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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE PORTO VELHO NÚCLEO DE

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - NCET


Departamento de Química - DAQ
Professor(a): Wilson Sacchi Peternella
Disciplina: Físico-Química Experimental 2 - Aula prática Nº3/2022-2

CINÉTICA DE REIDRATAÇÃO DE SAIS HIDRATADOS

Alunas Nº da Matrícula
1 Dhessi Rodrigues 20201003210
2 Gabriella Almeida Frotamendes 20201003668
3 Lindainêz Sales Brito de Moraes 20201005323

Porto Velho-RO

Abril/ 2023

1. INTRODUÇÃO
O sulfato de cobre penta-hidratado é definido como um composto inorgânico
de aparência característica, frequentemente encontrado na forma cristalina e
responsável por formar soluções aquosas em uma tonalidade azul, e apresenta os
elementos enxofre, cobre, oxigênio e uma molécula de água, onde podemos
identificar a presença dos íons cobre (II) (Cu2+), e sulfato (SO 4 2-), do qual possui
a fórmula molecular CuSO 4 • 5H 2 O, peso molecular de 249.686 g/mol, densidade
2.286 g/cm 3, e quando entra em contato com a água, esse composto se dissolve,
formando os íons Cu 2+ e SO 4 2-.
Na química, o processo de desidratação é definido como o processo de
remoção de água de determinadas substâncias, originando uma nova fórmula
química, como é o caso do sulfato de cobre penta-hidratado, que possui água em
sua composição química, da qual é removida após o processo, normalmente por
meio de equipamentos como dessecador (ATKINS, 2008).
A cinética química é o estudo do comportamento temporal das reações
químicas, ou seja, o estudo da velocidade (taxas) na qual as reações químicas
ocorrem, ou ainda, o tempo que gasto para que uma reação ou uma dissociação
ocorra, gerando novos compostos ou desfazendo produtos em reagentes, e até, o
tempo gasto para que um catalisador leva para transformar produto em reagente ou
reagentes em produto. Sendo dividido em reações lentas, intermediárias e rápidas,
ou seja, reações consideradas instantâneas, na ordem de segundo a segundos, são
chamadas de rápidas, já as reações que levam de horas a dias, são chamadas de
reações de tempo intermediário e, as reações que levam de dias a meses ou anos,
são consideradas reações lentas.
Ao se tratar de cinética química, deve-se levar em consideração cinco
importantes variáveis, tais quais: pressão, temperatura, superfície de contato,
concentração e catalisador.
Pressão: a pressão sobre o sistema é um fator mais comumente explorado
nos estudos de cinética química dos gases, onde se entende que o aumento da
pressão promove o aumento das colisões, favorecendo a formação dos produtos.
O segundo fator de influência é a temperatura, que abrange todos os três
estados da matéria. A temperatura tem papel direto sobre o tempo de reação,
devido a capacidade de aumento de energia cinética no sistema, o que também
favorece pode favorecer a formação de produto ou a formação de reagentes.
A próxima variante é a concentração das espécies envolvidas no processo de
reação. Uma vez que, alterando a concentração por meio da extração ou adição de
reagentes ou produtos, a cinética é diretamente alterada no fator K (constante),
deslocando o sentido da reação para o lado de menor concentração. A superfície de
contato é outro relevante fator que está associado à cinética química. Não importa
se x e y estão no meio ambiente reacional, importa sim que estejam próximas o
suficiente e com os sítios ativos virados um para o outro.
A adição de catalisadores é outro agente que pode ser considerado com
poder de atingir a cinética de uma reação e consiste em inserir na reação outro
produto químico que atuará nas etapas reagindo e favorecendo a reação dos
reagentes principais, no intuito de acelerar o processo, economizando tempo e
saindo do processo ao final das etapas, sem alterar o produto final formado.
Energia de ativação é a energia mínima necessária que duas espécies químicas
precisam para reagir (de forma não espontânea) e formar produtos ou decompor
produtos em reagentes. Formando durante o processo, o que é conhecido como
complexo ativado, que é nada menos que a etapa que é considerada a reação entre
os reagentes da amostra, formando um complexo ativado que engloba todas as
partes somente após, liberando os produtos formados, conforme esquema.

Aa + Bb ABab AB + ab

Onde: ABab é o composto ativado, que precede a existência dos produtos ao


final de todas as etapas.
Outra forma de dividir os estudos da cinética química diz respeito às ordem,
primeira ordem, segunda ordem e demais, porém, no que tange nossos estudos,
será avaliado apenas as duas primeiras ordens.
1o Caso: Para reação de ordem zero: v = k.[A]0
- ∆ [R] = k ... Convertendo infinitesimalmente ∆t -d [R] = k ou d [R]= -k. dt
Lei de Velocidade Integrada
Integrando no intervalo entre 0 e t, teremos:

[A]t - [A]0 = -k.t

Para compararmos a uma equação da reta, rearranjamos os termos: [A]t =


[A]0 - k.t
y = a – b.x Equação de uma reta
Com esta informação é possível expressar o comportamento da velocidade
graficamente e se obter o valor de (k).
Coeficiente Angular será o valor de k.
2° Caso: Para reação de 1o ordem: v = k.[A]n
Uma reação de 1a ordem é aquela na qual a velocidade é diretamente
proporcional à concentração do reagente, ou seja, v α [ ]n sendo n = 1.
A lei da velocidade de uma reação de primeira ordem é uma das formas mais
comuns da lei da velocidade. Por exemplo, para uma reação simplificada geral do
tipo: A → B a lei da velocidade de primeira ordem é escrita pela equação:

-d[A]/dt = k[A]

Esta lei de velocidade pode ser rearranjada para:

d[A]/[A] = -kdt

a qual por integração de ambos os lados com a concentração variando de [A]0 até
[A]t e o tempo de zero à t fornece, e aplicando logaritmo neperiano, temos:

ln[A]t= ln[A]0 –kt ou ln([A]t/[A]0) = -kt

Nesta expressão, [A]0 e [A]t são as concentrações do reagente A no início da


reação (t = 0) e no tempo t, respectivamente, t é o tempo da reação e K é chamado
de constante de velocidade de reação.
Portanto os dados experimentais resultantes de uma reação de primeira
ordem resultará uma linha reta decrescente se valores medidos tanto de ln[A] ou
ln([A]/[A]0) forem colocados em um gráfico em função do tempo.
3o Caso: Para reação de 2o ordem:
Uma reação é de 2a ordem quando sua velocidade é diretamente
proporcional ao quadrado da concentração de um reagente ou é proporcional ao
produto das concentrações de dois reagentes. Por exemplo, se temos uma reação
de 2a ordem do tipo: A → Produtos.
A lei de velocidade para esta reação de 2a ordem pode ser escrita como:

-d[A]/dt = k[A]2

Esta lei de velocidade pode ser rearranjada para: d[A]/[A]2 = -kdt


A qual por integração de ambos os lados com a concentração variando de [A]0 até
[A]t e o tempo de zero à t fornece:
1/[A] – 1/[A]0 = kt ou 1/[A] = 1/[A]0 + kt

Igual a uma equação da reta:


Y= a + bx

Nesta expressão, [A]0 e [A]t são as concentrações do reagente A no início da


reação (t = 0) e no tempo t, respectivamente, t é o tempo da reação e K é chamado
de constante de velocidade da reação. Portanto, os dados experimentais resultantes
de uma reação de segunda ordem resultará em uma linha reta crescente, se valores
medidos 1/[A] forem colocados em um gráfico em função do tempo (t).
Vários sais inorgânicos, durante seu processo de formação, incorporam
moléculas de água em sua estrutura cristalina. Estes sais designam-se por sais
hidratados e as moléculas de água chamam-se água de cristalização. Na escrita da
fórmula química as moléculas de hidratação indicam-se com um ponto, seguido pelo
número de moléculas de água. Por exemplo, o sulfato de cobre penta-hidratado, o
cloreto de cobre dihidratado e o cloreto de cobalto hexa- hidratado escrevem-se
como: CuSO4.5H2O, CuCl2.2H2O, CoCl2.6H2O, respectivamente.
No cálculo da massa molar do sal tem que se considerar a água de
cristalização.Por exemplo, a massa molar do NiCl2.6H2O: 58,7 + 2 x 35,5 + 6 x (2 x
1,0+ 16,0) = 237,7 g/mol. Os cristais hidratados decompõem-se quando aquecidos,
liberando água. Portanto, é possível determinar o teor de água de cristalização
destes compostos, através da pesagem das massas iniciais e finais, bem como a
cinética de reidratação, quando expostos ao ar, novamente pesando as massas
antes da reidratação e após o tempo considerado suficiente para a reidratação. Por
exemplo, o sulfato de cobre penta-hidratado, que possui uma coloração azul,
quando aquecido perde suas águas de hidratação transformando-se em anidro que
possui coloração branco-acizentada.
No caso do sulfato de cobre penta-hidratado, apesar de sua temperatura de
fusão ser de 150 oC, ele decompõe-se antes de se liquefazer, perdendo as cinco
águas de hidratação em temperaturas em torno de 200 °C. Entretanto, é importante
ressaltar que a água de cristalização de uma substância difere-se da água
higroscópica, pois esta, além de não ser indicada na fórmula química, é eliminada
quando a substância encontra-se em local seco, sendo função principalmente da
umidade do ar e agindo diretamente como um contaminante, precisando ser
eliminado antes da utilização de um sal, por dessecador de vidro.

2. OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral:

Observar o comportamento da cinética de reidratação do CuSO4.5h20 por


meio de técnicas e valores analíticos.

2.2 Objetivo específico:

Determinar a lei de velocidade integrada

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 Materiais e reagentes


● Balança
● Vidro relógio
● Estufa
● Dessecador
● Cronômetro
● Espátula

3.2 Metodologia
a) Na balança analítica pesou-se 2g de em um vidro limpo e
seco, logo após, anotou-se o valor exato da massa de sal pesado. Manteu-se
a tara da balança conforme foi inicialmente utilizada, pois a massa de
reidratação do sal foi medida utilizando-se o mesmo vidro relógio, pois assim,
evitou-se as perdas por transferência.
b) Em seguida, transferiu-se o vidro relógio contendo o para
uma estufa a uma temperatura de 250°C. Logo em diante, deixou-se por um
tempo de aproximadamente 10 minutos.
c) Posteriormente, retirou-se o vidro relógio contendo o sulfato de cobre (anidro)
da estufa com cuidado (pois estava muito quente) e o colocou-se dentro de
um dessecador para esfriar-se. Logo após, deixou-se por um tempo de 20
minutos para esfriar-se.
d) Sem demora, colocou-se o vidro relógio no prato da balança analítica, em
seguida, acionou-se o cronômetro e fez-se a leitura a cada 2 minutos por um
tempo total de 50 minutos.

4. RESULTADO E DISCUSSÃO.
No decorrer da prática experimental, foram observados fatores que tem por
consequência uma certa interferência no objetivo final do experimento, como a
calibração incorreta e o mal funcionamento da balança analítica responsável pela
pesagem, além do manuseio em um momento inadequado que era de suma
importância para a obtenção dos valores de massa.
No sal em si, foi possível notar uma mudança de coloração após ser inserido
no dessecador, foi possível notar uma tonalidade esbranquiçada, indicando o
processo de desidratação, tendo sua tonalidade original recuperada após o
processo de reidratação. Além disso, o tempo necessário para retirada da amostra
do dessecador e levá-la até a balança, já pode ser considerado dentro do processo
de reidratação.
Foram obtidos 3 gráficos para 3 situações distintas: reações de primeira
ordem, segunda ordem e ordem zero. Em uma reação de primeira ordem, temos
que a velocidade é diretamente proporcional à concentração do reagente. Em
reações de ordem zero, temos que a velocidade é constante, independente da
concentração do reagente.
A fim de observar o comportamento da cinética de reidratação do
CuSO4.5h20 por meio de técnicas e valores analíticos, laboratorialmente, obteve-se
os seguintes dados tabeladas após o processo de hidratação do sal (Tabela 1):

Tempo (min) Massa Inicial Após Hidratação


0 1,468 1,331
4 1,468 1,331
6 1,468 1,331
8 1,468 1,331
10 1,468 1,355
12 1,468 1,361
14 1,468 1,361
16 1,468 1,374
18 1,468 1,374
20 1,468 1,374
22 1,468 1,396
24 1,468 1,401
26 1,468 1,407
28 1,468 1,412
30 1,468 1,418
32 1,468 1,422
34 1,468 1,426
36 1,468 1,434
38 1,468 1,44
40 1,468 1,446
42 1,468 1,449
44 1,468 1,453
46 1,468 1,46
48 1,468 1,465
50 1,468 1,467
Tabela 01- Valores obtidos durante a prática

Após o processo de reidratação, determinou-se as diferenças das massas e


número de mols, portanto, obteve-se os seguintes resultados:

Diferença das Massas n de Mols


0,137 0,007611111
0,137 0,007611111
0,137 0,007611111
0,137 0,007611111
0,113 0,006277778
0,107 0,005944444
0,107 0,005944444
0,094 0,005222222
0,094 0,005222222
0,094 0,005222222
0,072 0,004
0,067 0,003722222
0,061 0,003388889
0,056 0,003111111
0,05 0,002777778
0,046 0,002555556
0,042 0,002333333
0,034 0,001888889
0,028 0,001555556
0,022 0,001222222
0,019 0,001055556
0,015 0,000833333
0,008 0,000444444
0,003 0,000166667
0,001 5,56E-05
Tabela 2: Diferenças das massas obtidas

Ao determinar as diferenças das massas e o número dos mols, iniciou-se a


determinação das leis das velocidades integradas. As ordens que serão analisadas
neste experimento serão as de segunda, primeira e zero ordem, começando-se pela
segunda ordem, obteve-se os seguintes valores:

Tempo
(min) (X) 1/[A] (Y)
0 131,3869
4 131,3869
6 131,3869
8 131,3869
10 159,292
12 168,2243
14 168,2243
16 191,4894
18 191,4894
20 191,4894
22 250
24 268,6567
26 295,082
28 321,4286
30 360
32 391,3043
34 428,5714
36 529,4118
38 642,8571
40 818,1818
42 947,3684
44 1200
46 2250
48 6000
50 18000
Tabela 3: Valores de x e y do gráfico de 2° ordem

Ao calcular a situação da segunda ordem, construiu-se um gráfico, onde que


para x é tempo e para y a 1/[A]:
Gráfico 1: Reação de 2° ordem

Analisando-se o gráfico 1, temos que em uma reação de ordem 2, há uma


certa dependência da velocidade com o quadrado da concentração do reagente,
podendo esta reação ser monomolecular ou bimolecular.
É possível notar que não há um aumento significativo nos valores de Y nos
tempos iniciais, e que seu aumento significativo se dá próximo de atingir o t 50 (eixo
X). Sendo assim, consideramos que não se encaixa no devido modelo, visto que
não há uma relação de dependência quanto à proporcionalidade dos dados obtidos.

Tempo (X) ln[A] (Y)


0 -4,87815
4 -4,87815
6 -4,87815
8 -4,87815
10 -5,07074
12 -5,1253
14 -5,1253
16 -5,25483
18 -5,25483
20 -5,25483
22 -5,52146
24 -5,59343
26 -5,68725
28 -5,77278
30 -5,8861
32 -5,96949
34 -6,06046
36 -6,27177
38 -6,46592
40 -6,70708
42 -6,85369
44 -7,09008
46 -7,71869
48 -8,69951
50 -9,79813
Tabela 4: Valores de x e y do gráfico da reação de 1° ordem

Gráfico 2: Reação de 1° ordem

Ao analisar o gráfico 2, considere-se que é uma reação de primeira ordem,


conforme a literatura, uma reação de primeira ordem a concentração se decresce de
forma exponencial com respeito ao tempo. Portanto, o R2 do gráfico não se
aproximou-se de 1, indicando que não se adequa ao experimento. O motivo pelo
qual não se ajusta, é pelo fato de ser uma reação que envolve a perda de moléculas
de água do sal de cristalização e a formação do sal anidro, outro motivo relevante, é
a velocidade da reação depender de outros fatores como a quantidade de calor
aplicada, a quantidade de sal anidro presente e a umidade do ambiente.
Analisando a determinação das leis das velocidades integradas, obteve-se os
seguintes resultados para a ordem zero:

Tempo (X) Concentração (Y)


0 0,007611111
4 0,007611111
6 0,007611111
8 0,007611111
10 0,006277778
12 0,005944444
14 0,005944444
16 0,005222222
18 0,005222222
20 0,005222222
22 0,004
24 0,003722222
26 0,003388889
28 0,003111111
30 0,002777778
32 0,002555556
34 0,002333333
36 0,001888889
38 0,001555556
40 0,001222222
42 0,001055556
44 0,000833333
46 0,000444444
48 0,000166667
50 5,56E-05
Tabela 5: Valores de x e y do gráfico da reação de ordem zero

Gráfico 3: Reação de ordem zero

Os gráficos apresentados acima, intencionalmente comparativos,


demonstram claramente que o gráfico 1 é o único que segue a sequência lógica
matemática para ordem de ração, pois analisando o gráfico 1, chega se a resultado
de que a reação é de ordem zero, conforme reta apresentada no gráfico, seguido da
coeficiente angular da reta, que representa a constante K, para essa ordem de
reação. O valor da constante é tão próximo de 1 que pode ser arrendado,
demonstrando claramente a fidelidade do trabalho e a perfeição da equiparação
entre a reação de ordem zero e os dados obtidos. Para comprovar que a reação é
de ordem zero, outro fator fundamental é a própria reta estabelecida na construção
do gráfico, que respeita os padrões para uma reação dessa ordem, já que se nota a
diminuição do percentual de reidratação, representada pelo número de moles de
reidratação ao longo do tempo. Significa dizer que a cinética do processo começa e
termina de forma previsível, se aplicado a lei de reação de ordem zero, onde tem-se
que no início do processo de reidratação a tava é muito maior que ao final,
entendendo-se então que a partir de um certo tempo, a constante começa a
prevalecer, indicando que o cristal de sulfato de cobre já restabeleceu todo seu grau
de hidratação natural, extraído por processo de dessecação em laboratório. A
constante pode ser visualizada ainda de outra forma, bastando olhar para a massa
de pesagem ao longo do tempo, nos pós-desidratação e reidratação, quando
exporto o sal as condições de umidade do ambiente. Visto que a partir de dos 44
minutos aos 50 minutos (término da análise), não se nota mais o aumento de massa
geral sobre o sal, ou seja, o sal atingiu o equilíbrio de hidratação com o meio, óbvio,
que não de forma integral, pois o peso inicial da amostra de sal difere da final, logo,
o sal alcançou seu equilíbrio com o meio, abdicando de uma pequena parcela de
água, o que pode ser explicado pelo rearranjo sobre pelo sal durante o processo de
desidratação, conforme.
Quanto aos outros dois gráficos, são refutados as ideias de obedecerem a
algum tipo de ordem por não seguirem as próprias regras para as reações de
primeira ordem, onde o gráfico deveria se manter distante do eixo x do gráfico, o
que não ocorre no gráfico, além de se mostrar desorganizado, não perfeitamente
alinhados e, também, pela constante K, que apesar de ser relevante, não é mais
próxima de 1 que a constante do gráfico de ordem zero.
Já o gráfico de segunda ordem, onde se esperava encontrar uma reação de
segunda ordem ou ordem 2, a reta encontrada não condiz com esse tipo de reação,
pois a reta achada nos cálculos é uma reta crescente, enquanto que retas de ordem
2 devem ser crescentes. Ainda, a constante K se mostrou abaixo de 0.8, longe o
suficiente do grau de perfeição 1, além de dados muito espalhados e
desorganizados e fora de uma reta, assim como o gráfico 2, que representaria uma
reação de ordem 1, onde em alguns momentos da reta, os dados obtidos se
afastam.

5. CONCLUSÃO.
O método de análise de cinética, demonstrado nos experimentos de
reidratação do sulfato de cobre, se mostrou uma ferramenta ideal para esse tipo de
análise, onde, desde o processo de dessecação até o final do experimento, se pode
notar o quão real é o conceito de cinética química no cotidiano. Além disso, o
emprego de meios de construção de gráficos e ferramentas como excel, tem se
mostrado muito úteis, aliadas, pois agilizam o processo de conclusão dos dados e
organização das informações obtidas, dando ainda segurança ao analista e
melhorando inclusive a compreensão do processo.
Se pode deixar de mencionar a capacidade de reidratação dos sais,
compostos que se mostram ter grande afinidade pela umidade do ar, sendo um
ponto de atenção para quem precisa preservar reagentes dessa natureza, sem
interferência ou contaminantes.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ATKINS, P. JONES, L. ATKINS P; PAULA J; Físico-Química, 8°, Rio de Janeiro ed.
LTC, 2008.

CORSARO, G.A. Colorimetric Chemical Kinetics Experiment. Journal of Chemical


Education, 41: 48- 50, 1964.
DE SOUZA, AA & FARIAS RF, Cinética Química – Teoria e Prática, Editora Átomo,
pág 72, 2008.

Leis de velocidade integradas: As leis de velocidade expressas na forma de


diferenciar podem ser integradas, de modo que trabalhemos com a concentração
em função do tempo.http://www.iq.usp.br/hvlinner/CQ2.pdf

FÍSICO QUÍMICA TEÓRICA Aula 12-13 Cinética Química Prof. Dr. Anderson Lima
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO
DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE QUÍMICA Cinética Química
Teórica
https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/375789/mod_resource/content/1/Aula%2012
-13%20- %20Cin%C3%A9tica%20Qu%C3%ADmica.pdf

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