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Unidade 3

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Nome da unidade: Termodinâmica

Dinâmica e suas aplicações

Nome da disciplina: Bases da Física para Ciências

Nome completo do(a) autor(a) para registro de ISBN: Dr. Paulo Sérgio Custódio
Nome completo do(a) revisor(a) técnico(a): Me. Alexandre Alex Barbosa Xavier

Introdução
Olá, caro estudante! Nesta Unidade nós iremos estudar a termodinâmica e os
seus principais aspectos e relações. A termodinâmica é o ramo da física que
estuda o calor, energia, temperatura e suas relações. Veremos que todos os
processos físicos envolvem a energia e o calor, e a menos de processos muito
elementares, todos eles geram ou absorvem calor, geram desordem no universo e
os seus aspectos são fundamentais na compreensão dos fenômenos da vida.

Para citarmos algumas aplicações podemos dar os seguintes exemplos: as


máquinas térmicas, freezers, motor de combustão interna de um automóvel, o
funcionamento de um ser vivo, todos esses processos são devidamente
compreendidos com relação às reações químicas, físicas e quanta energia,
entropia e calor eles trocam com o meio ambiente.

Iremos estudar as grandezas importantes, diferenciar calor e temperatura, tendo


como alvo o estudo dos gases ideais. Os gases ideias serão usados em uma
grande série de exemplos pois suas relações físicas são simples e
matematicamente tratáveis, mas nada daqui se restringe a isso.

Vamos finalizar os nossos estudos entendendo adequadamente o que é a


entropia e como ela se relaciona com a irreversibilidade dos processos naturais.

Bons estudos!

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Tempo estimado de leitura: XXX

3.1 Calorimetria e escalas termométricas

Neste segmento vamos definir calor e temperatura e entender que são conceitos
muito diferentes, vamos lá?

3.1.1 Troca de calor entre os corpos


Neste tópico nós iremos definir de modo mais rigoroso, o que é a temperatura e
os dispositivos usados para medir a temperatura e as escalas termométricas mais
usadas.

Temperatura e Lei Zero da termodinâmica

O calor e temperatura são quantidades e conceitos muito corriqueiros e muito


confundidos entre os leigos. Vamos tornar a sua distinção e significados exatos,
neste segmento.
A temperatura não é um conceito fácil de definir e é um conceito abstrato.
Visto que os termômetros são instrumentos muito comuns do dia a dia,
começamos por eles, na intenção da definição de temperatura e no final da
Unidade teremos condições de definí-la com mais exatidão física.

Definição provisória: dizemos que a temperatura é a grandeza que pode ser


medida pelos termômetros, por exemplo aqueles usados para se saber se o
bebê está com febre ou não. Os termômetros desse tipo possuem uma escala
linear baseada em um fluido que se expande levemente subindo a escala e
marcando a temperatura respectiva, na maioria dos casos na escala Celsius, mais
usada aqui no Brasil.

Outro instrumento que pode ser usado para medir a temperatura, é o nosso tato.
No entanto, ao usarmos o contato da pele para aferir uma escala de temperatura,
iremos obter medidas muito limitadas e grosseiras, suscetíveis a erros.

Vamos definir agora o calor.

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As experiências mostram que dois corpos em contato físico irão trocar energia se
eles estiverem inicialmente em temperaturas diferentes. A troca de energia
cessa quando a temperatura desses corpos é equalizada. Dizemos que esses
corpos estão em contato térmico. A quantidade de energia que foi trocada entre
eles devido à diferença de temperatura é o que chamamos de calor.

A parte mais importante desta definição é a palavra trocada: o calor é a


quantidade de energia que pode ser transferida entre corpos e que não seja sob
a forma de trabalho (como vimos, o trabalho está associado a forças e
deslocamentos). E, o importante para esta troca de energia é a diferença de
temperatura entre os corpos.

Outro aspecto importante: de modo espontâneo a natureza conspira de modo


que o fluxo de calor ocorra no sentido que vai dos corpos com maior
temperatura para os de menor temperatura.

Exemplo: Uma geladeira vai contra esta lei da natureza (violação aparente, é
claro) mas para fazê-lo consumimos energia (elétrica) que trabalha com a
expansão de fluidos especiais. Esta montagem permite que uma região interna da
geladeira fique com temperatura muito mais baixa do que o ambiente, mas é um
processo não-espontâneo.

Uma vez que dois corpos atinjam o equilíbrio térmico, as suas temperaturas se
tornam iguais, fato que pode ser facilmente verificado com um termômetro digital.

Figura 1: corpos A e B em equilíbrio


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Fonte: Princípios de Fisica, vol 2, 5ª ed, pg 130.

#PraCegoVer: no diagrama acima: para determinarmos que os corpos A e B têm


a mesma temperatura, realizamos a medida da temperatura de cada um deles: o
fluxo de calor cessa quando as temperaturas forem iguais.

Os termômetros verificaram que eles possuem a mesma temperatura, logo, se


forem colocados em contato térmico, não haverá troca de energia:

Podemos enunciar a Lei Zero da Termodinâmica:

Se dois corpos A e B estão em equilíbrio térmico com um terceiro corpo C, então


eles estão em equilíbrio entre eles: todos estarão à mesma temperatura.

Propriedades da Temperatura: 1) a temperatura é uma grandeza escalar, isto


é, o seu valor depende apenas do ponto em que é medida.
2) é um parâmetro intensivo, isto é, não depende da quantidade de átomos ou
moléculas, ou o tamanho e volume da amostra. Outros parâmetros intensivos são:
pressão e potencial químico. Parâmetros extensivos são aqueles que
dependem do número de partículas da amostra ou são proporcionais ao volume.
Parâmetros extensivos são: número de moles, volume, energia interna, calor e
entropia. Vamos definir todos esses termos aqui na Unidade, não se preocupe.
3) a temperatura na escala Kelvin sempre é positiva, veremos logo em seguida
porque isso é assim.

Importante:
1) o produto de um parâmetro intensivo vezes um extensivo é um parâmetro
extensivo, por exemplo: pressão vezes volume: PV é um parâmetro extensivo,

Como ocorre a transferência de calor?


Vimos que corpos a diferentes temperaturas podem trocar energia se estiverem
em contato. Mas, os modos em que o calor pode fluir (note que há uma pequena

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redundância aqui) são poucos: o calor pode fluir apenas por condução, convecção
e radiação, ou seja existem apenas três modos em que pode ocorrer a sua
transferência.

Condução: é o processo de transferência de calor entre dois corpos, a


temperaturas diferentes quando eles estiverem em contato físico entre si.

Por exemplo, podemos ter uma xícara de café “bem quente” em cima de uma
mesa: haverá troca de calor entre a mesa e a xícara.

Mas pode ocorrer de dois objetos a temperaturas diferentes estiverem ligados


entre si através de um barra. A transferência de energia (calor) ocorre do objeto a
mais alta temperatura para o de mais baixa (estamos supondo, é claro, que a
barra intermediária não está a uma temperatura muito diferente das extremidades,
pois em caso contrário, se ela estiver a alta temperatura o fluxo ocorrerá da barra
para as extremidades). Veja a figura:

Figura 2: transferência de energia por condução

Fonte: Princípios de Fisica, vol 2, 5ª ed, ed, pg 183.

#PraCegoVer: no diagrama acima, à esquerda temos um bloco à alta temperatura


T, uma barra que o conecta a outro bloco mais à direita, na horizontal. O segundo
bloco está a uma temperatura mais baixa, logo, flui energia entre esses blocos
(calor).

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Definição: Chamamos de reservatório térmico a um grande objeto ou massa
cuja temperatura não muda quando colocado em contato com objetos menores.

Por exemplo, o oceano é um reservatório térmico, pois é uma grande massa de


água e sua temperatura não é modificada pela adição de uma massa que lhe é
estranha. Um barco não altera a temperatura do oceano.

Equação da condução de calor

Uma placa de área A e espessura dx, apresenta uma taxa de fluxo de calor, P, se
houver uma diferença de temperatura na direção dx e esta fórmula é:

P= ( dQdt )=kA|dTdx |
(potência P é igual à dQ sobre dt que é igual a k vezes a área A vezes
dT sobre dx)
O valor de P é a potência (energia por segundo, sua medida é Watts (W) que flui

através do material devido ao gradiente de temperatura: |dTdx | .


A constante de proporcionalidade é chamada condutividade térmica do material,
e é uma propriedade que varia de material para material. Os metais são
excelentes condutores de calor e as madeiras conduzem calor com mais
dificuldade.

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A condutividade térmica do material k é medida em: W m−1 ºC−1 , por exemplo: o
alumínio possui uma condutividade térmica de k =238 W m−1 ºC−1, a água:
−1 −1
k =0 , 6 W m ºC .
Convecção: é o mecanismo de transferência de calor quando ocorre
movimentação de massa de um fluido. Por exemplo, você aquece mingau em
uma panela: formam-se correntes de convecção, ou seja, o fluido começa a se
movimentar, realizando a transferência de calor. Na superfície do Sol ocorrem
células de convecção: gases quentes sobem à superfície, gases frios descem e
este contraste forma regiões com aspecto visivelmente diferente. Mas, a partir da
sua “superfície”, a energia térmica e transferida via radiação, pois há o vácuo do
espaço em torno do Sol.

Radiação: neste caso, um corpo aquecido emite radiação de origem


eletromagnética. O aquecimento promove a agitação das cargas, estas se movem
de modo acelerado e emitem radiação eletromagnética. Esta radiação
corresponde a um fluxo de energia e é descrita pela Lei de Stefan-Boltzmann:
4
P=σAe T

potência P é igual a sigma vezes a área A vezes a emissividade e


vezes a quarta potência da temperatura.
Onde: 0< e ≤ 1, é a emissividade. Quando ela vale 1, dizemos que temos um corpo
negro, e: σ =5.66 ×10−8 W m−2 K− 4 é denominada constante de Stefan-Boltzmann.

Note que: como o espaço entre a Terra e o Sol é vácuo, o único mecanismo de
transferência de energia entre o Sol e o nosso planeta só pode ocorrer via a
radiação eletromagnética (outro nome é radiação térmica).

Finalmente, temos a lei de Wien: o comprimento de onda da radiação térmica


emitida no ponto de máxima emissão, é inversamente proporcional à temperatura:

( )
−1
T
λ max=0,289 cm
K

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Você sabia?
Usando a lei de Wien e o comprimento de onda da luz amarela do Sol, podemos
inferir a temperatura da sua superfície? O comprimento de onda da luz solar

correspondendo ao seu pico é da ordem de: λ ≈ 500 nm⇒ T = ( 0,289


500 nm )
cm
5780 K .

Curiosamente, a temperatura da atmosfera solar (acima da sua superfície) é da


ordem de um milhão de Kelvin ou mais, o que deixou os cientistas no começo do
século passado intrigados.

Termômetros
A medida de temperatura se dá por meio do termômetro, e há termômetros de
diversos tipos, apropriados a escalar de temperatura que podem não ser
adequados para outros instrumentos.

Podemos determinar a temperatura usando a propriedade de expansão da


matéria quando ela é aquecida (ou mudança na pressão).

Podem ser usados os seguintes elementos para a determinação da temperatura:


1) alteração do volume de um líquido,
2) alteração das dimensões de um sólido,
3) pressão de um gás,
4) volume de um gás a pressão constante se o número de partículas é conhecido,
5) resistência elétrica de um condutor (efeito termo-elétrico),
6) a cor de um corpo aquecido (é usada para determinar a temperatura do Sol).

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Você quer ver?
No caso do Sol, como sabemos a sua temperatura? Que cientista se aproximou
dele para medir a sua temperatura? Veja o excelente vídeo disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=GvBJC6K2znk, do prof. Gil da Costa Marques.
Curiosamente, antes de atingirmos a superfície do Sol (plasma) percebemos
(usando a mesma lei de Wien) que sua atmosfera tem temperatura centenas de
vezes maior. Isso se deve à conversão da energia magnética em calor.

O termômetro mais comum pode ser comprado em uma farmácia: o termômetro


de mercúrio. O mercúrio é um metal que nas condições normais de temperatura e
pressão se encontra em estado líquido. Além disso, ele aumenta facilmente de
volume quando submetido a uma pequena variação de temperatura. Esta
facilidade torna-o muito útil para a finalidade de medir a temperatura.

Na verdade, a base da coluna de mercúrio mantém a sua área, desta forma o


aumento do seu volume (do metal) se reduz a um aumento na altura, na escala do
aparelho. O mercúrio se expande mais eficientemente do que o tubo de vidro que
o contém, de modo que a alteração das dimensões do tubo é desprezada em
primeira aproximação.
Agora, basta atribuírmos números (escala) ao longo da coluna de mecúrio e
definirmos uma escala de temperaturas. Ok, isso foi feito há muito tempo, usando-
se água, gelo e vapor de água, para definir alguns pontos de referência e
repetindo-se as medidas para a redução dos erros experimentais.

A primeira escala usando este método é a escala Celsius. Nesta escala, a mistura
de gelo e água em equilíbrio marca o zero da escala: zero graus Celsius.
Este é o ponto de congelamento da água: 0ºC.
Na outra extremidade, verificamos uma mistura de vapor de água e água, a
pressão de uma atmosfera. Este é o ponto de vaporização da água e a ele
define-se 100 graus Celsius: 100ºC.

Você sabia?

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É muito comum as pessoas acharem que quando a água estiver a 0 ºC ela
necessariamente irá congelar! Isto não é verdade. O processo de congelamento
da água é facilitado se a água contiver impurezas, for perturbada mecanicamente
(um copo é chacoalhado) ou o gradiente de temperatura for brusco, ou a soma
desses fatores. Uma porção de água muito pura e que estiver em temperatura
próxima do zero graus Celsis pode demorar bastante para congelar em
comparação com a mesma porção se contiver impurezas.

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Relação entre as escalas Kelvin e Celsius

A escala Kelvin é a escala absoluta da temperatura, pois em um certo valor da


temperatura, a pressão do gás é zero, e este resultado não depende do gás
escolhido! A relação entre a escala Celsius e a Kelvin é:

T C =T −273 , 15
(temperatura T na escala Celsius é igual à T menos 273,15)
Ou seja, o zero na escala Kelvin corresponde a:

T C =−273.15 ºC

NOTA: Uma temperatura na escala Celsius lê-se assim: 15 graus Celsius, mas na
escala Kelvin não há o grau: lê-se 15 Kelvin, simplesmente.

Finalmente, a escala Fahrenheit é muita usada nos USA e a relação dela com a
Celsius é:
9
T F = T +32ºF
5 C
(temperatura na escala Fahrenheit é 9 quintos da temperatura Celsius mais 32).

Vamos finalizar este segmento com uma definição mais apropriada da


temperatura, visto que até agora só falamos de como medi-la e quais são os seus
efeitos.

Definição: a temperatura é uma medida da agitação molecular média de uma


quantidade macroscópica e finita de matéria.

Por agitação molecular média queremos dizer a velocidade média das


moléculas (ou átomos e partículas também serve) contidas nesta amostra de
matéria. Mas, a velocidade média das partículas pode ser avaliada em termos de

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critérios estatísticos: temos a velocidade quadrática média, como um critério,
embora não seja o único.

Uma dada porção de matéria terá temperatura mais alta se a velocidade média
de suas moléculas aumentar, ou seja, a distribuição da agitação molecular é o
que define a temperatura.

Em suma: a temperatura é um parâmetro macrocópico (representa uma variável


intensiva do sistema) que surge de uma média estatística das propriedades
microscópicas da amostra (uma porção de gás, um pedaço de metal o que for).

Agora fica claro que calor e temperatura são conceitos muito diferentes: o calor é
a quantidade de energia que pode ser transferida entre sistemas devido a uma
diferença de temperatura entre eles e a temperatura está relacionada à agitação
molecular média dos constituintes da amostra em estudo.
Quando falamos fluxo de calor nos segmentos acima, estamos sendo um tanto
redundantes pois o calor já é um fluxo em si, mas a ideia é apenas reforçar o
significado. Lembrando: este fluxo só pode ocorrer via condução, convecção ou
radiação, não existe outro meio para a troca de calor entre os corpos. Pode haver
uma combinação entre eles em uma dada situação.

Consequência: dois corpos em contato e à mesma temperatura não trocam


calor, ou seja, não há fluxo de energia entre eles.

Unidades de medida: o calor é medido em calorias ou em Joules.


1cal = 4,186J

Definição: A caloria é a quantidade de energia necessária para elevar a


temperatura de um grama de água de 14.5ºC para 15.5ºC à pressão de uma
atmosfera.

Agora vamos falar dos efeitos macroscópicos da temperatura, ou melhor, da


variação dela.

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3.1.2 Efeitos da temperatura: expansão

Vimos que a expansão de um líquido ou gás pode ser usada para determinar um
tipo de termômetro, mas vamos estudar como ocorre esse tipo de expansão?

Definição: a dilatação térmica é o efeito do aumento das dimensões lineares


de um objeto quando a sua temperatura é elevada. A extensão desta dilatação
varia de material para material e depende também de qual foi o aumento da sua
temperatura.

A dilatação térmica é um fenômeno tão importante que a maioria dos projetos de


engenharia tem que levar em conta a contração ou expansão dos sólidos devido à
variação da sua temperatura.

Você sabia?
O avião já aposentado Concorde era um avião francês, supersônico que fazia
linha comercial entre a França e USA. Este avião sofria uma grande dilatação
térmica por conta de sua grande velocidade, da ordem de 10cm ou mais (a
dilatação). Os painéis internos obedeciam a esta folga, já pensada pelos
engenheiros. Ele também tinha que ser necessariamente branco por conta da
absorção da energia solar.

Vamos estudar a dilatação com exemplos um pouco mais simples do que o


avião.

Exemplo: um anel de metal possui um furo de raio a e o anel tem raio b. Quando
ele é aquecido na chama de um maçarico, ele se expande, incluindo o furo
interno:

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Figura 3: um furo aumenta com o aumento da temperatura

Fonte: pg 135, , Principios de Fisica, vol 2, quinta ed.

#PraCegoVer: um anel de metal quando é aquecido sob uma chama terá suas
dimensõ es ampliadas, o mesmo ocorrendo com o furo no centro deste anel.

Temos vários tipos de dilatação: linear, superficial e volumétrica. Cada substância


dilata mais ou menos facilmente do que outras, quando aquecida..

A dilatação linear é dada por:


∆ L=αL ∆ T

(delta L é igual a alpha vezes L vezes a variação de temperatura delta T).


Onde L é o comprimento inicial. Existe uma relação entre os coeficientes de
dilatação linear, superficial e de volume.

Você quer ler?


Refaça os cálculos e considerações do exercício 16.2 do livro Princípios de Física,
vol 2, 5ª ed, página 137: O curto elétrico térmico: este exemplo envolve dois
materiais metálicos diferentes possuindo taxas de expansão diferentes. As
correntes elétricas também podem ser usadas para a medida da temperatura:
chamamos de efeito termo-elétrico.

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Exemplo: o alumínio tem: α =24 × 10−6 ºC−1. Isto quer dizer que sua variação linear
fracional é da ordem de 24 milionésimos para cada aumento de um grau Celsius

A dilatação superficial é dada por:


∆ A=βA ∆ T
(delta A é igual a beta vezes a área A vezes delta T)

Onde o coeficiente de dilatação superficial é duas vezes o linear: β=2 α


A dilatação volumétrica é dada por:
∆ V =γV ∆ T
(delta V é igual a gamma vezes o volume V vezes delta T)
Onde, naturalmente, o coeficiente volumétrico é o triplo do linear: γ =3 α

Vamos praticar?
Calcule a energia calcule os pontos de vaporização e congelamento da água, na
escala Fahrenheit.

Solução: usando a fórmula acima, chega-se facilmente a:

9
T F = T +32=0+32=32ºF => congelamento
5 C
9
T F = 100+32=212ºF => vaporização
5

Encerramento: neste segmento nós tivemos a oportunidade de estudar os


conceitos de calor e temperatura, diferenciando um do outro. Definimos a
temperatura, o calor, falamos sobre os termômetros e as principais escalas de
temperatura e os seus principais efeitos:a dilatação térmica.

3.2 A Primeira Lei da Termodinâmica

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Neste segmento vamos definir quatidades muito importantes: a energia, calor e
trabalho e usar o modelo de gás ideal para fixar as ideias e conceitos. Vamos
discutir o significado da conservação da energia.

3.2.1 Energia, Calor e Trabalho

As mudanças de energia nos sistemas são acompanhadas de calor e trabalho, o


objetivo deste segmento é realizar um vínculo entre essas quantidades.

Vamos começar definindo a energia interna.

A energia interna U de uma porção de matéria é função da sua temperatura e do


número de moléculas (ou átomos).
Para um gás monoatômico, a energia interna é proporcional à temperatura e ao
número de partículas:
3
U = N kB T
2
(energia interna U é igual a 3 meios vezes o número de partículas N vezes a
constante de Boltzmann kB vezes a temperatura T)

Onde: N é o número de partículas, k B=1 , 38 ×10−23 J K −1 é a constante de

Boltzmann e T é a temperatura do gás na escala Kelvin. Note que a energia


interna é uma variável extensiva, pois é o produto de uma extensiva vezes a
temperatura que é intensiva.

Definição: a energia interna U de um sistema é a soma das energias cinética,


translacional, vibracional, rotacional e potencial de todas as suas partículas a
partir da perspectiva de um sistema de referência onde o sistema se encontra em
repouso (ver pg 160, Princípios de Física, vol 2.).

Note que o importante aqui é que o sistema como um todo está em repouso
com relação a um bom sistema de referência onde as medidas dos parâmetros
macroscópicos pode ser efetuada. Os seus constituintes atômicos e moleculares

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(as partículas) do sistema podem estar em movimento aleatório com relação a
este mesmo sistema, mas o sistema como um todo deve estar em repouso.

Assume-se implicitamente que algum critério estatístico para a velocidade média


(seja quadrática média ou média simples) com relação a este sistema, possa ser
adotada para obter-se uma medida da sua temperatura, do ponto de vista físico.

Em outras palavras, do conhecimento do número de partículas do sistema, da


constante de Boltzmann e de sua energia interna, podemos inferir a
temperatura do corpo ou sistema em consideração.
Se este sistema for colocado em contato com outro sistema a temperatura
diferente, irá fluir calor entre esses sistemas e de modo espontâneo, um estado
de equilíbrio irá ser estabelecido entre eles.

Você o conhece?
Ludwig Boltzmann, físico austríaco (1844-1906) Boltzmann fez muitas
contribuições importantes para o desenvolvimento da teoria cinética dos gases,
eletromagnetismo e termodinâmica. Seu trabalho pioneiro no campo da teoria
cinética conduziu ao ramo da física conhecido como mecânica estatística.

Calor específico e calor latente

Como resultado da transferência de calor entre corpos, os corpos podem mudar


de temperatura ou mesmo mudar de estado físico (por exemplo, a água no estado
de gelo pode se tornar água líquida).

A mudança de estado físico chama-se mudança de fase.

Vamos considerar o primeiro caso: uma porção de material recebe uma dada
quantidade de calor, mas não muda o seu estado, muda apenas a sua
temperatura.

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Neste caso, a quantidade de calor necessária, para um corpo alterar a sua
temperatura, sem mudança de estado, é proporcional à massa da substância e à
diferença de temperatura:

∆ Q=mc ∆ T
(delta Q é igual à massa m vezes o calor específico c vezes a
variação de temperatura delta T)

Onde: m é a massa da substância, c é o calor específico da substância e ∆ T é a


variação da temperatura ao absorver (ou perder) uma dada quantidade de calor
∆ Q.

Por sua vez, o calor latente caracteriza a quantidade de calor de que uma
substância precisa para mudar de estado, sem mudar a sua temperatura (ou a
mudança é muito pequena).

Como não há mudança de temperatura, mas sim de fase, o parâmetro aqui é a


variação na massa, ou seja, quanta massa foi convertida de uma fase para outra.
Por exemplo, queremos saber quanto calor precisamos para derreter um grama
de água na forma de gelo para água líquida, então: ∆ m=1 g.
O calor latente é definido por:
∆ Q=L ∆ m
(delta Q é igual ao calor latente L vezes a variação de massa delta m)
Onde: ∆ m é quantidade de massa que foi convertida entre duas fases diferentes:
por exemplo de gelo em água, ou água líquida em vapor.

Trabalho e Calor

O trabalho como vimos na Unidade 1 é a integral da força pelo deslocamento da


partícula do ponto A até o ponto B sob a ação de uma força:

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B
W =∫ ⃗
F . d ⃗r
A

(O trabalho W é igual à integral de A até B de da força F escalar dr)


Com esta definição, podemos classificar as forças em duas categorias: forças
conservativas e forças não conservativas.

Uma força é conservativa quando a integral do trabalho sobre um circuito fechado


(A = B) é igual a zero. Em caso contrário, se a integral da força por uma trajetória
fechada levar a um trabalho não nulo, diremos que a força é não-conservativa.
Esta classificação é muito importante na Física.

Exemplos de forças conservativas: a interação gravitacional é conservativa.

Exemplos de forças não conservativas: a força de atrito é não conservativa.

A força gravitacional é conservativa, isto implica que o trabalho para elevar um


objeto de uma altura inicial h = 0 para uma altura final h depende apenas desta
altura e não do trajeto que levou o objeto de um ponto até o outro que está
naquela altura. Isto também vale se a altura for grande se comparada ao raio da
Terra, pois a força gravitacional é de natureza central:


F ( r )=−G
r( )
MT m
2
⃗e

(a força F de r é igual a menos G vezes a massa MT da Terra vezes a massa m


dividido pelo raio r ao quadrado na direção do vetor unitário e)
Aqui: M T é a massa da Terra e m a massa do objeto. Aqui: e⃗ é um vetor unitário
e radial que aponta radialmente para fora do centro de massa da Terra.

Se experimentarmos usar esta expressão da força, ao deslocar um objeto de uma


distância radial R1 para R2, o trabalho realizado contra a gravidade (ou por ela)
não irá depender dos detalhes da trajetória.

Trabalho sobre um gás

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O trabalho realizado sobre um gás depende da pressão deste gás e da
variação do seu volume. Ele é definido como a integral do produto da pressão,
pela variação do volume, considerando-se volumes inicial e final diferentes, ou
seja:

B Vf Vf

W =∫ ⃗
F . d ⃗r =−∫ PAdr=−∫ PdV
A Vi Vi

(O trabalho W é igual à integral de A até B de da força F escalar dr que é igual a


menos a integral de P vezes o elemento de área A vezes dr de Vi até Vf ou a
integral da pressão com relação ao volume)

A demonstração desta expressão é trivial: considere um tubo cilíndrico de área


A de seção e um êmbolo. A força aplicada no êmbolo é a pressão aplicada vezes
a área do êmbolo: F= AP. A área do cilindro vezes o deslocamento é
simplesmente o volume alterado sob a força aplicada contra o gás.
De agora em diante usamos a integral da pressão pela variação de volume ao
estudarmos processos termodinâmicos em um gás.

Vf

W =−∫ PdV
Vi

(o trabalho W é menos a integral de Vi a Vf da pressão com relação ao volume)

O sinal acima exige uma interpretação:


1) Se o gás sofre compressão, o seu volume é reduzido, logo, a diferencial
dV é negativa e o trabalho realizado sobre o gás é positivo.
2) Se o gás sofre expansão, o seu volume aumenta, logo, a diferencial dV é
positiva e o trabalho realizado sobre o gás é negativo.

Para calcularmos exatamente o trabalho realizado, precisamos saber qual é a


dependência da pressão com o volume e qual é a trajetória entre os estados
inicial e final.

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Figura 4 – três processos possíveis entre os estados inicial e final

Fonte: pg 170, Principios de Fisica, vol 2, quinta ed.

#PraCegoVer: os estados do gás correspondem aos pontos i e f da figura, com


pressões e volumes diferentes. Entendemos que há uma trajetória no diagrama
PV (pressão contra volume) e o cálculo do trabalho segue o valor de menos a
área sob a curva em todos os casos: a), b) e c).

O trabalho realizado sobre um gás depende da trajetória no diagrama PV, mesmo


que os estados inicial e final sejam os mesmos.

Para continuarmos o estudo de um gás, vamos escrever a equação de estado de


um gás ideal:

PV =N k B T =nRT
(pressão P vezes o volume V é igual a N vezes a constante de Boltzmann, vezes
a temperatura T que é igual ao número de moles n vezes a constante de gases
ideais vezes a temperatura T)

Onde podemos usar a primeira forma: PV =N k B T ou a segunda: PV =nRT , em


termos do número de moles do gás.

{
N :número de partículas
n :número de moles
−23 −1
k B : cte .de Boltzmann=1 , 38 ×10 J K
−1 −1
R: cte . dos gases ideais=8 , 31 J mol K

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Lembrando: um mol é a quantidade que corresponde a:
23
6 , 02 ×10 partículas de qq . tipo
O plural de mol é moles.

A Primeira Lei da Termodinâmica

Agora, visto que possuímos a definição quantitativa da energia interna e a


definição do calor, podemos nos perguntar se em condições muito gerais a troca
de energia entre sistemas pode ocorrer apenas devido à troca de calor.

Esta é a essência da primeira lei da termodinâmica: a variação da energia


interna de uma porção macroscópica de matéria ocorre devido à troca de calor
e/ou trabalho realizado por este sistema (ou sobre este sistema).

∆ U =∆ Q+ ∆ W
Delta U é igual a delta Q mais delta W
Onde: ∆ W é o trabalho realizado sobre o corpo.
Muitos livros escrevem na forma equivalente:
∆ U =∆ Q−∆ W
Delta U é igual a delta Q menos delta W

Considerando: ∆ W é o trabalho realizado pelo corpo, fique atento à convenção


de sinais.
∆ Q é o calor trocado com o meio ambiente.

Não existem outras possibilidades: a energia interna varia pela troca de calor e/ou
pela realização de trabalho.

Também entendemos que é uma expressão de conservação da energia, pois


mais nenhuma forma de energia pode entrar ou sair de um sistema que não seja
sob as formas de calor ou trabalho. Se um sistema for fechado, a variação da sua
energia interna é zero, ou seja a energia interna será conservada. Isto quer dizer
que qualquer calor absorvido ou cedido deve ser compensado pela realização de
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trabalho em igual magnitude (sinal contrário, é claro) pois a energia interna total
foi conservada.

Processo Termodinâmicos
O estado de um gás é a coleção dos valores das suas variáveis macroscópicas, e
processo termodinâmico é uma trajetória que leva um gás de um estado inicial a
um estado final. Há vários tipos de processos a serem explorados agora.

Processo adiabático, neste caso, o calor trocado é zero:

∆ U =+∆ W
delta U é igual a mais delta W
Ou seja, em um processo adiabático, nenhum calor entra ou sai do sistema,
portanto, qualquer mudança na energia interna só pode se originar em trabalho
realizado sobre o sistema (ou por ele). O trabalho realizado sobre um gás em um
processo adiabático é:

W= ( P Vγ −1
f −P V
f
) i i

o trabalho W é igual a Pressão final vezes Volume final menos Pressão inicial
vezes Volume inicial tudo dividido por gamma menos 1
O índice: γ é chamado índice adiabático do gás, e ele é dado pela razão dos
calores específicos a pressão e volume constantes:

γ=
( )
Cp
Cv

gamma é igual a Cp dividido por Cv


Para um gás monoatômico temos:

γ=
( ) Cp 5
=
Cv 3

Gamma é igual a 5/3


Para outros gases este valor é um pouco diferente de 5/3, mas muito próximo.

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Exemplo: quando um gás se expande adiabaticamente, a variação da sua
energia interna é negativa.
Aplicações:
1) engenharia, motores de combustão interna,
2) cosmologia: o universo como um todo é um gás (as galáxias são as suas
partículas), como ele se expande a sua temperatura cai em decorrência desta
expansão.

Processo isobárico: pressão constante. Nestes processos a pressão é mantida


constante. Neste caso, o trabalho realizado sobre o gás é fácil de calcular, basta
multiplicar a pressão pela variação do volume do gás.

Processo isovolumétrico: volume constante. Neste caso, não há trabalho


exercido sobre o gás, qualquer variação na energia interna só pode ocorrer via
troca de calor.

Exemplo: se você jogar uma lata de aerosol em uma fogueira, o volume da lata é
constante. No entanto, calor é transferido da fogueira para a lata, a pressão
interna do gás aumenta e a lata pode eventualmente explodir, como
consequência.

Processo isotérmico: temperatura constante. Neste caso, a temperatura se


mantém a mesma, e a curva no diagrama PV é uma hipérbole, ou seja a pressão
cai com o inverso do aumento do volume:

P∝ ( NTV )
Pressão como função do volume é proporcional ao número de partículas vezes a
temperatura T divido pelo volume V
Em processos isotérmicos, a energia interna não muda, desta forma temos:

∆ U =∆ Q+ ∆ W =0⇒ ∆ Q=−∆ W
A variação delta U da energia interna é igual a delta Q mais delta W que é igual a
zero, o que implica que delta Q é igual a menos delta W

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Em outras palavras, qualquer absorvido pelo sistema corresponde a uma perda
correspondente por trabalho realizado por ele. A linha isotérmica é uma
hipérbole, pois a pressão depende apenas do volume, sendo a temperatura e
número de partículas parâmetros (constantes). Realizando a integral, o trabalho
será:

( )
Vf Vf Vf
nRT 1 V
W =−∫ PdV =−∫ dV =−nRT ∫ dV =−nRTln f
Vi Vi
V V
Vi
Vi

(o trabalho W é menos a integral de P vezes dV de Vi a Vf que é igual a menos a


integral de n vezes R vezes T sobre V no volume que é igual a menos n vezes R
vezes T vezes o logaritmo da razão dos volumes final pelo inicial)

Caso
A conversão de energia em trabalho é apenas uma pequena fração da energia
consumida pela corpo humano. Mesmo em repouso, consumimos cerca de
100Watts, na manutenção de todos os órgãos e tecidos. A fonte de energia,
evidentemente vem dos alimentos. A digestão é o processo que tem como função
quebrar os alimentos em moléculas que reagem com o oxigênio no interior das
células. Estas, são reaçõe de oxidação e geram radicais livres. Nestas reações há
liberação de energia (variação de entalpia) ao se produzirem moléculas de ATP
(adenosina tri-fosfato). Esta é a fonte de energia utilizável pelo organismo. A
reação básica envolve a glicose:

−1
C 6 H 12 O6+ 6 O2 → 6 H 2 O+6 C O2 +686 kcal mol

A reação é clara: consumimos glicose contida nos alimentos, oxigênio da


atmosfera e geramos CO2 (gás carbônico), água e 686kcal por cada mol de
glicose.

3.2.2 Entalpia

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Finalmente, um parâmetro importante em termodinâmica é a entalpia.

A entalpia H é uma grandeza que mede quanta energia pode ser removida sob a
forma de calor, em uma dada reação ou processo. Nas reações químicas
medimos a entalpia em kJ mol−1 (lê-se: quilo-Joule por mol).

H=U + PV
entalpia H é igual a U mais Pressão P vezes Volume V
Temos várias entalpias: entalpia de fusão, vaporização, de ligação, etc. Essas
funções estimam o quanto de energia uma dada reação pode liberar a pressão
constante.
A entalpia classifica os tipos de reação em exotérmica, onde há a liberação de
calor para o ambiente ou endotérmica, quando o calor é absorvido. Na verdade, o
que importa é a variação na entalpia, pois esta variação relaciona-se com a
quantidade de calor liberada ou absorvida:

{∆ΔHH>0< 0⇒⇒exotérmica
endotérmica

Por exemplo, o Sol queima hidrogênio no seu núcleo, formando hélio.


Esta reação é exotérmica e os produtos da reação são: hélio, fóton (luz que dá
origem ao calor) e neutrinos (não dispersam calor pois sua interação com a
matéria é muito débil). O calor tem que ser gerado pois ele mantém a estrutura e
volume do Sol contra o seu colapso.
Na tabela periódica vê-se que os núcleos além do ferro precisam absorver energia
para serem produzidos, logo, as reações que deram origem aos elementos mais
pesados que o ferro, ocorreram por outros mecanismos além da fusão nuclear
nas estrelas. Quando o núcleo de uma grande estrela tem muito ferro, a única
chance do ferro fundir em elementos mais pesados é absorver calor, e isto pode
ocorrer quando o núcleo da estrela implode no final da vida, ou processos mais
exóticos.

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Importante: O Sol, no final da sua vida, não formará um núcleo com ferro pois ele
não tem massa para isso.

Vamos praticar?
Determine a equação de estado de um gás que sofre expansão adiabática
relacionando pressão e volume.

Solução:
Como exemplo, vamos demonstrar aqui como podemos calcular o processo
adiabático em um gás, ou seja, determinar a relação entre P e V se o processo
ocorre adiabaticamente, ou seja, sem troca de calor.
Se um processo é adiabático, a variação de calor é zero, logo, a variação da
energia interna do gás vai para a variação na sua temperatura:
3
∆ U = nR ∆T
2

delta U é igual a 3 meios de n vezes R vezes delta T

Aqui, o calor específico a volume constante é C e é dado pela cte. dos gases:
3
C= R
2
(O calor específico C é igual a 3 meios da constante dos gases ideais)

Usando a primeira lei, temos:

dU =dQ+ dW ⇒ nCdT =0−PdV


(delta U é igual a delta Q mais delta W que é igual a n vezes o calor específico C
vezes delta T que é igual a zero menos pressão P vezes delta V)

Como: PV =nRT vem:

PdV +VdP=nRdT

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(pressão P vezes delta V mais volume V vezes delta P é igual a n vezes R vezes
delta T)

−PdV
Mas: ndT = , logo:
C
−R
PdV +VdP= PdV
C
(pressão P vezes delta V mais volume V vezes delta P é igual a menos R dividido
por C vezes a pressão P vezes delta V)

Portanto, podemos escrever:


dV dP −R dV
+ =
V P C V
(delta V sobre V mais delta P sobre P é igual a menos R sobre C vezes delta V
dividido por V)

Ou:
dP dV
+γ =0
P V

(delta P sobre P mais gamma vezes delta V sobre V é igual a zero)

Integrando, lado a lado, vem:

γ
lnP+ γlnV =cte⇒ P V =cte
(o logaritmo de P mais gamma vezes o logaritmo de V é igual a uma constante
que implica que a pressão P vezes o volume elevado à constante gamma é igual
a uma constante).

Neste segmento nós estudamos as definições rigorosas de energia, energia


interna, calor e trabalho. Aprendemos sobre os processos termodinâmicos em um
gás, o significado da conservação da energia e vimos a principal reação de
queima de energia no corpo humano que é queima da glicose, realizada pelas
células.
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3.3 Entropia

Neste segmento vamos estudar uma quantidade muito fundamental: a entropia. A


entropia é uma quantidade extensiva relacionada ao grau de desordem de um
sistema ou perda de informação, e é tão importante quanto a energia.

3.3.1 Entropia e Calor

Se um sistema passa por um caminho reversível e infinitesimal, gerando uma


quantidade de calor dQ, a entropia gerada neste caminho é igual à quantidade de
calor dividida pela temperatura absoluta T, ou seja:

dS= ( dQT )
(dS é igual a dQ sobre T)

Esta é uma definição macroscópica, pois ela depende das variáveis


macroscópicas do sistema: o calor cedido (ou absorvido) e a temperatura.

Por caminho queremos dizer que o sistema sai de uma configuração inicial (certos
valores de temperatura, pressão, volume, etc) e vai para outra configuração, por
exemplo em um diagrama PV, como vimos previamente.

Você sabia?
Na física moderna a entropia dos sistemas materiais é proporcional ao volume da
matéria, mas de acordo com as melhores teorias da astrofísica os buracos negros
possuem entropia mas que é proporcional à área desses objetos. Esta mudança
de comportamento ainda é tema de muita investigação na física.

A relação acima define a quantidade de entropia perdida ou ganha por um


sistema, em termos do calor. A entropia por sua vez possui também uma
definição microscópica, ou seja, relacionada aos graus internos de liberdade ou

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relacionada aos modos possíveis e diferentes em que você pode configurar um
sistema. Esta definição deve-se a Ludwig Boltzmann e está na sua lápide.

3.3.2 Entropia como medida da desordem

A entropia é uma medida de desordem em um sistema ou de quão próximo da


irreversibilidade pode ser um processo. Se um processo é irreversível, ele gera
uma quantidade não nula de entropia. Vamos estudar este conceito abstrato, um
dos mais abstratos da Física.

A entropia é definida como o logaritmo do número de microestados Ω de um


sistema, vezes a constante de Boltzmann:

S=k B ln ( Ω )

(entropia S é igual à constante de Boltzmann vezes o logartimo na


base do número de estados omega)

Também podemos definí-la usando k B=1, ou seja, a entropia em unidades da cte.


de Boltzmann (sem unidades: 1 apenas).

O número de microestados de um sistema é o número de configurações


diferentes que ele pode assumir e este cálculo depende dos detalhes do
sistema escolhido.

Em teoria de sistemas e informação, pode-se definir a quantidade de informação


de um sistema como o número de combinações diferentes que gera uma
informação. A perda de informação gera entropia, ou seja, aumenta a entropia do
universo.

Calcular os números de microestados dos sistemas físicos; gases, metais, etc,


não é fácil, é assunto da Mecânica Estatística, mas a fórmula acima define a
entropia do ponto de vista microscópico.
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Vamos praticar?
Você tem um sistema que usa os bits 1 e 0 e deseja escrever um número binário
com apenas 3 dígitos, quais são os microestados possíveis do sistema? Qual é a
sua entropia (em unidades da constante de Boltzmann)?

Solução:
O número de microestados é: Ω=23=8, pois podemos ter: 000, 001,
010,011,100,101,110, 111.
Logo, a entropia de um sistema do sistema é: S=ln ( Ω )=ln ( 8 )=2 ln ⁡(2)
Fizemos: k B=1 , que é uma escolha muito usada de sistemas de unidades.

Neste segmento nós tivemos a oportunidade de estudar outra grandeza física


muito importante nos sistemas físicos: a entropia. Nós vimos que a entropia está
relacionada ao calor trocado em uma dada temperatura e que esta grandeza
possui relação com o grau de desordem ou grau de informação dos micro-estados
de um sistema.

3.4 Segunda Lei da Termodinâmica


A segunda lei de termodinâmica é muito importante, tanto quanto é a lei da
conservação da energia: ela é capaz de discernir entre situações reversíveis das
irreversíveis e estabelecer uma seta para o tempo.

3.4.1 O aumento da entropia

Segunda Lei: A entropia S total do Universo aumenta em todos os processos que


ocorrem naturalmente ou:
Δ S> 0

(delta S é maior do que zero)

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O fato do fluxo de calor seguir dos corpos de mais alta temperatura para os
corpos com temperatura mais baixa obedece a esta lei: o fluxo de calor segue
espontaneamente a segunda lei da termodinâmica.
Com espontâneo significa os processos naturais: um freezer vai contra a segunda
lei, mas isto é permitido localmente, pois há trabalho executado no sistema: a
energia elétrica é usada para realizar a expansão de fluidos que refrigeram uma
porção interna da máquina que é o objetivo deste dispostivo. Gases e fluidos
reduzem a sua temperatura quando eles são bruscamente expandidos.

Irreversibilidade

A entropia, na verdade o seu aumento (a segunda lei), separa os comportamentos


espontâneos e irreversíveis daqueles que não o são. Um processo é irreversível
quando ele não pode voltar ao estado inicial. Por exemplo, uma xícara de café cai
no chão e se quebra em diversos pedaços. Você pode filmar esta sequência de
eventos, fazer um filme curto de poucos segundos: a xícara cai e se quebra.
Ninguém terá dúvida da sequência natural e irreversível: a xícara não sobe e volta
a juntar os seus pedaços, de forma natural.

Se você rodar o filme ao contrário, ninguém terá dúvida quanto ao fato de você ter
rodado o filme na sequência invertida: futuro para passado. Por isso, o aumento
da entropia também estabelece uma seta para o tempo: dizemos que o tempo
flui do passado para o futuro obedecendo ao aumento da entropia do Universo!
Esta seta do tempo tem natureza estatística. O ramo da Ciência que estuda as
bases microscópicas da Termodinâmica é a Mecânica Estatística.

Vamos ver outro exemplo: você tem uma caixa vazia (inicialmente sem gás) e um
frasco pequeno de vidro dentro dela, com gás.
Quando você quebra o frasco, as moléculas de gás dele começam a ocupar todo
o volume disponível da caixa, de modo espontâneo.

A probabilidade dele voltar a ocupar apenas o frasco (voltar para ele) não é zero,
mas é um valor tão pequeno, tão irrisório que a probabilidade de tal evento é

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praticamente impossível. Portanto, o preenchimento da caixa pelo gás, torna-se
irreversível. O gás voltar ao frasco não é impossível pelas leis da Física, mas é
um evento de probabilidade extremamente pequena. Outro evento improvável que
denota a irreversibilidade é a morte em si: nascemos, envelhecemos e morremos
e este é um processo espontâneo e irreversível.

Podemos relacionar a irreversibilidade com a entropia do seguinte modo:

dQ
dS ≥
T
(delta S é maior ou igual a delta Q sobre T)

Se o processo obedecer a igualdade, ele é reversível, em caso contrário, é


irreversível: ou seja, se a entropia gerada for maior do que a razão do calor
trocado (dividido pela temperatura), então o processo é irreversível.

Existem profundas ligações entre as leis da Física, a Informação, a seta do tempo


e a probabilidade, por isso a Mecânica Estatística é um dos ramos mais ricos e
envolventes da Ciência e tem aplicações em todas as áreas: computação,
biologia, física do estado sólido, cosmologia, astrofísica, física dos reatores
nucleares, etc.
Outra aplicação importante desse conceito tem a ver com o rendimento das
máquinas térmicas. Um bom exemplo de máquina térmica é o motor de
combustão interna de um automóvel. Ele aproveita a explosão química de um
combustível, na presença de ar e transfere esta explosão para ser transformado
em trabalho.

Mas aí entra o conceito de rendimento: não existe máquina térmica de


rendimento 100% ou seja, não há como transformar inteiramente o calor apenas
em trabalho: parte do calor vai para atrito nas peças internas e não é aproveitado
mecanicamente. Sempre há uma perda. O estudo das perdas e rendimento deve-
se a inúmeros pesquisadores principalmente Sadi Carnot com o estudo do ciclo
que leva o seu nome: ciclo de Carnot.

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O rendimento de uma máquina térmica é definido pela razão entre o calor
removido de um reservatório frio pelo módulo do trabalho realizado para esta
remoção. Então temos:
Q2
η=
W
(eta é igual a Q2 sobre W)
Como a energia interna é conservada neste processo, o trabalho acima é a
diferença do calor entre os reservatórios a temperaturas diferentes ou seja:

W =Q1−Q2
(W é igual a Q1 menos Q2)
Q2
η=
Q1−Q2
(eta é igual a Q2 sobre a diferença Q1 menos Q2)

A melhor máquina, ou seja, de melhor rendimento, é aquela que opera no ciclo de


Carnot, logo podemos expressar em termos das diferenças de temperatura:
T2
η=
T 1−T 2

(eta é igual a T2 sobre a diferença T1 menos T2)

Por exemplo, um refrigerador não opera em ciclo de Carnot, mas é bem próximo
disso, de modo que podemos usar esta expressão para o seu rendimento, como
valor aproximado.

3.4.2 Energia livre de Gibbs

A energia livre de Gibbs mede o quanto de energia disponível pode se


aproveitada em trabalho útil. No uso de máquinas térmicas realizando processos
isotérmicos e isobáricos este parâmetro é mais facilmente indentificável. A energia
livre de Gibbs também pode ser relacionada à entalpia do sistema H. A energia

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livre de Gibbs pode ser usada para estimarmos o potencial de voltagem de uma
célula eletroquímica ou as constantes de equilíbrio de reações químicas que são
reversíveis. Este grandeza foi proposta pelo matemático Josiah Willard Gibbs.
A energia livre de Gibbs, em termos da entalpia H, temperatura T, entropia S,
pressão P e volume V é dada por:

G=H −TS=U + PV −TS


(G é igual à entalpia H menos a temperatura T vezes entropia S que é igual a U
mais pressão P vezes volume menos a temperatura T vezes a entropia S)

A energia livre de Gibbs é muito usada no estudo de reações químicas à pressão


constante. Neste caso, temos que levar em conta os coeficientes
estequiométricos das reações e os potenciais químicos que são coeficientes que
multiplicam as frações molares de cada componente da reação. A mudança na
energia livre de Gibbs nas reações químicas é dada pela equação:

dG=−SdT +VdP+ ∑ μ j d N j
j

(a variação da energia livre delta G é igual a menos a entropia S vezes delta T


mais o volume V vezes delta P mais a soma do potencial químico mu de j vezes a
variação delta N de j)

Onde: d N j é a mudança no número de moles da componente – j da reação e μ j


é o potencial químico. Um exemplo é de reação é aquela já estudada da queima
da glicose:
C 6 H 12 O6+ 6 O2 → 6 H 2 O+6 C O2

(glicose mais 6 de O2 leva a 6 moléculas de água + 6 de CO2)

Vamos praticar?

Qual é a variação da entropia de um gás ideal que se expande de um volume V1


a um volume V2 à temperatura constante?

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Solução:

PdV
Temos: dQ=dW =PdV , logo: dS=
T

Integrando:

( )
V2
PdV V2
Δ S=∫ =N k B ln
V1 T V1

(delta S é igual à integral de P vezes dV sobre T de V1 a V2 que é igual a N vezes


a constante de Boltzmann vezes o logaritmo de V2 sobre V1)

P N
Pois no processo isotérmico: = k
T V B

(P sobre T é igual a N sobre o volume V vezes a constante de Boltzmann)

Neste segmento nós estudamos a segunda lei da termodinâmica e a energia livre


de Gibbs. A segunda lei da termodinâmica afirma que a entropia de sistemas
fechados sempre aumenta para processos irreversíveis e ela está relacionada a
um aumento na desordem do sistema. Esta lei estabelece uma distinção
estatística entre o passado e o futuro.

Conclusão
Muito bem! Chegamos ao final da terceira unidade. Esta unidade foi muito
importante para você estudante ter um contato com as noções de calor, trabalho,
como as reações podem gerar calor, quais reações são espontâneas e quais não
são. Também vimos que as máquinas térmicas não são ideais: algum desperdício
na conversão de calor e trabalho sempre ocorre.

Nesta unidade, você teve a oportunidade de:


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▪ Aprender os conceitos básicos de calor e temperatura.

▪ Entender o que é temperatura e quais são as principais escalas.

▪ Entender as transformações entre as escalas.

▪ Entender que os processos naturais são espontâneos e não violam a

segunda lei da termodinâmica, salvo em contrário apenas em


circusntâncias especiais e limitadas no espaço mas à custa de gasto de
energia: a geladeira só funciona pois gastamos muita energia para ‘violar’
localmente a segunda lei da termodinâmica.

Questões ENADE da Unidade:

Title: A segunda lei da termodinâmica (3.4.1 o aumento da entropia)

1) A segunda lei da termodinâmica é uma das mais importantes leis da física e


possui a mesma relevância que a lei de conservação da energia. Esta lei pode
separar os processos em reversíveis ou irreversíveis, dependendo da relação com
o calor trocado com um reservatório térmico ou o meio ambiente. Considere um
processo com uma troca de calor dQ à temperatura T, quando este processo
pode ser considerado reversível?

“~”Resposta correta: os processos termodinâmicos envolvem a troca de calor e


entropia de modo que a variação da entropia é maior ou igual à troca de calor a
uma temperatura constante. Quando a entropia gerada for exatamente igual a
esta razão, temos um processo reversível: letra a).

“@”Resposta incorreta: Itens b), c), d) e e) violam a definição em si: a reversiblidade


ocorre apenas na igualdade entre dS e dQ sobre T, logo, estão conceitualmente erradas.

dQ
*a) Quando: dS=
T
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dQ
b) Quando: dS >
T
dQ
c) Quando: dS ≥
T
dQ
d) Quando: dS ≤
T
dQ
e) Quando: dS=2
T

Title: Rendimento de máquinas térmicas (3.4.1 o aumento da entropia)

2) Reatores nucleares decompõem o material radioativo gerando imensa


quantidade de calor. Este calor pode ser aproveitado com água pressurizada para
rotacionar turbinas e gerar energia elétrica. Em usina deste tipo, uma turbina é
rotacionada por vapor de água a alta pressão e a temperatura de 450ºC. O vapor
de água é em seguida liquefeito em um condensador à temperatura de 95ºC. Qual
é a eficiência máxima possível desta usina?

“~”Resposta correta: O rendimento máximo é dado pelo ciclo de Carnot:

T 2−T 1 723 K−355 K


η= = =0 , 49
T2 723 K

Deve-se converter cada temperatura na escala Kelvin, ou absoluta. Na prática o


rendimento é menor, pois o ciclo de Carnot é teórico, fornece um limite superior,
logo o item correto é a letra a).

“@”Resposta incorreta: b), erra ao não converter as unidades para K, c) é um


absurdo,não precisa fazer conta para saber que o rendimento das máquinas
nunca é ideal, d) é um absurdo pois a máquina não teria rendimento algum e d) é
outro absurdo pois o rendimento não pode ser nagativo.

a) η=49 % *
b) η=53 %
c) η=100 %

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d) η=0 %
e) η=−10 %

Bibliografia

1) HEWITT, P. G., Física Conceitual, 12ª ed, editora Bookman, Porto Alegre,
2015.
2) HELERBROCK, R., "Sistema Internacional de Unidades"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-
unidades-si.htm. Acesso em 27 de abril de 2021.
3) HALL, S. J.; Biomecânica básica, 7ª ed, editora Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro, 2016.
4) HALLIDAY,D.; RESNICK,R., Fundamentos de Física, 8ª ed, Rio de Janeiro,
LTC,
5) WHITE, F.M., Mecânica dos Fluidos, 7ª ed, editora McGraw-Hill, Porto
Alegre, 2011.
6) DOCA, R.H. et al, Tópicos de Física, editora Saraiva, São Paulo, 2012.
7) C. Ross Ethier and Craig A. Simmons; Introductory biomechanics: from
cells to organisms, Cambridge University Press, 2007.

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