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Somente a partir do século XVIII que o homem chegou na distinção entre os conceitos de calor e temperatura, até
antes disso eles tinham o mesmo significado e era somente adotado as diferenças entre “quente” e “frio”. No
princípio, era observado as mudanças a partir das sensações térmicas obtidas quando o homem entrava em contato
com o gelo ou aproximava-se do fogo. Com o avanço do tempo, da tecnologia e dos estudos relacionados a esses
ramos, o homem passou a desenvolver instrumentos capazes de medir a temperatura e o calor propriamente dito.
Apesar de serem coisas distintas, calor e temperatura mantém uma ligação fundamental para o entendimento de
diversos fenômenos da natureza, como por exemplo, a troca de calor entre corpos e seu respectivo equilíbrio
térmico. Neste experimento investigou-se as caracterisiticas térmicas e o funcionamento de um calorímetro, a
partir do Xplorer GLX, assim como foi calculado a capacidade térmica do mesmo. Com esse dado, foi obtido
também o calor específico de um corpo de prova e calor latente de fusão do gelo, onde os resultados obtidos serão
apresentados.
1
definimos calor especifico como quantidade de calor 2.2 Primeira Parte: Capacidade térmica do
suficiente para variar 1°C de 1g de uma determinada calorímetro
substância, logo, temos que sua unidade é cal/g°C.
De início mediu-se a massa do calorímetro vazio,
Portanto, temos que [2]:
logo após ligou-se o Xplorer GLX e conectou-se o
𝐶 termômetro para colocá-lo dentro do calorímetro,
𝑐= (3) como mostrando na figura (1). Em seguida mediu-se
𝑚
a temperatura no interior do calorímetro, em um
Tendo em mente as definições de capacidade térmica intervalo de 1 minuto. Depois da medição, colocou-
e calor específico, podemos definir que a quantidade se no interior do calorímetro água à uma temperatura
de calor trocada em um sistema é dada por [2]: inicial de 10°C abaixo da temperatura ambiente.
Com isso, mediu-se a temperatura no interior do
∆𝑄 = 𝑐 𝑚 ∆𝑇 (4) calorímetro depois de inserir a água, até que o
sistema atingisse o equilíbrio. Logo após mediu-se a
Como ∆𝑄 depende de como ocorreu a mudança de massa do calorímetro com a água para tirar a
temperatura, distingue-se os calores à volume e diferença e obter a massa da água. Repetiu-se o
pressão constante. Em uma troca de calor em um experimento 3 vezes e assim, os dados foram
sistema, devemos observar um ponto importante, a coletados e anotados em uma tabela.
mudança de estado físico de um respectivo corpo
dentro do sistema muda a maneira que devemos
equacionar as relações. Logo, quando acontece a
troca de calor em um sistema com os corpos A e B
sem mudança de estado físico, temos a seguinte
relação de temperatura antes e depois do equilíbrio
térmico [1]:
2 Procedimento Experimental
2.1 Materiais Figura 1: Xplorer GLX e calorímetro.
Fonte: Autor próprio
Neste trabalho os seguintes materiais foram
utilizados:
2.3 Segunda Parte: Calor específico de um metal
• Água;
Com o Xplorer GLX, conectou-se um termômetro no
• Amostra metálica; calorímetro e um no sistema de aquecimento como
• Balança; mostra na figura (2). Preencheu-se o sistema pela
metade com água e ligou. Após isso mediu-se a
• Béquer; massa da amostra metálica e em seguida colocou-se
• Calorímetro; dentro do sistema. Ao atingir a temperatura de
100°C, colocou-se água gelada no calorímetro e após
• Sistema de aquecimento; entrar em equilíbrio retirou-se a peça rapidamente do
sistema de aquecimento e inseriu no calorímetro, até
• Termômetro;
atingir o equilíbrio térmico. Após isso retirou-se a
• Xplorer GLX; peça e mediu-se a quantidade de água contida no
calorímetro. Repetiu-se o experimento 3 vezes e os
dados foram anotados em uma tabela.
2
(calorímetro + água), assim também como a massa
de água. Após feito três testes, calculamos a média e
desvio padrão para conseguir encontrar a capacidade
térmica do calorímetro, chegando ao resultado de -
0,0261713 kJ/kg.°C.
A primeira parte trata-se de medir a capacidade De acordo com a tabela (3), no teste 1 foi encontrado
térmica do calorímetro após o sistema atingir o um calor latente de fusão do gelo de -383,5363
equilíbrio, através da equação (5), resultando nessa kJ/kg.°C, enquanto o valor tabelado teórico é de 333
equação final: kJ/kg.°C. Essa diferença no sinal apenas indica que
está perdendo calor. No teste 2 já foi encontrado um
valor muito acima do tabelado, de -2307,312
kJ/kg.°C. Esse valor pode ter sido ocasionado pela
Na tabela (1) tem-se os valores da temperatura inicial temperatura inicial do gelo, onde pode ter ocorrido
da água, calorímetro e temperatura final do sistema um erro no manuseio dos materiais. Já no teste 3, foi
encontrado um valor de -1900,507 kJ/kg.°C, onde
3
esse já foi um valor menor do que o teste 2, porém
ainda longe do teórico. Acreditamos que o erro tenha
acontecido na temperatura final do sistema de
equilíbrio, onde houve uma diferença de cerca de 5
°C em relação aos testes anteriores. A média diante
dos 3 testes foi de -1530,452 kJ/kg.°C e o desvio
padrão de 827,8221, ou seja, uma dispersão de
valores muito alta.
20
15
10
5
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
4
Temperatura(°C) x Tempo (s)
12
Temperatura (°C)
10
8
6
4
2
0
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
25
20
15
10
5
0
0 100 200 300 400
Tempo (s)
4 Conclusões
Referências