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TERMODINÂMICA
TERMOLOGIA E
CALORIMETRIA
Autor: Me. Hugo Shigueo Tanaka dos Santos
Revisor: Rosalvo Miranda
INICIAR
introdução
Introdução
Olá! Nesta unidade vamos estudar as diferentes escalas termométricas e
como converter os valores obtidos em cada uma delas. Além disso, vamos
definir fisicamente o que é um termômetro.
Bons estudos!
Temperatura e
Escalas
Termométricas
Escala Celsius
Imaginemos um dispositivo igual ao da figura 3.1. Para que ele seja realmente
efetivo, é necessário marcar uma escala numérica no vidro. Tais números são
arbitrários e, ao longo da história humana, muitos sistemas têm sido
utilizados. No caso da escala Celsius, foi escolhido como “zero” o ponto de
congelamento da água pura ao nível do mar e como ponto “100” o ponto de
ebulição do mesmo líquido às mesmas condições. Além disso, a distância
entre esses dois pontos foi dividida em 100 pontos iguais. Dessa forma, lemos
0ºC (zero grau Celsius) e 100ºC (cem graus Celsius) para cada um dos pontos
fixos ditos anteriormente.
Escala Fahrenheit
Essa escala desenvolvida durante o século XVIII tem como ponto “zero” a
temperatura de uma mistura específica de água, neve e sal, e como valor
“100” a temperatura média do corpo humano. Em relação às temperaturas de
congelamento e de ebulição da água pura ao nível do mar, na escala
Fahrenheit temos, respectivamente, os valores de 32ºF (lê-se trinta e dois
graus Fahrenheit) e 212ºF (duzentos e doze graus Fahrenheit).
Uma variação de 1,8ºF (ou 9/5ºF) corresponde a uma variação de 1ºC. Além
disso, para converter a temperatura da escala Celsius para a escala
Fahrenheit, devemos multiplicar o valor da escala Celsius (T ) por 9/5 e
C
Matematicamente:
9
TF = T C + 32
5
Escala Kelvin
Quando mantemos um gás a um volume constante, medimos as pressões
referentes às temperaturas de 0ºC e 100ºC e assinalamos esses pontos em
um gráfico, ligando-os por uma linha reta. Podemos, então, usar esse gráfico
para ler a temperatura que corresponde a qualquer outra pressão.
Ao extrapolar a curva desse gráfico, vamos que deve existir uma temperatura
hipotética igual a -273,15ºC, na qual a pressão do gás é zero (YOUNG, 2008).
Essa temperatura hipotética é a mesma para gases diferentes (Figura 3.4).
Figura 3.4 - Gráficos da pressão em função da temperatura de três gases
distintos, todos a volume constante
Fonte: Young et al. (2008, p. 184).
Essa temperatura hipotética do gráfico é utilizada como base para definir o
ponto “zero” da escala Kelvin de temperatura. As unidades de variação dessa
escala são as mesmas da escala Celsius. Isto é, uma variação de 1K
corresponde a uma variação de 1ºC. Então, a conversão entre essas escalas
pode ser feita da seguinte maneira:
TK = T C + 273, 15
Note que não utilizamos o termo “graus” na escala Kelvin. Dessa forma, é
errado falar “graus Kelvin”!
ACESSAR
praticar
Vamos Praticar
Considere três tipos de termômetro distintos. A saber: (I) um termômetro de
resistência elétrica, (II) um termômetro de mercúrio e (III) um termômetro de gás a
volume constante. Qual (ou quais) deles devem estar em equilíbrio térmico com o
objeto a ser medido para que a leitura seja precisa?
A outra hipótese era defendida por Francis Bacon (1561-1626), Robert Hooke
(1635-1703) e outros cientistas. Essa teoria, concorrente à teoria do calórico,
consistia em explicar os fenômenos por meio um movimento vibratório das
partículas dos corpos (NUSSENZVEIG, 2002).
Quantidade de calor
Anteriormente, vimos que corpos que estavam inicialmente a temperaturas
diferentes, tendem a atingir o equilíbrio térmico. Por exemplo, quando
colocamos uma colher a uma temperatura ambiente em uma xícara de café
quente, a colher esquenta e o café esfria até que haja o equilíbrio térmico
(YOUNG et al., 2008). A transferência de energia térmica de um corpo para
outro é o que chamamos de calor.
Note que os conceitos de calor e temperatura são distintos! Uma boa maneira
de compreender essa diferença é a seguinte: para ferver dois litros de leite,
leva-se o dobro de tempo que é necessário para ferver um litro da mesma
substância e às mesmas condições. A variação da temperatura é a mesma em
ambos os casos, mas a quantidade de calor fornecida é duas vezes maior na
primeira situação (NUSSENZVEIG, 2002).
Calor específico
Para nos referirmos à quantidade de calor, utilizamos o símbolo Q . Quando
ela está associada a uma variação muito pequena de temperatura, dT ,
chamamos a quantidade de calor infinitesimal de dQ . Assim:
m do material. Quando você aquece água para fazer o chá, precisa do dobro
Q = mcΔT
Onde:
● Q é o calor necessário para uma variação de temperatura em um corpo de
massa m. No sistema internacional de unidades (SI), sua unidade de medida é
o Joule (J);
m = nM
Q = nM cΔT
praticar
Vamos Praticar
2) “O termo calor específico não é muito apropriado, porque pode sugerir a ideia
errada de que um corpo contém certa quantidade de calor. Lembre-se de que calor
é energia em trânsito entre corpos, não a energia contida em um corpo” (YOUNG et
al., 2008, p. 192). Com base em seus conhecimentos e na citação de Young e
colaboradores (2008), assinale a alternativa correta no que diz respeito ao
significado físico do calor específico de um corpo.
mar, para que ocorra a transição de fase é necessário fornecer calor para a
substância. Durante a mudança de estado físico, a temperatura do composto
não se altera . O calor necessário para fazer essa transição de fase é chamado
de calor latente de fusão (L ) . Para a água pura e ao nível do mar, o calor
f
latente de fusão é:
5
L f = 3, 34 × 10 J /kg = 79, 6 cal/g
material. Matematicamente:
Q = mL f
Isso significa que são necessários fornecer 2,256 x 10 J (ou 539 cal) de
6
Q = ±mL
em uma fonte de calor constante até o estado gasoso. A curva de aquecimento para
o caso citado se assemelha ao gráfico da figura 3.7. Com base nesse gráfico e em
seus conhecimentos, assinale a alternativa correta no que diz respeito aos
processos de transição de fase e trocas de calor.
FILME
TRAILER
LIVRO
Com isso, já estamos prontos para entrar nos estudos das leis da
termodinâmica!
referências
Referências
Bibliográficas
ASSIS, A. K. T.; NEVES, M. C. D. A história da temperatura de 2,7 Kelvin antes de
Penzias e Wilson. In: CÉSAR, E. T. et al. (orgs), Ciência em Dia: Jornadas de
Divulgação Científica São Paulo: Editora Livraria da Física, 2018. p. 25-42.
YOUNG et al. Física II : Termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Pearson,
2008.