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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE PORTO VELHO

NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - NCET


Departamento de Química - DAQ

Professor(a): Dr. Wilson Sacchi Peternella

Disciplina: Físico-química Experimental 1 - Aula prática Nº8/2022-1

TERMODINÂMICA: TEMPERATURA E CALOR

Grupo 1
Alunos Nº da
Matrícula
1 Gabriella Almeida Frotamendes 20201003668

Porto Velho-RO
Novembro
/2022
1. INTRODUÇÃO

Calor é um termo comum que em termodinâmica tem um significado especial


e que frequentemente é confundido com o conceito de temperatura. Na
termodinâmica, calor é a energia transferida em consequência de uma diferença de
temperatura. A energia flui na forma de calor de uma região de temperatura alta para
uma região de temperatura baixa. Definimos calor como a energia que é diretamente
transferida de um objeto a outro, e essa energia não está na forma de calor antes ou
depois da transferência, somente durante a transferência. Logo, pode-se dizer que
calor é definido como energia em trânsito, e essa transferência de energia ocorre
quando há diferenças de temperatura entre os corpos, sendo a transferência de calor
do corpo de temperatura mais elevada para o corpo de temperatura menos elevada,
e isso ocorre até que ambos os corpos atinjam a mesma temperatura, como por
exemplo o resfriamento de uma bebida em uma geleiras que contém grandes
quantidades de cubos de gelo. A energia transferida para um sistema é representada
como “q”. Portanto, quando a energia interna de um sistema se altera somente por
transferência de energia na forma de calor. A energia transferida na forma de calor é
medida em joules, J. Entretanto, em bioquímica e áreas relacionadas uma unidade
de energia que ainda é muito utilizada é a caloria (cal). Na definição original, 1 cal
correspondia à energia necessária par elevar de 10C a temperatura de 1g de água. A
definição moderna é: 1 cal = 4,184 J (exatamente). O sinal de “q” indica se calor
entrou ou saiu do sistema. Se a energia entra no sistema na forma de calor, a energia
interna aumenta e “q” é positivo. Se energia deixa o sistema na forma de calor, a
energia interna diminui e “q” é negativo. Um processo que libera calor para a
vizinhança é chamado de processo exotérmico. Um processo que absorve calor é
chamado de processo endotérmico. É possível medir a energia transferida para um
sistema na forma de calor, se soubermos a capacidade calorífica do sistema, C, que
é a razão entre o calor fornecido e o aumento de temperatura que ele provoca: C =
(q/dT). A capacidade calorífica específica (também chamada de calor específico), Cs,
é a capacidade calorífica dividida pela massa da amostra (Cs = C/m) e tem unidades
de joules por grama por kelvin (J/g.K). Assim, o calor fornecido a um sistema pode
ser calculado usando a equação q = m Cs DT. A Lei de Hess surge no estudo da
Termoquímica a partir do princípio da Lei da Conservação de Energia, e serve para
calcular a variação da entalpia, que é definida como a quantidade de energia
presente nas substâncias após sofrerem transformações em sua estrutura e
composição por meio de reações químicas, e define que a variação de entalpia
depende dos estados inicial e final de uma reação química, não importando o número
de reações. Pode ser representada como: ΔH = Hf – Hi. Dessa forma, podemos
calcular a entalpia por meio da diferença entre os valores inicial e final medidos na
reação, já a entalpia total pode ser definida como a soma das entalpias envolvidas na
etapas da reação química, sendo: ΔH = ΔH1 + ΔH2. Além disso, ΔH será sempre o
mesmo, seja em uma reação que seja direta, ou em uma reação que ocorre em
várias etapas. A representação escrita de uma reação química é chamada de
equação química. No caso de uma equação termoquímica, devem ser listados todas
os elementos que podem influenciar no resultado da entalpia, sendo alguns deles:
estado físico, proporção estequiométrica, pressão, temperatura e variação de
entalpia
Na termodinâmica aplicada aos estudos de química, também costumamos
definir uma parte como “sistema”, e a outra como “vizinhança”, considerando que,
dependendo do meio em questão, ambas as partes podem ou não realizar interações
entre si. Uma vasta quantidade de energia pode ser liberada ou absorvida em
reações químicas, essas quantidades irão depender da da reação e da quantidade
das substâncias envolvidas. Além disso, a termodinâmica também estuda a
transferência e utilização dos tipos de energia para para provocar a mudança de
estado físicos das substâncias. Reações que liberam calor são chamadas de
“exotérmicas” e as reações que absorvem calor são chamadas de “endotérmicas”
(RUSSEL, 1982). Além do exemplo do ácido clorídrico diluído em água que será
citado em seguida, temos que a combustão e a formação de neve também se
caracterizam como reações exotérmicas. Quando o sistema pode transitar para fora
ou dentro do sistema, podemos dizer que ele é aberto, caso contrário é um sistema
fechado. Quando temos um aumento na temperatura, por meio de seu conceito
podemos dizer que houve um aumento no grau de agitação molecular, o que provoca
a mudança na temperatura e consequentemente mudança na sensação do toque
físico, ou seja, estará mais quente. Para medir essa mudança de temperatura
utilizando os valores iniciais e finais do processo de reação química envolvendo calor,
temos o calorímetro, que é um instrumento de laboratório que fornece as informações
sobre a troca de calor entre dois corpos, como a quantidade de calor. É um aparelho
isolado termicamente do meio ambiente, de forma que não ocorre nenhuma troca de
calor com a então chamada vizinhança. Por meio do calorímetro é possível medir
experimentalmente os valores do calor liberado ou absorvido por determinado
material nas reações químicas. A energia liberada aquece determinada quantidade
de água, tornando possível a medição da variação da temperatura para, com isso,
calcular a quantidade de calor envolvida no processo.
A Primeira Lei da Termodinâmica aborda sobre o princípio de conservação da
energia, de forma quantitativa. Num determinado processo termodinâmico, a energia
total é conservada de modo que a variação de energia interna (ΔU) de um sistema é
a diferença entre o calor (Q) trocado com o meio e o trabalho (τ) realizado pelo
sistema na vizinhança, por meio de uma força:

ΔU=Q−τ

Em resumo, essa lei nos diz que jamais um sistema pode criar ou destruir energia,
apenas transformá-la, fazendo alusão ao postulado de Lavoisier acerca da
conservação das massas.
A segunda Lei nos diz que o calor jamais fluirá de um corpo frio para um corpo
quente, a não ser que haja um determinado trabalho responsável para que isso
ocorra.
A terceira Lei define que, em uma escala absoluta de temperatura, cujo
mínimo é o zero absoluto, no mínimo desta escala, a entropia de todas as
substâncias é a mesma.

A Lei Zero da Termodinâmica define que, havendo dois sistemas que estão em
equilíbrio térmico com um terceiro sistema, então estes dois sistemas estarão em
equilíbrio térmico entre si. É o que acontece com o termômetro, por exemplo. Para
saber se dois objetos têm a mesma temperatura, basta medir ambos com o
termômetro. Havendo a mesma marcação, eles estarão em equilíbrio térmico entre
si.

Referências Bibliográficas

FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. Moderna. 1ª edição. 1990.


FOGAÇA, Jennifer. Lei de Hess. Manual da Química. Disponível em:
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/lei-hess.htm Acesso em: 21 de
novembro de 2022
Russel, John B. Química Geral. McGraw-Hill. 1982.

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