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ESCOLA DE ESPECIALISTAS

DE AERONÁUTICA
EEAR

FÍSICA II

OS COVARDES NUNCA TENTARAM


OS FRACOS FICARAM PELO CAMINHO
SÓ OS FORTES CONSEGUIRAM

PORTAL MILITARISMO NA VEIA

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SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 TERMOMETRIA 04 A 08
CAPÍTULO 02 DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS E LÍQUIDOS 09 A 13
CAPÍTULO 03 CALORIMETRIA 14 A 20
CAPÍTULO 04 PROPAGAÇÃO DO CALOR 21 A 26

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CAPÍTULO 01 Energia cinética (das próprias moléculas).

TERMOMETRIA Importante: A transferência de calor entre dois corpos pode


ser explicada através da DIFERENÇA entre as suas
DEFINIÇÃO temperaturas;
É a parte da física, que estuda o calor; outrossim como Quando dois corpos estão com diferentes
outras partes da física, podemos interpretar os temperaturas e em contato, as moléculas lentas do corpo
fenômenos ocorridos na termologia por dois pontos de frio aumentam sua velocidade e as moléculas rápidas do
vistas diferentes, que muitas vezes se completam: corpo quente têm sua velocidade diminuída até ser
alcançado um equilíbrio [houve uma passagem de calor
1.TEMPERATURA (Energia Térmica) do corpo mais quente para mais frio];
• Sensação de quente e frio sugeridos pelos nossos A situação de equilíbrio traduz uma igualdade de
sentidos (MACROSCÓPICO); temperaturas dos corpos, constituindo um equilíbrio
• Quando considerados o movimento molecular e térmico. Logo, os corpos possuem obrigatoriamente
entendemos a temperatura a partir desse movimento temperaturas iguais;
(MICROSCÓPICO);
• É, então, a medida do grau de agitação das moléculas. “Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um
terceiro, eles estão em equilíbrio térmico entre si”. Este
ENERGIA TÉRMICA - CALOR fato é conhecido como a lei zero da termodinâmica.

- As moléculas constituintes da matéria estão num contínuo A MEDIDA DA TEMPERATURA


movimento, denominado AGITAÇÃO TÉRMICA.
2.TERMOMETRIA
- A energia cinética associada a esse movimento é chamada
de ENERGIA TÉRMICA. (Fluxo de calor – Vínculo entre SENSAÇÃO TÉRMICA:
calor e temperatura) É o sentido do tato (quente, frio e morno), que nos
proporciona a sensação térmica, que constitui a primeira
- A Energia Térmica (os cientistas atuais preferem noção de temperatura de um sistema. No entanto, esse
chamar de energia interna – soma de todas as energias no critério “sensitivo” para avaliação das temperaturas é
interior da substância) de um corpo pode variar, sendo impreciso.
diretamente proporcional ao movimento de suas moléculas.
MEDIDA DA TEMPERATURA. TERMÔMETRO
Importante: A energia térmica pode transferir-se de um O termômetro mais comum é o termômetro de
corpo para outro quando entre eles houver uma mercúrio, baseado na dilatação do mercúrio contido no
DIFERENÇA DE TEMPERATURA; bulbo.
A utilização do termômetro para avaliação da
A energia térmica em trânsito é denominada: CALOR; temperatura de um sistema fundamenta-se que, após
A medida da Quantidade de Calor trocada entre dois algum tempo em contato, o sistema e o termômetro
corpos é, portanto, uma medida de energia, onde no adquirem a mesma temperatura, isto é, alcançam o
sistema internacional (S.I) é o joule (J), e utiliza-se equilíbrio térmico.
também a caloria (cal), pois:
3. ESCALAS TERMOMÉTRICAS
1Caloria = 4,186 Joules
Atualmente a escala mais usada é a escala Celsius, que
NOÇÃO DE TEMPERATURA adota os valores de: 0(zero) para o ponto do gelo [fusão do
gelo sob pressão normal de 1 atmosfera] e 100(cem) para
DEFINIÇÃO o ponto do vapor [ebulição da água sob pressão normal de
1 atmosfera].
A medida do grau de agitação de suas moléculas. O intervalo entre os pontos fixos é dividido em 100 partes,
o que justifica os nomes de centesimal e centígrado, pois
Desta forma, supondo NÃO haver mudança de fase, cada uma dessas cem partes é a unidade da escala, o grau
quando o corpo: Celsius(°C).
Em países de língua inglesa usa-se a escala Fahrenheit, a
a) RECEBE Energia Térmica, moléculas se agitam mais qual adota os valores de: 32 para ponto do gelo e 212 para
intensamente, logo maior temperatura acarretará maior o ponto do vapor. O intervalo é dividido em 180 partes,
Energia cinética (das próprias moléculas); cada uma das quais é o grau Fahrenheit(°F).
Temos também a escala Kelvin.
b) AO PERDER ENERGIA, as moléculas se agitam menos
intensamente, logo menor temperatura acarretará menor

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4.CONVERSÃO ENTRE AS ESCALAS CELSIUS, A escala absoluta criada por Kelvin tem origem(zero)
FAHRENHEIT E KELVIN no zero absoluto e adota como unidade o kelvin (símbolo
K), cuja extensão é igual à do grau Celsius(°C). Assim ∆t

TC/5 = (TF -32)/9 = (TK – 273)/5 de 1°C é = ∆t de 1K.

5. VARIAÇÃO DE TEMPERATURA
Consideremos que a temperatura de um sistema varie
de um valor inicial (t1) para um valor final(t2) num dado
intervalo de tempo. A variação de temperatura (∆t) é dada
pela diferença entre t2 e t1:

∆t = t2 – t1

Importante:
Δt> 0 quando a temperatura subir (t2 > t1);
Δt< 0quando a temperatura descer (t2< t1);
Δt = 0quando a temperatura igual (t2 = t1).

Nota: Podemos relacionar as variações de temperaturas


expressas nas escalas Celsius(Δtc), Fahrenheit(Δtf) e
Kelvin da seguinte forma:

Δtc/5 = ΔtF/9 = ΔtK/5

6. FUNÇÃO TERMOMÉTRICA
Existem vários tipos de termômetros que diferem uns
dos outros pela grandeza termométrica.
A expressão que relaciona os valores da grandeza
termométrica com os respectivos valores da temperatura
é denominada função termométrica, geralmente é do 1º
grau.

7. A TEMPERATURA COMO MEDIDA DA AGITAÇÃO


MOLECULAR. ESCALA ABSOLUTA DE KELVIN
As partículas constituintes de um gás estão em
movimento desordenado. Este movimento é denominado
Agitação Térmica.
Cada molécula do gás é dotada de energia cinética (Ec)
própria; portanto ∑ Ec individuais de todas as moléculas
constitui a Energia Térmica do gás.
Quanto mais intensa a agitação térmica das moléculas,
maior será a energia cinética de cada uma e, em
consequência, maior a temperatura.

Nota: A temperatura pode ser entendida como


correspondendo a um nível energético dos sistemas: dois
corpos podem apresentar temperaturas iguais (mesmo
nível energético), mas possuir energias térmicas totais
diferentes.
A temperatura mais baixa que pode existir é um estado
térmico em que cessa a agitação térmica, isto é, as
moléculas estão em repouso. A esse limite inferior de
temperatura é chamado de zero absoluto, inatingível na
prática e que corresponde à temperatura de –273,15°C (≈
-273°C).

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO forma, na escala Celsius, a queda de temperatura de seu


corpo foi de:
1.O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados A)1,8°C
Unidos da América. A diferença entre a máxima B)3,0°C
temperatura do verão e a mínima no inverno anterior foi C)5,4°C
de 60°C. Qual o valor dessa diferença na escala D)6,0°C
Fahrenheit? E)10,8°C
A) 108°F
B) 60°F 6.Em dois termômetros distintos, a escala termométrica
C) 140°F utilizada é a Celsius, porém um deles está com defeito.
D) 33°F Enquanto o termômetro A assinala 74°C, o termômetro B
E) 92°F assinala 70°C e quando o termômetro A assinala 22°C, o B
assinala 20°C. Apesar disto, ambos possuem uma
2.Um estudante, no laboratório, deveria aquecer uma temperatura em que o valor medido é idêntico. Este valor
certa quantidade de água desde 25°C até 70°C. Depois de corresponde, na escala Kelvin, a:
iniciada a experiência ele quebrou o termômetro de escala A) 293 K
Celsius e teve de continuá-la com outro de escala B) 273 K
Fahrenheit. Em que posição do novo termômetro ele deve C) 253 K
ter parado o aquecimento? Nota: 0°C e 100°C D) 243 K
correspondem, respectivamente, a 32°F e 212°F. E) 223 K
A) 102°F
B) 38°F 7.Nas escalas Celsius e Fahrenheit representadas a
C) 126°F seguir, estão anotadas as temperaturas de fusão de gelo e
D) 158°F ebulição da água à pressão normal. Sabendo-se que o
E) 182°F intervalo entre as temperaturas anotadas foi dividido em
partes iguais, ao se ler 32°C, quanto marcará a escala
3.A temperatura, cuja indicação na escala Fahrenheit é 5 Fahrenheit para a mesma temperatura?
vezes maior que a da escala Celsius, é: A)112,6°F
A) 50°C B)64,0°F
B) 40°C C)89,6°F
C) 30°C D)144,0°F
D) 20°C E)100,0°F
E) 10°C

4.Uma escala de temperatura arbitrária X está


relacionada com a escala Celsius, conforme o gráfico a 8.À pressão de 1atm, as temperaturas de ebulição da água
seguir. e fusão do gelo na escala Fahrenheit são, respectivamente,
212°F e 32°F.
A temperatura de um líquido que está a 50°C à pressão de
1atm, é, em °F:
A) 162
B) 90
C) 106
D) 82
As temperaturas de fusão do gelo e ebulição da água, sob E) 122
pressão normal, na escala X são, respectivamente,
A) -60 e 250 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
B) -100 e 200
C) -150 e 350 9.Uma escala termométrica X é construída de modo que a
D) -160 e 400 temperatura de 0°X corresponde a -4°F, e a temperatura
E) -200 e 300 de 100°X corresponde a 68°F. Nesta escala X, a
temperatura de fusão do gelo vale:
5.Um turista brasileiro sente-se mal durante a viagem e é A) 10 °X
levado inconsciente a um hospital. Após recuperar os B) 20 °X
sentidos, sem saber em que local estava, é informado que C) 30 °X
a temperatura de seu corpo atingira 104 graus, mas que já D) 40 °X
"caíra" de 5,4 graus. Passado o susto, percebeu que a E) 50 °X
escala termométrica utilizada era a Fahrenheit. Desta

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10.Uma caixa de filme fotográfico traz a tabela


apresentada a seguir, para o tempo de revelação do filme,
em função da temperatura dessa revelação.

A temperatura em °F corresponde exatamente ao seu


Pelo gráfico, pode-se concluir que o intervalo de
valor na escala Celsius, apenas para o tempo de revelação,
temperatura de 1,0°C é equivalente a:
em min, de:
A)0,50°X
A) 10,5
B)0,80°X
B) 9
C)1,0°X
C) 8
D)1,5°X
D) 7
E)2,0°X
E) 6
14.Para uma mesma temperatura, os valores indicados
11.Em um termômetro de líquido, a propriedade
pelos termômetros Fahrenheit (F) e Celsius (C) obedecem
termométrica é o comprimento y da coluna de líquido. O
à seguinte relação: F=1,8.C+32.
esquema a seguir representa a relação entre os valores de
Assim, a temperatura na qual o valor indicado pelo
y em cm e a temperatura t em graus Celsius.
termômetro Fahrenheit corresponde ao dobro do indicado
pelo termômetro Celsius vale, em °F:
A) - 12,3
B) - 24,6
C) 80
D) 160
E) 320

15. O nitrogênio, à pressão de 1,0 atm, se condensa a uma


Para esse termômetro, a temperatura t na escala Celsius temperatura de -392 graus numa escala termométrica X.
e o valor de y em cm satisfazem a função termométrica: O gráfico representa a correspondência entre essa escala
A) t = 5y e a escala K (Kelvin). Em função dos dados apresentados
B) t = 5y + 15 no gráfico, podemos verificar que a temperatura de
C) t = y + 25 condensação do nitrogênio, em Kelvin, é dada por
D) t = 60 y – 40 A) 56
E) t = y B) 77
C) 100
12.Relativamente à temperatura -300°C (trezentos graus D) 200
Celsius negativos), pode-se afirmar que a mesma é: E) 273
A) uma temperatura inatingível em quaisquer condições e
em qualquer ponto do Universo.
B) a temperatura de vaporização do hidrogênio sob
pressão normal, pois, abaixo dela, este elemento se
encontra no estado líquido. 16. Num determinado trabalho, cria-se uma escala
C) a temperatura mais baixa conseguida até hoje em termométrica X utilizando as temperaturas de fusão (-
laboratório. 30°C) e de ebulição (130°C) de uma substância, como sendo
D) a temperatura média de inverno nas regiões mais frias 0°X e 80°X, respectivamente. Ao medir a temperatura de
da Terra. um ambiente com um termômetro graduado nessa escala,
E) a menor temperatura que um corpo pode atingir quando obtivemos o valor 26°X. Essa temperatura na escala
o mesmo está sujeito a uma pressão de 273 atm. Celsius corresponde a:
A) 14°C
13.O gráfico representa a relação entre a temperatura B) 18°C
medida numa escala X e a mesma temperatura medida na C) 22°C
escala Celsius. D) 28°C
E) 41°C

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DESAFIOS

17. O gráfico a seguir representa a correspondência entre


uma escala X e a escala Celsius. Os intervalos de um grau
X e de um grau Celsius são representados nos respectivos
eixos, por segmentos de mesmo comprimento. A expressão
que relaciona essas escalas é:

A) tx = (tc + 80)
B) (tc/80) = (tx/100)
C) (tc/100) = (tx/80)
D) tx = (tc - 80)
E) tx = tc

18. Com o objetivo de recalibrar um velho termômetro com


a escala totalmente apagada, um estudante o coloca em
equilíbrio térmico, primeiro, com gelo fundente e, depois,
com água em ebulição sob pressão atmosférica normal. Em
cada caso, ele anota a altura atingida pela coluna de
mercúrio: 10,0cm e 30,0cm, respectivamente, medida
sempre a partir do centro do bulbo. A seguir, ele espera
que o termômetro entre em equilíbrio térmico com o
laboratório e verifica que, nesta situação, a altura da
coluna de mercúrio é de 18,0cm. Qual a temperatura do
laboratório na escala Celsius deste termômetro?

A) 20°C
B) 30°C
C) 40°C
D) 50°C
E) 60°C

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CAPÍTULO 02 α é o coeficiente de dilatação linear (característico de


cada material).
DILATAÇÃO TÉRMICA DOS
SÓLIDOS E LÍQUIDOS Os metais estão entre as substâncias que mais se
dilatam, apresentando maior coeficiente de dilatação.
DEFINIÇÃO
Geralmente, quando aumenta a temperatura de um O α (coeficiente de dilatação linear) corresponde a um
corpo, suas dimensões aumentam; outrossim ocorre a valor médio entre a Tinicial e Tfinal.
contração térmica ao diminuírem as dimensões do corpo, Outra expressão para dilatação linear:
em virtude da diminuição da temperatura.
A dilatação de um corpo pelo aumento de temperatura L – Lo = α. Lo.ΔtL=Lo + α. Lo.Δt ≡
é consequência do aumento da agitação das partículas do
corpo: as mútuas colisões, mais violentas após o
aquecimento, causam maior separação entre as moléculas.
L = Lo.(1+α.Δt)
O estudo da dilatação dos sólidos é feito da seguinte
maneira: 3. DILATAÇÃO SUPERFICIAL
Uma chapa metálica tem comprimento e largura
Dilatação Linear: consideráveis, porém sua espessura é desprezível.
Aumento de uma dimensão, como por exemplo, o
comprimento de uma barra. (a)
ΔS = So. β. Δt
Dilatação Superficial:
ΔS corresponde ao aumento na superfície da peça;
Aumento da área de uma superfície, como a de uma placa.
So indica a superfície inicial da peça;
(b)
β é o coeficiente de dilatação superficial do material da
peça. Seu valor é β = 2α.
Dilatação Volumétrica:
Aumento do volume de um corpo. (c)
Temos também S = So.(1 +β. Δt)
Portanto, a dilatação superficial (ΔS) é diretamente
proporcional à área inicial (So) e à variação de temperatura
(Δt) .

4. DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Quando as três dimensões do sólido são relevantes,
havendo uma modificação na sua temperatura, haverá em
consequência, uma alteração no seu volume.

Nota1: Na verdade, a dilatação de um sólido é sempre A dilatação volumétrica pode ser medida por:
volumétrica, pois suas três dimensões estão variando com
a temperatura.
ΔV = Vo. γ. Δt
Nota 2: Quanto aos líquidos, o fato de não terem forma
própria e estarem contidos em recipientes sólidos, obriga- e
nos a estudar apenas a DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA.
V = Vo( 1 + γΔt )
Dilatação LINEAR
ΔV indica a variação no volume ( V – V0 ) ;
V corresponde ao volume final (x.y.z) ;
Aquecendo uma peça metálica com grande comprimento,
Vo corresponde ao volume inicial ;
mas de largura e espessura desprezíveis, ocorrerá um
γ => é o coeficiente de dilatação volumétrica, e seu valor é
aumento expressivo apenas no seu comprimento, e esse
dado por: γ = 3α
aumento é proporcional ao (LO), (∆t) e (α).

Portanto, a dilatação volumétrica ( ΔV) é diretamente


ΔL = L. α. Δt proporcional ao volume inicial ( Vo) e à variação de
ondeΔL = L - LOe Δt = tf - ti temperatura (Δt) .
e
LO é o comprimento inicial
Δt é a variação de temperatura
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5. DILATAÇÃO TÉRMICA DOS LÍQUIDOS

A dilatação volumétrica de um líquido segue uma lei


idêntica à da dilatação dos sólidos, válida quando o
intervalo de temperatura considerado não é muito
grande.
A variação (ΔV) do volume líquido é diretamente
proporcional ao volume inicial (Vo), e a variação de
temperatura (Δt) ocorrida:

ΔV = γ. Vo . Δt, onde γ é uma constante de


proporcionalidade denominada coeficiente de dilatação
real do líquido, cuja unidade é o o °C-1

Como o líquido sempre está contido num recipiente


sólido, que também se dilata, a medida da dilatação do
líquido é feita indiretamente.
O volume líquido extravasado mede a dilatação
aparente do líquido(ΔVap) e não a dilatação real (ΔV), pois
o frasco também dilatou .

Nota: A dilatação aparente (ΔVap) e a dilatação do


frasco(ΔVF) são proporcionaisao volume inicial (Vo) e a
variação de temperatura (Δt)

ΔVap= γap.V0. Δt e ΔVF = γF.V0. Δt

γap é o coeficiente de dilatação aparente do líquido;


γF é o coeficiente de dilatação volumétrica dofrasco.

6. RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES


Considerando a relação da dilatação real do líquido:
ΔVR = ΔVap + ΔVF, pois fazendo a devida substituição, temos
que:

γ. Vo . Δt = γap.V0. Δt + γF.V0. Δt,


logo: γ = γap+γF
ou

γap= γ - γF
O coeficiente de dilatação aparente de umlíquido é
dado pela diferença entre γ e o γF .
O γap depende da natureza do líquido e do material que
constitui o recipiente, que o contém.

7. COMPORTAMENTO ANÔMALO DA ÁGUA

A água quando é aquecida de 0°C até 4°C sofre uma


diminuição (contração) no seu volume.
Este fato é consequência do rompimento nas pontes de
hidrogênio, que ocorre nesta faixa de temperatura,
provocando uma aproximação das moléculas.
A partir dos 4°C, sendo aquecida, a água aumenta de
volume (dilatação).

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EXEMPLOS DE FIXAÇÃO para 40°C.


A)0,01196 cm3
1. Uma barra apresenta a 10°C comprimento de 90 m, B)0,02196 cm3
sendo feita de um material cujo coeficiente de dilatação C)0,03196 cm3
linear médio vale 19 x 10-6 °C-1. A barra é aquecida até D)0,04196 cm3
20°C. A dilatação ocorrida e o comprimento final da barra
são, respectivamente: 6. Um recipiente de vidro de coeficiente de dilatação
A)0,0121 m e 90,0171 m linear médio 9 x 10-6 °C-1 tem volume de 100 cm3 a 0°C,
B)0,0171 m e 90,0171 m estando completamente cheio com um líquido. Ao ser
C)0,0121 m e 90,0171 m aquecido até 200°C, extravasam 5 cm3 de líquido. O
D)0,0121 m e 60,0171 m coeficiente de dilatação aparente do líquido e o
coeficiente de dilatação real do líquido são,
2.O gráfico mostra como varia o comprimento de uma respectivamente, de:
barra metálica em função da temperatura. O coeficiente A)1,5 x 10-4 °C-1 e 2,23 x 10-4 °C-1
de dilatação linear médio do metal, no intervalo de B)2,5 x 10-4 °C-1 e 2,77 x 10-4 °C-1
temperatura considerado é de: C)2,5 x 10-4 °C-1 e 1,23 x 10-4 °C-1
D)1,5 x 10-4 °C-1 e 1,23 x 10-4 °C-1

7. Quando dois corpos de materiais diferentes estão em


equilíbrio térmico, isolados do meio ambiente, pode-se
afirmar que:
A) o mais quente é o que possui menor massa.
A) 2,5.10-5 B) apesar do contato, suas temperaturas não variam.
B) 12,5.10-4 C) o mais frio fornece calor ao mais quente.
C) 12,5.10-5 D) suas temperaturas dependem de suas densidades.
D) 10,5.10-5 E) o mais quente fornece calor ao mais frio.

3.Na figura, a plataforma P é horizontal por estar apoiada 8. Uma ponte de aço tem 1000 m de comprimento. O
nas barras A e B de coeficientes de dilatação iguais, coeficiente de dilatação linear do aço é de 11. 10-6 °C-1. A
respectivamente, a αA e αB. Determine a relação entre os expansão da ponte, quando a temperatura sobe de 0°C para
comprimentos iniciais LA e LB das barras, a fim de que a 30°C, é de :
plataforma P permaneça horizontal em A) 33 cm
qualquer temperatura. B) 37 cm
D) 52 cm
E) 99 cm

9. Uma torre de aço, usada para transmissão de televisão,


tem altura de 50m quando a temperatura ambiente é de
40°C. Considere que o aço dilata-se, linearmente, em
média, na proporção de 1/100.000, para cada variação de
1°C. À noite, supondo que a temperatura caia para 20°C, a
A) LA/LB = αB/αA variação de comprimento da torre, em centímetros, será
B) LA/LB = 2αB/αA de
C) LA/LB = αB/2αA A) 1,0
D) LA/2LB = αB/αA B) 1,5
C) 2,0
4.Uma placa apresenta inicialmente área de 1 m2 a 0°C. Ao D) 2,5
ser aquecida até 50°C, sua área aumenta de 0,8 cm2.
Determine o coeficiente de dilatação linear médio do 10. Duas barras metálicas de mesmo comprimento inicial, à
material que constitui a placa. mesma temperatura, são aquecidas. Se o comprimento
A) 1,8.10-6ºC-1 final é o mesmo para as duas barras, podemos concluir que:
B) 2,8.10-4 ºC-1 A) as duas barras são do mesmo metal
C) 0,8.10-4ºC-1 B) a temperatura final é a mesma para as duas barras
D) 0,8.10-6ºC-1 C) são necessariamente do mesmo material e as
temperaturas finais são iguais
5. O coeficiente de dilatação linear médio de um sólido D) o produto αΔt é o mesmo para as duas barras metálicas
homogêneo é 12,2 x 10-6 °C-1. Um cubo desse material tem E) o de maior coeficiente de dilatação sofreu maior
volume de 20 cm3 a 10°C. Determine o aumento de volume variação de temperatura
experimentado pelo cubo quando sua temperatura se eleva
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 15. Uma chapa de ferro com um furo central é aquecida. Com
aumento de temperatura:
11. Uma lâmina bimetálica é construída com dois metais A A)tanto a chapa como o furo tendem a diminuir
e B, cujos coeficientes de dilatação linear guardam entre B)a chapa aumenta como o furo tendem a aumentar
si a relação αA = 2αB . A lâmina se apresenta na horizontal à C)o furo permanece constante e a chapa aumenta
temperatura To. À temperatura T>To ela aparecerá: D)sucede algo diferente de que foi mencionado
anteriormente

16. Um copo de alumínio de volume 300ml está cheio até a


borda com um líquido, ambos em equilíbrio térmico à
A) reta e horizontal
temperatura ambiente. Eleva-se, então, muito lentamente,
B) encurvada para baixo
a temperatura ambiente desde 15°C até 35°C. Qual volume
C) encurvada para cima
do líquido que transborda? (os coeficientes volumétricos
D) reta e vertical
de dilatação térmica do líquido e do alumínio valem ,
respectivamente 10,7 . 10-4 °C-1 e 0,7 . 10-4 °C-1).
12. O gráfico mostra como varia o comprimento (L) de uma
A) 5 ml
barra metálica em função da temperatura T.Podemos
B) 6 ml
afirmar que o coeficiente de dilatação linear do metal é:
C) 10 ml
D) 15 ml
E) 12 ml

17. Quando aumentamos a temperatura dos sólidos e dos


líquidos, normalmente seus volumes aumentam.
Entretanto, algumas substâncias apresentam um
A) 2,0 . 10-5 °C-1 comportamento anômalo, como é o caso da água, mostrado
B) 6,0 . 10-5 °C-1 no gráfico a seguir. Assinale a afirmativa CORRETA.
C) 4,0 . 10-5 °C-1
D) 8,0 . 10-5 °C-1
E) 10. 10-5 °C-1
13. O vidro pirex apresenta maior resistência ao choque
térmico do que o vidro comum porque:
A) possui alto coeficiente de rigidez.
B) tem baixo coeficiente de dilatação térmica.
C) tem alto coeficiente de dilatação térmica.
D) tem alto calor específico.
A) O volume da água aumenta e sua densidade diminui,
14. Numa experiência de laboratório, sobre dilatação quando ela é resfriada abaixo de 4°C.
superficial, foram feitas várias medidas das dimensões de B) Entre 4°C e 0°C, a diminuição de temperatura faz com
uma superfície S de uma lâmina circular de vidro em função que a água se torne mais densa.
da temperatura T. Os resultados das medidas estão C) Quando a água é aquecida, a partir de 4°C sua densidade
representados no gráfico a seguir. Com base nos dados e seu volume aumentam.
experimentais fornecidos no gráfico, pode-se afirmar, D) Quando a água está a 4°C, ela apresenta a sua menor
corretamente, que o valor numérico do coeficiente de densidade.
dilatação linear do vidro é:
A) 24 x10-6°C-1. 18. Uma companhia compra 1,0 . 10 4 litros de petróleo a
B) 18 x10-6°C-1. 30°C. Se o petróleo, cujo coeficiente de dilatação
C) 12 x10-6°C-1. volumétrica é 9,0 . 10-4 for vendido à temperatura de 10°C,
D) 9 x10-6°C-1. qual a perda da companhia em litros?
E) 6 x10-6°C-1. A) 180 litros
B) 90 litros
C) 90. 10-3 litros
D) 2,7 . 10-2 litros
E) 1,8 . 10-2 litros

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DESAFIOS

19. Qual deve ser a variação de temperatura aproximada


sofrida por uma barra de alumínio para que ela atinja uma
dilatação correspondente a 0,2% de seu tamanho inicial?
DADOS: Considere o coeficiente de dilatação do alumínio
como 23x10 – 6 °C – 1.
A) 97 °C
B) 7 °C
C) 70 °C
D) 87 °C

20. Sabendo-se que, para qualquer temperatura, a


diferença entre os comprimento de duas barras de metal
é de 100 cm e os coeficientes de dilatação linear valem
12.10-6 °C-1 e 17.10-6 °C-1, calcule o comprimento inicial da
barra maior(LoA):

A) 350 cm
B) 360 cm
C) 340 cm
D) 370 cm
E) 330 cm

21. A figura abaixo representa uma plataforma horizontal


P simplesmente apoiado sobre duas colunas, uma de
alumínio e outra de ferro. O desnível entre as duas colunas,
quando todo o conjunto esta a 0°C ,é de 20 cm. A
plataforma deve permanecer na horizontal qualquer que
seja a temperatura do ambiente. O coeficiente de
dilatação linear do alumínio é 2,4 . 10-5 °C-1 e do ferro 1,2 .
10-5 °C-1. Os comprimentos das colunas de alumínio e ferro
a 0°C, valem, respectivamente:

A) 40 cm e 30 cm
B) 30 cm e 50 cm
C) 15 cm e 35 cm
D) 35 cm e 15 cm
E) 20 cm e 40 cm

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CAPÍTULO 03 específico c do material que o constitui define a


Capacidade térmica do corpo:
CALORIMETRIA

1. ENERGIA TÉRMICA EM TRÂNSITO: CALOR C = m . c


Considere dois corpos A e B em diferentes
temperaturas tA e tB , tais que tA>tB. Colocando-os em Em função da capacidade térmica, a equação
presença, verifica-se que a energia térmica é transferida fundamental fica:
de A para B. Essa energia térmica em trânsito é
denominada calor. Q = C . Δt
A passagem do calor cessa ao ser atingido o equilíbrio
ou
térmico, isto é, quando as temperaturas se igualam. C = Q / Δt
CALOR é energia térmica em trânsito entre corpos a
As unidades usadas para capacidade térmica são: J/K
diferentes temperaturas.
, cal/°C e cal/K .
A unidade em que é medida a quantidade de calor Q
trocada pelos corpos é a unidade de energia, já que se
3. CALOR LATENTE
trata de energia térmica em trânsito. Assim, no Sistema
Há fenômenos térmicos em que ocorrem trocas de
Internacional, a unidade de quantidade de calor é o
calor e a temperatura permanece constante. É o que
joule(J). Entretanto, por razões históricas, existe outra
acontece, por exemplo, durante as mudanças de fase.
unidade, a caloria(cal), cuja relação com o joule é: 1cal =
Imaginemos um recipiente contendo gelo inicialmente a
4,186 J e o múltiplo: 1kcal = 1000 cal .
0°C. Se colocarmos esse sistema em presença de uma
fonte de calor, notaremos que, com o passar do tempo, o
2. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA E
gelo se transforma em água líquida (fusão do gelo), mas a
CALOR ESPECÍFICO.
temperatura durante a fusão permanece constante (0°C).
A quantidade de calor Q recebida (ou cedida) por um
Assim, o sistema está recebendo calor da fonte, mas a
corpo[admitindo que o corpo não está sofrendo mudança
temperatura não varia.
de estado durante o recebimento ou a cessão de
Quando o gelo se derrete, verifica-se que ele deve
calor.]depende de sua massa m, da variação de
receber, por grama, 80 calorias, mantendo-se a
temperatura Δt = tf – ti(onde ti é a temperatura inicial e
temperatura constante em 0°C.
tf a temperatura final) e da natureza do material que o
Essa quantidade (80 calorias por grama) é denominada
constitui. Essa afirmação é comprovada
calor latente de fusão do gelo: Lf = 80 cal/g . Assim:
experimentalmente.
Calor Latente (L) de uma mudança de fase é
Q = m. c. Δt numericamente a quantidade de calor que a substância
recebe (ou cede), por unidade de massa, durante a
Nessa fórmula, conhecida como equação fundamental transformação, mantendo-se constante a temperatura.
da Calorimetria,o coeficiente de proporcionalidade c é uma Assim, como a quantidade de calor é positiva (Q > 0),
característica do material que constitui o corpo, quando o corpo recebe calor, e negativa (Q < 0), quando o
denominada de calor específico. Sua unidade usual é cede, o calor latente poderá ser positivo ou negativo,
cal/g°C, como se infere da equação : conforme a mudança de fase ocorra com ganho ou perda
de calor.
c = Q / m. Δt ,
Nota:O calor específico de uma substância depende da Ex: Fusão do gelo (a 0°C): LF = 80 cal/g
temperatura(um valor médio para o intervalo Δt). Solidificação da água (a 0°C): LS = - 80 cal/g
Observe que se m=1g e Δt = 1°C, c = Q Vaporização da água (a 100°C): LV =540 cal/g
(numericamente), isto é, o calor específico de uma Condensação do vapor(a100°C): LC=-540 cal/g
substância mede numericamente a quantidade de calor
que faz variar de 1°C a temperatura da massa de uma Q = m . L
grama da substância.
Quando a temperatura de um corpo se eleva, ele
recebeu calor. Se a temperatura de um corpo diminui, é
4. TROCAS DE CALOR E CALORÍMETRO
por que ele cedeu calor.
Dois corpos A e B, colocados num recinto termicamente
ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA: CALOR RECEBIDO,
isolado, não trocam calor com o meio ambiente. Se a
pois Δt = tf – ti e se tf > ti , logo Δt> 0 e Q > 0 .
temperatura de A é maior que a de B, há transferência de
ABAIXAMENTO DE TEMPERATURA: CALOR
calor do primeiro para o segundo, até que se estabeleça o
CEDIDO, pois Δt = tf – ti e se tf < ti,logo Δt< 0 e Q < 0.
equilíbrio. Como não há outros corpos trocando calor, se A
perder, por exemplo, 50 calorias nesse intervalo de
Observação: O produto da massa m de um corpo pelo calor
tempo, B terá recebido exatamente 50 calorias. Pela
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convenção de sinais estabelecida: QA = -50cal e QB = 50cal,


então percebe-se que:
QA = - QB
ou

QA + Q B = 0
Podemos então enunciar o princípio geral que rege as
trocas de calor: Se dois ou mais corpos trocam calor Durante a fusão, a temperatura não varia, pois calor
entre si, a soma algébrica das quantidades de calor trocado durante o processo corresponde à energia
trocadas pelos corpos, até o estabelecimento do necessária para desfazer o retículo cristalino do sólido.
equilíbrio térmico, é NULA.
Aquecendo-se o líquido, sua temperatura cresce,
aumentando a agitação de suas moléculas. Alcançada a
ΣQrecebida + ΣQcedida = 0 temperatura de ebulição, o calor recebido pelo líquido
corresponde à energia necessária para vencer as forças de
Geralmente, os corpos que trocam calor são colocados coesão entre as moléculas :o líquido ferve e a
no interior de dispositivos especiais denominados temperatura não varia durante o processo.
calorímetros, isolados termicamente do meio exterior.
O calorímetro participa das trocas de calor, embora na 6. DIAGRAMA DE FASES
maioria dos casos essa participação seja pouco acentuada. A fase em que uma substância se encontra depende
No entanto, quando o calorímetro absorve uma quantidade de suas condições de pressão e temperatura, podendo
de calor considerável, definimos para ele uma capacidade estar também num estado que corresponda ao equilíbrio
térmica ( C ), expressa pela relação entre o calor entre duas fases ou mesmo entre as três fases.
absorvido( Q )e a variação de temperatura ( Δt ) que Representando-se os diferentes estados da substância no
ele sofre: C= Q / Δt gráfico pt, obtemos o denominado diagrama de fases da
substância. Na figura abaixo apresentamos o diagrama de
5. MUDANÇAS DE FASE fases para o dióxido de carbono (CO2) e para a água.

Uma substância pura (Ex: água) pode se apresentar em


três fases: sólida, líquida e gasosa.

Na fase gasosa, a substância não apresenta nem


forma e nem volume definidos. As forças de coesão entre
as moléculas são extremamente fracas e permitem grande
liberdade de movimentação às moléculas.
Na fase líquida, as distâncias médias entre as
moléculas são bem menores que nos gases à mesma
pressão. No entanto, o fato de a forma do líquido ser
facilmente variável indica que suas moléculas ainda
possuem certa liberdade de movimentação. A menor
distância intermolecular, porém, faz com que as forças de
coesão entre as moléculas sejam mais intensas no líquido.
Do mesmo modo que nos gases, podemos estabelecer que
No diagrama de fases, a curva que delimita as regiões
as moléculas do líquido possuem energia cinética média
correspondentes às fases sólidas e líquidas constitui a
dependente da temperatura.
curva de fusão, figurativa dos estados de equilíbrio entre
Na fase sólida, as moléculas estão dispostas com
o sólido e o líquido. A curva que separa as regiões que
regularidade, num arranjo especial denominado retículo
correspondem às fases líquida e de vapor é a curva
cristalino. As forças de coesão são intensas, permitindo
vaporização, cujos pontos representam os estados de
às moléculas apenas ligeiras vibrações em torno de
equilíbrio entre o líquido e o vapor.
posições médias. Os sólidos possuem forma e volume bem
A curva de sublimação, entre as regiões das fases
definidos.
sólidas e de vapor, figura os estados de equilíbrio entre
Em determinadas condições de pressão e temperatura,
essas duas fases.
uma substância pode passar de uma fase para outra,
O estado representado pelo ponto comum às três
ocorrendo então uma mudança de fase ou mudança de
curvas é denominado ponto triplo ou tríplice e
estado de agregação. As mudanças de fase possíveis a uma
corresponde ao equilíbrio entre as três fases da
substância estão representadas na figura abaixo:
substância.

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7. EQUILÍBRIO SÓLIDO↔ LÍQUIDO. FUSÃO E


SOLIDIFICAÇÃO
Se um sólido cristalino for aquecido sob pressão
constante, superior à do ponto triplo, ele sofre fusão a
uma temperatura característica tF , a qual permanece
constante durante o processo. O calor absorvido por
unidade de massa, enquanto o corpo se funde, constitui o
calor latente de fusão da substância. Durante a fusão,
coexistem as fases sólida e líquida do material.

b) Substâncias que se contraem na fusão => Estão nesse


caso, além da água, o bismuto, o ferro e o antimônio. O
aumento da pressão faz diminuir a temperatura de
fusão; outrossim, para estas substâncias a curva de fusão
apresenta a fase sólida com menor densidade que a fase
líquida (VS > VL).
c)

Quando um líquido é resfriado sob pressão constante,


ele sofre solidificação à mesma temperatura na qual o
sólido se funde (sob mesma pressão). Durante a
solidificação, a temperatura permanece constante. O calor
perdido por unidade de massa, enquanto o líquido se
solidifica, é o calor latente de solidificação da substância,
cujo valor é igual, em módulo, ao calor latente de fusão.

8. EQUILÍBRIO LÍQUIDO ↔ VAPOR . EBULIÇÃO E


CONDENSAÇÃO
Se aquecermos uma substância pura na fase líquida, sob
pressão constante , ela ferve, isto é, sofre ebulição numa
Para a água, os calores latentes de fusão e de temperatura tV característica que permanece constante
solidificação valem: LF = 80 cal/g e LS = -80 cal/g . durante o processo. O calor que o líquido absorve por
Pela análise do diagrama de fase da água e do CO2 , unidade de massa, enquanto ferve, constitui o calor
depreende-se que a temperatura de fusão (de latente de vaporização da substância. Durante a ebulição,
solidificação) depende da pressão a que a substância está coexistem as fases líquida e gasosa do material.
submetida. Contudo, a influência da pressão sobre o ponto
de fusão nãose dá do mesmo modo para as duas
substâncias.

a) Substâncias que se dilatam na fusão=> É o que


acontece com a maioria das substâncias e corresponde ao
comportamento do CO2. Nesse caso, o aumento da
pressão faz aumentar a temperatura de fusão;
outrossim, para estas substâncias, a densidade do sólido
é maior que a densidade do líquido (VS < VL).

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O vapor de uma substância pura, ao ser resfriado sob 9. EQUILÍBRIO SÓLIDO ↔ VAPOR .
pressão constante, transforma-se em líquido (condensação SUBLIMAÇÃO
ou liquefação) na mesma temperatura em que o líquido
ferve, logo o calor perdido por unidade de massa durante
a mudança de fase é o calor latente de condensação, igual,
em módulo, ao calor latente de vaporização. Pra a água, os
calores latentes na transição líquido-vapor, sob pressão
normal, valem: LV = 539 cal/g e LC = -539 cal/g

Se um sólido cristalino for aquecido sob pressão


constante, inferior à pressão do ponto triplo, ele sofre
sublimação, numa temperatura característica tS que
permanece constante durante o processo. Se, sob a mesma
pressão, o vapor da substância for resfriado, ele se
transforma em sólido(sublimação ou cristalização), à
mesma temperatura em que ocorreu o processo anterior.
Nas condições ambientes, são poucas as substâncias
A temperatura de ebulição de um líquido depende da que se sublimam. É o caso do iodo e do gelo seco (CO 2
pressão exercida sobre ele. Para qualquer substância, se a sólido). No entanto, qualquer substância (exceto o hélio)
pressão externa aumentar, o líquido ferverá numa pode ser sublimar, dependendo das condições físicas a que
temperatura mais elevada. A influência da pressão no esteja submetida.
ponto de ebulição, é traduzida no gráfico da curva de
vaporização, onde na ebulição há aumento de volume.
A água, em particular, ferve a 100°C ao nível do mar,
onde a pressão atmosférica é normal (1atm). Em maiores
altitudes, a ebulição da água ocorre em temperaturas
mais baixas, porque a pressãoatmosférica é menor.

Obs: No interior de uma panela de pressão, a água está


sujeita a uma pressão maior que 1 atm e, por isso, ferve a
uma temperatura superior a 100°C. Em consequência, os
alimentos cozinham em menos tempo.

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EXEMPLOS DE FIXAÇÃO 6. Dois corpos sólidos receberam a mesma quantidade de


calor e sofreram o mesmo aumento de temperatura.
1. O gráfico mostra a quantidade de calor Q recebida por Podemos concluir que os corpos têm mesmo(a):
um corpo de 100 g, em função de sua temperatura t. O A) massa
calor específico do material de que é feito o corpo, em B) densidade
cal/g°C, vale: C) capacidade térmica
D) calor específico
E) coeficiente de dilatação

7. A quantidade de calor necessária, em média, para elevar


de 1o C a temperatura de 1 g de uma substância é igual,
numericamente, à grandeza:
A) capacidade térmica
A) 0,20 B) equivalente térmico.
B) 0,08 C) calor de fusão
C) 0,38 D) calor latente.
E) 0,30 E) calor específico.

2. O calor específico da água é 1 cal/g.°C (uma caloria por 8. Quando dois corpos de tamanhos diferentes estão em
grama grau Celsius). Isso significa que: contato e em equilíbrio térmico, e ambos isolados do meio
A) para se aumentar a temperatura em um grau Celsius de ambiente, pode-se dizer que:
um grama de água, deve-se fornecer um caloria. A) o corpo maior é o mais quente.
B) para se diminuir a temperatura em um grau Celsius de B) o corpo menor é o mais quente.
um grama de água, deve-se fornecer um caloria. C) o corpo maior cede calor para o corpo menor.
C) para se diminuir a temperatura em um grau Celsius de D) não há troca de calor entre os corpos.
um grama de água, devem-se retirar 10 calorias. E) o corpo menor cede calor para o corpo maior.
D) para se aumentar a temperatura em um grau Celsius de
um grama de água, deve-se retirar um caloria. 9. Para que dois corpos possam trocar calor é necessário
3. Numa garrafa térmica há 100 g de leite à temperatura que:
de 90°C. Nessa garrafa são adicionados 20 g de café I. estejam a diferentes temperaturas.
solúvel à temperatura de 20°C. O calor específico do café II. tenham massas diferentes.
vale 0,5 cal/(g°C) e o do leite vale 0,6 cal/(g°C). A III. exista um meio condutor de calor entre eles.
temperatura final do café com leite é de: Quais são as afirmativas corretas?
A) 80°C A) Apenas I e III
B) 50°C B) Apenas I
C) 67°C C) Apenas I e II.
D) 42°C D) Apenas II
E) 60°C E) I, II e III.

10. Considere seus conhecimentos sobre mudanças de fase


4. O calor necessário para fazer com que 1,0 tonelada de e analise as afirmações I, II e III, referentes à
gelo a - 50 °C se transforme, sob pressão normal, em água substância água, um recurso natural de alto valor.
líquida é, em joules, I. Durante a transição de sólido para líquido, a
Dados: cgelo= 2,0 × 103 J/kg °C Lfusão = 3,3 × 105 J/kg temperatura não muda, embora uma quantidade de calor
A) 1,0 × 108 tenha sido fornecida à água.
B) 3,3 × 108 II. O calor latente de condensação da água tem um valor
C) 4,3 × 108 diferente do calor latente de vaporização.
D) 5,3 × 108 III. Em determinadas condições, a água pode coexistir na
E) 6,3 × 108 fase sólida, líquida e gasosa.
Pode-se afirmar que
5. Calor é uma: A) apenas a afirmação I é correta.
A) forma de energia transferida devido à diferença de B) apenas as afirmações I e II são corretas.
temperatura. C) apenas as afirmações I e III são corretas.
B) medida da energia interna de um corpo. D) apenas as afirmações II e III são corretas.
C) forma de energia atribuida aos corpos quentes. E) as afirmações I, II e III são corretas.
D) forma de energia inexistente nos corpos frios.
E)forma de temperatura.

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11. A capacidade térmica de um corpo sólido é C = 10


cal/oC. Para que o corpo sofra uma variação de
temperatura de 20o C, é necessário que o corpo receba,
no mínimo:
A) 50 cal
B) 200 cal
C) 150 cal A) O calor latente de fusão da substância é igual a 30
D) 180 cal cal/g.
E) 100 cal B) O calor específico na fase sólida é maior do que o calor
específico da fase líquida.
12. Quando o gelo se derrete, verifica-se, C) A temperatura de fusão da substância é de 300 °C.
experimentalmente, que ele deve receber, por grama, 80 D) O calor específico na fase líquida da substânciavale 1,0
calorias, mantendo-se a temperatura constante em 0°C. A cal.g-1.°C.-1
quantidade de calor, em caloria, para derreter 100 g de
gelo é de: 16. Um bloco de chumbo, de 100 g, absorve 62 cal e sofreu
A) 800 cal um acréscimo de 62o C, conservando-se no mesmo estado
B) 100 cal de agregação. Assim, o calor específico do chumbo, em
C) 8000 cal calorias por grama por graus Celsius, e a capacidade
D) 1000 cal térmica do bloco, em calorias por grau Celsius, valem
E) 80 cal respectivamente:
A) 1,0 e 0,010
EXERCÍCIOS PROPOSTOS B) 0,62 e 0,062
C) 0,010 e 1,0
13. Inicialmente 48 g de gelo a 0°C são colocados num D) 0,062 e 0,62
calorímetro de alumínio de 2,0 g, também a 0°C. Em E)0,010 e 0,62
seguida,75 g de água a 80 °C são despejados dentro desse
recipiente. Calcule a temperatura final do conjunto.
17. O calor específico do alumínio é 0,22 cal/gºC. Isto
Dados: calor latente do gelo Lg= 80cal/g, calor específico
significa que ao fornecer 2200 cal a uma amostra de 50 g
da água c(H2O) = 1,0 cal g-1 °C-1, calor específico do
de alumínio a 10ºC, sem que haja mudança de estado, ela
alumínio c(Al) = 0,22 cal g-1 °C-1.
A)15,7ºC atingirá uma temperatura, em oC, de:
B) 17,5°C A) 110
C)16,3ºC B) 310
D)18,1ºC C) 410
D) 210
14. Para certo procedimento industrial, necessita-se de E) 510
água a 20 °C, mas só se dispõe de água no estado sólido a
18. Misturam-se 1 litro de água a 20ºC com 2 litros de água
0 °C (gelo) e água fervendo a 100 °C. A relação entre a
a 50ºC. Admitindo-se que a troca de calor se deu apenas
massa de gelo e a massa de água fervendo que se deve
entre os líquidos, pode-se afirmar que a mistura
misturar em um recipiente adiabático, para a obtenção do
resultante terá temperatura igual a:
desejado, é:
A) 50ºC
Dados: calor latente de fusão da água = 80 cal/g, calor
B) 40ºC
específico da água líquida = 1 cal/(g°C)
C) 35ºC
A) 4/5
D)30º C
B) 3/4
E) 25º C
C) 2/3
D) 1/2 19. Numa xícara contendo 200 g de leite a 40ºC derramam-
E) 1/3 se 50 g de café a 80ºC. Verifica-se que a temperatura de
equilíbrio é 48ºC. Sendo CL o calor específico do leite e CC
15. O gráfico a seguir representa a temperatura de uma o calor específico do café e admitindo-se que só haja
amostra de massa 20 g de determinada substância, trocas de calor entre o café e o leite, pode-se afirmar que:
inicialmente no estado sólido, em função da quantidade de A) CL = 4 CC
calor que ela absorve. Com base nessas informações, B) CL = 2 CC
marque a alternativa correta. C) CL = CC/4
D) CL = CC
E) CL = CC/2

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20. As massas iguais de dois líquidos A e B apresentam um calorímetro ideal contendo 300 g de água a 20 o C. O
temperaturas respectivamente iguais a 80o C e 20o C e equilíbrio térmico se estabelece a 30o C. Nessas
atingem a temperatura de equilíbrio a 30o C quando condições, a capacidade térmica do bloco de ferro é, em
misturadas. Admitindo-se que só haja troca de calor entre cal/oC, igual a:
esses líquidos, pode-se afirmar que seus calores A) 150
específicos CA e CB guardam a relação: B) 10
A) CA = 5 CB C) 50
B) CA = 3 CB D) 60
C) CA = CB/5 E) 80
D) CA = CB DESAFIOS
E) CA = CB/3
26. Fez se uma cavidade num grande bloco de gelo a 0°C e
21. Uma esfera de chumbo tem 20 g de massa . Sabendo no seu interior colocou-se um corpo sólido de massa 16 g a
que o calor específico do chumbo é 0,03 cal/goC, a 100 °C. Estando o sistema isolado termicamente do meio
capacidade térmica da esfera é, em cal/oC, igual a: exterior, verificou-se, após o equilíbrio térmico, que se
formaram 2.5 g de água líquida. Determine o calor
A) 6,0 X 10-2
específico do material que constitui o corpo. É dado o calor
B) 6,6 X 10-2 latente de fusão de gelo: 80 cal/g.
C) 6,0 X 10-1 A) 0,125 cal/g.ºC
D) 6,6 X 10-5 B) 0,225 cal /g.ºC
E) 6,6 X 10-3 C) 0,175 cal /g.ºC
D) 0,150 cal /g.ºC
22. Um corpo de 100 g de massa, ao receber 2400 cal,
27. Um "cubinho" de gelo (c = 0,50 cal/(g.°C) e L(f) = 80
varia sua temperatura de 20o C para 60o C, sem variar o
cal/g), de massa 20 g, se encontra inicialmente a - 20 °C.
seu estado de agregação. O calor específico da substância
A quantidade de calor que esse gelo necessita para atingir
que constitui esse corpo, nesse intervalo de temperatura,
a temperatura de 0 °C e derreter totalmente é igual à
em cal/goC, é: quantidade de calor que a massa de 100 cm3 de água (c =1,0
A) 0,3 cal/(g.°C) e d = 1,0 g/cm3) necessita para ter sua
B) 0,2 temperatura elevada de 20 °C até:
C) 0,4 A) 26 °C
D) 0,7 B) 28 °C
E) 0,6 C) 36 °C
D) 38 °C
23. Uma fonte térmica é utilizada, por imersão, para E) 100 °C
aquecer 200 g de água, durante um intervalo de tempo de
5 min, variando a temperatura da água em 30o C. Se o calor 28. O carvão, ao queimar libera 6000 cal/g. Queimando 70
específico da água é de 1 cal/goC e 1 cal = 4,18 J, a potência g desse carvão, 20% do calor liberado é usado para
dessa fonte é de: aquecer, em 15o C, 8 kg de um líquido. Não havendo
A) 125,4 W mudança do estado de agregação, podemos afirmar que o
B) 100 W calor específico desse líquido, em cal/goC, é de:
C) 95,2 W A) 0,8
D) 83,6 W B) 0,7
E) 75 W C) 0,6
24. Um ser humano adulto e saudável consome, em média, D) 0,4
uma potência de 120 J/s. Uma "caloria alimentar" (1 kcal) E) 0,2
corresponde, aproximadamente, a 4000 J. Para nos
mantermos saudáveis, quantas "calorias alimentares"
devemos utilizar, por dia, a partir dos alimentos que
ingerimos?
A) 33
B) 4,0 X 103
C) 4,8 X 105
D) 120
E) 2,6 X 103

25. Um bloco de ferro a 80o C é colocado no interior de


20
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CAPÍTULO 04 Observemos que o calor se propagou na barra metálica


por condução térmica, onde à medida que recebem calor
PROPAGAÇÃO DE CALOR da chama, os átomos ( ou moléculas) da barra metálica
passam a vibrar com maior intensidade e os que têm maior
Relembrando os conceitos iniciais, onde a energia energia de vibração transferem parte dessa energia aos
térmica (= calor) é transmitida sempre que há uma outros e assim por diante.
diferença de temperatura no interior de um sistema, ou Neste processo de condução térmica, característico
quando dois sistemas que estão em temperaturas dos sólidos, não há transporte de matéria de uma região
diferentes são colocados em contato. para outro e, sim, de energia; outrossim, a condução
Conforme vimos anteriormente o calor se transmite térmica não ocorre no vácuo, pois é necessário um meio
espontaneamente do sistema de maior temperatura para o material para que o calor se propague por esse processo.
sistema de menor temperatura, pois seus efeitos sobre os Condutores e isolantes térmicos. Verificamos, na
sistemas já estudados: variações de temperatura, experiência anterior, que os metais são bons condutores
dilatações e mudanças de estado físico. de calor, pois possuem vários elétrons livres na sua
estrutura, facilitando, desta maneira, a propagação do
Contudo até este momento não foi explicado como o calor por condução térmica; contudo os maus condutores
calor é transmitido de um ponto para outro dentro do térmicos ou isolantes são substâncias que não conduzem
sistema, ou de um sistema para outro, ou seja , não fica bem o calor.
caracterizado a explicação como ocorre a transmissão de
calor. Ex: isopor, cortiça, madeira, lã, amianto, lã de vidro e gelo.
A transmissão de calor entre pontos de um sistema, ou
entre sistemas, pode ocorrer por três processos distintos: Os condutores apresentam alta condutibilidade
condução, convecção e irradiação. térmica e os isolantes apresentam baixa
Fluxo de calor (Φ) é quociente da quantidade de calor condutibilidade.
(ΔQ) que é transmitida num intervalo de tempo (Δt) Lei de Fourier da condução térmica é a lei que rege
através de uma superfície (S). a condução térmica em um regime estacionário, pois este
regime é estabelecido quando as extremidades do meio
Φ = ΔQ/ Δt onde ocorre a condução são mantidas em temperaturas
constantes apesar da transmissão de energia.
A figura mostra uma barra metálica, isolada
lateralmente, cujas extremidades são mantidas em
contato com água em ebulição, sob pressão normal, e com
uma mistura, em equilíbrio de água e gelo.

Nessa expressão, temos:


ΔQ é a quantidade de calor transmitida através da área
S;
Δt é o intervalo de tempo correspondente;
Φ é o fluxo de calor através da área S.
O fluxo de calor pode ser medido em: cal/s, cal/min, Observa-se que a temperatura varia linearmente ao
kcal/h, etc. No S.I. o fluxo de calor é medido em joule por longo da barra, de uma extremidade à outra, pois de
segundo (J/s), que recebe o nome de watt(W). acordo com a lei de Fourier, o fluxo de calor (Φ) através
da barra é diretamente proporcional à área de secção
CONDUÇÃO TÉRMICA transversal (S) da barra e à diferença de temperatura (θ2
– θ1) entre as suas extremidades, e inversamente
Considere a barra metálica, mostrada na figura, e alguns proporcional ao comprimento L da barra.
percevejos que nela foram fixos com parafina.
Se aquecermos a extremidade A da barra, iremos
observar a queda ordenada dos percevejos em
consequência do derretimento da parafina, no sentido de
A para B.
A lei de Fourier da condução térmica pode
serexpressa por:

Φ = ΔQ/Δt = K.S.(θ2 – θ1)/ L

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A constante de proporcionalidade K é característica de


cada substância é denominada coeficiente de
condutibilidade térmica. O valor desse coeficiente é
elevado para os bons condutores de calor e baixo para os
chamados isolantes térmicos. A tabela abaixo mostra o
valor desse coeficiente para alguns materiais.

Φ = ΔQ/Δt = K.S.(θ2 – θ1)/L


Convecção Térmica é um processo de propagação de calor
que ocorre nos fluidos (líquidos e gases), através do
movimento das moléculas diferentemente aquecidos (ou
resfriadas) do meio. Essa movimentação acontece por
diferença de densidade.

Irradiação Térmica efetua-se por meio das ondas


eletromagnéticas denominadas ondas caloríficas ou calor
radiante, predominando os raios infravermelhos.

Na condução térmica, é necessário um meio material


para que o fenômeno se verifique. Na convecção térmica,
há transporte de matéria e de energia. Na irradiação
térmica, ocorre somente transporte de energia; não há
transporte de matéria nem a necessidade de existir um
meio material para que a irradiação se realiza.

Garrafa Térmica é um recipiente que dificulta os três


processos de propagação de calor entre o líquido
colocado dentro dela e o ambiente, pois a parte interna é
de vidro (isolante) com paredes duplas e espelhadas,
havendo vácuo entre elas para que não ocorra o processo
de condução. As partes espelhadas evitam a irradiação.
A tampa deve deixar a garrafa bem fechada para evitar a
convecção.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5. Indique a proposição correta:


A) Todo calor é medido pela temperatura, isto é, calor e
1. Analise as proposições e indique a falsa. temperatura são a mesma grandeza.
A) O somatório de toda energia de agitação das partículas B) Calor é uma forma de energia em trânsito e
de um corpo é a energia térmica desse corpo. temperatura mede o grau de agitação das moléculas de um
B) Dois corpos atingem o equilíbrio térmico quando suas sistema.
temperaturas se tornam iguais. C) O calor nunca é função da temperatura.
C) A energia térmica de um corpo é função da sua d) O calor só é função da temperatura quando o sistema
temperatura. sofre mudança em seu estado físico.
D) Somente podemos chamar de calor a energia térmica E) A temperatura é a grandeza cuja unidade fornece a
em trânsito; assim, não podemos afirmar que um corpo quantidade de calor de um sistema.
contém calor.
E) A quantidade de calor que um corpo contém depende de 6. A sensação de frio que nós sentimos resulta;
sua temperatura e do número de partículas nele A) do fato de nosso corpo precisar receber calor do meio
existentes. exterior para não sentirmos frio
B) da perda de calor do nosso corpo para a atmosfera que
2. Imagine dois corpos A e B com temperaturas TA e TB está a uma temperatura maior.
,sendo TA> TB . Quando colocamos esses corpos em contato C) da perda de calor do nosso corpo para atmosfera que
térmico, podemos afirmar que ocorre o seguinte fato: está a uma temperatura menor.
A) Os corpos se repelem. D) do fato de a friagem que vem da atmosfera afetar o
B) O calor flui do corpo A para o corpo B por tempo nosso corpo.
indeterminado. E) da transferência de calor da atmosfera para o nosso
C) O calor flui do corpo B para o corpo A por tempo corpo.
indeterminado.
D) O calor flui de A para B até que ambos atinjam a mesma 7. Você sabe que o aprendizado da Física também se faz
temperatura. por meio da observação das situações que ocorrem no
E) Não acontece nada. nosso cotidiano.
Faça um experimento. Caminhe descalço sobre um carpete
3. No café da manhã, uma colher metálica é colocada no ou um tapete e sobre um piso de cerâmica, como o do
interior de uma caneca que contém leite bem quente. A banheiro da sua casa, por exemplo. Você vai notar que o
respeito desse acontecimento, são feitas três afirmativas. piso de cerâmica parece mais frio do que o tapete, apesar
I – Após atingirem o equilíbrio térmico, a colher e o leite de estarem à mesma temperatura. Essa diferença de
estão a uma mesma temperatura. sensação se deve o fato de:
II – Após o equilíbrio térmico, a colher e o leite passam a A) a capacidade térmica do piso de cerâmica ser menor
conter quantidades iguais de energia térmica. que a do tapete;
III – Após o equilíbrio térmico, cessa o fluxo de calor que B) a temperatura do piso de cerâmica ser menor que a do
existia do leite(mais quente) para colher(mais fria). tapete;
Podemos afirmar que: C) a temperatura do tapete ser menor que a do piso de
A) somente a afirmativa I é correta; cerâmica;
B) somente a afirmativa II é correta; D) a condutividade térmica do piso de cerâmica ser maior
C) somente a afirmativa III é correta; que a do tapete;
D) as afirmativas I e III são corretas; E) a condutividade térmica do piso de cerâmica ser menor
E) as afirmativas II e III são corretas. que a do tapete.

4. Analise as proposições e indique a verdadeira. 8. Para resfriar um líquido, é comum colocar a vasilha que
A) Calor e energia térmica são a mesma coisa, podendo o contém dentro de um recipiente com gelo. Para que o
sempre ser usados tanto um termo como o outro, resfriamento seja mais rápido, é conveniente que a vasilha
indiferentemente. seja metálica, em vez de ser vidro, porque o metal
B) Dois corpos estão em equilíbrio térmico quando possuem apresenta, em relação ao vidro, um maior valor de:
quantidades iguais de energia térmica. A) condutividade térmica.
C) O calor sempre flui da região de menor temperatura B) calor específico.
para a de maior temperatura. C) coeficiente de dilatação térmica.
D) Calor é energia térmica em trânsito, fluindo D) energia interna.
espontaneamente da região de maior temperatura para a E) calor latente de fusão.
de menor temperatura.
E) Um corpo somente possui temperatura maior que a de
um outro quando sua quantidade de energia térmica
também é maior que a do outro.

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9. Numa noite muito fria, você ficou na sala assistindo à 12. Uma barra de alumínio de 50 cm de comprimento e área
televisão. Após algum tempo, foi para cama e deitou-se de secção transversal 5 cm2 tem uma de suas
debaixo das cobertas (lençol, cobertor e edredom). Você extremidades em contato térmico com uma câmara de
nota que a cama está muito fria, apesar das cobertas, e só vapor de água em ebulição. A outra extremidade da barra
depois de algum tempo o local se torna aquecido. está imersa em uma cuba que contém uma mistura bifásica
Isso ocorre por que: de gelo e água em equilíbrio térmico.
A) o cobertor e o edredom impedem a entrada do frio que A pressão atmosférica é normal. Sabe-se que o
se encontra no meio externo; coeficiente de condutibilidade térmica do alumínio vale 0,5
B) o cobertor e o edredom possuem alta condutividade cal cm/s cm2 °C.
térmica;
C) o cobertor e o edredom possuem calor entre suas
fibras, que ao ser liberado, aquece a cama;
D) o cobertor e o edredom não são aquecedores, são
isolantes térmicos, que não deixam o calor liberado por
seu corpo sair para o meio externo;
A temperatura da secção transversal da barra, situada
E) sendo o corpo humano um bom absorvedor de frio, após
a 40 cm da extremidade mais fria, é de:
algum tempo não há mais frio debaixo das cobertas.
A) 20ºC
B) 40ºC
10. Uma garrafa e uma lata de refrigerantes permanecem
C) 60ºC
durante vários dias em uma geladeira. Quando pegamos a
D) 80ºC
garrafa e a lata com as mãos desprotegidas para retirá-
las da geladeira, temos a impressão de que a lata está mais
13. Em cada uma das situações descritas a seguir você
fria do que a garrafa. Isso é explicado pelo fato de:
deve reconhecer o processo de transmissão de calor
A) a temperatura do refrigerante na lata ser diferente da
envolvido: condução, convecção ou radiação.
temperatura do refrigerante na garrafa;
I – As prateleiras de uma geladeira doméstica são grades
B) a capacidade térmica do refrigerante na lata ser
vazadas para facilitar a ida da energia térmica até o
diferente da capacidade térmica do refrigerante na
congelador por(...).
garrafa;
II – O único processo de transmissão de calor que pode
C) o calor específico dos dois recipientes ser diferente;
ocorrer no vácuo é a (...).
D) o coeficiente de dilatação térmica dos dois recipientes
III – Numa garrafa térmica, é mantido vácuo entre as
ser diferente;
paredes duplas de vidro para evitar que o calor saia ou
E) a condutividade térmica dos dois recipientes ser
entre por (...).
diferente.
Na ordem, os processos de transmissão de calor que
você usou para preencher as lacunas são:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
A) condução, convecção e radiação;
B) radiação, condução e convecção;
11. A figura a seguir apresenta uma barra de chumbo de
C) condução, radiação e convecção;
comprimento 40 cm e área de secção transversal 10cm2
D) convecção, condução e radiação;
isolada com cortiça; um termômetro fixo na barra
E) convecção, radiação e condução.
calibrado na escala Fahrenheit, e dois dispositivos A e B
que proporcionam, nas extremidades da barra, as
14. Usando o seus conhecimentos de transmissão de calor,
temperaturas correspondentes aos pontos do vapor e do
analise as proposições e indique a que você acha correta.
gelo,sob pressão normal, respectivamente. Considerando a
A) A condução térmica é a propagação do calor de uma
intensidade da corrente térmica constante ao longo da
região para outra com deslocamento do material aquecido.
barra, determine a temperatura registrada no
B) A convecção térmica é a propagação de calor que pode
termômetro, sabendo que ele se encontra a 32cm do
ocorrer em qualquer meio, inclusive no vácuo.
dispositivo A.
C) A radiação térmica é a propagação de energia por meio
Dado: coeficiente de condutibilidade térmica do chumbo
de ondas eletromagnéticas e ocorre exclusivamente nos
= 8,2 x 10- 2 cal.cm/cm2.°C.s
fluidos.
D) A transmissão do calor, qualquer que seja o processo,
sempre ocorre, naturalmente, de um ambiente de maior
temperatura para outro de menor temperatura.
E) As correntes ascendentes e descendentes na convecção
A) 48ºF térmica de um fluido são motivadas pela igualdade de suas
B) 58ºF densidades.
C) 38ºF
D) 68ºF

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15. Marque a alternativa correta. E) primeiro condução e depois convecção.


A) As três formas de propagação do calor são: condução,
convecção e absorção. 19. Na cidade de São Paulo, em dias de muito frio é possível
B) A radiação se processa apenas no vácuo. observar o fenômeno conhecido como inversão térmica,
C) A condução precisa de um meio material para se que provoca um aumento considerável nos índices de
processar. poluição do ar (tem-se a impressão de que os gases
D) A convecção ocorre apenas no vácuo. poluentes não conseguem subir para se dispersar). Nos
E) A convecção ocorre também no vácuo. dias quentes ocorre o oposto, os gases poluentes sobem e
são dispersados pelas correntes de ar. Esse processo de
16. Ao colocar a mão sob um ferro elétrico quente, sem movimentação de massas gasosas, a temperaturas
tocar na sua superfície, sentimos a mão “queimar”. Isso diferentes, ocorre devido à:
ocorre porque a transmissão de calor entre o ferro A) elevação da pressão atmosférica.
elétrico e a mão se deu principalmente através de: B) convecção térmica.
A) radiação. C) radiação térmica.
B) condução D) condução térmica
C) convecção. E) criogenia.
D) condução e convecção
E) convecção e radiação. 20. Ao contrário do que se pensa, a garrafa térmica não
foi criada originalmente para manter o café quente. Esse
17. Na praia, você já deve ter notado que, durante o dia, a recipiente foi inventado pelo físico James Dewar para
areia esquenta mais rápido que a água do mar e, durante a conservar substâncias biológicas em bom estado,
noite, a areia esfria mais rápido que a água do mar. Isso mantendo-as a temperaturas estáveis. Usando a
ocorre porque o calor específico da água é maior que o da observação do físico Torricelli, que descobriu ser o vácuo
areia(a água precisa receber mais calor por unidade de um bom isolante térmico, Dewar criou uma garrafa de
massa, para sofrer o mesmo aquecimento da areia ). Esse paredes duplas de vidro que, ao ser lacrada, mantinha
fato explica a existência da brisa: vácuo entre elas. Para retardar ainda mais alteração de
A) do mar para a praia, à noite; temperatura no interior da garrafa, ele espelhou as
B) da praia para o mar, durante o dia; paredes, tanto nas faces externas como nas faces
C) do mar para a praia, durante o dia; internas.
D) sempre do mar para a praia;
E) sempre da praia para o mar.

18. Um resistor R é colocado dentro de um recipiente de


parede metálica, no qual é feito vácuo, que possui um
termômetro incrustado em sua parede externa. Para ligar
o resistor a uma fonte externa ao recipiente, foi utilizado
um fio, com isolamento térmico,que impede a
A respeito do texto acima, indique a alternativa correta.
transferência de calor para as paredes do recipiente. Essa
A) Na garrafa térmica, o vácuo existente entre as paredes
situação encontra-se ilustrada na figura abaixo. Ligando o
duplas de vidro tem a finalidade de evitar trocas de calor
resistor, nota-se que a temperatura indicada pelo
por convecção.
termômetro aumenta, mostrando que há transferência de
B) As paredes espelhadas devem evitar que as ondas de
calor entre o resistor e o termômetro. Pode-se afirmar
calor saiam ou entrem por condução.
que os processos responsáveis por essa transferência de
C) Apesar de o texto não se referir ao fato de que a
calor, na ordem correta são:
garrafa deve permanecer bem fechada, isso deve
ocorrer para evitar perdas de calor por convecção.
D) O vácuo existente no interior das paredes duplas de
vidro vai evitar perdas de calor por radiação.
E) As paredes espelhadas não têm função nas trocas de
calor, elas foram apenas uma tentativa de tornar o produto
mais agradável às pessoas que pretendessem comprá-lo.

A) primeiro convecção e depois radiação.


B) primeiro convecção e depois condução.
C) primeiro radiação e depois convecção.
D) primeiro radiação e depois condução.
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DESAFIOS E) das ondas correspondentes aos raios X.

21. Analisando uma geladeira doméstica, podemos afirmar: 24. Uma estufa para plantação de flores é feita com teto
I – O congelador fica na parte superior para favorecer a e paredes de vidro comum. Dessa forma, durante o dia, o
condução do calor que sai dos alimentos e vai até ele. ambiente interno da estufa é mantido a uma temperatura
II – As prateleiras são grades vazadas(e não chapas mais alta do que o externo. Isso se dá porque o vidro
inteiriças), para permitir a livre convecção das massas de comum:
ar quente e frias no interior da geladeira. A) permite a entrada da luz solar, mas não permite a saída
III – A energia térmica que sai dos alimentos chega até o dos raios ultravioleta emitidos pelas plantas e pelo solo da
congelador, principalmente, por radiação. estufa.
IV – As paredes das geladeiras normalmente são B) é transparente à luz solar, mas opaco aos raios
intercaladas com material isolante, com objetivo de evitar infravermelhos emitidos pelas plantas e pelo solo da
a entrada de calor por condução. estufa.
Quais são afirmativas corretas? C) é opaco à luz solar, mas transparente aos raios
A) Apenas a afirmativa I. infravermelhos aos raios infravermelhos pelas plantas e
B) Apenas as afirmativas I, II e III. pelo solo da estufa.
C) Apenas as afirmativas I e III. D) ao ser iluminado pela luz solar, produz calor, aquecendo
D) Apenas as afirmativas II e IV. as plantas.
E) Todas as afirmativas. E) não permite a entrada da luz solar, mas permite a
saída dos raios ultravioleta, emitidos pelas plantas e pelo
22. A refrigeração e o congelamento de alimentos são solo da estufa.
responsáveis por uma parte significativa do consumo de
energia elétrica numa residência típica. Para diminuir as
perdas térmicas de uma geladeira, podem ser tomados
alguns cuidados operacionais:

I – Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando


espaços vazios entre eles, para que ocorra a circulação do
ar frio para baixo e do ar quente para cima.
II – Manter as paredes do congelador com uma camada
bem espessa de gelo, para que o aumento da massa de gelo
aumente a troca de calor no congelador.
III – Limpar o radiador (“grade “ na parte de trás)
periodicamente, para que a gordura e a poeira que nele se
depositam não reduzam a transferência de calor para o
ambiente.
Para uma geladeira tradicional, é correto indicar, apenas:
A) a operação I
B) a operação II
C) as operações I e II
D) as operações I e III
E) as operações II e III

23. A comunidade científica há tempos anda preocupada


com o aumento da temperatura média da atmosfera
terrestre. Os cientistas atribuem esse fenômeno ao
chamado efeito estufa, que consiste na “retenção” da
energia térmica junto ao nosso planeta, como ocorre nas
estufas de vidro, que são usadas em locais onde em certas
épocas do ano a temperatura atinge valores muito baixos.
A explicação para esse acontecimento
é que a atmosfera(com seus gases naturais mais os
gases poluentes emitidos por automóveis, indústrias,
queimadas, vulcões, etc.) é pouco transparente aos raios
solares na faixa:
A) das ondas de rádio;
B) das ondas ultravioletas:
C) das ondas infravermelhas;
D) das ondas correspondentes aos raios gama;
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