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Física térmica
Termometria

01/03/2023 08:59 @Fricks2021 PLANNER FÍSICA TÉRMICA

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Física térmica - termometria

✓ Compreender o conceito de ✓ O experimento de John Locke.

temperatura. ✓ Conceito de temperatura.
✓ Reconhecer e saber utilizar corretamente ✓ Termômetros.
símbolos, códigos e nomenclaturas da ✓ Escalas termométricas de
grandeza temperatura. Fahrenheit, Celsius e Kelvin.
✓ Ler e interpretar dados em termômetros ✓ Conversão entre as escalas.
em diferentes escalas de temperatura. ✓ Variação de temperatura.
✓ Conhecer as unidades e as relações
entre as unidades de temperatura para
fazer traduções entre elas e utilizá-las
adequadamente.
✓ Fazer uso de termômetros para
estabelecer comparações quantitativas.

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Física térmica -
Termometria
Introdução:
“Digo frequentemente que quando podemos
medir aquilo de que estamos a falar e exprimi-lo
em números, sabemos alguma coisa; mas quando
não o podemos exprimir em números, nosso
conhecimento é magro e insatisfatório; pode ser o
começo do conhecimento, mas, no nosso
pensamento, mal avançamos para o estado de
Ciência, independentemente do assunto em
questão”.
Lord Kelvin
Experimento de John Locke.
Para caracterizar o estado térmico de um corpo
não é confiável utilizar as sensações térmicas, ou
seja, através do tato, dizer se um corpo está
quente, morno ou frio. O experimento sugerido
por John Locke (1632-1704) caracteriza bem essa
falta de confiabilidade.
Para John Locke tudo vinha da experiência sensível
(i.e., "dos 5 sentidos").
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Utilizemos três recipientes A, B e C. O recipiente A
contém água fria, o recipiente B contém água
morna e o recipiente C contém água quente. Se
uma pessoa colocar uma das mãos no recipiente A
(água fria) e a outra no recipiente C (água quente)
e, logo em seguida, colocar as duas mãos na água
morna, as sensações térmicas, que ela terá em
cada uma das mãos, será diferente. A mão que
estava na água fria perceberá a água morna,
quente; e a mão que estava na água quente
perceberá a água morna, fria.
Conceito de temperatura.
Para caracterizar o estado térmico dos corpos
utilizamos uma grandeza física denominada
TEMPERATURA, que é a medida do grau de
agitação das partículas que constituem o corpo.
Essa agitação está relacionada com a energia
cinética média das partículas do corpo.
Observe a figura ao lado que mostra água em
ebulição (água fervendo).
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Exemplos de alguns termômetros.
Termômetros. • Termômetro de Gás a volume constante:
neste instrumento a variável que mede a
O termômetro é um instrumento de medida de temperatura é a pressão de um gás que se
temperatura que utiliza grandezas físicas que mantém a volume constante.
variam com a temperatura. Tais grandezas são
denominadas grandezas termométricas.
Como exemplo, podemos citar: altura da coluna
de mercúrio ou álcool, resistência elétrica de um
condutor e pressão de um gás.
As substâncias que utilizamos na determinação de
temperaturas são denominadas substâncias
termométricas.
• Pirômetro óptico: a temperatura de um
Em um termômetro clínico, a substância forno se obtém comparando a cor da
termométrica é o mercúrio (Hg). O termômetro chama com a cor da luz emitida pelo
para medir a temperatura de um corpo funciona filamento de uma lâmpada elétrica. A
com base no conceito de equilíbrio térmico. variável termométrica tem a ver com a
frequência da luz, grandeza que determina
a cor do que vemos.

• Termômetro Bimetálico: neste caso, se

aproveita a dilatação de duas lâminas
metálicas de metais diferentes para medir
a temperatura. A variável termométrica
está relacionada com a mudança no
comprimento das duas lâminas. O
aquecimento faz com que uma espiral
bimetálica se curve, movendo uma agulha
que assinala o valor da temperatura.
Corpos em equilíbrio térmico possuem a mesma
temperatura.

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Escalas Termométricas.
• Termômetro de Resistência: este Escala Fahrenheit
termômetro mede a temperatura através Esta escala foi criada pelo inventor do termômetro
das mudanças que experimenta a de mercúrio, Daniel Gabriel Fahrenheit, em 1714.
resistência elétrica de um material devido
ao seu aquecimento ou resfriamento.

Para isso ele escolheu dois pontos de partida,

chamados atualmente de pontos
fixos. Inicialmente colocou o termômetro, ainda
sem nenhuma escala, dentro de uma mistura de
água, gelo e sal de amônio. O mercúrio ficou
estacionado em determinada posição, a qual ele
atribuiu o valor zero. Depois colocou o mesmo
termômetro em contato com o corpo humano, de
modo que, quando o mercúrio novamente
estacionou em determinada posição, ele atribuiu
o valor 100. Depois foi só dividir o espaço entre o
zero e o 100 em cem partes iguais. Estava criada a
• Termômetro de Máxima e Mínima: este
escala Fahrenheit.
aparelho indica através de dois índices, as
Nesta escala relativa, a temperatura de
temperaturas máxima e mínima que são
vaporização da água (pressão normal) é de 212ºC
produzidas em certo intervalo de tempo.
e a temperatura de fusão do gelo (pressão normal)
•
é de 32ºF. Entre esses dois pontos fixos atuais,
temos 180 partes iguais, cada uma delas
correspondendo a 1 grau fahrenheit (oF).

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A escala Kelvin adota como ponto de partida (0 K)
o zero absoluto, ou seja, o ponto onde existe a
Escala Celsius “ausência total” de vibração das moléculas. O zero
A escala Celsius foi criada por Anders Celsius, um absoluto ou zero kelvin (0 K) corresponde a -
astrônomo sueco, em 1742. 273,15°C, aproximadamente.
Nesta escala o gelo se funde a 273 K e a água ferve
a 373 K (ao nível do mar, ou seja, a pressão
normal).
Esta escala é muito usual no meio científico, ela
pertence ao Sistema Internacional de unidades
(SI).

Celsius arbitrou a temperatura de 0ºC ao ponto de

fusão do gelo e 100ºC para a temperatura de
ebulição da água em condições normais de
pressão. Estes pontos são denominados pontos
fixos da escala.
Entre os limites citados, a escala foi dividida em
cem partes iguais, onde cada parte é denominada
1 grau Celsius (oC).

Escala absoluta de Kelvin

Temperatura é uma grandeza que mede o grau de
agitação das moléculas de um corpo. Quanto
maior a agitação molecular, maior a temperatura,
e quanto menor a agitação, menor a temperatura.
Assim, podemos concluir que se não tem agitação
molecular não tem temperatura, ou seja,
poderíamos atribuir para a temperatura o valor
zero. A este estado de ausência de temperatura
denominamos zero absoluto. Experimentalmente
ainda não foi alcançado, mas já se chegou muito
próximo dele.
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Conversão entre as escalas.

Equação de conversão entre as escalas arbitrárias

de Celsius e Fahrenheit.

𝜃𝐶 − 0 𝜃𝐹 − 32
=
100 − 0 212 − 32 Valores do zero absoluto nas escalas de Celsius e
Fahrenheit.
𝜃𝐶 − 0 𝜃𝐹 − 32
=
100 180

Dividindo por 20 os denominadores, temos:

𝜃𝐶 𝜃𝐹 − 32
=
5 9

Equação de conversão entre as escalas Celsius e

Kelvin.

Variação de temperatura nas escalas Celsius,

Fahrenheit e Kelvin.

A variação de temperatura na escala Fahrenheit é

1,8 vezes maior que na escala Celsius.

∆𝜃𝐹 = 1,8. ∆𝜃𝐶

𝜃𝐶 − 0 𝑇 − 273
= A variação de temperatura na escala Kelvin é igual
100 − 0 373 − 273
a variação de temperatura na escala Celsius.
𝜃𝐶 𝑇 − 273
=
100 100 ∆𝑇 = ∆𝜃𝐶

Eliminando os denominadores, temos:

𝜃𝐶 = 𝑇 − 273 𝑜𝑢 𝑇 = 𝜃𝐶 + 273
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Verificação da
4. Lê-se no jornal que a temperatura em certa
aprendizagem cidade da Rússia atingiu, no inverno, o valor de 14o
F. Qual o valor dessa temperatura na escala
1. Quando uma enfermeira coloca um termômetro Celsius?
clínico de mercúrio sob a língua de um paciente,
por exemplo, ela sempre aguarda um pouco antes 𝜃𝐶 𝜃𝐹 − 32 𝜃𝐶 14 − 32 𝜃𝐶 −18
= → = → =
de fazer a sua leitura. Esse intervalo de tempo é 5 9 5 9 5 9
necessário: → 𝜃𝐶 = −10°𝐶

a) para que o termômetro entre em equilíbrio

térmico com o corpo do paciente.

b) para que o mercúrio, que é muito pesado, possa 5. Dois termômetros graduados, um na escala
subir pelo tubo capilar. Fahrenheit e outro na escala Celsius, registram o
mesmo valor numérico para a temperatura
c) para que o mercúrio passe pelo quando mergulhados em um líquido. Determine a
estrangulamento do tubo capilar. temperatura desse líquido.
𝜃𝐶 𝜃𝐹 − 32 𝑥 𝑥 − 32
d) devido à diferença entre os valores do calor = → = → 9𝑥 = 5𝑥 − 160
específico do mercúrio e do corpo humano. 5 9 5 9
→ 9𝑥 − 5𝑥 = −160
e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é 4𝑥 = −160 → 𝑥 = −40
diferente do coeficiente de dilatação do mercúrio.

2. Num termômetro graduado na escala Celsius,

6. Um gás solidifica-se na temperatura de 25 K.
houve uma variação de 15 graus. Qual será a
Qual o valor desse ponto de solidificação na escala
variação correspondente na escala:
Celsius?
a) Fahrenheit? 27°F b) Kelvin? 15K
𝜃𝐶 = 𝑇 − 273 = 25 − 273 → 𝜃𝐶 = −248°𝐶
∆𝜃𝐹 = 1,8. ∆𝜃𝐶 = 1,8.15 = 27°𝐹

∆𝑇 = ∆𝜃𝐶 = 15𝐾 7. Sêmen bovino para inseminação artificial é

conservado em nitrogênio líquido que, à pressão
normal, tem temperatura de 78 K. Calcule essa
temperatura em:
3. No Rio de Janeiro, a temperatura ambiente
chegou a atingir, no verão de 2010, o valor de 42 o a) graus Celsius (°C); b) graus Fahrenheit (°F)
C. Qual seria o valor dessa temperatura, se lida
𝜃𝐶 = 𝑇 − 273 = 78 − 273 → 𝜃𝐶 = −195°𝐶
num termômetro na escala Fahrenheit?
𝜃𝐶 𝜃𝐹 − 32 −195 𝜃𝐹 − 32
𝜃𝐶 𝜃𝐹 − 32 42 𝜃𝐹 − 32 = → = → −39. 9
= → = 5 9 5 9
5 9 5 9 = 𝜃𝐹 − 32
→ 8,4 . 9 = 𝜃𝐹 − 32
−351 + 32 = 𝜃𝐹 → 𝜃𝐹 = −319°𝐹
75,6 = 𝜃𝐹 − 32 → 75,6 + 32 = 𝜃𝐹
→ 𝜃𝐹 = 107,6°𝐹

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Solução:
8. Com o objetivo de calibrar um velho
termômetro com a escala totalmente apagada,
um estudante o coloca em equilíbrio térmico,
primeiro, com gelo derretendo e, depois, com
água fervendo sob pressão atmosférica normal.
Em cada caso, ele anota a altura atingida pela
coluna de mercúrio: 10,0cm e 30,0cm,
𝑥−0 32 − (−4) 𝑥 36
respectivamente, medida sempre a partir do = → = → 𝑥 = 50°𝑋
100 − 0 68 − (−4) 100 72
centro do bulbo. A seguir, ele espera que o
termômetro entre em equilíbrio térmico com o
laboratório e verifica que, nesta situação, a altura
10. Em um termômetro de líquido, a propriedade
da coluna de mercúrio é de 18,0cm. Qual a
termométrica é o comprimento y da coluna de
temperatura do laboratório na escala Celsius
líquido. O esquema a seguir representa a relação
deste termômetro?
entre os valores de y em cm e a temperatura t, em
graus Celsius.

a) 20°C b) 30°Cc) 40°C d) 50°Ce) 60°C

Para esse termômetro, a temperatura t na escala

Celsius e o valor de y em cm satisfazem a seguinte
função termométrica:
a) t = 5y b) t = 5y + 15 c) t = y + 25

Solução:
d) t = 60 y – 40 e) t = y
𝑥−0 18 − 10 𝑥 8
= → = → 𝑥 = 40°𝐶
100 − 0 30 − 10 100 20 Solução:
𝑦 − 15 𝑡 − 40 𝑦 − 15 𝑡 − 40
= → = →
9. Uma escala termométrica X é construída de 75 − 15 100 − 40 60 60
modo que a temperatura de 0°X corresponde a -
4°F, e a temperatura de 100°X corresponde a 68°F.
Nesta escala X, a temperatura de fusão do gelo 𝑦 − 15 = 𝑡 − 40 → 𝑡 = 𝑦 + 40 − 15
vale: → 𝑡 = 𝑦 + 25
a) 10°X b) 20°X c) 30°X
d) 40°X e) 50°X

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