema de potência não está imune a distúrbios inesperados, como, por exemplo, uma descarga atmosférica 
ou um curto­circuito. A figura abaixo mostra um sistema de potência com um gerador (G) alimentando uma 
carga  (C)  através  de  um   transformador  elevador  (T1),   uma linha  de  transmissão  (LT)  e  um   transformador 
abaixador (T2), bem como as ligações do gerador e dos transformadores. Determine as correntes de curto­
circuito por fase, para um  curto­circuito fase­terra na fase  a da Barra 3. As reatâncias  positiva  e zero são 
fornecidas na tabela.

Reatância (pu) G T1 LT T2 C
Seq. Positiva 0,10 0,05 0,20 0,075 0,8
Seq. Zero 0,03 0,05 0,45 0,075 0,5

Dados / Informações Técnicas:
• Considere que a tensão antes do defeito na Barra 3 seja igual a 1,0 pu.

14
Padrão de Resposta Esperado
A rede de seqüência positiva é:

A rede de seqüência negativa é:

A rede de seqüência zero é:

Para simular o curto­circuito fase­terra, as redes de seqüência são conectadas em série:

As correntes nas fases são (supondo o curto na fase A):
i a = 3i 0a ⇒ i a = − 3,0 pu

15
ib = 0 e ic = 0

Questão 10 – ELETROTÉCNICA  (valor: 10,0 pontos)
A figura abaixo mostra  uma carga indutiva trifásica equilibrada  ligada, em estrela, sem acesso ao terminal 
neutro,   alimentada   por   uma   fonte   trifásica   equilibrada   com   a   seqüência   de   fase   abc.       Supondo   que   você 
disponha de dois wattímetros, pede­se que:
a) esboce o diagrama esquemático de ligação dos wattímetros, para que se obtenham as potências trifásicas 
ativa e reativa da carga;
b) deduza   as   expressões   das   potências   ativa   e   reativa   trifásicas,   a   partir   das   leituras   P1  e   P2  obtidas   dos 
wattímetros.

Dados / Informações Técnicas:
• P1   é a leitura da potência obtida pelo wattímetro i;
j o
• Z     é a impedância de carga por fase  ( Z = Z e ) ; < 30 .
• v a = v a e j0 .

Padrão de Resposta Esperado:

a) São possíveis ligações   A
  B
 e  C

O aluno pode optar por uma das soluções mostradas a seguir:
Solução A

16
17
Solução B

Solução C

b) Em qualquer uma das 3 ligações as potências trifásicas ativas e reativas, são, respectivamente:
P3 = P2 + P1                        Q 3 = 3 P1 − P2

Obs: Se o aluno errar, não considerando o valor absoluto, a questão deve ser aceita como correta.

Dedução: A potência ativa trifásica é dada por:
(
P3 = 3 v f i f cos v f î f ) (1)
onde
v f = v a = v b = v c   é a tensão de fase                                i f = i a = i b = i c    é a corrente de fase
ou por,
(
P3 = 3 v  i f cos v f î f ) (2)

18
onde
vl = v ab = vbc = v ca  é a tensão de linha
Similarmente, a potência reativa trifásica é dada por:
(
Q 3 = 3 v f i f sen v f î f ) (3)
ou
Q 3 = 3 v  i f sen v f î f( ) (4)
Como só se tem acesso à tensão de linha temos que provar que:
P2 + P1 = 3 v  i f cos v f î f ( )
P1 − P2 = v  i f sen v f î f ( )
Obs: O desenvolvimento anterior deve ser considerado conhecido, por isso não está sendo pontuado.

DIAGRAMA FASORIAL

Observação: O diagrama fasorial não é obrigatório na solução. Serve apenas de referência  para auxiliar na 
correção.

b) Dedução caso o aluno opte pela Solução A
(
P1 = v ac i a cos v ac î a ) Pot. medida pelo wattímetro 1
ia = ib = ic = if
v ac = v bc = v ab = v 
ia = if − θ e v ac = v  − 30
P1 = v  i f cos (30 − θ)
(
P2 = v bc i b cos v bc î b ) Pot. medida pelo wattímetro 2

19
i b = i f − 120 − θ v bc = v  − 90
P2 = v  i f cos ( 30 + θ)
P2 + P1 = v  i f ( cos 30 cos θ − sen 30 sen θ + cos 30 cos θ + sen 30 sen θ)                P2 + P1 = P3φ = 3 v  i f cos θ
P1 − P2 = v  i f ( cos 30 cos θ + sen 30 sen θ − cos 30 cos θ + sen 30 sen θ)                P1 − P2 = v  i f sen θ
Q 3φ = 3 P1 − P2
Fim da solução A

Caso o aluno opte pela Solução B
(
P1 = v ab i a cos v ab î a ) Pot. medida pelo wattímetro 1
ia = if − θ e v ab = v  30 o
P1 = v  i f cos ( 30 + θ)
(
P2 = v cb i c cos v cb î c ) Pot. medida pelo wattímetro 2
i c = i f 120 − θ e v cb = v  90 o
P2 = v  i f cos ( 30 − θ)
P2 + P1 = v  i f (cos 30 cos θ + sen 30 sen θ + cos 30 cos θ − sen 30 sen θ)             P2 + P1 = P3φ = 3 v  i f cos θ
P1 − P2 = v  i f (cos 30 cos θ − sen 30 sen θ − cos 30 cos θ − sen 30 sen θ)                     P1 − P2 = − v  i f sen θ
Q 3φ = 3 P1 − P2

Fim da Solução B

Caso o aluno opte pela Solução C
(
P1 = v ab i b cos v ba î b ) Pot. medida pelo wattímetro 1
i b = i f − 120 − θ e v ba = v  210 o
P1 = v i f cos ( 30 − θ)
(
P2 = v ca i c cos v ca î c ) Pot. medida pelo wattímetro 2
i c = i f 120 − θ e v ca = v  150 o
P2 = v  i f cos ( 30 + θ)
P2 + P1 = v  i f (cos 30 cos θ − sen 30 sen θ + cos 30 cos θ + sen 30 sen θ)
P2 + P1 = P3φ = 3 v  i f cos θ
P1 − P2 = v  i f (cos 30 cos θ + sen 30 sen θ − cos 30 cos θ + sen 30 sen θ)
P1 − P2 = − v  i f sen θ
Q 3φ = 3 P1 − P2

Fim da Solução C

QUESTÃO 11 – ELETRÔNICA (valor: 10,0 pontos)
O conversor digital­analógico (D/A) da figura abaixo faz parte de um sistema de controle de temperatura de um 
forno industrial. Esse conversor D/A é de 4 bits, e sua saída excursiona de 0V a 10V. As entradas VD0, VD1, VD2 e 
VD3 trazem as informações dos bits de dados D0, D1, D2 e D3, respectivamente, descretizados em 0V (‘zero” 
lógico) ou 5V (“um” lógico).
Calcule:
a) os valores de R1, R2 e R3;
b) a saída VD quando a entrada for igual ao número binário 1010;
20
c) o valor de Ra para que a saída Van excursione de acordo com a Tabela do Conversor D/A.

Dados / Informações Técnicas:
Tabela de Conversão do D/A
D3 D2 D1 D0 Van(V) D3 D2 D1 D0 Van(V)
0 0 0 0 0 1 0 0 0 5,0
0 0 0 1 0,625 1 0 0 1 5,625
0 0 1 0 1,25 1 0 1 0 6,25
0 0 1 1 1,875 1 0 1 1 6,875
0 1 0 0 2,5 1 1 0 0 7,5
0 1 0 1 3,125 1 1 0 1 8,125
0 1 1 0 3,75 1 1 1 0 8,75
0 1 1 1 4,375 1 1 1 1 9,375

Padrão de Resposta Esperado
a) Para realizar a conversão, é feita uma soma ponderada de correntes segundo a posição dos bits.

Bit1: I1  deve ser o dobro de I0. Logo R1 = R0/2  e  R1 = 100 kΩ
Bit2: I2  deve ser o dobro de I1. Logo R2 = R1/2  e  R2 = 50 kΩ
Bit3: I3  deve ser o dobro de I2. Logo R3 = R2/2  e  R3 = 25 kΩ

b) Determinando a saída do primeiro estágio, quando apenas D0 é igual a 1:
Corrente pelo resistor
5
R 0 :I0 = = 25µ A , logo  VD0 = 10k(−25µ) = −0,25V
200 k
Então VD0 = −0,25V,  VD1 = −0,50V,  VD0 = −1,0V  e VD0 = ­2,0V.
Para entrada igual a 1010, a saída será VD = −0,5 + (−2,0) = −2,5V.

21
c) Para o dado de entrada igual a 001, a saída é igual  a −0,25V, porém a Tabela do D/
A diz que deveria ser de 0,625V. Assim, o segundo estágio precisa de ter um ganho
G = 0,625 / −0,25 = −2,5.
100k
Sabe­se que:  G = = − 2,5 .  Logo Ra = 40 kΩ
Ra
Observação: existem outras soluções para o cálculo de Ra!
Questão 12 – ELETRÔNICA (valor: 10,0 pontos)
Um aparelho de TV com controle remoto infravermelho parou de responder aos comandos remotos. Analisando 
o   circuito   de   recepção,   infravermelho   desse   aparelho,   você   concluiu   que   o   fototransistor   XYZ   333   estava 
“queimado”. Foi então utilizado, para substituir o componente danificado, o fototransistor ABC 222, o único 
encontrado no comércio local. Agora, porém, a TV só responde quando os comandos remotos são gerados a uma 
curta  distância   do aparelho.  Não  conseguindo  solucionar   completamente  o  defeito,  você  decidiu  fazer   uma 
análise mais cuidadosa do circuito.
A partir do exposto:
a) Explique, utilizando o conceito de reta de carga, por que, após a substituição do fototransistor, a TV só 
responde se os comandos forem enviados a uma pequena distância;
b) viabilize a recepção de forma a obedecer às especificações técnicas do manual, uma vez que só foi possível 
conseguir o fototransistor ABC 222.

Dados / Informações Técnicas:

O manual técnico especifica que:
• o fototransistor XYZ 333 trabalha na saturação ou no corte, de acordo com a presença ou a ausência de luz 
infravermelha;
• o controle remoto tem alcance de 6m, e nessa situação a potência luminosa recebida pelo fototransistor é 20 
mW/cm2.

Padrão de Resposta Esperado
a) Como pode ser visto pela reta de carga, o fototransistor ABC 222 não satura com uma potência luminosa de 
20 mW/cm2. Porém, chegando­se perto da TV é possível oferecer ao fototransistor uma potência luminosa 
suficiente para que entre em saturação.
b) A solução é trocar o resistor por um de maior valor. Pela reta de carga é fácil ver que um resistor acima de 
2,5kΩ deve solucionar o problema.

22
Observação: Basta o valor do resistor, não precisa traçar a nova reta de carga.
Questão no 13 – ELETRÔNICA (valor: 10,0 pontos)
Você é um  engenheiro que vai avaliar um  sistema  ainda em desenvolvimento, que fotografa  as placas  dos 
veículos que ultrapassam o limite de velocidade de 90 km/h. O sistema consiste em três sensores: dois sensores 
de pressão, denominados P1 e P2, que, colocados na pista, indicam o instante de passagem das rodas dos carros, 
e um terceiro sensor magnético M, que indica a presença da massa metálica do veículo. O sensor magnético é 
colocado entre os dois sensores de pressão, como indicado na Figura 1.

Figura 1

Ao passar um veículo, o sistema responde com os eventos (pulsos) listados a seguir, e que também estão 
marcados no diagrama de tempo da Figura 1:
1 ­ roda dianteira passa sobre o sensor P1;
2 ­ sensor magnético registra a massa metálica do veículo;
3 ­ roda dianteira passa sobre o sensor P2;
4 ­ roda traseira passa sobre o sensor P1;
5 ­ sensor magnético não mais registra a massa do veículo;
6­  roda traseira passa sobre o sensor P2.
Com  base  no  intervalo   de  tempo  Tp,  é   possível   determinar  a   velocidade  do  veículo   e  disparar  a   máquina 
fotográfica, se for o caso. Para o controle do sistema, foi proposto o circuito da Figura 2, onde o comando da 
máquina fotográfica foi simplificado através da saída MF.

23
a) Calcule o valor do número “n” , a ser programado pela autoridade de trânsito.
b) Indique a menor velocidade do veículo, em km/h, que pode ser monitorada pelo sistema.

Padrão de Resposta Esperado
d 1m 3.600
a) Tempo que um carro leva para percorrer 1m na velocidade de 90 km/h:  t = = = = 40 ms
v 90 km / h 90.000
1
Período do oscilador:          T = s = 200 s
5.000
t
Número de contagens para um intervalo de 40ms:   n = = 40.10 −3.5.10 3 = 200
T
Programar n = 200 na entrada do comparador.

b) O comparador é de oito bits, então o maior valor de comparação será n=28 −1 = 255.
255
Intervalo de tempo para contar 255 vezes: t=255.  T = = 51 ms
5.10 3
d 1m
Velocidade do carro:   v = = = 19,6 m / s
t 51.10 −3 s
3.600 3.600
Convertendo para km/h:                                                                     v = = = 70.6 km / h
51.10 −3.10 3 51

Questão 14 – TELECOMUNICAÇÕES (valor: 10,0 pontos)
Um Sistema de Comunicações Móveis Celulares é composto, basicamente, de uma Central de Comutação e 
Controle   (CCC),   de   Estações   Rádio   Base   (ERB)   e   de   Estações   Móveis   (EM),   conforme   mostra   a   figura. 
Determine a máxima atenuação do sinal que permita a operação do radioenlace ERB → EM, considerando que a 
potência mínima na entrada do receptor da EM deve ser –108 dBm.

24
Dados / Informações Técnicas
Acesso: TDMA (Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo)
Modulação: π/4 – DQPSK
Velocidade de transmissão ERB → Móvel: 8 kbps
ERB (transmissão):
• Potência de transmissão: 10 Watts
• Ganho de antena de transmissão: 14 dBi
• Perda total no cabo de ligação transmissor­antena: 3 dB

EM (recepção):
• Ganho da antena de recepção: 0 dBi

Padrão de Resposta Esperado
Equação de Balanço do Sistema:
PT − AC + GT − Amáx + GR = PR       ∴      Amáx = (PT − PR) − AC + GT + GR
Substituindo os valores:
PT = 10W = 10.000 mW = 40 dbm
PR = −100 dBm                                        AC = 3 dB                           GT = 14 dBi                    GR = 0 dBi
Amáx = (40 + 108) − 3 + 14 + 0 = 159 dB
A máx =159 dB

Questão 15 – TELECOMUNICAÇÕES (valor: 10,0 pontos)
A figura mostra um satélite de um sistema global de comunicações móveis operando na freqüência de 2,4 GHz.

Considerando o enlace do terminal móvel para o satélite, calcule:
a) a potência na entrada do receptor do satélite, em dBm;
b) a máxima taxa de transmissão (Rb), em kbps, a fim de garantir que a probabilidade de erro de bit (Pb), na 
recepção, não seja superior a 3,2 × 10­5.

Dados / Informações Técnicas:
• O ruído no receptor do satélite é Gaussiano, com média zero e densidade espectral de potência N0=8×
1021W/Hz.
• A modulação empregada no enlace usuário­satélite é do tipo BPSK não codificado.
• A potência de transmissão do terminal móvel (PT) é 0 (zero) dBW.
• Ganho da antena do terminal móvel (antena transmissora): GT = 2,15 dBi.
• Ganho da antena do satélite (antena receptora): GR = 20 dBi.

Perda no espaço livre: L0 : perda no espaço livre
h : altura da órbita

25
2
 λ 
L0 =  
 4ππ 
Probabilidade de erro para o caso de modulação BPSK Pb : probabilidade de erro
 2E b  Q(z):  definida abaixo
Pb = Q  
Eb : energia do sinal, por bit
 N0 
 
N0 : densidade espectral de potência de ruído.

1  u 2 
Q( z ) =
2π z∫exp −
 2 
 du Z Q(z)
3,4 0,000337
3,5 0,000233
3,6 0,000159
3,7 0,000108
3,8 0,000072
3,9 0,000048
4,0 0,000032

Padrão de Resposta Esperado
2
V 3 × 10 5  125 ×10 −6

a)   λ = = = 125 ×10 −6 km                                 L 0 =   = 1,546 ×10 −18 ⇒ L 0dB = − 178,1
f 2,4 ×10 9  4 . 8 ×10 3

 
PR = PT + G T − L 0 + G R = 0 + 2,15 − 178,1 + 20 = − 155,95 dBW                   PR = − 155,95 dBW

−5 Eb 2Eb
b)  Para  Pb = 3,2 ×10 ⇒ Q(z) = 3,2 × 10 −5 ⇒ z = 4                          z = =4 ⇒ = 16 ⇒ E b = 8 N 0
N0 / 2 N0
Pot. Re c Pot. Re c.
Se   E b = então   Taxa =
Taxa Taxa
−18
− 155,95 dBW 253,6 ×10
Taxa = = = 3.962,5 bps                      Taxa ≅ 4,0 kbps
8 N0 8.8 ×10 − 21

Questão 16 – TELECOMUNICAÇÕES (valor: 10,0 pontos)
Um enlace entre dois terminais utiliza cabos de fibras ópticas. Há duas opções para a escolha do cabo óptico, 
mostradas na tabela a seguir:
CARACTERÍSTICAS Cabo óptico 1 Cabo óptico 2
Atenuação da fibra (dB/km) 3,2 2,5
Comprimento em que o cabo é fornecido (km) 2,5 2,0
Custo por km de cabo (R$) R 1,25 R
Atenuação de cada emenda (dB) 0,35 0,25
Custo de cada emenda 9,5 R 7 R
Atenuação total nas conexões dos distribuidores ópticos para cada cabo (dB) 3,2 2,5

Em ambas as opções, o emissor é um LASER com potência de saída de 0 dBm; a sensibilidade do detector é –
50 dBm e a margem de confiabilidade é 7 dB. Assim sendo, atenda ao que se pede.

a) Calcule o comprimento máximo L do enlace, se for utilizado o cabo óptico 1.
b) Determine qual o cabo óptico a ser escolhido para uma distância de 12 km entre os terminais, considerando 
apenas os custos fornecidos na tabela. Justifique sua resposta.

Padrão de Resposta Esperado
Solução Gráfica (Alternativa):
a)  Margem de 7 dB ⇒ no detetor deve chegar –43 dBm.
Cada bobina leva a uma perda de : 2,5 × 3,2 = 8 dB

26
c) Cabo 1 leva a um custo de: 12R + 4 . 9,5R = 50R

Cabo 2 leva a um custo de: 12 × 1,25R + 5 × 7R =50R

Escolher o cabo 2 por oferecer maior margem de confiabilidade, pois a atenuação introduzida no percurso de 
12km é menor do que a introduzida pelo cabo 1.

Questão 17 – COMPUTAÇÃO (valor: 10,0 pontos)
Você é o engenheiro responsável pela rede de computadores da Universidade UNIMAGEM, que está estruturada 
conforme o esquema abaixo. Ela é constituída de três sub­redes e permite o acesso à Internet sob o protocolo 
TCP/IP.

27
Quanto a essa rede, responda às perguntas a seguir.
a) A que classe pertence o endereço IP204.140.111.0?  Justifique sua resposta.
b) Qual é a quantidade total de endereços de “hosts” com o referido endereço IP? Justifique sua resposta.
c) Qual é a faixa de variação do referido endereço, com relação ao número máximo de endereços de “hosts” ?
d) Utilizando somente o endereço IP recebido, a UNIMAGEM tem as três sub­redes configuradas, cada uma 
contendo no máximo 32 pontos de conexão. Assim sendo, a máscara de rede 255.255.255.224 pode ser 
usada para distribuir subfaixas de endereços a todas as sub­redes ? Justifique. Em caso de resposta negativa, 
qual deve ser a máscara de rede ?
e) Se o  ambiente  contivesse  uma  única  sub­rede  em  vez  de  três,  qual  seria   a máscara   de  sub­rede  a  ser 
empregada, utilizando o endereço IP 204.140.111.0?

Dados / Informações Técnicas:
Para a configuração TCP/IP, a UNIMAGEM recebeu um endereço IP 204.140.111.0.

Padrão de Resposta Esperado
a)  Classe C, pois do endereço 204.140.111.0, o primeiro octeto (204) está situado entre 192 e 223.
Para   complementar,   na   prática   são   utilizadas   três   classes   para   endereços   IP   na   Internet:   classe   A 
(primeiro octeto entre 0  e  127), classe B (entre 128 e 191) e por último a classe C (entre 192 e 223).

0 7 8 15 16 23 24 31
CLASSE A 0 Net ID Host ID

CLASSE B 1 0 Net ID Host ID

CLASSE C 1 1 0 Net ID Host ID

CLASSE D 1 1 1 0 Classe Reservada Multicast (Multicast ID)

CLASSE D 1 1 1 1 0 Classe Reservada para novas implementações
28
b) No que diz respeito ao endereço classe C, os três primeiros octetos (204.140.111) são utilizados como NetID, 
como endereço de subrede, ficando o último modelo para referenciar  HostID. Considerando que é utilizado o 
sistema binário e que cada octeto utiliza 8 bits, teremos 28 = 256 combinações possíveis. Assim, a quantidade 
total de endereços de “hosts” é igual a 256.

c) Como são 256 possibilidades, estas vão de 0 a 255, ou seja, de 000000000 a 11111111. Admite­se 254, desde 
que seja respondido que dois endereços são usados pelo roteador e para “broadcast” respectivamente.

d) Sim. Uma máscara de rede possibilita ao software de IP verificar como um “host” diferencia de outro “host” 
está ou não na mesma sub­rede.
A máscara de rede 255.255.255.255.224 corresponde em binário a 11111111.111111111.11111111.111000000 
mostrando que três dos “bit­hosts” são usados para representar sub­redes dentro da rede, permitindo a 
distribuição dos 256 endereços de “host” em subfaixas de 25 = 32 “subendereços” conforme mostrado a seguir:

e)  255.255.255.0.

Questão 18 – COMPUTAÇÃO (valor: 10,0 pontos)
O responsável pelo Setor de Suporte de Informática da empresa “TOC Consultoria de Sistemas” precisa 
determinar os parâmetros de uma unidade de disco rígido com as seguintes características:
• 8000 cilindros;
• 2 kbytes/setor;
• 100 setores por trilha;
• 6,4 Gbytes de capacidade total;
• as faces externas dos pratos das extremidades da pilha não são utilizados para armazenar dados.

Com base nos dados fornecidos, determine:

a) a quantidade total de pratos que a unidade possui;
b) a quantidade de cabeças de leitura e gravação;
c) a capacidade de armazenamento de cada face;
d) a taxa de transferência, considerando;

29
• o tempo de latência médio com o disco girando a 4.800 rpm;
• o tempo de busca (“seek time”) igual à metade do tempo de latência médio;
• o tempo de 800 ms para transferência de 2 Mbytes de dados.

Dados / Informações Técnicas:
Taxa de Transferência: número de bytes transferidos do disco para a Memória Principal, por segundo.
bytes transferidos
Taxa transferência =
t acesso
t acesso = t seek + t latência + t transferÊncia
onde:
tseek é o tempo que a unidade despende para posicionar o cabeçote de leitura e gravação sobre o cilindro desejado.
tlatência é o tempo despendido na espera pelo setor desejado; varia de 0 a 16,67 ms para disco girando a 3.600 rpm.
ttransferência é o tempo despendido na transmissão dos dados (leitura ou gravação).

Padrão de Resposta Esperado

a) quantidade total de pratos que a unidade possui.
6,4 Gbytes de capacidade / 2 Kbytes por = 3.200.000 setores
                total                       setor
3.200.000 setores / 100 setores por  = 32.000 trilhas no total
                                       trilha
1 cilindro ........................... 1 trilha por superfície
8000 cilindros.................... 8000 trilhas por superfície
32.000 trilhas no total / 8000 trilhas por = 4 superfícies ou faces 
                                             superfície

Como as faces externas dos pratos das extremidades da pilha não são utilizados para armazenar dados, então:

30
b)  a quantidade de cabeças de leitura e gravação.
Se são 4 faces, então são 4 cabeças de leitura/gravação.

c)  a capacidade de armazenamento de cada face.
6,4 Gbytes / 4 faces = 1,6 Gbytes por face.

d)  3600 rpm ­       16,67 ms


4800 rpm ­ ×
É relação inversa. Logo,  × = (3600 . 16,67) / 4800
× = 12,50 ms
Para 4800 rpm varia de 0 a 12,50 ms.
Na média:
tlatência = 12,50 ms / 2                                              ttendência = 6,25 ms
tseek = ½ tlatência médio = ½ . 6,25 ms                                                           tseek = 3,125 ms
tacesso = tseek + tlatência + ttransferência
tacesso = 3,125 ms + 6,25 ms + 800 ms              tacesso = 809,375 ms

Bytes transferidos 2 Mbytes


Taxatransferência =  =
t acesso 809,375 ms
Taxatransferência = 2,47 Mbytes /s

Questão 19 – COMPUTAÇÃO (valor: 10,0 pontos)
Você está desenvolvendo um sistema e precisa utilizar as ferramentas da Análise Essencial.
Empregando a notação constante do QUADRO I, apresente o Diagrama Entidade­Relacionamento (DER) 
correspondente às situações a seguir.

a) Situação 1: Um Banco de Dados representado pelas classes de entidades ALUNO e MATÉRIA, visualizado 
na Figura 1.

31
Figura 1

b) Situação 2: Um Banco de Dados, neste caso representado pelas classes de entidades FABRICANTE DE 
HARDWARE ou SOFTWARE e EMPRESAS, visualizado na Figura 2.

Figura 2

Dados / Informações Técnicas:
Existem diversas notações que podem ser usadas para expressar um Diagrama Entidade­Relacionamento (DER), 
sendo as mais usuais a de P. Chen e a de J. Martin. A seguir é apresentada uma notação análoga à deste último 
autor, resumida no QUADRO I a seguir.

QUADRO I
Cada entidade da classe  RELACIONAMENTO
ALFA está associada a  MÍNIMO MÁXIMO
SIGNIFICADO
quantas entidades da 
classe BETA ?
1 1 Cada entidade da classe “ALFA” está associada a uma 
ALFA BETA
única entidade da classe “BETA”
1 várias Cada entidade da classe “ALFA” está associada a uma ou 
ALFA BETA
a várias entidades da classe “BETA”
0 1 Cada entidade da classe “ALFA” está associada a zero 
ALFA BETA
ou a uma única entidade da classe “BETA”

32
0 várias Cada entidade da classe “ALFA” está associada a zero, a 
ALFA BETA
uma ou a várias entidades da classe “BETA”

Padrão de Resposta Esperado

a) Situação 1: Um Banco de Dados, neste caso representado pelas classes de entidades ALUNO E MATÉRIA, 
visualizado na figura.

ALUNO MATÉRIA

b) Situação 2: Um Banco de Dados, neste caso representado pelas classes de entidades FABRICANTE DE 
HARDWARE ou SOFTWARE  e EMPRESAS, visualizado na figura.

FABRICANTE DE
HARDWARE OU EMPRESA
SOFTWARE

Quadro 20 – AUTOMAÇÃO E CONTROLE  (valor: 10,0 pontos)
Necessita­se   fazer   a   modelagem   matemática   de   um   processo   desconhecido,   cujos   dados   e   condições   de 
experimento constam de um relatório. O processo está representado na figura a seguir:

u(t) Processo a ser y(t)


identificado

Para uma entrada u(t) do tipo degrau unitário, obteve­se a saída y(t), como mostram a tabela abaixo e o gráfico 
da página seguinte, ambos extraídos desse relatório.
Tempo (s) Saída y(t) Tempo (s) Saída y(t)
0 0 5,25 0,2475
0,25 0,0670 5,50 0,2455
0,50 0,2018 5,75 0,2439
0,75 0,3122 6,00 0,2433
1,00 0,3503 6,25 0,2438
1,25 0,3215 6,50 0,2446
1,50 0,2635 6,75 0,2453
1,75 0,2159 7,00 0,2456
2,00 0,1995 7,25 0,2454
2,25 0,2120 7,50 0,2450
2,50 0,2369 7,75 0,2447
2,75 0,2574 8,00 0,2446
3,00 0,2644 8,25 0,2447
3,25 0,2591 8,50 0,2448
3,50 0,2483 8,75 0,2450
3,75 0,2395 9,00 0,2450
4,00 0,2365 9,25 0,2450
4,25 0,2388 9,50 0,2450
4,50 0,2434 9,75 0,2450
4,75 0,2472 10,00 0,2450
5,00 0,2485
Assim sendo, encontre a função de transferência G(s), de menor ordem, que representa o processo.

Dados / Informações Técnicas:
33
Ks : Ganho estático do sistema. τ : Constante do tempo do sistema.
y(∞): Valor de regime do sistema. ts(5%)  :  Tempo de  acomodação  do valor de  regime 
com 95%  de precisão.
tp: instante de ocorrência do sobressinal máximo. yp = y(tp): Valor do sobressinal máximo.
ω n : frequência natural de oscilação y(ts (5%)) = 0,95 y(∞).
ts(5%) = 3τ. : Coeficiente de amortecimento.
π  
tp = y ( t p ) − y( ∞ )  ξπ 
ωn 1 − ξ 2 Mp = = exp − 
y (∞ )  1 − ξ 2 

34
35
Padrão de Resposta Esperado

A resposta apresenta um comportamento padrão de sistema de segunda ordem com sobressinal e oscilação. A 
função de transferência procurada é do tipo:
Wn2
G (s) = K s
s 2 + 2 Wn s + Wn2
Os valores de Ks , ς e Wn podem ser obtidos a partir da resposta em regime do sistema y(∞), da amplitude do 
sinal de entrada u, do valor do sobressinal e do tempo onde o sobressinal ocorre.
Partindo de medidas feitas sobre o gráfico e a tabela, o valor do sobressinal é assim calculado:
y( t p ) − y(∞) 0,3503 − 0,2450
Mp = = = 0,4298
y (∞ ) 0,2450
A partir de Mp calculamos o valor de  ς   assim:
 
 ςπ 
exp  − = 0,4298
 2 

 1 − ς 
−ςπ ς
= − 0,8444        ⇒ = 0,2688        ⇒ ς 2 = 0,0723 ( 1 − ς 2 )
1− ς 2 1− ς 2
1,0723 ς 2 = 0,0723 ⇒ ς 2 = 0,0674 ⇒ ς = 0,2597
O instante em que ocorre o sobressinal é:
π
tp =
ωn 1− ς 2
Da tabela verificamos que o sobressinal ocorre em t = 1 segundo.
π π
ωn = = = 3,25 rad / s
2    ∴  ωn = 3,25  rad/s
t p 1− ς 1 − (0,26) 2
O valor do ganho estático para uma entrada do tipo degrau unitário é:
Ks = y(∞) = 0,25
A função de transferência para o processo é:
ω 2n 10,6 2,65
G( s) = K s = 0,25 ∴ G( s) =
s 2 + 2 ξ ω n s + ω 2n s 2 + 1,7s + 10,6 s 2 + 1,75 + 10,6
O problema pode ser resolvido também utilizando o tempo de acomodação com precisão de 95%.
3
t s (5%) = 3π =
ξ ωn
O valor de ts(5%) ocorre quando a resposta está próxima do valor de regime, com uma variação de 5%:
Da tabela o valor mais próximo ocorre quando t = 4,0 segundos.
3 3
t s (5%) = = 4,0 ⇒ ω n = = 2,88 rad / s
ξω n 0,26 × 4,0
A função de transferência obtida é:
ω 2n 8,3
G (s) = K s 2
= 0,25
s + 2ξωn s + ω 2n 2
s + 1,5s + 8,3
Obs: Como o exercício exige a interpretação gráfica, a solução obtida pode apresentar variações significativas se 
utilizarmos o tp ou ts (5%). Isto pode ser comprovado pelas expressões obtidas para a função de transferência.

Questão 21 – AUTOMAÇÃO E CONTROLE (valor: 10,0 pontos)
A camada de enlace de dados de uma estação de rede recebeu a seqüência de bits abaixo:

111001101110

Considerando que a técnica de detecção de erros adotada é a CRC (“Cyclic Redundancy Chech”), e que o 
polinômio gerador utilizado é
36
G(x ) = x 4 + x 3 + 1 .
verifique se os dados serão aceitos pelo receptor como corretos. Justifique sua resposta.

Padrão de Resposta Esperado
Na técnica RCR, o polinômio formado pelos dados deve ser dividido pelo polinômio gerador. Se o resto for 
zero, supõe­se que a mensagem esteja correta. Caso contrário, ela deve ser recusada pelo receptor:
G ( x ) = x 4 + x 3 + 1 = 11001

Como o resto é 01000, portanto, diferente de zero, os dados serão recursados (erro de CRC).
Obs: A resposta sem justificativa não será considerada mesmo estando correta.

Questão 22 – AUTOMAÇÃO E CONTROLE (valor: 10,0 pontos)

A aplicação de injeções diárias de insulina para diabéticos é um problema que atinge milhões de pessoas em 
todo o mundo. A engenharia de controle tem dado sua contribuição à área por meio de desenvolvimento de 
sistemas   automatizados   que,   realizando   as   funções   de   um   pâncreas   humano,   reduzem   significativamente   o 
número de injeções de insulina e o perigo de seu esquecimento.
Um  sistema   automatizado,   que  poderia  ser  denominado   pâncreas   artificial,   consiste  em  um  reservatório  de 
insulina e um motor controlado para suprir ao organismo a quantidade de insulina necessária nos momentos 
adequados. As principais características desse aparelho são:
• o reservatório de insulina tem autonomia para períodos de uso relativamente longos (alguns dias);
• o sistema pode ser projetado para fornecer insulina ao organismo em diferentes períodos do dia, coincidindo 
com as principais refeições: café da manhã, almoço e jantar;
• o paciente não precisa lembrar­se do momento exato das injeções.

O diagrama de blocos representa esse sistema automatizado:

Gerador de R(s) K I(s)


Sinais s+
τ 1
Tensão de Taxa de
Referência do Liberação de
Motor Insulina

A taxa de liberação de insulina é dada por uma função do tipo:
i( t ) = Ate − at ; t ≥ 0

As constantes A e a devem ser definidas segundo o histórico clínico do paciente.

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A  EcaBio  Lyda, é uma empresa que desenvolve, sob demanda, esses sistemas  automatizados,  e recebeu o 
pedido para atender a um paciente com as seguintes especificações:

• o motor começa a liberar insulina assim que o paciente inicia sua refeição, em t=0 segundo;
• o valor máximo  da taxa de liberação de insulina imáx  deve  ocorrer  uma hora  após o início  da refeição 
(tp=3.600s);
• tp : tempo em que ocorre a máxima liberação de insulina imáx :


3
• o total de insulina liberada deve ser  i T = i( t )dt = 0,17 cm .
0

Devido a problemas de importação e às características necessárias, a EcaBio restringiu o projeto a um único tipo 
de motor com os seguintes parâmetros:
     = 5 segundos
K = 2,3 × 10­6 cm3 / volts.segundos.
Um engenheiro júnior, que trabalha subordinado a você, propôs a seguinte solução:
2,85 ×10 −4 5,70 × 10 −5
R (s) = +
s + 2,78 ×10 −5 (s + 2,78 ×10 −5 ) 2
Em face das graves conseqüências que uma solução incorreta poderia provocar, calcule as especificações obtidas 
na solução do engenheiro:  tp, imáx(tp) e iT. Decida se ela pode ser aceita ou não, justifique sua decisão.

Dados / Informações Técnicas:

A
i(t) = A t e­at ⇔   I(s) =
(s + a ) 2
τs + 1 K1 K2
2
= +
(s + a ) (s + a ) (s + a ) 2

A
∫ Ate dt =
− at

0 a2

Padrão de Resposta Esperado

Do diagrama de blocos apresentado temos que:
A K A(s + 1)
I(s) = 2
= R (s) ⇒ R (s) =
(s + a ) s + 1 K (s + a ) 2
A solução obtida pelo engenheiro júnior é:

2,85 ×10 4 5,70 ×10 −5


R (s) = +
s + 2,78 ×10 −5 (s + 2,78 ×10 −5 ) 2
Colocando na fora padrão de (1) temos:
2,85 ×10 4 5,70 ×10 −5 1,31× 10 −10 (5s + 1)
R (s) = + =
s + 2,78 ×10 −5 (s + 2,78 ×10 −5 ) 2 2,3 ×10 −6 (s + 2,78 ×10 −5 ) 2
Portanto,
a = 2,78 ×10 −5              A = 1,31×10 −10
O valor máximo de i(t) ocorre quando:
di 1
= 0 ⇒ − aAte − at + Ae −at = A(1 − at )e − at = 0 ⇒    t p =
dt a
1 1
tp = = ≅ 36.000  segundos (10 horas)
a 2,78 × 10 −3
A taxa de liberação máxima de insulina em t = 36.000 segundos é:
imáx= i(36000 segundos) = 1,31 × 10­10 (36.000  e ( −2,78×10 ) = 1,73 ×10 −6  cm3/s
−5
) 36.000

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O total de insulina liberada é:

A 1,31×10 −10

i T = Ate −at dt =
0
a 2
=
(2,78×10 )
−5 2
= 0,17 cm 3

Conclusão: A solução proposta pelo engenheiro júnior  não pode  ser aceita, pois o instante em que ocorre a 


liberação   máxima   de   insulina   é   10   horas   após   o   início   da   refeição,   extremamente   tarde   em   relação   à 
especificação.

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