Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br
SUMÁRIO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS E ESCALAS TERMOMÉTRICAS ............................................................................. 2
ESTADO DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA ..................................................................................................... 2
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA .................................................................................................................... 3
EQUAÇÃO TERMOMÉTRICA....................................................................................................................... 3
ESCALAS TERMOMÉTRICAS ....................................................................................................................... 3
ESCALA CELSIUS E FAHRENHEIT................................................................................................................. 4
CONVERSÃO DE CELSIUS PARA FAHRENHEIT ............................................................................................ 5
VARIAÇÃO DE TEMPERATURA ................................................................................................................... 6
O ZERO ABSOLUTO .................................................................................................................................... 6
A ESCALA ABSOLUTA KELVIN ..................................................................................................................... 6
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 7
GABARITO ...................................................................................................................................................... 9
Nota-se que ocorreu uma transferência de energia nos dois casos por conta da diferença
de temperatura entre eles. Além disso, a energia térmica que está em trânsito chamamos de
calor, mas quando essa energia está em movimento,não se propaga para outro corpo e fica
contida, deve-se chamar de energia térmica.
OBS: Pegando dois corpos com temperaturas opostas e colando um na presença do
outro, percebemos que o corpo com maior quantidade de agitação molecular vai transferir
energia para o corpo com menor agitação, dessa maneira as moléculas do corpo frio
aumentam sua velocidade e as moléculas do corpo quente têm sua velocidade diminuída, até
ser alcançada uma situação que chamamos de equilíbrio térmico, ou seja, as temperaturas
passam a ser iguais e não haverá transferência de calor.
ESTADO DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA
Os estados sólidos, líquidos e gasosos são os constituintes do estado de agregação da
matéria
➢ SÓLIDOS: Possuem volume e forma definida. As forças de coesão são muito intensas,
restringindo o movimento das moléculas a uma ligeira vibração em torno de uma
posição média.
➢ LÍQUIDOS: Volume definido e têm forma do recipiente preenchido. As distâncias entre
as moléculas são,em média, maiores que no estado sólido. No entanto, as forças de
coesão ainda são apreciáveis e a liberdade de movimentação das moléculas é limitada,
havendo apenas o deslizamento de umas em relação às outras.
➢ GASOSOS: Não possuem forma e volume definidos, somente quando a forma e o
volume são do recipiente no qual se encontram. As forças de coesão entre as moléculas
têm intensidade muito pequena, possibilitando uma movimentação bem mais intensa
que nos outros estados. Consequentemente, os gases e vapores têm a propriedade de
se difundir por todo o espaço em que se encontram, não apresentando nem forma nem
volume definidos.
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
A medição de temperatura deve ser realizada por um processo indireto o qual consiste
na utilização de um segundo corpo que sofra alterações mensuráveis em suas propriedades
físicas, quando no processo de busca do equilíbrio térmico com o primeiro corpo. Dessa
forma, o segundo corpo que faz a medição da temperatura é denominado de Termômetro.
ESCALAS TERMOMÉTRICAS
É um conjunto de valores numéricos que estão associados a uma determinada
temperatura de um termômetro. No entanto, como é uma escala com valores arbitrários, um
mesmo estado térmico pode ser representado de outra forma em outra escala termométrica
que tenha valores diferentes. Essas expressões numéricas são atribuídas por meio de dois
pontos fixos que servem de referência para ter na escala.
FAHRENHEIT:
Sendo o criador dessa escala, Daniel Gabriel Fahrenheit foi um físico alemão que por
meio das ideias do astrônomo dinamarquês OleRömer baseou seus estudos. Sua escala é
dividida em 180 partes com valores de 32 ( ponto de gelo ) a 212 ( ponto de vapor ) e sua
unidade é grau Fahrenheit( °F)
SIMPLIFICANDO :
ISOLANDO θC e θF :
VARIAÇÃO DE TEMPERATURA
Adotando um sistema que varie seu valor inicial de temperatura até um valor final em
certo intervalo de tempo. Temos que a variação de temperatura será dada pela temperatura
final menos a inicial:
O ZERO ABSOLUTO
Zero absoluto é o limite inferior de temperatura de um sistema. É a temperatura
correspondente ao menor estado de agitação das partículas, isto é, um estado de agitação
praticamente nulo, mas possui uma quantidade mínima de energia cinética, que é denominada
de energia do ponto zero.
A ESCALA ABSOLUTA KELVIN
William Thomson, mais conhecido como Lorde Kelvin, foi um físico britânico que
elaborou experimentalmente a variação da pressão de um gás a volume constante. Através de
uma extrapolação, ele concluiu que a menor temperatura que um gás poderia atingir coincidia
com a anulação da pressão.
A origem da escala Kelvin é o zero absoluto e a unidade adotada é o Kelvin (símbolo K),
cuja extensão é igual à do grau Celsius (°C). Assim, uma variação de temperatura de 1 °C
corresponde a uma variação de temperatura de 1 K. Comparando as indicações da escala
Celsius e da escala absoluta Kelvin, para um mesmo estado térmico, notamos que a
temperatura absoluta é sempre 273 unidades mais alta que a correspondente temperatura
Celsius.
OBS:
➢ Não se utiliza grau Kelvin, somente Kelvin.
EXERCÍCIOS
1. (Eear 2019) Roberto, empolgado com as aulas de Física, decide construir um
termômetro que trabalhe com uma escala escolhida por ele, a qual chamou de escala R.
Para tanto, definiu -20ºR, como ponto de fusão do gelo e 80º R como temperatura de
ebulição da água, sendo estes os pontos fixos desta escala. Sendo a temperatura na
escala criada por Roberto e a temperatura na escala Celsius, e considerando que o
experimento seja realizado ao nível do mar, a expressão que relaciona corretamente as
duas escalas será:
a) C = R – 20
b) C = R + 20
𝑅+20
c) C =
2
𝑅 − 20
d) C =
2
GABARITO
1. B
2. C
3. C
SUMÁRIO
PROPAGAÇÃO DO CALOR .................................................................................................................................. 2
CALOR ............................................................................................................................................................ 2
UNIDADE DE MEDIDA DO CALOR .................................................................................................................. 3
PROCESSOS DE PROPAGAÇÃO DO CALOR ..................................................................................................... 3
CONDUÇÃO................................................................................................................................................ 3
CÁLCULO DO FLUXO DE CALOR (Φ) - LEI DE FOURIER ................................................................................... 3
CONVECÇÃO .............................................................................................................................................. 4
BRISA MARÍTIMA ........................................................................................................................................... 4
AR-CONDICIONADOR E AQUECEDOR ............................................................................................................ 5
RADIAÇÃO .................................................................................................................................................. 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 7
PROPAGAÇÃO DO CALOR
CALOR
Considerando os corpos A e B com temperaturas opostas, sendo A > B. Colocando-os na
presença de um com outro, percebe-se que a energia térmica é transferida do corpo com
maior temperatura para o com menor, essa energia térmica em trânsito é denominada de
calor. A passagem de calor só cessa quando os dois corpos chegam a um equilíbrio térmico,
ou seja, as temperaturas se igualam.
Pegando como exemplo um copo de água com gelo, vamos perceber que a água vai ceder
calor para o gelo, pois ela tem uma temperatura maior e, com essa transição de calor, o gelo
vai ganhando agitação nas suas moléculas, que causa o aumento da temperatura até chegar
em um equilíbrio térmico com a água.
BRISA MARÍTIMA
No litoral, durante o dia, a brisa sopra do mar para a praia e, à noite, da praia para o mar.
A explicação para isso é que a areia tem calor específico muito pequeno em relação ao da
água, por isso se aquece e se resfria rapidamente.
➢ Durante o dia, o ar quente próximo à areia sobe, provocando o deslocamento do ar
frio que se encontra sobre a água.
➢ À noite, a água demora mais para esfriar, invertendo o sentido das correntes de ar.
AR-CONDICIONADOR E AQUECEDOR
O ar-condicionado deve sempre ficar na parte superior da parede, enquanto o aquecedor
deve ficar no nível do chão, isso por conta da densidade do ar e, também, para que ocorra
circulação do ar, veja a imagens que ilustram a situação:
RADIAÇÃO
É o processo que consiste na propagação de energia na forma de ondas
eletromagnéticas. Ao serem absorvidas, essas ondas se transformam em energia térmica. Por
exemplo, os raios solares que o Sol transmitir para uma pessoa que está pegando um bronze
na praia, eles serão convertidos em energia térmica, mas não é total e, sim, uma parte que
sofre essa mudança.
OBS:
➢ Não é um processo de troca de calor e, sim, de transferência.
➢ Só os raios correspondentes à faixa do infravermelho são chamados de ondas de
calor.
➢ Ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo.
Observe a imagem a seguir e analise-a junto com o que foi relatado
EXERCÍCIOS
1. (G1 - col. naval 2016) Com relação à termologia, coloque V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Temperatura – grandeza física que representa a medida do estado de agitação
médio das moléculas de um corpo.
( ) Calor – energia térmica que passa, de forma espontânea, do corpo de menor
temperatura para o de maior temperatura.
( ) Fusão – mudança de estado físico sofrida por um líquido ao doar uma certa
quantidade de calor.
( ) Evaporação – passagem do estado líquido para o estado gasoso que ocorre de forma
lenta.
( ) Equilíbrio térmico – condição física na qual as trocas de calor entre dois ou mais
corpos deixam de existir.
( ) Convecção – processo de transmissão de calor que ocorre devido à movimentação
de massas, em especial, nos líquidos e nos gases.
( ) Caloria – quantidade de calor necessária para que de qualquer substância tenha sua
temperatura alterada em
Assinale a opção correta.
a) V–V–V–F–F–V–F
b) F – F -V – V - -F – F – V
c) F–F–F–V–F–V–V
d) V–F–F–V–V–V–F
e) V–V–F–F–V–F-F
2. A figura composta por dois materiais sólidos diferentes A e B apresenta um processo de
condução de calor, cujas temperaturas não variam com o tempo. É correto afirmar que a
temperatura T2 da interface desses materiais, em kelvins, é:
Observações:
- T1: Temperatura da interface do material A com o meio externo
- T3: Temperatura da interface do material B com o meio externo
- KA: Coeficiente de condutividade térmica do material A
- KB: Coeficiente de condutividade térmica do material B
a) 400
b) 500
c) 600
d) 700
e) 800
GABARITO
1. D
2.
SUMÁRIO
DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS .................................................................................................................. 2
DILATAÇÃO LINEAR ........................................................................................................................................ 2
GRÁFICO DA DILATAÇÃO LINEAR............................................................................................................... 3
DILATAÇÃO SUPERFICIAL ............................................................................................................................... 3
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA ........................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
DILATAÇÃO LINEAR
Considere a seguinte situação: se aumentamos de 10°C a temperatura de uma barra com
100 cm de comprimento, essa barra terá um aumento de 0,012 cm.
Nota-se também que a tangente vai ser a razão entre ∆L e ∆θ que são iguais ao produto entre
o coeficiente de dilatação e o comprimento inicial.
DILATAÇÃO SUPERFICIAL
A diferença para a dilatação linear é que a superficial vai trabalhar com duas dimensões,
ou seja, a área. Logo, a fórmula utilizada vai ter apenas a mudança do comprimento pela área
A e o coeficiente de dilatação que vai ser duas vezes maior que o linear :
Representação da fórmula :
➢ ∆A = A – A0
➢ A dilatação superficial é diretamente proporcional à área inicial e à variação de
temperatura
OBS: Caso um corpo possua cavidades ou furos, ele vai se dilatar como se estivesse
preenchido com o mesmo material do corpo.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Diferentemente dos outros dois tipos de dilatação, a volumétrica vai acontece nas três
dimensões, alterando o volume do corpo.
➢ ∆V = V – V0
➢ A variação do volume ∆V é diretamente proporcional à variação de temperatura
∆θ e o volume inicial V0.
➢ O coeficiente de dilatação volumétrico vai ser três vezes maior que o linear:
Representação da fórmula :
EXERCÍCIOS
1. (Efomm 2020) Uma haste metálica, a 0 C, mede 1,0 m, conforme indicação de uma
régua de vidro na mesma temperatura. Quando a haste e a régua são aquecidas a
300 C, o comprimento da haste medido pela régua passa a ser de 1,006 m. Com base
nessas informações, o coeficiente de dilatação linear do material que constitui a haste é
−6 −1
Dado: coeficiente de dilatação linear do vidro: 9,0 10 C
−5 −1
a) 2,0 10 C
−5 −1
b) 2,9 10 C
−5 −1
c) 3,6 10 C
−5 −1
d) 4,5 10 C
−5 −1
e) 6,0 10 C
2. (Epcar (Afa) 2013) No gráfico a seguir, está representado o comprimento L de duas
barras A e B em função da temperatura θ.
GABARITO
1. B
2. D
SUMÁRIO
DILATAÇÃO TÉRMICA DOS LÍQUIDOS ................................................................................................................ 2
RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES ........................................................................................................... 2
DENSIDADE ABSOLUTA E TEMPERATURA ................................................................................................. 3
DILATAÇÃO ANÔMALA DA ÁGUA .............................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
EXEMPLO
No recipiente A, nota-se que ele tem um tubo extravasor (ladrão) e está com líquido.
Agora, quando se aquece o recipiente B, percebe-se que o líquido se dilatou e acabou
transbordando, ou seja , o líquido transbordado será a dilatação aparente. Entretanto, o
frasco também irá dilatar, o que, no caso, é a dilatação volumétrica do frasco.
ATENÇÃO!
A fórmula da dilatação volumétrica pode ser utilizada para determinar a dilatação
aparente do líquido e do frasco.
Logo:
Esse fenômeno acontece por causa da disposição molecular da água, na qual se tem a
quebra das ligações de hidrogênio de 0°C a 4°C, o que ocasiona na aproximação das
moléculas. Sobre isso, podemos explicar o motivo de um lago congelar só a superfície. Nessa
situação, a densidade aumenta e a água acaba descendo, a água da parte inferior do lago é
mais quente, logo, por ser menos densa, tende a subir, gerando o ciclo de convecção. Quando o
ciclo de convecção deixa de existir, ou seja, quando a água fria da superfície não puder mais
descer, ela começará a congelar na superfície, ficando o restante do lago líquido.
EXERCÍCIOS
1. (Eear 2016) Um cidadão parou às 22h em um posto de combustível para encher o
tanque de seu caminhão com óleo diesel. Nesse horário, as condições climáticas eram
tais que um termômetro, bem calibrado fixado em uma das paredes do posto, marcava
uma temperatura de 10 C. Assim que acabou de encher o tanque de seu veículo,
percebeu o marcador de combustível no nível máximo. Descansou no mesmo posto até
às 10h do dia seguinte quando o termômetro do posto registrava a temperatura de
30 C. Observou, no momento da saída, que o marcador de combustível já não estava
marcando nível máximo.
Qual afirmação justifica melhor, do ponto de vista da física, o que aconteceu?
Desconsidere a possibilidade de vazamento do combustível.
a) O calor faz com que o diesel sofra contração.
b) O aumento da temperatura afeta apenas o tanque de combustível.
c) O tanque de combustível tem coeficiente de dilatação maior que o próprio combustível.
d) O tanque metálico de combustível é um isolante térmico, não permitindo o
aquecimento e dilatação do diesel.
2. (Epcar (Afa) 2017) Em um laboratório de física, é proposta uma experiência onde os
alunos deverão construir um termômetro, o qual deverá ser constituído de um bulbo,
um tubo muito fino e uniforme, ambos de vidro, além de álcool colorido, conforme a
figura abaixo.
O bulbo tem capacidade de 2,0 cm3 , o tubo tem área de secção transversal de
1,0 10−2 cm2 e comprimento de 25 cm.
a) 5,50
b) 11,0
c) 16,5
d) 22,0
GABARITO
1. C
2. B
SUMÁRIO
CALORIMETRIA - CALOR SENSÍVEL E LATENTE .................................................................................................. 2
CALOR SENSÍVEL ............................................................................................................................................ 2
CAPACIDADE TÉRMICA ( C ) ....................................................................................................................... 2
CALOR LATENTE ............................................................................................................................................. 3
SISTEMA FÍSICO TEORICAMENTE ISOLADO ............................................................................................... 3
CALORÍMETRO ........................................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
CAPACIDADE TÉRMICA ( C )
A capacidade térmica tem como função indicar a quantidade de calor que certo corpo
necessita receber ou perder para variar em um 1° a sua temperatura.
Logo:
CALOR LATENTE
Diferente do Calor Sensível, o Calor Latente possui a sua temperatura constante, ou seja,
não muda, mas produz mudanças no estado físico, por exemplo, a passagem do estado sólido
para o líquido em um cubo de gelo. Observe a imagem a seguir e perceba que a barra de ferro
proporciona calor para o gelo. Esse calor é latente, pois não muda temperatura, e sim o estado
físico.
ATENÇÃO!!!
Nem o calor específico sensível e a capacidade térmica são constantes com a
temperatura. O calor específico sensível tem o papel de informar a quantidade de calor
necessária para que cada parte de um corpo obtenha uma variação de uma unidade.
Para calcular a Quantidade de Calor Latente, utiliza-se a seguinte fórmula:
➢ Geralmente, não são dados o calor específico do material de que é feito nem sua
massa, mas é fornecido seu equivalente em água.
➢ Um calorímetro é considerado ideal quando não ocorre troca de calor tanto com
o meio exterior como no meio interior com seus integrantes; ele só existe na teoria,
mas também é frequentemente abordado em questões. Nesses casos, os
enunciados referem-se a ele dizendo que tem capacidade térmica desprezível ou
equivalente em água desprezível.
EXERCÍCIOS
1. (Efomm 2020) Em um recipiente termicamente isolado, 100 g de gelo, a −20 C, e 300 g
de água, a 65 C, são misturados. Após se alcançar o equilíbrio térmico, a temperatura
da mistura é de aproximadamente:
Dados: calor específico da água: 1,0 cal g K; calor específico do gelo: 0,53 cal g K; calor de
fusão da água: 79,5 cal g .
a) 0 C
b) 13 C
c) 20 C
d) 26 C
e) 32 C
2. (Efomm 2019) Dona Marize, numa noite fria de inverno, resolveu fazer café. Entretanto,
percebeu que não havia água para fazer o café. Dona Marize teve uma ideia: pegou
cubos de gelo do congelador de massa total 1,5 kg a −8 C e, com o calor fornecido por
um ebulidor, transformou-os em água a 90 C, num intervalo de tempo de 700 s. O
ebulidor foi ligado a uma fonte de tensão contínua de 150 V. Determine o valor da
resistência elétrica do ebulidor em ohms, supondo que 60% da potência elétrica
dissipada no resistor seja aproveitada para a realização do café.
a) 2,26
b) 4,45
c) 6,63
d) 8,62
e) 10,40
GABARITO
1. D
2. D
SUMÁRIO
CURVAS DE AQUECIMENTO, RESFRIAMENTO E TROCA DE CALOR ................................................................... 2
ESTADOS DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA ....................................................................................................... 2
MUDANÇAS DE ESTADO ................................................................................................................................ 2
CURVA DE AQUECIMENTO ............................................................................................................................ 3
CURVA DE RESFRIAMENTO ............................................................................................................................ 4
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
➢ SÓLIDO: caracteriza-se por alta força de coesão das moléculas. Ou seja, o grau de
agitação é quase nulo, o que proporciona volume definido.
➢ LÍQUIDO: a força de coesão nesse estado é menos intensa, por isso o grau de agitação
já é maior. Consequentemente, a forma é de acordo com o recipiente, mas seu volume é
definido.
➢ GASOSO: nesse estado as forças de coesão existem, porém, são uma pequena força,
quase inexistente, logo, tanto o volume quanto a forma são indefinidos. Ressalta-se que
o estado gasoso se distribui em todo espaço disponível.
MUDANÇAS DE ESTADO
Seguindo nesse raciocínio, vamos adotar para essa explicação a água como exemplo. Vejamos:
se a água recebe ou cede calor ela sofrerá mudança no seu estado físico; caso esteja no estado
líquido ela pode passar a ser sólida ou gasosa. Nessas transições de estados ocorrem as
seguintes mudanças:
CURVA DE AQUECIMENTO
Consideramos um recipiente cilíndrico provido de um êmbolo, sem restrição de movimento, e
um termômetro. Temos nele uma massa de gelo inicialmente a - 20 °C, sobre pressão
atmosférica. Com uma fonte de energia térmica para proporcionar calor para esse recipiente
obtemos o gráfico abaixo, no qual as ordenas são as medidas da temperatura em graus Celsius
( °C ) e as Abcissas são as medidas da quantidade de calor recebido, expressa em calorias ( cal
).
Nota-se que as curvas aquecimento são divididas em cinco (A, B, C, D e E) partes, que
correspondem a segmentos de reta.
• A: aquecimento do gelo;
• A temperatura aumenta à medida que o sistema recebe calor da fonte. Esse calor é
denominado sensível;
• Quando o sistema recebe calor durante a mudança de estado e não acontece alteração
na temperatura isso é denominado calor latente.
CURVA DE RESFRIAMENTO
Adotando agora o sistema inverso da curva de aquecimento, teremos um processo de perda
de calor constituinte de vapor d’água inicialmente a 110° C sobre pressão atmosférica.
Observe o gráfico abaixo:
• D: solidificação da água a 0° C;
EXERCÍCIOS
01. (Efomm 2020) Em um recipiente termicamente isolado, 100g de gelo, a -20ºC e 300g de
água a 65ºC são misturados. Após alcançar equilíbrio térmico, a temperatura da mistura é de
aproximadamente:
Dados: calor específico da água: 1 cal/g.K; calor específico do gelo: 0,53 cal/g.K; calor de fusão
da água: 79,5 cal/g.
a) 0 °C
b) 13 °C
c) 20 °C
d) 26 °C
e) 32 °C
GABARITO
1. D
2. -80 °C e 40 °C
SUMÁRIO
DIAGRAMA DE FASES......................................................................................................................................... 2
EQUILÍBRIO DE FUSÃO E SOLIDIFICAÇÃO ...................................................................................................... 3
DILATAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS NO PROCESSO DE FUSÃO .......................................................................... 4
CONTRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS NO PROCESSO DE FUSÃO ........................................................................ 4
EXPERIMENTO DE TYNDALL (REGELO) ...................................................................................................... 5
EQUILÍBRIO EBULIÇÃO E CONDENSAÇÃO...................................................................................................... 5
PRESSÃO MÁXIMA DE VAPOR ....................................................................................................................... 7
UMIDADE DO AR – EVAPORAÇÃO ................................................................................................................. 9
EQUILÍBRIO DE SUBLIMAÇÃO ...................................................................................................................... 10
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 11
GABARITO .................................................................................................................................................... 12
DIAGRAMA DE FASES
Quando ocorre uma mudança na temperatura por conta da pressão exercida em uma substância seu
estado sofrerá alteração. Em algumas substâncias, quanto mais alto for a pressão exercida sobre ela
mais alta será a temperatura de mudança de estado, seja de fusão, valorização ou sublimação. Analise o
gráfico a seguir, correspondendo aos três estados de agregação da água.
5) PONTO TRIPLO (T): quando uma substância possui pressão e temperatura sob as
quais ela pode coexistir em equilíbrio nos três estados físicos, simultaneamente.
OBSERVAÇÃO
No caso da água o ponto triplo ocorrerá quando a temperatura for de 0,0098 °C e a pressão obter o
valor de 4,58 mmHg. Nessa situação, teremos o gelo, a água e o vapor d'água juntos, sem que haja
alteração nas proporções relativas de qualquer um deles.
• Quando um sólido cristalino recebe calor sob pressão constante ele se funde a uma
temperatura de fusão F constante, que permanece assim durante o processo, como mostra o
gráfico abaixo. Além disso, como cada unidade de massa da substância absorve calor, o corpo
vai entrando no estado de fusão, constituindo calor latente de fusão.
• Do mesmo modo, se um líquido perde calor para uma pressão constante, ocorrerá o processo
de solidificação na mesma temperatura na qual o sólido se funde, F. Durante a solidificação a
temperatura permanece constante. Cada unidade de massa perde calor, denominando-se calor
latente de solidificação, cujo valor é igual, em módulo, ao calor de fusão.
OBSERVAÇÃO
Sob pressão normal (atmosférica) o gelo se funde a 0°C. Entretanto, sob pressões elevadas sua
temperatura de fusão é reduzida, como mostra a tabela do próximo tópico.
P = 1 atm F = 0°C
• É denominado calor latente de vaporização o calor que o líquido absorve por unidade de
massa enquanto ferve.
• Com o processo contrário teremos uma substância que perde calor e se transforma no estado
líquido (condensação ou liquefação) na mesma temperatura, C, em que o líquido ferveu.
• É denominado calor latente de condensação o calor perdido por unidade de massa que é
igual em módulo ao calor latente de vaporização.
pressão que é exercida sobre ele. Além disso, para qualquer substância que tenha pressão externa
aumentada seu líquido ferverá e terá sua temperatura elevada. A explicação para esse fenômeno é o
fato de a ebulição ter volume aumentado. Logo, uma vez que a pressão comprime as moléculas,
resultando numa dificuldade de separação, a vaporização acontecerá apenas com temperatura
elevada. Assim, o grau de agitação das moléculas será maior.
ATENÇÃO!!!
• Outro exemplo desse assunto é a panela de pressão: esse objeto faz com que a água dentro dele
esteja a uma pressão maior que a atmosférica, consequentemente, ferve com temperatura
maior do que 100°C. Logo, os alimentos são preparados em menor tempo.
• A partir do estado c até o F o vapor começa a condensar. Nesse processo a pressão não mais se
modifica, mantendo-se no F, deixando de valer a Lei de Loyle.
• No estado e só existe líquido no sistema. Caso o volume diminua será necessária uma grande
variação de temperatura para pequenas variações volumétricas.
• A pressão que F exerce constitui a pressão máxima de vapor que corresponde ao equilíbrio
líquido/vapor. No diagrama de fases isso é representado por um ponto na curva de
vaporização.
• Vapor Saturante: aquele que se encontra em presença do líquido, exercendo pressão máxima
F.
• Vapor Seco: o que exerce uma pressão menor que a máxima e não está na presença do líquido.
Realizando outra experiência em temperaturas mais elevadas, concluímos que quanto mais elevada for
a temperatura maior a pressão máxima em que ocorre a condensação.
• Ponto Crítico: situação-limite entre vapor e gás. Definido por uma temperatura denominada
temperatura crítica que, em conjunto com um valor de pressão (pressão crítica), denomina-se
ponto crítico.
Caso a compressão isotérmica aconteça acima da temperatura crítica, verifica-se que não ocorre
condensação. A substância sempre estará na sua fase gasosa. Quando passa da temperatura crítica a
substância deixa de ser vapor e passa a ser gás, sendo que ele não se condensa por compressão
isotérmica.
UMIDADE DO AR – EVAPORAÇÃO
A umidade do ar ou atmosférica é a quantidade de água existente nele na forma de vapor. É definida
como a razão entre a quantidade de vapor de água presente numa porção da atmosfera e a quantidade
máxima de vapor de água que a atmosfera pode suportar a uma determinada temperatura. Observe a
fórmula:
O químico inglês John Dalton elaborou uma fórmula para essa relação:
EQUILÍBRIO DE SUBLIMAÇÃO
Supondo que um sólido receba calor sob uma pressão constante, inferior à pressão do ponto triplo,
acontecerá o processo de sublimação em temperatura S, que será constante nesse desenvolvimento.
Com desempenho contrário o vapor da substância perderá calor. Assim, transformar-se-á em sólido na
mesma temperatura do procedimento anterior.
EXERCÍCIOS
01. O gráfico a seguir indica esquematicamente o diagrama da pressão (p) exercida sobre uma
substância em função de sua temperatura (θ):
02. Pode-se atravessar uma barra de gelo com um fio metálico em cujas extremidades estão
fixos corpos de pesos adequados, sem dividir a barra em duas partes. Qual é a
explicação para tal fenômeno?
a) A pressão exercida pelo fio metálico sobre o gelo abaixa seu ponto de fusão.
b) O gelo, já cortado pelo fio metálico devido à baixa temperatura, solda-se novamente.
c) A pressão exercida pelo fio sobre o gelo aumenta seu ponto de fusão, mantendo a
barra sempre sólida.
d) O fio metálico, estando naturalmente mais aquecido, funde o gelo; esse calor, uma
vez perdido para a atmosfera, deixa a barra novamente sólida.
e) Há uma ligeira flexão da barra; as duas partes, já cortadas pelo arame, são
comprimidas uma contra a outra, soldando-se.
GABARITO
1. REGIÃO I – Sólido;
REGIÃO II – Líquido;
REGIÃO III – Vapor;
REGIÃO IV – Gás.
2. Item A.
SUMÁRIO
GASES PERFEITOS OU IDEAIS ............................................................................................................................. 2
TRANSFORMAÇÃO ISOCÓRICA OU VOLUMÉTRICA ....................................................................................... 2
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA ...................................................................................................................... 3
TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA ................................................................................................................... 4
CONCEITO DE MOL – NÚMERO DE AVOGADRO............................................................................................ 5
EQUAÇÃO DE CLAPEYRON ............................................................................................................................. 6
LEI GERAL DOS GASES ................................................................................................................................ 6
TEORIA CINÉTICA DOS GASES ........................................................................................................................ 6
EQUAÇÃO DA PRESSÃO EXERCIDA POR UM GÁS ...................................................................................... 7
ENERGIA CINÉTICA DE UM GÁS IDEAL ....................................................................................................... 7
VELOCIDADE QUADRÁTICA MÉDIA DAS MOLÉCULAS ............................................................................... 7
ENERGIA CINÉTICA MÉDIA POR MOLÉCULA .............................................................................................. 8
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 8
GABARITO .................................................................................................................................................... 10
K = 273 + C
➢ Na escala Celsius - 273,15 é equivalente a 0 K na escala Kelvin, ou seja, o zero
absoluto.
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
Nessa transformação a pressão é mantida constante, mas volume e temperatura são
variáveis e diretamente proporcionais. Se utilizarmos como experimento uma massa de gás
ideal, na qual a pressão exercida é constante, com temperatura elevada de T1 para T2, haverá
aumento do volume V1 para V2.
Representação:
Como a pressão não muda, sua relação com a temperatura e volume é representada no
seguinte gráfico:
TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
Nesse procedimento de modificação a temperatura é constante, menos a pressão e o
volume que sofrem variação. Com massa de gás ideal sobre temperatura T constante,
percebe-se que o volumeV1, se for reduzido para V2, sua pressãoP1 aumenta para P2.
➢ Representação:
➢ n = número de mols
➢ m = massa da substância
➢ M = massa molar
EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
Essa fórmula é conhecida como equação de Clapeyron, sendo válida para os gases ideais
ou perfeitos.
➢ R = constante universal dos gases prefeitos (depende das unidades das variáveis).
Assume os seguintes valores:
➢ n = número de mols; como visto antes, o número de mols é dado pela razão entre
a massa da substância e a massa molar. Substituindo na fórmula obtemos:
EXERCÍCIOS
1. ((Espcex (Aman) 2011) O gráfico da pressão (P) em função do volume (V) no desenho
abaixo representa as transformações sofridas por um gás ideal. Do ponto A até o ponto
B, o gás sofre uma transformação isotérmica; do ponto B até o ponto C, sofre uma
transformação isobárica; e do ponto C até o ponto A, sofre uma transformação
isovolumétrica. Considerando TA, TB e TC como as temperaturas absolutas do gás nos
pontos A, B e C, respectivamente, pode-se afirmar que:
a) TA = TB e TB < TC
b) TA = TB e TB > TC
c) T A = TC e T B > T A
d) T A = TC e T B < T A
e) T A = TB = TC
2. ((Epcar (Afa) 2015) Uma amostra de n mols de gás ideal sofre as transformações AB
(isovolumétrica), BC (isobárica) e CD (isotérmica) conforme representação no
diagrama pressão (p) x volume (V), mostrado a seguir.
Sabendo-se que a temperatura
do gás no estado A é 27º C, pode-
se afirmar que a temperatura
dele, em ºC, no estado D é:
a) 108
b) 327
c) 628
d) 927
GABARITO
1. A
2. D
SUMÁRIO
FORÇAS DA DINÂMICA ...................................................................................................................................... 2
TRABALHO NUMA TRANSFORMAÇÃO ...................................................................................................... 2
ENERGIA INTERNA E A LEI DE JOULE DOS GASES IDEIAS ........................................................................... 4
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA.......................................................................................................... 5
PRINCIPAIS PROCESSOS TERMODINÂMICOS................................................................................................. 6
TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA ............................................................................................................... 6
TRANSFORMAÇÃO ISOCÓRICA OU ISOVOLUMÉTRICA.............................................................................. 6
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA .................................................................................................................. 7
TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA ................................................................................................................ 8
TRANSFORMAÇÃO ACÍCLICA ..................................................................................................................... 9
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 11
GABARITO .................................................................................................................................................... 12
FORÇAS DA DINÂMICA
A termodinâmica consiste no estudo entre as relações de calor e trabalho nos processos físicos que
envolvam um corpo e o meio externo. Por exemplo, quando um cilindro promovido de um êmbolo é
aquecido o gás contido no recipiente realizará uma força F sobre o êmbolo, deslocando-o. Logo, o calor
Q que o recipiente recebe é do meio exterior e a força que foi aplicada realiza trabalho sobre o meio
exterior.
Portanto, o trabalho é a força que o gás exerce sobre o êmbolo e que ocasiona descolamento. Ele é
dado por:
• O trabalho é uma grandeza algébrica e assume o sinal da variação de volume, uma vez que a
pressão p é sempre positiva.
Por meio da Teoria Cinética dos Gases podemos concluir que a energia interna de um gás ideal
monoatômico se deve à soma individual das energias cinéticas individuais de cada molécula, pois não
há energia potencial molecular, já que as interações são consideradas desprezíveis. Além disso, como
os choques são elásticos e de duração desprezível ocorre deformação nas moléculas.
• Caso seja um gás monoatômico, é possível fazer demonstrar a variação da energia cinética
total de translação das moléculas, quando a temperatura absoluta varia. Ela é responsável
pela variação da energia interna, dada por:
❖ Percebe-se que no primeiro caminho a área é maior, seguindo pelo segundo caminho e pelo
terceiro. Dessa maneira, diferente da variação de energia interna, o trabalho realizado não é o
mesmo nos três caminhos, ou seja, ele depende do caminho. Logo, tem-se que:
Assim, a variação da energia interna é dada pela diferença entre calor exterior recebido e trabalho
realizado no processo. Por exemplo, um gás recebe de uma fonte térmica externa uma quantidade de
calor igual a 1000 cal, além de produzir aquecimento e expansão. O trabalho realizado é equivalente a
600 cal. Isso é aplicado na fórmula:
Portanto, o calor trocado pelo gás com o meio exterior é igual ao trabalho realizado no mesmo
processo. Por exemplo, se ocorre uma absorção de 100 Joule de calor, o trabalho realizado será
de 100 Joule. No diagrama do trabalho a área destacada é numericamente igual ao trabalho
realizado:
OBSERVAÇÃO
Quando acontece uma mudança de temperatura por meio da troca de calor se pensa em calor
sensível. Adotando m como massa do gás temos a seguinte expressão:
• Porém, o termo M . cv é dado como calor específico molar do gás (Cv) a um volume
constante.
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
Neste procedimento a pressão permanece constante. O trabalho em um transformação isobárica é
dado por :
• Este processo acarreta mudança na energia interna do gás e envolve a troca de energia com a
“vizinhança”.
• Porém, o termo M . cv é dado como calor específico molar do gás (Cv) a um volume
constante.
TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA
Essa transformação tem como característica a não troca de calor entre o gás e o meio exterior. Para
que essa transformação aconteça deve-se isolar termicamente o gás do meio que o cerca, ou, então,
fazer com que o processo de expansão ou contração aconteça muito rápido, de modo que não haja
tempo para que o calor seja trocado pelo gás. Logo, para a transformação adiabática podemos afirmar
que:
❖ Expansão Adiabática: o gás realiza um trabalho por conta de diminuição da energia interna,
assim, a temperatura apresentará diminuição.
❖ Compressão Adiabática: o trabalho é realizado sobre o gás. Portanto, o gás está recebendo
energia do exterior. Nessa compressão o volume diminui e a temperatura aumenta pois a
energia interna aumenta e a pressão também aumenta.
TRANSFORMAÇÃO ACÍCLICA
Na transformação acíclica os estados termodinâmicos inicial e final coincidem em um ciclo. Assim,
podemos dizer que o gás deste ciclo passa por uma sequência de processos nos quais, aos seu final, irá
readquirir a pressão, o volume e a temperatura que possuía no início. Logo, pode-se afirmar que a
variação de energia interna é nula.
❖ Considerando todo o ciclo ABCDA, o trabalho total realizado é dado pela soma algébrica
dos trabalhos nas diferentes etapas do ciclo:
• Se o ciclo for no sentido horário ele será positivo. Aqui ocorre a conversão de calor em
trabalho.
• Se o ciclo for no sentido anti-horário ele será negativo. Aqui ocorre a conversão de trabalho
em calor.
❖ O calor trocado em todo o ciclo é dado também pela soma algébrica dos calores trocados
em cada uma das etapas do ciclo:
EXERCÍCIOS
a) 900 J
b) 600 J
c) 400 J
d) 500 J
e) 300 J
02. (Espcex/Aman/2012) Um gás ideal sofre compressão isobárica sob a pressão de 4 . 10³
N/m² e o seu volume diminui 0,2 m³. Durante o processo, o gás perde 1,8 . 10³ J de calor. A
variação da energia interna do gás foi de:
a) 1,8 . 10³ J
b) 1,0 . 10³ J
c) -8 . 10³ J
d) -1 . 10³ J
e) – 1,8 . 10³ J
GABARITO
1. A
2. D
SUMÁRIO
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA ................................................................................................................. 2
CONVERSÃO DE CALOR EM TRABALHO: MÁQUINA TÉRMICA .................................................................. 2
CONVERSÃO DE CALOR EM TRABALHO: MÁQUINAS REFRIGERADORAS.................................................. 3
CICLO DE CARNOT ..................................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 7
• O calor passa do corpo mais quente para o mais frio, mas não do mais frio para o mais quente:
Um exemplo de máquina térmica é a locomotiva a vapor. Nesta máquina, a fonte quente é a caldeira
(fornalha), e a fonte fria é o ar atmosférico. O calor retirado da caldeira é parcialmente transformado
no trabalho motor que aciona a máquina, e a diferença é rejeitada para a atmosfera.
(T1).
• Calcula-se a eficiência por meio da divisão entre quantidade de calor retirado da fonte fria
pelo trabalho externo realizado. Logo, tem-se:
• Como é a divisão de duas grandezas de mesma unidade ela não possui unidade (adimensional).
CICLO DE CARNOT
Carnot idealizou um ciclo que poderia proporcionar um rendimento máximo a uma máquina térmica,
mas o ciclo de Carnot é uma sequência teórica (nunca foi construída uma máquina de Carnot) de
processos termodinâmicos sofridos por um gás perfeito. Esse ciclo possui duas transformações
adiabáticas e duas isotérmicas. Tanto o ciclo como um todo ou as transformações individuais são
reversíveis.
• Nos pontos A e B o sistema recebe calor da fonte quente e isso é denominado expansão
isotérmica reversível.
• Nos pontos B e C não acontece nenhuma troca de calor das fontes; isso é o que chamamos de
expansão adiabática reversível.
• Nos pontos C e D o sistema fornece uma quantidade de calor para a fonte fria: compressão
isotérmica reversível.
• Nos pontos D e A não há troca de quantidade de calor com as fontes. Isso é compressão
adiabática reversível.
• Essa expressão pode ser usada para adquirir o rendimento máximo de uma máquina em
função das suas fontes.
• Nem há máquina que possua rendimento maior que o ciclo de Carnot.
EXERCÍCIOS
01. No gráfico abaixo está representada a evolução de um gás ideal segundo o ciclo de Carnot. Com
relação ao comportamento do gás, é correto afirmar:
a) A temperatura no ponto A é maior que no ponto B.
b) No trajeto BC, o gás cedeu calor para a fonte fria.
c) No trajeto DA, o trabalho realizado é negativo.
d) A temperatura no ponto C é maior que no ponto B.
e) No trajeto CD, o gás recebeu calor.
02. Uma máquina térmica teórica opera entre duas fontes térmicas, executando o ciclo de Carnot. A
fonte fria encontra-se a 127 °C e a fonte quente a 427 °C. Qual o rendimento percentual dessa
máquina?
a) 20%
b) 35%
c) 43%
d) 52%
e) 18%
GABARITO
1. B
2. C
SUMÁRIO
CARGAS ELÉTRICAS ............................................................................................................................................ 2
NOÇÃO DE CARGA ELÉTRICA ......................................................................................................................... 2
CORPO ELETRICAMENTE NEUTRO E CORPO ELETRIZADO............................................................................. 2
QUANTIZAÇÃO DA CARGA ELÉTRICA ............................................................................................................. 3
PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA .................................................................................................................... 3
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DAS CARGAS ELÉTRICAS ............................................................................... 3
ELETRIZAÇÃO POR ATRITO ............................................................................................................................ 3
ELETRIZAÇÃO POR CONTATO ........................................................................................................................ 4
ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO ELETROSTÁTICA .............................................................................................. 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
CARGAS ELÉTRICAS
NOÇÃO DE CARGA ELÉTRICA
Como sabemos, no núcleo de um átomo encontramos partículas denominadas prótons e
nêutrons. Ao redor do núcleo, na região chamada eletrosfera, movem-se outras partículas,
denominadas elétrons. A massa de um próton e a massa de um nêutron são praticamente iguais.
A massa de um elétron, porém, é muito menor: quase 2 mil vezes menor que a do próton.
Em valor absoluto, as cargas elétricas do próton e do elétron são iguais. Esse valor
absoluto é denominado carga elétrica elementar e simbolizado por e. Recebe o nome de
elementar porque é a menor quantidade de carga que podemos encontrar isolada na natureza.
A unidade de medida de carga elétrica no SI é o coulomb (C), em homenagem ao físico francês
Charles Augustin de Coulomb (1736-1806).
O valor da carga elementar é:
Temos, então:
É preciso salientar ainda que 1 coulomb, apesar de corresponder a apenas uma unidade
de carga elétrica, representa uma quantidade muito grande dessa grandeza física. Por isso,
costumam-se usar submúltiplos do coulomb.
Notas: Além dos prótons e dos elétrons, existem outras partículas elementares dotadas de
carga elétrica de módulo igual a e. É o caso, por exemplo, dos píons (π+) e dos múons (μ-),
encontrados nos raios cósmicos.
Onde:
n → é o numero de prótons(+) ou elétrons(-) em excesso.
e → carga elementar (e = 1,6 . 10 -19C)
PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA
Partículas eletrizadas com cargas de sinais iguais se repelem, enquanto as eletrizadas com
cargas de sinais opostos se atraem.
Esquematicamente:
Os sinais dos corpos após o atrito são determinados pela série triboelétrica. A confecção
dessa lista obedece a um critério bem definido: um elemento da relação, ao ser atritado com
outro que o segue, fica eletrizado com carga elétrica positiva e, ao ser atritado com o que o
precede, fica eletrizado com carga elétrica negativa.
Nota: A ebonite é obtida pela vulcanização da borracha com excesso de enxofre. Essa substância
é um isolante elétrico-térmico, sendo muito usada na confecção de cabos de panelas e
invólucros de interruptores e tomadas.
Quando a carga do condutor é positiva, ele será" descarregado" pelos elétrons que subirão
da terra. Quando a carga do condutor é negativa, ele será "descarregado" porque seus elétrons
em excesso descerão para a terra.
Essa carga adquirida pelo induzido tem sinal contrário ao da carga do indutor. Note que a
carga do indutor não se altera.
EXERCÍCIOS
1. Deseja-se eletrizar um objeto metálico, inicialmente neutro, pelos processos de
eletrização conhecidos, e obter uma quantidade de carga negativa de 3,2 µC. Sabendo-se que
a carga elementar vale 1,6 . 10-19C, para se conseguir a eletrização desejada será preciso
a) retirar do objeto 20 trilhões de prótons.
b) retirar do objeto 20 trilhões de elétrons.
c) acrescentar ao objeto 20 trilhões de elétrons.
d) acrescentar ao objeto cerca de 51 trilhões de elétrons.
e) retirar do objeto cerca de 51 trilhões de prótons.
2. Por meio dessa série é possível determinar a carga elétrica adquirida por cada material
quando são atritados entre si. O isopor ao ser atritado com a lã fica carregado
negativamente. O vidro ao ser atritado com a seda ficará carregado:
GABARITO
1. C
2. B
3. C
SUMÁRIO
FORÇA ELÉTRICA ................................................................................................................................................ 2
LEI DE COULOMB ........................................................................................................................................... 2
GRÁFICO DA FORÇA ELÉTRICA ....................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
FORÇA ELÉTRICA
LEI DE COULOMB
Já verificamos que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais diferentes se
atraem.
EXERCÍCIOS
1. O gráfico mostra como varia a força de repulsão entre duas cargas elétricas, idênticas e
puntiformes, em função da distância entre elas.
GABARITO
1. a) 1. 103N b) 105C
2. D
SUMÁRIO
CAMPO ELÉTRICO I ............................................................................................................................................ 2
1. CONCEITO E DESCRIÇÃO DE CAMPO ELÉTRICO......................................................................................... 2
2. DEFINIÇÃO DO VETOR CAMPO ELÉTRICO (E) ............................................................................................ 2
A) ORIENTAÇÃO DO VETOR CAMPO ELÉTRICO ......................................................................................... 2
3. CAMPO ELÉTRICO DE UMA PARTÍCULA ELETRIZADA ................................................................................ 3
4. GRÁFICO DA INTENSIDADE DO VETOR CAMPO E. ..................................................................................... 3
5. CAMPO ELÉTRICO DEVIDO A DUAS OU MAIS PARTÍCULAS ELETRIZADAS................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
CAMPO ELÉTRICO I
1. CONCEITO E DESCRIÇÃO DE CAMPO ELÉTRICO
Campo elétrico é uma propriedade física estabelecida em todos os pontos do espaço que
estão sob a influência de uma carga elétrica (carga fonte), tal que uma outra carga (carga de
prova), ao ser colocada em um desses pontos, fica sujeita a uma força de atração ou de repulsão
exercida pela carga fonte.
Carga de prova é uma carga elétrica de valor conhecido utilizada para detectar a existência
de um campo elétrico.
No SI, a intensidade de força é expressa em newton (N) e a carga elétrica, em coulomb (C).
Por isso, tem-se como unidade de campo elétrico:
Quando a carga de prova q é positiva, os vetores força elétrica Fel e campo elétrico E
têm a mesma direção e o mesmo sentido.
Quando a carga de prova q é negativa, os vetores Fe e E têm mesma direção, mas
sentidos opostos.
O vetor campo elétrico em um ponto P, devido a uma carga Q positiva, sempre tem
sentido de afastamento em relação a ela, enquanto o vetor campo elétrico, devido a uma
Observe, nessa expressão, que o módulo do vetor campo elétrico E depende de três
fatores:
• da carga elétrica Q, fonte do campo;
• da distância d do ponto considerado à carga fonte Q;
• do meio (recorde-se de que K é a constante eletrostática, que depende do meio).
Uma partícula eletrizada gera campo elétrico na região do espaço que a circunda. Porém,
no ponto onde ela foi colocada, o vetor campo, devido à própria partícula, é nulo.
EXERCÍCIOS
1. As cargas elétricas +Q, -Q e +2Q estão dispostas num círculo de raio R, conforme
representado na figura abaixo.
Com base nos dados da figura, é correto afirmar que, o campo elétrico resultante no ponto
situado no centro do círculo está representado pelo vetor
a) E1.
b) E2.
c) E3.
d) E4.
e) E5.
2. Duas cargas elétricas puntiformes Q1= 40 µC e Q2 = - 60 µC estão fixas, separadas de 20
cm no vácuo. No ponto P, a 10 cm de Q2, conforme mostra a figura abaixo, o módulo do
vetor campo elétrico, em unidade do Sistema Internacional, vale?
Constante eletrostática igual a 9 . 109 Nm2/c2.
a) Zero
b) 9,0 x 106
c) 45 x 106
d) 54 x 106
e) 63 x 106
GABARITO
1. B
2. C
SUMÁRIO
CAMPO ELÉTRICO II ........................................................................................................................................... 2
1. LINHAS DE FORÇA ...................................................................................................................................... 2
2. CAMPO ELÉTRICO UNIFORME (C.E.U.) ...................................................................................................... 3
3. DENSIDADE DE LINHAS DE FORÇA ............................................................................................................. 3
4. DENSIDADE SUPERFICIAL DE CARGAS ....................................................................................................... 4
5. O PODER DAS PONTAS............................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
CAMPO ELÉTRICO II
1. LINHAS DE FORÇA
Linha de força de um campo elétrico é uma linha que tangencia, em cada ponto, o vetor
campo elétrico resultante associado a esse ponto.
a) cargas fontes positivas
vetor campo tem sentido de afastamento
Para duas partículas eletrizadas com cargas de módulos iguais, mas de sinais opostos, as
linhas de força têm o seguinte aspecto:
Para duas partículas eletrizadas com cargas iguais, linhas de força tomam o seguinte
aspecto:
Notas:
Caso as cargas das partículas tenham módulos diferentes, não será mais observada a simetria
das figuras anteriores.
Duas linhas de força nunca se cruzam.
Tem-se um campo elétrico praticamente uniforme entre duas placas eletrizadas com
cargas elétricas de sinais opostos. Para que isso ocorra, a distância entre as placas deve ser
muito pequena, quando comparada com suas dimensões.
Essa densidade tem módulo ainda maior em regiões pontiagudas, o que lhes confere um
comportamento conhecido por poder das pontas.
EXERCÍCIOS
1. Uma das aplicações tecnológicas modernas da eletrostática foi a invenção da impressora
a jato de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas gotas de tinta que podem ser
eletricamente neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas gotas são jogadas
entre as placas defletoras da impressora, região onde existe um campo elétrico uniforme
E, atingindo, então, o papel para formar as letras. A figura a seguir mostra três gotas de
tinta, que são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após atravessar a região entre as
placas, essas gotas vão impregnar o papel. (O campo elétrico uniforme está representado
por apenas uma linha de força.)
2. Uma gotícula de água com massa m = 0,80 x 10–9 kg, eletrizada com carga q = 16 x 10–19
C, está em equilíbrio no interior de um condensador de placas paralelas e horizontais,
conforme esquema abaixo. Nessas circunstâncias, o valor do campo elétrico entre as
placas é de:
Dado: g = 10 m/s2.
a) 5 x 109 N/C
b) 2 x 10–10 N/C
c) 12,8 x 10–28 N/C
d) 2 x 10–11 N/C
e) 5 x 108 N/C
3. Na região entre duas placas planas e paralelas, carregadas com cargas iguais e de sinais
opostos, há um campo elétrico uniforme, de módulo igual a 4 N/C. Um elétron, de carga
igual a 1,6 · 10-19 C, é abandonado, a partir do repouso, junto à superfície da placa
carregada negativamente e atinge a superfície da placa oposta, em um intervalo de tempo
de 2,0 · 10-8s. Considerando a massa do elétron igual a 9,1 · 10-31kg, determine, em km/s,
a velocidade do elétron no momento em que ele atinge a segunda placa, tomando
somente a parte inteira de seu resultado.
a) 5 Km/s
b) 10 Km/s
c) 14 Km/s
d) 20 Km/s
e) 25 Km/s
GABARITO
1. A
2. E
3. C
SUMÁRIO
POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA ................................................................................... 2
1. ENERGIA POTENCIAL ELETROSTÁTICA E O CONCEITO DE POTENCIAL EM UM CAMPO ELÉTRICO ........... 2
2. POTENCIAL EM UM CAMPO ELÉTRICO CRIADO POR UMA PARTÍCULA ELETRIZADA ................................ 2
3. POTENCIAL EM UM CAMPO ELÉTRICO CRIADO POR DUAS OU MAIS PARTÍCULAS ELETRIZADAS ............ 3
4. SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS .................................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
Por adquirir energia cinética, no ponto P, a carga de prova q armazena uma energia
potencial denominada energia potencial eletrostática ou elétrica, que vamos simbolizar por Ep.
Essa energia potencial se transforma, na sequência, em energia cinética. Assim, podemos dizer
que a carga Q do condutor produz um campo elétrico que também pode ser descrito por uma
grandeza escalar denominada potencial eletrostático. O potencial, simbolizado por v, é definido
pela expressão:
UNIDADES:
No SI, a unidade de potencial elétrico é o volt, de símbolo V.
1 V = 1J / C
NOTA:
• A energia potencial eletrostática e o potencial elétrico. São grandezas escalares
algébricas, podendo ser positivos, negativos ou nulos.
• O potencial elétrico (grandeza escalar) e o campo elétrico (grandeza vetorial) são
propriedades de cada ponto, existindo independentemente de nele estar
colocada uma carga ou não.
• O vetor campo elétrico E e o potencial elétrico V são duas maneiras de se
descrever o campo elétrico existente em uma região do espaç2' Algumas vezes é
mais conveniente usar o vetor E e, em outras, o potencial V.
A energia potencial elétrica armazenada no sistema constituído pelas cargas é dada por:
O nível zero do potencial criado por uma carga puntiforme está, geralmente, no "infinito".
4. SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS
Equipotenciais são linhas (no plano) ou superfícies (no espaço) onde o potencial, em
todos os pontos, assume o mesmo valor algébrico.
EXERCÍCIOS
1. Um sistema de cargas pontuais é formado por duas cargas positivas +q e uma negativa
−q, todas de mesma intensidade, cada qual fixa em um dos vértices de um triângulo
equilátero de lado r. Se substituirmos a carga negativa por uma positiva de mesma
intensidade, qual será a variação da energia potencial elétrica do sistema? A constante de
Coulomb é denotada por k.
2
a) a) 2kq r
2
b) b) −2kq r
2
c) c) −4kq r
2
d) d) 4kq r
2
e) e) kq r
2. Três esferas puntiformes, eletrizadas com cargas elétricas q1 = q2 = +Q e q3 = –2Q, estão
fixas e dispostas sobre uma circunferência de raio r e centro C, em uma região onde a
constante eletrostática é igual a k 0 , conforme representado na figura.
4 ⋅ k0 ⋅ Q
a) zero e r2
k0 ⋅ Q
4 ⋅ k0 ⋅ Q r2
b) e
r
c) zero e zero
2 ⋅ k0 ⋅ Q
r 2 ⋅ k0 ⋅ Q
d) e
r2
2 ⋅ k0 ⋅ Q
e) zero e r2
GABARITO
1. D
2. E
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Trabalho da Força Elétrica e DDP���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Trabalho da Força Elétrica������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Partícula Eletrizada Abandonada em um Campo Elétrico�����������������������������������������������������������������������������������������2
Diferença de Potencial Entre Dois Pontos de um Campo Elétrico Uniforme�����������������������������������������������������������3
Potencial Elétrico Criado por um Condutor Eletrizado�����������������������������������������������������������������������������������������������3
O Potencial da Terra����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
AlfaCon Concursos Públicos
É importante destacar que o trabalho realizado pela força elétrica sobre uma partícula eletrizada
com carga q, quando esta se desloca do ponto A para o ponto B desse campo, não depende da traje-
tória seguida por ela.
Isso porque:
A força eletrostática é conservativa.
Propriedades do campo elétrico
Variação do potencial em um campo elétrico
Carga fonte positiva ou negativa
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
AlfaCon Concursos Públicos
Resumindo:
→ Quando abandonadas sob a ação exclusiva de um campo elétrico, as cargas positivas dirigem-se
para potenciais menores, enquanto as negativas dirigem – se para potenciais maiores.
→ Tanto as cargas positivas como as negativas buscam uma situação de energia potencial mínima.
Quando partículas eletrizadas são abandonadas sob a ação exclusiva de um campo elétrico, o
trabalho realizado pela força elétrica é sempre positivo.
Unidades:
E = 1 N / C ou E = 1 V / m
Potencial Elétrico Criado por um Condutor Eletrizado
Partículas eletrizadas, abandonadas sob a influência exclusiva de um campo elétrico, movimen-
tam-se espontaneamente entre dois pontos quaisquer somente se entre eles houver uma diferença de
potencial (ddp) não nula.
A movimentação das cargas no condutor ocorre durante um breve intervalo de tempo. Após isso,
as partículas elementares atingem posições tais que a diferença de potencial entre dois pontos quais-
quer do corpo torna-se nula. Dizemos, então, que o condutor atingiu o equilíbrio eletrostático.
A diferença de potencial (ddp) entre dois pontos quaisquer de um condutor em equilíbrio
eletrostático é sempre nula.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
AlfaCon Concursos Públicos
O Potencial da Terra
A atmosfera terrestre é permanentemente ionizada por raios cósmicos, radiações ultravioletas,
chamas de fogos e materiais radioativos existentes na crosta. Isso faz com que nela predominem as cargas
positivas, num valor estimado em + 6 . 105 C, e que na superfície terrestre haja uma distribuição de cargas
negativas de igual valor absoluto. A seguir, temos a representação simbólica de um corpo ligado à Terra:
Exercícios
01.
a) 1,8 J.
b) 2,7 J.
c) 3,6 J.
d) 4,5 J.
e) 5,4 J.
Gabarito
01 - a) +5,0 nC;
b) 180 V/m;
c) 2,0 . 10 -8j
02 - A
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
4
AlfaCon Concursos Públicos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Eletrodinâmica – Corrente Elétrica������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Eletrodinâmica������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Corrente Elétrica����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Intensidade de Corrente Elétrica e Seu Sentido Convencional������������������������������������������������������������������������������������2
Gráfico i X t�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Classificação das Correntes Elétricas Quanto à Forma do Gráfico i X t��������������������������������������������������������������������3
Continuidade da Corrente Elétrica���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Efeito Joule��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
AlfaCon Concursos Públicos
Corrente Elétrica
Corrente elétrica é o movimento ordenado, isto é, com direção e sentido preferenciais, de porta-
dores de carga elétrica. A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial elétrico (ddp)
ou tensão elétrica. A explicação para o aparecimento da corrente elétrica também pode ser dada com
base no conceito de campo elétrico
Existem três tipos de condutores:
→ os metais e a grafita, em que os portadores móveis de carga elétrica são os elétrons livres;
→ as soluções eletrolíticas, em que os portadores móveis são íons positivos e negativos;
→ os gases ionizados, em que os portadores móveis podem ser íons positivos, íons negativos e
elétrons livres.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
AlfaCon Concursos Públicos
Gráfico i X t
A “área” compreendida entre o gráfico e o eixo dos tempos, calculada em certo intervalo de tempo Δt,
fornece o módulo da carga elétrica que atravessou uma seção transversal do condutor no citado intervalo.
Um bom exemplo de corrente elétrica contínua constante é a gerada por pilhas, na lâmpada de
uma lanterna ligada.
Lanterna a pilha: após ser ligada, a corrente elétrica no circuito assume uma intensidade pratica-
mente constante com o tempo (evidentemente, não por muito tempo).
b) Corrente contínua pulsante
Chamamos de contínua pulsante a corrente cuja intensidade passa, em geral periodicamente,
por máximos e mínimos, embora tenha sentido constante.
c) Corrente alternante
Denominamos de alternante ou alternada a corrente cujo sentido é invertido periodicamente.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
AlfaCon Concursos Públicos
Efeito Joule
Como já vimos, quando um fio condutor, de cobre, por exemplo, é ligado a um gerador, ele se
submete a uma diferença de potencial, e um campo elétrico se estabelece em seu interior. Portanto, o
condutor permite que os elétrons livres se movam através dele, mas oferece grande resistência a esse
movimento. É como se uma pessoa saísse correndo desesperadamente no meio de uma multidão.
Ao serem bombardeados pelos elétrons livres, os cátions do metal passam a oscilar com amplitudes
maiores, o que se traduz em uma elevação da temperatura do fio. Entre duas colisões, a velocidade
média típica dos elétrons livres é de 106 m/s.
Entretanto, o movimento da nuvem de elétrons livres é tão dificultado pela presença dos cátions
que ele se dá com velocidade muito baixa, tipicamente da ordem de décimos de milímetro por
segundo (10-4 m/s)! Como essa velocidade é atingida imediatamente após a ligação do fio ao gerador
e se mantém estável, toda energia potencial elétrica perdida pelos elétrons livres é convertida em
energia térmica: dizemos que a energia potencial elétrica é dissipada no condutor. Essa transforma-
ção de energia potencial elétrica em energia térmica recebe o nome de efeito Joule ou efeito térmico.
Exercícios
01. Por uma seção transversal de um fio cilíndrico de cobre passam, a cada hora, 9,00 × 1022
elétrons. O valor aproximado da corrente elétrica média no fio, em ampères, é
e 1,60 × 10−19 C.
Dado: carga elementar=
a) 14,4
b) 12,0
c) 9,00
d) 4,00
e) 1,20
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
4
AlfaCon Concursos Públicos
02. A intensidade da corrente elétrica que passa por um condutor metálico varia com o tempo, de
acordo com o diagrama a seguir:
Determine:
a) o módulo da carga elétrica total que passa por uma seção transversal desse condutor, nos 8
segundos.
b) a intensidade média de corrente elétrica nesse intervalo de tempo.
03. Pela seção de um condutor metálico submetido a uma tensão elétrica, atravessam 4,0 × 1018
elétrons em 20 segundos. A intensidade média da corrente elétrica, em ampère, que se estabe-
lece no condutor corresponde a:
= 1,6 × 10−19 C.
Dado: carga elementar
a) 1,0 × 10−2
b) 3,2 × 10−2
c) 2,4 × 10−3
d) 4,1× 10−3
Gabarito
01 - D
02 - a) 60 C
b)7,5 A
03 - B
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
5
AlfaCon Concursos Públicos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Potencial Elétrico e Energia Potencial Elétrica������������������������������������������������������������������������������������������������2
Potência Elétrica����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
O Quilowatt-Hora (Kwh)��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Valores Nominais��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fusíveis��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
AlfaCon Concursos Públicos
O Quilowatt-Hora (Kwh)
Suponha que um ferro elétrico de passar roupa, de potência igual a 1000 W tenha ficado ligado
durante 1 h. Vamos calcular a energia elétrica E consumida por ele.
Observando que o número de joules consumidos é muito grande, imagine então como seria
enorme o número de joules de energia elétrica consumidos em sua casa ou em uma indústria durante
um mês. Assim, fica evidente que o joule, embora seja a unidade de medida de energia do SI, não é uma
unidade adequada para medir o consumo mensal de energia elétrica em residências ou em indústrias,
por exemplo. Por isso, foi estabelecida uma unidade prática de energia, que é o quilowatt-hora (kWh).
Valores Nominais
Os fabricantes de lâmpadas, ferros elétricos de passar roupa, chuveiros elétricos etc. especifi-
cam em seus produtos pelo menos dois valores, denominados valores nominais. Um deles é a tensão
nominal que é a tensão da rede elétrica para a qual o produto foi fabricado, e o outro é a potência
nominal, que é a potência elétrica consumida pelo produto quando submetido à tensão nominal.
Considere, por exemplo, uma lâmpada com as seguintes especificações: 100W-110V. Esses valores
finais informam o usuário de que essa lâmpada opera com potência igual a 100 W desde que seja sub-
metida a uma diferença de potencial igual a 110 V. Se a lâmpada for ligada a uma tensão menor que
a nominal, a potência dissipada também será menor que a nominal, e a lâmpada iluminará menos.
Entretanto, se for ligada a uma tensão maior que a nominal, a lâmpada dissipa potência maior e ilu-
minará mais, mas sua vida útil será reduzida.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
AlfaCon Concursos Públicos
Fusíveis
O fusível é um condutor (geralmente de cobre, estanho, chumbo ou alumínio) que protege os
circuitos elétricos contra correntes excessivas. Ele é projetado de modo a não permitir que a corrente
elétrica perdure no circuito, quando ultrapassa um determinado valor. O símbolo dos fusíveis, nos
esquemas de circuitos elétricos, é:
Para que o chuveiro funcione normalmente nos dois seletores de temperatura, sem que haja
riscos para o circuito, o disjuntor mais adequado a ser instalado é o:
(Lembre-se de que: P= U ⋅ i, em que P é dado em watts, U em volts e i em ampères.)
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
Gabarito
01 - D
02 - C
03 - E
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
alfaconcursos.com.br
SUMÁRIO
RESISTORES ELÉTRICOS...................................................................................................................................... 2
RESISTORES ELÉTRICOS.................................................................................................................................. 2
EFEITO TÉRMICO OU EFEITO JOULE .......................................................................................................... 2
RESISTORES .................................................................................................................................................... 2
PRIMEIRA LEI DE OHM ................................................................................................................................... 2
CURVAS CARACTERÍSTICAS DE RESISTORES ÔHMICOS E NÃO ÔHMICOS ..................................................... 2
POTÊNCIA DISSIPADA EM UM RESISTOR: OUTRAS EXPRESSÕES .................................................................. 3
CONDUTOR IDEAL.......................................................................................................................................... 3
INTERRUPTORES ............................................................................................................................................ 4
SEGUNDA LEI DE OHM................................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
RESISTORES ELÉTRICOS
RESISTORES ELÉTRICOS
EFEITO TÉRMICO OU EFEITO JOULE
Quando a corrente elétrica atravessa um condutor, ocorre a transformação de energia
elétrica em energia térmica, devido à colisão dos elétrons livres com os átomos do condutor.
Esse fenômeno é denominado efeito térmico ou efeito Joule.
RESISTORES
Cuja função, entre outras, é a de transformar energia elétrica em energia térmica
(dissipar energia elétrica) ou limitar a intensidade da corrente elétrica em circuitos
eletrônicos. Os resistores têm como principal propriedade elétrica uma grandeza física
denominada resistência elétrica.
Para resistores que não obedecem à lei de Ohm, a curva característica passa pela origem,
mas não é uma reta. Esses resistores não ôhmicos são denominados condutores não lineares.
Para eles, define-se resistência aparente em cada ponto da curva pelo quociente:
CONDUTOR IDEAL
É um condutor, cuja resistência elétrica é igual a zero, recebe o nome de condutor ideal.
O símbolo de um condutor ideal em esquemas de circuitos elétricos é um simples traço
contínuo:
INTERRUPTORES
Os interruptores são dispositivos por meio dos quais abrimos ou fechamos um circuito
elétrico.
Em esquemas de circuitos elétricos, o símbolo dos interruptores simples é:
Feitos de latão ou cobre, os interruptores possuem resistência elétrica tão baixa que
pode ser desprezada.
Nota:
TEMPERATURA LIMITE DE OPERAÇÃO DOS RESISTORES
Vamos analisar, aqui, resistores que nunca devem atingir a temperatura de fusão e
outros que, em algumas situações, devem se fundir.
À medida que sua temperatura aumenta, o fluxo de energia do resistor para o ambiente
(por condução, convecção ou radiação) também aumenta estabilizando num valor limite que é
atingido quando a potência transferida para o ambiente se iguala à potência dissipada no
resistor.
EXERCÍCIOS
1. No diagrama a seguir está representada a curva característica de um resistor mantido
em temperatura constante.
3. Considere duas lâmpadas, A e B, idênticas a não ser pelo fato de que o filamento de B é
mais grosso que o filamento de A. Se cada uma estiver sujeita a uma ddp de 110 volts:
GABARITO
1. 01. D
2. a) 620 Ω b) 205 mA c) 7,8 kJ
3. 03. D
SUMÁRIO
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
INTRODUÇÃO
Em circuitos, como os de receptores de rádio, também podemos encontrar resistores
associados. Como veremos a seguir, existem três tipos de associação de resistores: em série,
em paralelo e mista.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Dois ou mais resistores estão associados em série quando são interligados de modo a
constituir um único trajeto condutor, isto é, sem bifurcações. Assim, se eles forem percorridos
por corrente elétrica, esta terá a mesma intensidade em todos eles (continuidade da corrente
elétrica).
A ddp de uma associação em série é igual à soma das ddps nos resistores associados.
Nota:
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Dois ou mais resistores estão associados em paralelo quando são interligados de tal
maneira que fiquem todos submetidos à mesma diferença de potencial.
Notas:
ASSOCIAÇÃO MISTA
Para determinar a resistência equivalente em uma associação é muito útil designar os
nós e os terminais da associação por letras. Nós são os pontos em que a corrente se divide;
terminais, os pontos entre os quais se quer determinar a resistência equivalente. Simplifica-se
aos poucos o esquema resolvendo as associações em que os resistores estejam claramente em
série (um depois do outro, sem ramificação) ou em paralelo (ligados aos mesmos pontos).
Cuidado: durante o processo, não podem desaparecer os terminais da associação.
REOSTATOS
Quando você gira o controle de volume (potenciômetro) do seu rádio, por exemplo, está
alterando a resistência elétrica de um resistor "escondido" e, com isso, também a intensidade
de uma corrente elétrica no circuito do aparelho.
Reostatos são resistores cuja resistência elétrica pode ser ajustada.
Os reostatos podem ser simbolizados assim:
ou
ou
ou
EXERCÍCIOS
1. Sendo i = 8 A, calcule as intensidades de corrente i1 e i2 na associação de resistores a
seguir:
Determine o valor da resistência R que faz L2 ter brilho normal. Suponha L1 operando
conforme suas especificações.
GABARITO
1. 01.
2. a) 10 Ω b) 100 Ω
3. 03. 12 Ω
SUMÁRIO
MEDIDAS ELÉTRICAS
INTRODUÇÃO
Já temos informações teóricas suficientes para calcular intensidades de corrente,
diferenças de potencial e resistências elétricas em diversas situações. Nos laboratórios e nas
oficinas, porém, é muito importante conhecer e saber usar alguns instrumentos que medem
essas grandezas.
GALVANÔMETRO
É um aparelho básico das medidas em circuitos elétricos. Seu funcionamento baseia-se
nos efeitos da corrente elétrica; os mais comuns funcionam segundo o efeito magnético da
corrente elétrica, que veremos no Eletromagnetismo. O valor máximo da intensidade de
corrente elétrica que percorre o galvanômetro é denominado corrente de fundo de escala. Os
galvanômetros medem correntes elétricas de pequena intensidade.
AMPERÍMETRO
O amperímetro indica a intensidade da corrente no circuito. Nos esquemas de circuitos
elétricos, o amperímetro é simbolizado assim:
VOLTÍMETRO
O voltímetro indica a ddp entre os terminais de um circuito. Nos esquemas de circuitos
elétricos, o voltímetro é simbolizado assim:
Para isso, o voltímetro deve ser ligado em paralelo com o trecho do circuito
compreendido entre os dois pontos.
PONTE DE WHEATSTONE
A associação de quatro resistores representada na figura a seguir é denominada ponte
de Wheatstone, e ela é útil na determinação experimental da resistência de um resistor.
Com a intenção de determinar R2, variamos R3 até que o galvanômetro indique zero, ou
seja, até que deixe de passar corrente por ele. Quando isso acontecer, os potenciais em C e D
serão iguais (vC = vD) e diremos que a ponte está em equilíbrio. Em uma ponte de Wheatstone
em equilíbrio, os produtos das resistências de ramos opostos são iguais:
Veja, então, que, conhecendo R1 R3 e R4, podemos usar a expressão obtida para calcular
R2.
EXERCÍCIOS
1. Um eletricista possui um amperímetro cuja resistência interna é de 1Ω, que pode ler até
50A. Ao realizar um serviço em uma fábrica de pequeno porte, ele sabe que as correntes
podem atingir valores de até 150A. O que o eletricista pode fazer para medir as
correntes, sem ter que adquirir outro aparelho?
a) Colocar em série com o amperímetro uma resistência de valor maior que 1Ω.
b) Colocar em série com o amperímetro uma resistência de valor menor que 1Ω.
c) Colocar em paralelo com o amperímetro uma resistência de valor maior que 1Ω.
d) Colocar em paralelo com o amperímetro uma resistência de valor menor que 1Ω.
e) Não é possível utilizar o amperímetro do eletricista.
GABARITO
1. D
2. F2 e F3.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tópicos de física
SUMÁRIO
ELETRODINÂMICA - GERADORES ELÉTRICOS .................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM UM GERADOR ........................................................................................ 2
EQUAÇÃO DO GERADOR ............................................................................................................................... 3
GERADOR EM CURTO-CIRCUITO ................................................................................................................... 3
CURVA CARACTERÍSTICA DO GERADOR ........................................................................................................ 3
GERADOR IDEAL............................................................................................................................................. 4
POTÊNCIAS ELÉTRICAS NO GERADOR............................................................................................................ 4
RENDIMENTO ELÉTRICO DE UM GERADOR ................................................................................................... 4
CIRCUITO SIMPLES (GERADOR – RESISTOR) .................................................................................................. 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
Nota:
EQUAÇÃO DO GERADOR
Na figura a seguir, temos uma pilha ligada a uma lâmpada e a correspondente
representação esquemática.
Observe que a ddp U só será igual a ε se i for igual a zero, ou seja, se o gerador estiver
desligado (circuito aberto).
Nota:
Lembre-se, mais uma vez, de que o sentido da corrente elétrica, dentro do gerador, é do polo
negativo (-) para o positivo (+).
GERADOR EM CURTO-CIRCUITO
Dizemos que um gerador está curto-circuito quando seus terminais interligam-se por
um fio de resistência elétrica desprezível.
Note, nesse gráfico, que, quanto maior é a intensidade da corrente no gerador, menor é a
ddp U entre seus terminais.
GERADOR IDEAL
O gerador ideal é um gerador hipotético em que a resistência interna é nula.
Se você somar a potência útil com a desperdiçada, encontrará a potência elétrica total
produzida pelo gerador (Pott):
ou
Note que, em um gerador real, a potência útil é menor que a potência total. Portanto:
EXERCÍCIOS
1. No circuito representado a seguir, temos um gerador de força eletromotriz ε e
resistência interna r, alimentando um resistor de resistência R:
Determine:
a) a potência elétrica útil do gerador, isto é, a potência elétrica que ele fornece ao resistor;
b) a potência elétrica desperdiçada na resistência interna do gerador;
c) o rendimento do gerador.
2. Um gerador de força eletromotriz igual a ε e resistência interna r alimenta um resistor
de resistência R. O esquema do circuito montado, bem como as curvas características do
gerador e do resistor, estão mostrados a seguir:
Determine:
a) ε, r e R;
b) a potência dissipada no resistor;
c) o rendimento elétrico do gerador.
GABARITO
1. a) 68 W; b) 4 W; c) 94%
2. a) 20 V; 2 Ω; 2 Ω; b) 50 W; c) 50%
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tópicos de física
SUMÁRIO
ASSOCIAÇÃO DE GERADORES ............................................................................................................................ 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE .................................................................................................................................. 2
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO .......................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
ASSOCIAÇÃO DE GERADORES
INTRODUÇÃO
Até o momento, vimos uma grande quantidade de situacões envolvendo resistores
constituindo associações em série, em paralelo ou mistas. Vamos estudar, agora, as
associações de geradores, que também podem ser feitas em série, em paralelo ou de forma
mista. É muito comum, por exemplo, encontrarmos lanternas, rádios, máquinas fotográficas e
outros aparelhos que funcionam com mais de uma pilha. A interligação dessas pilhas nada
mais é que uma associação de geradores. A seguir, analisaremos a associação de geradores em
série e em paralelo.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Se tivermos geradores associados de tal modo que o polo positivo de cada gerador seja
ligado ao polo negativo do gerador seguinte, como representado na figura, diremos que eles
estão associados em série.
Note que, se essa associação participar de um circuito fechado, a corrente elétrica teria
mesma intensidade em todos os geradores.
A seguir, estão representados n geradores em série ε1, ε2 ..., εn, são suas forças
eletromotrizes, r1, r2, ..., rn, são suas resistências internas e A e B são os terminais da
associação:
e
Observe que:
Na associação de geradores em série, a grande vantagem está no fato de a força
eletromotriz equivalente ser a soma das forças eletromotrizes de todos os geradores. Em
contrapartida, a resistência interna equivalente também é a soma das resistências internas de
todos eles.
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Nesse tipo de associação, analisaremos apenas o caso em que os geradores associados
são iguais, por ser essa a única situação de real interesse e a única conveniente. Dizemos que
dois ou mais geradores e estão associados em paralelo quando seus polos positivos estão
ligados juntos, o mesmo ocorrendo com os polos negativos. Nessa situação, a ddp U entre os
terminais é a mesma para todos os geradores.
Veja, na figura a seguir, n geradores associados em paralelo e a correspondente
representação esquemática. Todos eles têm força eletromotriz ε e resistência interna r, e os
pontos A e B são os terminais da associação.
Mais uma vez, o gerador equivalente da associação é aquele gerador único que, ao ser
percorrido por uma corrente de mesma intensidade I, apresenta entre seus terminais a
mesma ddp U que existe entre os terminais da associação. Sendo ε a força eletromotriz e r a
resistência interna desse gerador, temos:
EXERCÍCIOS
a) b)
c)
d) e)
GABARITO
1. 36 V e 0,21 Ω
2. C
SUMÁRIO
RECEPTORES ELÉTRICOS .................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM UM RECEPTOR........................................................................................ 2
EQUAÇÃO DO RECEPTOR............................................................................................................................... 2
CURVA CARACTERÍSTICA DE ALGUNS RECEPTORES ...................................................................................... 3
RECEPTOR IDEAL ............................................................................................................................................ 3
POTÊNCIAS ELÉTRICAS NO RECEPTOR ........................................................................................................... 3
RENDIMENTO ELÉTRICO DO RECEPTOR ........................................................................................................ 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
RECEPTORES ELÉTRICOS
INTRODUÇÃO
São dispositivos que recebem energia elétrica de um gerador e convertem uma parte
dela em energia não térmica. O motor elétrico é um bom exemplo de receptor.
EQUAÇÃO DO RECEPTOR
A corrente elétrica tem sentido de (-) para (+) no gerador, e de (+) para (-) no receptor.
Nota:
Como já foi dito, um motor elétrico não possui polos positivo e negativo próprios. Você
pode, então, estar questionando por que existem indicações desses polos nos motores dos
brinquedos a pilha, por exemplo (normalmente, as isolações dos fios ligados aos "polos
positivo e negativo" são vermelha e preta, respectivamente). De fato, essas indicações existem,
mas servem apenas para informar em quais polos do gerador os terminais devem ser ligados
para que a rotação do motor se dê no sentido correto.
RECEPTOR IDEAL
O receptor ideal é um receptor hipotético em que a resistência interna é nula. Nesse
caso, temos U = ε' e a curva característica passa a ser do tipo:
Então, para o receptor, a potência total recebida (Ptot) e a potência desperdiçada (Potd)
são dadas por:
ou
EXERCÍCIOS
1. Hoje, ninguém consegue imaginar uma residência sem eletrodomésticos (aparelho de
TV, aparelho de som, geladeira, máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, etc.).
Uma enceradeira possui força contraeletromotriz de 100 V. Quando ligada a uma
tomada de 120 V ela dissipa uma potência total de 40 W. Nestas condições, a resistência
interna da enceradeira, em ohms, vale
a) 2,0
b) 3,0
c) 5,0
d) 10
e) 20
2. O circuito a seguir representa três pilhas ideais de 1,5V cada uma, um resistor R de
resistência elétrica 1,0Ω e um motor, todos ligados em série. (Considere desprezível a
resistência elétrica dos fios de ligação do circuito.)
b) 1,0W.
c) 1,5W.
d) 2,0W.
e) 2,5W.
a) 1,50
b) 0,62
c) 1,03
d) 0,50
e) 0,30
GABARITO
1. D
2. D
3. E
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tópicos de física
SUMÁRIO
CIRCUITO GERADOR - RESISTOR - RECEPTOR .................................................................................................... 2
CIRCUITOS ELÉTRICOS DE "CAMINHO" ÚNICO, INCLUINDO GERADORES, RECEPTORES E RESISTORES....... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
Lembrando que o sentido da corrente e de (-) para (*), nos geradores e, de (*) para (-),
nos receptores, concluímos que:
ε1, ε2 e ε4 são forças eletromotrizes;
ε3 e ε5 são forças contraeletromotrizes.
Quando percorremos o circuito no sentido da corrente, as fem representam elevações de
potencial, enquanto as fcem representam quedas não ôhmicas (úteis) de potencial. Além
dessas quedas, entretanto, existem as quedas ôhmicas nas resistências do circuito, nas quais
cada queda ôhmica o produto de uma resistência pela intensidade da corrente. Observe que,
se partirmos de um ponto e percorrermos o circuito todo até voltarmos ao ponto de partida,
deveremos encontrar:
Ou, simbolicamente:
Nota:
O sentido correto da corrente no circuito é aquele para o qual Σfem é maior que Σfcem.
Caso você se engane ao estabelecer o sentido da corrente, o resultado do cálculo de i será
negativo. Entretanto, esse resultado estará certo em módulo e, por isso, bastará inverter o
sentido da corrente, não sendo necessário, portanto, nenhum outro cálculo.
EXERCÍCIOS
1. O valor da intensidade de correntes (em A) no circuito a seguir é:
a) 1,50
b) 0,62
c) 1,03
d) 0,50
e) 0,30
2. Calcule a maior intensidade de corrente elétrica no circuito a seguir, em que estão
presentes quatro baterias.
GABARITO
1. E
2. 2A
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tópicos de física
SUMÁRIO
LEIS DE KIRCHHOFF ............................................................................................................................................ 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
AS LEIS DE KIRCHHOFF ................................................................................................................................... 2
A PRIMEIRA LEI DE KIRCHHOFF OU LEI DOS NÓS ESTABELECE: .................................................................... 2
A SEGUNDA LEI DE KIRCHHOFF OU LEI DAS MALHAS: .................................................................................. 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
LEIS DE KIRCHHOFF
INTRODUÇÃO
A Lei de Pouillet permite determinar a intensidade de corrente num circuito simples.
Quando o circuito não pode ser reduzido a um circuito simples, para a determinação de todas
as intensidades de corrente elétrica, recorre-se às chamadas Leis de Kirchhoff: Lei dos Nós e
Lei das Malhas.
AS LEIS DE KIRCHHOFF
Considere uma rede elétrica constituída de dois geradores (ε1,r1) e (ε2, r2), e de um
receptor (ε’3, r’3) e de resistores de resistências elétricas R1 R2 e R3.
Das expressões (I) , (III) e (IV), podemos determinar as intensidades das correntes
elétricas i1, i2 e i3 em todos os ramos do circuito.
EXERCÍCIOS
1. O circuito A foi ligado ao circuito B pelo fio MN:
2. No circuito visto na figura, as baterias são ideais, suas fem são dadas em volts e as
resistências em ohms. Determine, em volts, a diferença de potencial Vab, isto é, Va – Vb.
GABARITO
1. iA = 0,1 A; iB = 1 A; IMN = 0
2. 13 V
Referências Bibliográficas
Tópicos de física
SUMÁRIO
CAPACITORES ELÉTRICOS .................................................................................................................................. 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................................... 2
O PROCESSO DE CARGA DE UM CAPACITOR ................................................................................................. 2
CAPACITÂNCIA ELÉTRICA ............................................................................................................................... 3
ENERGIA POTENCIAL ELETROSTÁTICA DE UM CAPACITOR ........................................................................... 3
CAPACITÂNCIA DO CAPACITOR PLANO ......................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
CAPACITORES ELÉTRICOS
INTRODUÇÃO
Quando você liga o flash de uma máquina fotográfica, precisa aguardar algum tempo até
que ele possa ser acionado, para iluminar o que se quer fotografar. Durante esse intervalo de
tempo de espera, as pilhas instaladas na máquina estão armazenando energia em um
componente eletrônico denominado capacitor.
DEFINIÇÃO
Capacitor é um componente eletrônico constituído de duas peças condutoras
denominadas armaduras. Entre elas pode existir um material dielétrico, isto é, um material
isolante, que pode ser, por exemplo, papel, óleo ou o próprio ar. Sua função básica é
armazenar cargas elétricas e, consequentemente, energia potencial eletrostática (ou elétrica).
Capacitar plano: as armaduras são duas placas planas condutoras e paralelas.
Imagine agora que a chave seja fechada. Com isso, o gerador passa a retirar elétrons da
armadura A, que vai se eletrizando positivamente, e a introduzir elétrons na armadura B, que
vai se eletrizando negativamente.
A soma dessas cargas é igual a zero. Entretanto, vamos chamar de carga do capacitor o
valor absoluto da carga de uma de suas armaduras. Assim, a carga do capacitor é igual a Q:
CAPACITÂNCIA ELÉTRICA
Imagine que dois capacitores, 1 e 2, sejam ligados sucessivamente a um mesmo gerador
(pilha ou bateria) e que as cargas armazenadas neles sejam Q1 = 5µC e Q2 = 10µC,
respectivamente. Percebe-se que o capacitor 2 tem maior capacidade de armazenar carga que
o capacitor 1.
Essa capacidade de armazenar carga é medida por uma grandeza denominada
capacitância do capacitor, que vamos simbolizar por C.
Sendo Q a carga do capacitor e U o módulo da ddp entre suas armaduras, sua
capacitância é definida pela seguinte expressão:
EXERCÍCIOS
1. Um capacitor de 10 μF é ligado aos terminais da associação em série de duas pilhas de
1,5 V. Determine:
a) a carga elétrica armazenada no capacitor;
b) a energia potencial elétrica armazenada no capacitor.
2. Um capacitor plano a ar, cuja capacitância é de 10 nF, é carregado por uma bateria de
12 V. A seguir, ele é desligado da bateria e a distância entre suas armaduras é reduzida
à metade. Determine:
a) a carga elétrica do capacitor e sua energia potencial elétrica quando ele foi desligado
da bateria, estando encerrado o processo de carga;
b) a diferença de potencial entre as armaduras depois que elas foram aproximadas;
c) a energia potencial elétrica do capacitor depois que suas armaduras foram
aproximadas.
GABARITO
1. a) 30 µC; b) 45 µJ
2. a) 7,2 . 10–7 J; b) 6 V; c) 3,6 . 10–7 J
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tópicos de física
SUMÁRIO
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES ......................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE .................................................................................................................................. 2
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO .......................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
INTRODUÇÃO
Como já ocorreu com resistores e geradores, os capacitores também podem ser
interligados, ou seja, associados. Uma associação de capacitores também pode ser dos tipos
em série, em paralelo e mista. Vamos ver, agora, esses tipos de associação de capacitores.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Imagine n capacitores de capacitâncias C1, C2, ... , Cn, inicialmente descarregados. Esses
capacitores ficam associados em série quando são interligados, como representa a figura
seguinte:
Notas:
Quando apenas dois capacitores estão associados em série, temos:
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Imagine n capacitores de capacitâncias C1, C2, ... , Cn, inicialmente descarregados. Esses
capacitores ficam associados em paralelo quando são interligados como representa a figura a
seguir:
Note que, nesse tipo de associação, o gerador tem acesso a todos os capacitores e
efetivamente carrega todos eles, eletrizando positivamente as armaduras da esquerda e
negativamente as da direita.
Portanto:
A carga total Q estabelecida na associação por acesso direto do gerador é a soma das cargas de
todos os capacitores:
Além disso:
Capacitores associados em paralelo submetem-se à mesma diferença de potencial.
A capacitância equivalente da associação de capacitores em paralelo
Nota:
Se tivermos n capacitores de mesma capacitância C, em paralelo, a capacitância equivalente
será, evidentemente:
EXERCÍCIOS
1. Determine a capacitância equivalente entre A e B nas associações de capacitores
esquematizadas a seguir:
a) a) 154
b) b) 308
c) c) 462
d) d) 716
e) e) 924
GABARITO
1. a) 10 nF; b) 10 µF;
2. E
SUMÁRIO
MAGNETISMO - O CAMPO MAGNÉTICO ........................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
POLOS MAGNÉTICOS ..................................................................................................................................... 2
ATRAÇÃO E REPULSÃO .................................................................................................................................. 2
INSEPARABILIDADE DOS POLOS DE UM ÍMÃ ................................................................................................ 3
O CAMPO MAGNÉTICO DE UM ÍMÃ .............................................................................................................. 3
VETOR INDUÇÃO MAGNÉTICA ...................................................................................................................... 3
CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME .................................................................................................................. 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 8
POLOS MAGNÉTICOS
São as regiões de um ímã em que as ações magnéticas são mais intensas. Em geral, um
ímã tem dois polos. Nos ímãs em forma de barra, por exemplo, os polos localizam-se em suas
extremidades.
A extremidade do ímã que se volta para o polo norte geográfico recebe o nome de polo
norte magnético. Da mesma forma, a extremidade que aponta para o polo sul geográfico
chama-se polo sul magnético.
ATRAÇÃO E REPULSÃO
Polos magnéticos de mesmo nome se repelem e polos magnéticos de nomes diferentes
se atraem.
Nota:
Esse fato leva-nos a concluir que, se o polo norte magnético da agulha da bússola aponta
para o polo norte geográfico, é porque no polo norte geográfico existe um polo sul magnético.
Da mesma forma, no polo sul geográfico existe um polo norte magnético.
O vetor indução magnética B, criado pelo ímã, na posição em que a bússola está, com sua
agulha em equilíbrio estável, tem a seguinte orientação:
Direção: da reta r com a qual a agulha se alinha.
Sentido: para onde aponta o polo magnético da agulha.
Suponhamos, agora, um ímã e várias bússolas bem pequenas ao seu redor, todos sobre
uma mesa de madeira.
Essas linhas são denominadas linhas de indução do campo magnético do ímã; na região
externa ao ímã, elas são orientadas convencionalmente do polo norte para o polo sul.
Na região externa a um ímã, as linhas de indução orientam-se do polo norte para o polo
sul.
Outra representação:
Imaginemos um campo magnético uniforme em que as linhas de indução são
perpendiculares ao plano desta página.
a) Campo magnético uniforme "saindo do papel".
EXERCÍCIOS
1. Um ímã em forma de barra, com seus polos norte e sul, é colocado sob uma superfície
coberta com partículas de limalha de ferro, fazendo com que elas se alinhem segundo
seu campo magnético. Se quatro pequenas bússolas, 1, 2, 3 e 4, forem colocadas em
repouso nas posições indicadas na figura, no mesmo plano que contém a limalha, suas
agulhas magnéticas orientam-se segundo as linhas do campo magnético criado pelo
ímã.
a)
b)
c)
d)
e)
2. A figura representa um ímã em forma de barra, seus dois polos magnéticos Norte e Sul e
algumas linhas de indução, contidas no plano da figura, do campo magnético criado pelo
ímã. Sobre essas linhas estão assinalados os pontos de A até H.
Sabe-se que o polo A atrai o polo C e repele o polo E. Se o polo F é sul, pode-se dizer
que:
a) A é polo sul e B polo Sul.
b) A é polo sul e C é polo norte.
c) B é polo norte e D é polo norte.
d) A é polo norte e C é polo sul.
e) A é polo norte e E é polo sul.
4. Um professor de Física mostra aos seus alunos 3 barras de metal AB, CD e EF que
podem ou não estar magnetizadas. Com elas faz três experiências que consistem em
aproximá-las e observar o efeito de atração e/ou repulsão, registrando-o na tabela a
seguir.
Após o experimento e admitindo que cada letra pode corresponder a um único polo
magnético, seus alunos concluíram que
a) Somente a barra CD é ímã.
b) Somente as barras CD e EF são ímãs.
c) Somente as barras AB e EF são ímãs.
d) Somente as barras AB e CD são ímãs.
e) AB, CD e EF são ímãs.
5. Os antigos navegantes usavam a bússola para orientação em alto mar, devido a sua
propriedade de se alinhar de acordo com as linhas do campo geomagnético. Analisando
a figura onde estão representadas estas linhas, podemos afirmar que
a) O polo sul do ponteiro da bússola aponta para o polo norte geográfico, porque o norte
geográfico corresponde ao sul magnético.
b) O polo norte do ponteiro da bússola aponta para o polo norte geográfico, porque as
linhas do campo geomagnético não são fechadas.
c) O polo sul do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico, porque o sul
geográfico corresponde ao sul magnético.
d) O polo norte do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico, porque o norte
geográfico corresponde ao norte magnético.
e) O polo sul do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico, porque o norte
geográfico corresponde ao sul magnético.
GABARITO
1. C
2. E
3. D
4. B
5. E
SUMÁRIO
CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UMA CORRENTE ELÉTRICA ....................................................................... 2
LINHAS DE INDUÇÃO ..................................................................................................................................... 2
CAMPO MAGNÉTICO EM UM CONDUTOR RETO .......................................................................................... 3
CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UMA ESPIRA CIRCULAR ........................................................................ 3
POLOS MAGNÉTICOS DA ESPIRA ................................................................................................................... 3
CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UM SOLENOIDE .................................................................................... 4
INTENSIDADE DO VETOR INDUÇÃO MAGNÉTICA.......................................................................................... 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
Nota:
Para orientarmos as linhas de indução do campo magnético, usaremos a regra da mão
direita envolvente.
Para aplicar essa regra, "segure" o fio com a mão direita, de modo que seu dedo polegar
aponte no sentido da corrente elétrica i. Os outros dedos darão, automaticamente, o sentido
das linhas de indução.
Usando essa regra, confirme os sentidos indicados para as linhas de indução nas duas
ilustrações seguintes:
I. Fio perpendicular ao plano do papel, com a corrente "saindo" desse plano.
II. Fio estendido no plano do papel. A direita do fio, as linhas de indução têm sentido
entrando no papel e, à esquerda do fio, saindo do papel.
Notas:
O campo magnético estacionário gerado por uma corrente elétrica constante poderá atuar em
cargas elétricas em movimento de maneira análoga à atuação exercida pelo campo de um ímã.
Frequentemente a permeabilidade absoluta é chamada simplesmente de permeabilidade.
A permeabilidade absoluta do vácuo, cujo símbolo é μ tem, no SI, o seguinte valor,
simplesmente adotado:
Face norte: você "vê" a corrente circulando no sentido anti-horário. O vetor indução
magnética, no centro da espira, está "saindo" do papel. Observe a orientação das "pernas" do
N (de norte), concordando com o sentido da corrente.
Face sul: você "vê" a corrente circulando no sentido horário. O vetor indução magnética,
no centro da espira, está "entrando" no papel. Observe a orientação das "pernas" do S (de sul),
concordando com o sentido da corrente.
A orientação dessas linhas continua dada pela regra da mão direita envolvente.
Essa expressão também pode ser usada nos casos em que se considera n o número total
de espiras e ℓ o comprimento total do solenoide.
Nota:
O campo magnético é nulo na região externa a um solenoide compacto infinito (caso ideal).
Entretanto um solenoide real com comprimento muito maior que o diâmetro é uma boa
aproximação do caso ideal.
EXERCÍCIOS
1. Dois fios " A " e "B" retos, paralelos e extensos, estão separados por uma distância de
2 m. Uma espira circular de raio igual a π 4 m encontra-se com seu centro "O" a uma
distância de 2 m do fio "B ", conforme desenho abaixo.
A espira e os fios são coplanares e se encontram no vácuo. Os fios " A " e "B " e a espira
são percorridos por correntes elétricas de mesma intensidade i = 1 A com os sentidos
representados no desenho. A intensidade do vetor indução magnética resultante, originado
pelas três correntes no centro "O" da espira, é:
4 π ⋅ 10−7 T ⋅ m / A
Dado: Permeabilidade magnética do vácuo: μ0 =
−7
a) 3,0 ⋅ 10 T
−7
b) 4,5 ⋅ 10 T
−7
c) 6,5 ⋅ 10 T
−7
d) 7,5 ⋅ 10 T
−7
e) 8,0 ⋅ 10 T
a) 0,2
b) 0,8
c) 1,0
d) 5,0
e) 10
3. 03. Um solenoide compreende 2 000 espiras por metro. O módulo do vetor indução
magnética originado na região central devido à passagem da uma corrente de 0,5 A é
de:
µ = 4 π x 10–7 T . m/A.
a) 2 π x 10–4T
b) 4 π x 10–4T
c) 2 π x 10–5T
d) 4 π x 10–5T
e) 5 π x 10–5T
GABARITO
1. D
2. D
3. B
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tópicos de física
SUMÁRIO
FORÇA MAGNÉTICA ........................................................................................................................................... 2
AÇÃO DO CAMPO MAGNÉTICO SOBRE CARGAS ELÉTRICAS ......................................................................... 2
CARGA LANÇADA FORMANDO UM ÂNGULO Θ COM UM CAMPO MAGNÉTICO .......................................... 2
5.2 CARGA ELÉTRICA ABANDONADA EM REPOUSO EM UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME OU NÃO
UNIFORME. ................................................................................................................................................ 3
5.3 CARGA ELÉTRICA EM MOVIMENTO NA MESMA DIREÇÃO DO CAMPO .............................................. 3
CARGA MOVENDO-SE PERPENDICULARMENTE A UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME ............................ 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
FORÇA MAGNÉTICA
AÇÃO DO CAMPO MAGNÉTICO SOBRE CARGAS ELÉTRICAS
Elétrons, prótons e outros portadores de carga elétrica, por possuírem essa propriedade
física, podem interagir com campos magnéticos, submetendo-se a uma força magnética Fm. As
fontes desses campos, também denominados campos magnetostáticos, podem ser ímãs
permanentes e correntes elétricas contínuas e constantes.
Para determinar o sentido dessa força, aponte, com a mão direita espalmada, o polegar
no sentido da velocidade v e os outros dedos no sentido de B. A força Fm será, então,
perpendicular à palma da mão, "saindo" dela.
NOTA:
Se a carga for lançada na mesma direção do campo com velocidade constante, ela
realizará um movimento retilíneo uniforme (MRU) na mesma direção do campo.
Atenção: observe, na expressão obtida, que o período desse movimento não depende do valor
da velocidade da partícula nem do raio da circunferência.
EXERCÍCIOS
1. Uma partícula com carga elétrica igual a 3,2 μC e velocidade de 2 ⋅ 104 m s é lançada
perpendicularmente a um campo magnético uniforme e sofre a ação de uma força
magnética de intensidade igual a 1,6 ⋅ 102 N. Determine a intensidade do campo
magnético (em Tesla) no qual a partícula foi lançada.
3
a) 0,25 ⋅ 10
3
b) 2,5 ⋅ 10
4
c) 2,5 ⋅ 10
6
d) 0,25 ⋅ 10
5,0 × 103 cm =
r= 5 × 101 m.
Como é movimento circular uniforme, a força magnética age como resultante
centrípeta. Assim:
m v2 mv 5 × 10−18 ⋅ 4 × 106
FM = RCent ⇒ | q | v B= ⇒ B= = ⇒
r |q|r 5 × 101 ⋅ 8 × 10−6
B= 5 × 10−8 T.
3. A figura a seguir descreve uma região do espaço que contém um vetor campo elétrico E
e um vetor campo magnético B.
GABARITO
1. B
2. D
3. A
SUMÁRIO
FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UM FIO CONDUTOR RETO .................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2
INTENSIDADE DO VETOR FORÇA MAGNÉTICA .............................................................................................. 2
FORÇA MAGNÉTICA EXERCIDA EM UM CONDUTOR RETILÍNEO IMERSO EM UM CAMPO MAGNÉTICO
UNIFORME ..................................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
Nesse trecho, então, atua uma força magnética Fm cuja intensidade é dada por:
A direção de fm é perpendicular ao plano definido por v e B. O sentido de fm, por sua vez,
pode ser dado pela regra da mão direita espalmada, fazendo o polegar apontar no sentido da
corrente, que é o mesmo da velocidade v (já que estamos lidando com cargas fictícias
positivas), e os demais dedos, no sentido de B. A força fm tem direção perpendicular à palma
da mão e sentido saindo dela:
Portanto:
INTENSIDADE :
EXERCÍCIOS
1. Um tenente da EFOMM construiu um dispositivo para o laboratório de Física da
instituição. O dispositivo é mostrado na figura a seguir. Podemos observar que uma
barra metálica, de 5 m de comprimento e 30 kg, está suspensa por duas molas
condutoras de peso desprezível, de constante elástica 500 N m e presas ao teto. As
molas estão com uma deformação de 100 mm e a barra está imersa num campo
magnético uniforme da intensidade 8,0 T.
Determine a intensidade e o sentido da corrente elétrica real que se deve passar pela
barra para que as molas não alterem a deformação.
a) 2,5 A, esquerda
b) 2,5 A, direita
c) 5 A, esquerda
d) 5 A, direita
e) 10 A, direita
Resposta: [C]
Módulo da força elástica em cada mola:
Fel = kx = 500 ⋅ 0,1 ⇒ Fel = 50 N
Sendo assim, pela figura abaixo, podemos perceber que deverá surgir uma força
magnética de intensidade 200 N para cima, de modo a manter as molas no estado descrito:
Portanto:
Fmg = BiL ⇒ 200 = 8 ⋅ i ⋅ 5
∴ i =5 A
E pela regra da mão direita, a corrente deve percorrer a barra da direita para a
esquerda.
Observação: O exercício pede o sentido real da corrente, que é contrário ao convencional.
Mg + 2k
a) BiL
BiL
Mg + 2k
b)
k
2(Mg + BiL)
c)
Mg + BiL
d) 2k
2k + BiL
Mg
e)
Resposta: [D]
Primeiramente, é necessário encontrar o sentido da força magnética. Para tanto, é
direito verificar, utilizando a regra da mão esquerda, que o sentido desta força é vertical e
para baixo.
Assim, pelo equilíbrio de forças, temos que:
Logo,
2 ⋅ Fel =P + Fmag
2 ⋅ (k ⋅ x ) = M ⋅ g + B ⋅ i ⋅ L
Mg + BiL
x=
2k
GABARITO
1. C
2. D
SUMÁRIO
FORÇA MAGNÉTICA ENTRE FIOS RETOS E PARALELOS ..................................................................................... 2
FORÇAS MAGNÉTICAS ENTRE DOIS CONDUTORES RETILÍNEOS E PARALELOS ............................................. 2
CORRENTES DE MESMO SENTIDO ................................................................................................................. 2
CORRENTES DE SENTIDOS CONTRÁRIOS ....................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
Quando as correntes têm o mesmo sentido, as forças entre os condutores são de atração.
Nesse caso, as forças entre os condutores são de repulsão e seu módulo é dado pela
mesma equação do caso anterior.
EXERCÍCIOS
1. Dois fios condutores retos, muito compridos, paralelos e muito próximos entre si, são
percorridos por correntes elétricas constantes, de sentidos opostos e de intensidades
2 A e 6 A, conforme esquematizado na figura.
A razão entre os módulos das forças magnéticas de um fio sobre o outro e o tipo de
interação entre essas forças é igual a:
a) 1, repulsiva
b) 3, atrativa
c) 12, atrativa
d) a resultante das forças será nula, portanto, não haverá interação entre elas.
Resposta:[A]
Aplicando as regras práticas do eletromagnetismo, montaram-se as figuras a seguir.
A FIG I mostra que na linha em que está o fio 2, o vetor indução magnética (B1 ) devido
ao fio 1, é dirigido para fora da página e que a força magnética que o fio 1 exerce sobre o fio
2 (F1,2 ) é orientada para a direita.
A FIG II mostra que na linha em que está o fio 1, o vetor indução magnética (B2 )
devido ao fio 2, é dirigido para fora da página e que a força magnética que o fio 2 exerce
sobre o fio 1 (F2,1 ) é orientada para a esquerda. Conclusão: essas forças são repulsivas,
conforme mostra a FIG III.
Como essas forças se comportam como um par ação-reação, elas têm mesma
intensidade. Então:
F1,2
= 1.
F2,1
a) 56
b) 42
c) 28
d) 14
Resposta:[C]
μ0 ⋅ i1 ⋅ i2
=F ⋅L
2⋅π⋅d
F 4 ⋅ π ⋅ 10−7 ⋅ 3 ⋅ 7
=
L 2 ⋅ π ⋅ 15 ⋅ 10−2
F 2 ⋅ 10−7 ⋅ 7
=
L 5 ⋅ 10−2
F
=2,8 ⋅ 10−7 ⋅ 102
L
F
= 2,8 ⋅ 10−5
L
F
= 28 ⋅ 10−6
L
F
= 28 μN m
L
3. Determine o valor da força magnética, em Newtons, entre dois fios metálicos cilíndricos,
de mesma resistividade elétrica, retilíneos, paralelos, de comprimentos iguais a 100 cm,
distanciados em 10 cm e com raios de 1mm e 2 mm, quando cada um deles for ligado a
uma fonte de corrente contínua de diferença de potencial igual a 2,0 V.
Adote:
= ρ 24 nΩ ⋅ m (resistividade elétrica do metal dos fios)
• permeabilidade magnética do meio: μ = 4 ⋅ π ⋅ 10−7 T ⋅ m A
• valor de pi: π = 3
a) 0,2
b) 0,3
c) 0,4
d) 0,5
Resposta:[D]
A expressão da força magnética entre dois condutores paralelos é dada por:
μ i1 ⋅ i2 ⋅ L
Fm =
2π d
Para calcularmos as intensidades de corrente em cada fio, primeiramente,
necessitamos determinar a resistência elétrica através da Segunda Lei de Ohm:
L1 L1 24 ⋅ 10−9 Ωm ⋅ 100 ⋅ 10−2 m
R1 =ρ =ρ = ∴ R1 =8 ⋅ 10−3 Ω
( )
A1 2 2
π ⋅ ( r1 ) 3 ⋅ 1⋅ 10−3 m
GABARITO
1. A
2. C
3. D
SUMÁRIO
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA .......................................................................................................................... 2
01. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 2
02. FLUXO DO VETOR INDUÇÃO MAGNÉTICA OU FLUXO DE INDUÇÃO (Φ) ................................................. 2
A) DE INDUÇÃO AO LONGO DE UM TUBO DE LINHAS ........................................................................... 2
03. VARIAÇÃO DO FLUXO DE INDUÇÃO........................................................................................................ 3
A) VARIAÇÃO DE FLUXO CAUSADA PELA VARIAÇÃO DE B. ....................................................................... 3
B) VARIAÇÃO DE FLUXO CAUSADA PELA VARIAÇÃO DA ÁREA A............................................................... 3
C) VARIAÇÃO DE FLUXO CAUSADA PELA VARIAÇÃO DO ÂNGULO Θ ........................................................ 4
04. LEI DE FARADAY - NEUMANN .................................................................................................................. 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
01. INTRODUÇÃO
Depois de constatado que as correntes elétricas criavam campo magnético, os cientistas começaram a
pesquisar o fenômeno inverso, ou seja, se o campo magnético era capaz de criar correntes elétricas.
Em 1831, na Inglaterra, Michael Faraday conseguiu provar experimentalmente esse fenômeno.
A indução eletromagnética torna possível a conversão de energia mecânica em energia elétrica nesses
geradores de uma usina hidrelétrica. Os captadores de som das guitarras elétricas, os microfones
dinâmicos, as cabeças de reprodução de fitas magnéticas e as bobinas que geram faíscas nas velas dos
motores dos automóveis são outros exemplos.
O fluxo do vetor indução magnética, através da superfície plana de área A, é definido pela expressão:
Como Φ1 = Φ2
B1 A1= B2 A2
Sendo A2 menor que A1 concluímos que:
Portanto, quanto mais juntas estiverem as linhas de indução, maior será a intensidade de B.
B = 0 (fluxo é nulo)
EXERCÍCIOS
01. Uma espira retangular de 10 cm 20 cm foi posicionada e mantida imóvel de forma que um
campo magnético uniforme, de intensidade B = 100 T, ficasse normal à área interna da espira,
conforme figura a seguir.
Neste caso, o valor da Força Eletromotriz Induzida nos terminais A e B da espira vale ____ V.
a) 0,00.
b) 0,02.
c) 0,20
d) 2,00
e) 4,00
Resposta: [A]
Como ΔΦ = 0 (já que B, A e cosθ são constantes), temos que a f.e.m. induzida é
nula, pois:
ΔΦ
ε=
Δt
ε = 0 V
Sabendo-se que a espira acima levou 0,2 segundos para ir da posição inicial para a final, a
alternativa correta que apresenta o valor em módulo da f.e.m. induzida na espira, em volts, é:
a) 1,6
b) 8
c) 4
d) 0,16
Resposta: [C]
Sabendo que:
Δθ θ − θo
ε= =
Δt Δt
Então, calculando os valores dos fluxos em ambas as situações, é possível calcular a f.e.m.
induzida na espira.
θo = B A cos ( 0 ) = 5 ( 0,4 0,4 ) 1
θo = 0,8 Wb
Assim,
0 − 0,8
ε=
0,2
ε=4V
SUMÁRIO
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS....................................................................................................................... 2
01. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
01. INTRODUÇÃO
Para que os consumidores residenciais possam utilizar a energia elétrica distribuída pelas
concessionárias, a tensão elétrica deve ser rebaixada para intensidades que os aparelhos
eletrodomésticos possam suportar. O equipamento que tem essa função é o transformador. Um
transformador, portanto, é um dispositivo elétrico que opera com correntes alternadas e
transmite a energia elétrica de um circuito para outro, modificando a tensão. Ele funciona
seguindo os princípios da indução eletromagnética.
Esse aparelho é composto basicamente de um núcleo de ferro, envolto por fios enrolados:
de um lado (bobina primária) é ligado ao circuito que fornece a energia elétrica e, de outro
(bobina secundária), a um segundo circuito que consome a energia.
A transformação da tensão ou ddp (U) pode ser calculada, em caso ideal, por regra de três,
em que NP é o número de espiras na bobina primária e NS é o número de espiras na bobina
secundária:
Por exemplo, se a rede elétrica fornecer energia sob tensão de 220 V e um transformador
fizer a conversão para 110 V, a razão entre os números de espiras na bobina primária e na
secundária deve ser de:
EXERCÍCIOS
01. Em uma loja, a potência média máxima absorvida pelo enrolamento primário de um
transformador ideal é igual a 100 W. O enrolamento secundário desse transformador, cuja
tensão eficaz é igual a 5,0 V, fornece energia a um conjunto de aparelhos eletrônicos ligados em
paralelo. Nesse conjunto, a corrente em cada aparelho corresponde a 0,1 A.
O número máximo de aparelhos que podem ser alimentados nessas condições é de:
a) 50
b) 100
c) 200
d) 400
Resposta: [C]
para cada um dos aparelhos. Desta forma, podemos calcular o número de aparelhos
(n) que podem ser alimentados conforme cálculo a seguir:
i2 20
n
= =
iap 0,1
n = 200 aparelhos
Resposta: [C]
Num transformador ideal, a relação entre tensões (V) e correntes (i) é dada pela
conservação da energia. A potência no primário é igual à potência no secundário.
P1 = P2 ⇒ V1 i1 = V2 i2.
Então:
V1 V2
= .
N1 N2
Então:
Se V1 > V2 ⇒ N1 > N2.