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Experimento N-9

Disciplina FQ-Exp. 2021-1

Título: CINÉTICA DE REIDRATAÇÃO DE SAIS HIDRATADOS

1. OBJETIVO - Estudar a cinética de re-hidratação do CuSO4.5H2O.

2. INTRODUÇÃO

A cinética química é o estudo do comportamento temporal das reações


químicas, ou seja, o estudo da velocidade (taxas) na qual as reações químicas
ocorrem.
Lei de Velocidade Integrada:

1º Caso: Para reação de ordem zero: v = k.[A]0

- ∆ [R] = k ... Convertendo infinitesimalmente ∆t

-d [R] = k ou d [R]= -k. dt

Lei de Velocidade Integrada


Integrando no intervalo entre 0 e t, teremos:
[A]t - [A]0 = -k.t
Para compararmos à uma equação de reta, rearranjamos os termos:
[A]t = [A]0 -k.t
y = a – b.x ..............................Equação de uma reta.

Com esta informação é possível expressar o comportamento da velocidade


graficamente e se obter o valor de (k).

Coeficiente Angular será o valor de k.


Figura 1 – Típico gráfico de uma reação de ordem zero.

2º Caso: Para reação de 1º ordem: v = k.[A]n

Uma reação de 1ª ordem é aquela na qual a velocidade é diretamente


proporcional à concentração do reagente, ou seja, v α [ ]n sendo n = 1.

A lei da velocidade de uma reação de primeira ordem é uma das formas mais
comuns da lei da velocidade. Por exemplo, para uma reação simplificada
geral do tipo: A → B a lei da velocidade de primeira ordem é escrita pela
equação:

-d[A]/dt = k[A]

Esta lei de velocidade pode ser rearranjada para:

d[A]/[A] = -kdt

a qual por integração de ambos os lados com a concentração variando de [A]0


até [A]t e o tempo de zero à t fornece, e aplicando logaritmo neperiano,
temos:

ln[A]t= ln[A]0 –kt ou ln([A]t/[A]0) = -kt


Nesta expressão,

[A]0 e [A]t são as concentrações do reagente A no início da reação (t = 0) e


no tempo t, respectivamente, t é o tempo da reação e k é chamado de
constante de velocidade de reação.
Portanto os dados experimentais resultantes de uma reação de primeira
ordem resultará uma linha reta decrescente se valores medidos tanto de ln[A]
ou ln([A]/[A]0) forem colocados em um gráfico em função do tempo, tal
como exemplificado na Figura abaixo:

3º Caso: Para reação de 2º ordem:

Uma reação é de 2ª ordem quando sua velocidade é diretamente proporcional


ao quadrado da concentração de um reagente ou é proporcional ao produto
das concentrações de dois reagentes. Por exemplo, se uma temos uma reação
de 2ª ordem do tipo: A → Produtos.
A lei de velocidade para esta reação de 2ª ordem pode ser escrita como:
-d[A]/dt = k[A]2
Esta lei de velocidade pode ser rearranjada para:
d[A]/[A]2 = -kdt
a qual por integração de ambos os lados com a concentração variando de
[A]0 até [A]t e o tempo de zero à t fornece:
1/[A] – 1/[A]0 = kt ou 1/[A] = 1/[A]0 + kt
Igual a uma equação da reta: Y = a + bX

Nesta expressão, [A]0 e [A]t são as concentrações do reagente A no início da


reação (t = 0) e no tempo t, respectivamente, t é o tempo da reação e k é
chamado de constante de velocidade de reação.
Portanto os dados experimentais resultantes de uma reação de segunda
ordem resultará em uma linha reta crescente, se valores medidos 1/[A] forem
colocados em um gráfico em função do tempo (t), tal como exemplificado
na Figura 3 abaixo:

Figura 3- Típico gráfico de uma reação de 2ª ordem.

Vários sais inorgânicos, durante seu processo de formação, incorporam


moléculas de água em sua estrutura cristalina. Estes sais designam-se por
sais hidratados e as moléculas de água chamam-se água de cristalização. Na
escrita da fórmula química as moléculas de hidratação indicam-se com um
ponto, seguido pelo número de moléculas de água. Por exemplo, o sulfato de
cobre penta-hidratado, o cloreto de cobre dihidratado e o cloreto de cobalto
hexa-hidratado escrevem-se como:

CuSO4.5H2O, CuCl2.2H2O, CoCl2.6H2O, respectivamente.


No cálculo da massa molar do sal tem que se considerar a água de
cristalização.

Por exemplo, a massa molar do NiCl2.6H2O: 58,7 + 2 x 35,5 + 6 x (2 x 1,0


+ 16,0) = 237,7 g/mol

Os cristais hidratados decompõem-se a quente com a liberação de água.


Portanto, é possível determinar o teor de água de cristalização destes
compostos bem como a cinética de reidratação, quando expostos ao ar.

Por exemplo, o sulfato de cobre penta-hidratado, que possui uma coloração


azul, quando aquecido perde suas águas de hidratação transformando-se em
anidro que possui coloração branco-acizentada .

No caso do sulfato de cobre penta-hidratado, apesar de sua temperatura de


fusão ser de 150 oC, ele decompõe-se antes de se liquefazer, perdendo as
cinco águas de hidratação em temperaturas em torno de 200 °C.

Entretanto, é importante ressaltar que a água de cristalização de uma


substância difere-se da água higroscópica, pois esta, além de não ser indicada
na fórmula química, é eliminada quando a substância encontra-se em local
seco, sendo função principalmente da umidade do ar.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Material necessário


4. PROCEDIMENTO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BUENO, W. A. E DEGREVE, L. Manual de Laboratório de Físico-Química. Brasil. McGraw-Hill do


Brasil. 1980.

2. DANIELS, F., ALBERTY, R. A., WILLIAMS, J. W., CORNWE, C. D.; BLENDER, P. AND
HARRIMAN, J. E. Experimental Physical Chemistry, 7a ed., Japão, Kogakusha Ltda. 1970.

3. ATKINS, P. JONES, L. ATKINS P; PAULA J; Físico-Química, 8°, Rio de Janeiro ed. LTC, 2008.

4. CORSARO, G.A. Colorimetric Chemical Kinetics Experiment. Journal of Chemical Education, 41: 48-
50, 1964.
5. DE SOUZA, AA & FARIAS RF, Cinética Química – Teoria e Prática, Editora Átomo, pag 72, 2008.

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