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Tema C: Termodinâmica
Tema D: Mecânica do fuídos (Hidrostática)
1.1 Introdução
1.2 Termodinâmica.
Para melhor percepção da relação existente entre as várias escalas, consideremos a seguinte
situação:
Exercícios resolvidos
1. A temperatura do corpo humano é de, aproximadamente, 37oC. Exprime essa
temperatura em kelvin.
Solução
𝐶 𝐾−273,15 37 𝐾−273,15
Como: 100 = 100
⇒ 100 = 100
= 310,15𝐾
Solução
Se a temporatura do gás é indicada pelo mesmo número nas escola Celsius e Fahreinheit,
podemos escrever
𝜃𝐶 = 𝑋℃ 𝜃𝐹 = 𝑋℉
𝐶 𝐹−32
Substituindo na expressão de conversão 100 = 180
vem:
Designa-se também a quantidade de energia térmica transferida em tal processo. Calor não é
uma propriedade dos sistemas termodinâmicos, e por isso não é correcto afirmar que um corpo
possui mais calor que o outro, e muito menos afirmar que um corpo possui calor.
Foi o físico alemão Hermann Von Helmholtz que em 1847, estabeleceu a definição de calor como
sendo uma forma de energia. A ideia foi posteriormente confirmada por seu colega inglês James
Prescaut Joule.
Calor, grandeza física simbolizada em Física pela letra Q cuja unidade usual é o Joule (J), em
homenagem à James Prescaut Joule. Porém, existe outra unidade de medida muito prática e
usada, a Caloria (cal) – quantidade de calor necessária para eleva a temperatura de 1 g de água
de 1oC no intervalo de 14,5oC a 15,5oC.
A relação entre a caloria e joule (unidade) foi determinada por Joule numas experiências mais
importantes da história da Física. Experiência essa que tornou evidente que caloria é energia e
estabeleceu o equivalente mecânico do calor, nome dado à relação entre caloria e joule:
1 cal = 4,186 J
Capacidade calorífica e Calor específico
Quando dois ou mais corpos cedem ou absorvem quantidades iguais de calor, a variação de
temperatura por eles sofrida é em geral, diferente uma da outra. Essa relação dá origem ao
conceito de capacidade calorífica C de um corpo. Se um corpo cede ou recebe uma quantidade
de calor Q e a sua temperatura sofre uma variação ΔT ou Δt, a capacidade calorífica C desse
corpo é, por definição a razão:
𝑄 𝑄
𝐶 = ∆𝑇 ou 𝐶 = ∆𝑡
A capacidade calorífica ou capacidade térmica é uma grandeza física que relaciona a quantidade
de calor fornecida a um corpo e a variação de temperatura observada neste. Esta pode ser
definida como a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um corpo. No S.I.
as unidades da capacidade calorífica são Joule por Kelvin (J/K) ou Joule por grau Célsius (J/0C).
A capacidade calorífica caracteriza o corpo, e não a substância que o constitui. Esta, é uma
propriedade extensiva, ou seja, proporcional à quantidade de material presente no corpo.
Portanto, dois corpos compostos pela mesma substancias porém com massas diferentes
possuem diferentes capacidades caloríficas.
expressões:
𝑄 = 𝑚𝐶∆𝑇 ou 𝑄 = 𝑚𝐶∆𝑡.
Estas, permitem determinar a quantidade de calor Q absorvida ou cedida pelo corpo de massa
m, constituído por determinada substancia de calor específico c quando sofre o acréscimo de
temperatura ΔT ou Δt.
A tabela a seguir mostra o calor específico de certas substâncias a uma certa temperatura e
pressão normal.
Calor específico de algumas substâncias
Substância(sólidos e líquidos) Calor específico à 25 0C e pressão normal
J/kg. 0C Cal/g. 0C
Água 4200 1
Álcool etílico 2400 0,58
Alumínio 900 0,22
Chumbo 130 0,031
Cobre 390 0,091
Concreto 840 0,2
Define-se calor latente ou calor de transformação como a quantidade de energia que um corpo
precisa para passar de uma fase á outra. Durante a mudança de fase a temperatura do corpo
não varia, mas seu estado de agregação molecular se modifica.
O valor da constante L, cuja unidade no SI é J/kg, depende da substancia e da respectiva
mudança de fase.
1.5 Transmissão de calor:
Para que haja troca de calor, é necessário que este seja transferido de uma região para a outra
através do próprio corpo ou de um corpo para outro. Quando um sistema à uma dada
temperatura interactua com outro à temperatura diferente, a sua energia interna varia através da
transferência de energia como calor.
O trabalho desenvolvido por Court Rumford e Sir James Prescott Joule, estabeleceu que o fluxo
de calor é uma forma de transferência de energia. Portanto, chama-se fluxo de calor, ao processo
de transferência de energia que ocorre exclusivamente em virtude de diferenças de
temperaturas.
Existem três processos de transferência de calor: Condução, Convecção, Radiação.
A condução e a Convecção são processos de transferência que dependem do meio material
onde se realiza, enquanto a radiação é a propagação de ondas electromagnéticas que portanto,
não precisam de meio para se realizar.
Condução
No processo de condução térmica, a energia é transferida por interacções a nível microscópico
das partículas constituintes do sistema. As partículas do sistema que recebem energia agitam-
se mais, propagando-se essa agitação às outras partículas.
É a transferência de energia térmica entre átomos e/ou moléculas vizinhas em uma substância
devido a diferença de temperatura.
Como a condução se realiza de partícula para partícula, corpos mais densos, com maior número
de partículas, sobretudo partículas livres que possam ser portadoras da energia cinética, são
bons condutores de calor: É o ocorre com os metais. Por raciocínio semelhante, pode-se concluir
que corpos menos densos, com menor número de partículas, são maus condutores de calor. É
o caso dos líquidos e principalmente dos gases.
Exercicios resolvidos
1. Que quantidade de calor se necessita para elevar a temperatura de 20ºC à 100ºC de
um pedaço de latão com a massa de 3dag.
Dados Fórmula Resolução
m(latão)=3dacg=0,03 Q= m × C (T2−T1) Q=0,03kg×380J/kg׺C(100ºC−20ºC)
C(latão)=380J/kg׺C Q=11,4J/ºC×80ºC
T1=20ºC Q=912J
T2=100ºC
Q=?
R: A quantidade de Calor necessária para elevar a temperatura é de é de 912J.
2. A massa de um pedaço de aço é de 0,3kg é transmitida uma quantidade de calor de
1800J e tendo uma variação de temperatura de 80ºC a 100ºC. Calcular o calor
específico da substância.
Dasdos Fórmula Resolução
1800𝐽
m1=0,3kg Q= m × C (T2−T1) C = 0,3𝐾𝑔×(100º𝐶−80º𝐶 )
𝑄 1800𝐽
Q=1800Jg C = 𝑚×(𝑇 −𝑇 ) C = 0,3𝑘𝑔×20º𝐶
2 1
T1=80ºC C=300J/kg׺C
T2=100ºC
C=?
R: O Calor Específico do pedaço de aço e de 300J.
Exercicios propostos
1. Estabeleça a diferença entre temperatura, calor e energia?
8. Um calorímetro contém 200g de água a 15 0C, tendo recebido mais 90g de água
fervendo, chegando ao equilíbrio térmico com a temperatura igual 360C.
Nota: A temperatura da H2O fervendo é de 1000C e as temperaturas inicial e final do
calorímetro são iguais a da água contida nele. Sabendo que o calor específico da água é
de 1 cal/g.0C, determine a capacidade térmica do calorímetro?
9. Uma vasilha adiabática contém 100g de água a 200C. Misturando 250g de ferro a 800C a
temperatura atinge 330C. Determine o calor específico do ferro?
Quase todo corpo na natureza, sofre uma dilatação térmica, isto é, sofre um aumento das suas
dimensões com o aumento da temperatura, quer ele seja sólido, líquido ou gasoso.
Dilatação linear
A maior parte dos sólidos, dilatam quando são aquecidos. O estudo da dilatação linear leva em
conta apenas a variação uma das dimensões de um sólido. A obtenção da expressão matemática
da dilatação linear é relativamente simples.
Se uma barra sólida de comprimento l0 sofre uma variação de temperatura Δt, o seu comprimento
também sofrerá uma variação 𝛥𝑙, cujo valor é dado por:
SOLUÇÂO
Como a dimensões da chapa são dada por S0=0,5m e S=2m onde ΔS =1m 2, a temperatura em
que é submetida é de 20 0𝐶 à 100℃ , sendo α=1,7.10-5 0C-1 e 𝛽 = 2𝛼 substituindo em
𝛥𝑆 = 𝛽 × 𝑆0 × 𝛥𝑡 vem:
𝛥𝑆 = 2𝛼 × 𝑆0 × 𝛥𝑡 ⇒ 𝛥𝑆 = 2 × 1,7 × 10−5 ℃−1 × 1𝑚2 × (100℃ − 20℃)
𝛥𝑆 = 2, 72 × 10−3 𝑚2
Resposta:O aumento da área sofrido por essa chapa é de 2, 72 × 10−3 𝑚2
Dilatação volumétrica
O aumento da temperatura normalmente causa um aumento no volume tanto dos sólidos
como dos líquidos e gases. A experiencia mostra que, se a variação da temperatura Δt não
for demasiada, o aumento de volume ΔV será aproximadamente proporcional à variação de
temperatura.
Este tipo de dilatação é de extremo interesse particularmente por causa dos líquidos gases,
já que para os sólidos é suficiente a tabela de coeficientes de dilatação linear uma vez que
a partir desta pode-se deduzir o coeficiente de dilatação superficial e volumétrica.
O estudo da dilatação de um líquido, só é possível faze-lo, se este for colocado num
recipiente, que também sofre dilatação.
A expressão da dilatação volumétrica é a seguinte:
𝛥𝑉 = 𝛾 ∗ 𝑉0 ∗ 𝛥𝑡 , ou 𝛥𝑉 = 3 ∗ 𝛼 ∗ 𝑉0 . 𝛥𝑡
onde 𝛾 caracteriza as propriedades de dilatação volumétrica de um dado material, por esta
razão chama-se coeficiente de dilatação volumétrica, cujo valor para um material sólido,
gasoso e nalguns casos também para líquido de coeficiente de dilatação linear, é três vezes
o valor de α, isto, é
Exercicio resolvido
Solução
O volume do tanque a temperatura de 0 oC é 50m3 , sendo α=1,2.10-5 oC-1
e a variação do volume é dado por: 𝛥𝑉 = 𝛾 × 𝑉0 × 𝛥𝑡 como 𝛾 = 3 ∗ 𝛼 substituindo vem:
𝛥𝑉 = 3 × 𝛼 × 𝑉0 . 𝛥𝑡 substituindo os valores tem-se:
ΔV = 3. 1,2.10-5 oC-1 ×50m3× 100℃
ΔV =0,18 m3
Como conhecemos a variação do volume pela expressão: ΔV = V- V0 logo o volume a 100 oC
será dado por:
V= V0+ΔV= 50m3+0,18m3=50,18m3
Resposta: o volume do tanque de aço é de 50,18m 3
Exercícios Propostos
1. No quarto de um estudante há livros sobre a mesa e um termómetro na parede marca
25oC. Qual é a temperatura provável desses livros? Justifique sua resposta.
2. É comum um corpo ficar preso dentro do outro. Explique como solta-los relacionando em
termodinâmica?
3. Em que época do ano a gasolina é mais cara: no Inverno ou verão? Justifique sua resposta
do ponto de vista termodinâmico.
6. Um recipiente de cobre tem capacidade de 2500 cm3 a 0oC, calcule a sua capacidade a
1000C. Dado o coeficiente de dilatação linear do cobre 1,7.10-5 oC-1.
Essas hipóteses dão uma ideia bastante razoável do que é um gás e tornam possível exprimir
matematicamente o valor de sua pressão, temperatura e volume. Essas grandezas
macroscópicas caracterizam o estado de um gás, e por isso são denominadas parâmetros
termodinâmicos do gás.
A relação existente entre os valores dos parâmetros termodinâmicos no início e no fim do
processo constitui a chamada lei dos gases. A lei dos gases que estabelece a relação entre os
três parâmetros fundamentais do gás chama-se lei geral dos gases perfeitos.
A lei geral dos gases perfeitos, como já foi referido acima estabelece a relação entre os três
𝑃𝑉
parâmetros fundamentais do gás: = 𝑎 (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)
𝑇
Essa constante (a), como sempre depende daquilo que não muda durante a transformação da
amostra do gás considerado. Essa amostra do gás, por sua vez, se caracteriza por duas
constantes:
A primeira constante está relacionada à “ população” do gás, que pode ser expressa pelo
número n de moles, ou pelo número N de partículas (átomos, moléculas ou ions) nele
contido, ou ainda pelo número de Avogadro NA, estudado e publicado em 1811 pelo físico
italiano Lorenzo Romano Amadeo Carlo Avogadro, cujo valor é 6,022.1023 partículas
por uma mol.
Se a primeira constante utilizada for n, a segunda será R, constante universal dos gases
𝑗 𝑎𝑡𝑚∗𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
perfeitos, cujo valor é: 𝑅 = 8,31 𝑚𝑜𝑙×𝐾 ou 𝑅 = 0,082 𝑚𝑜𝑙×𝐾
𝒏, na ausência de seu valor, é determinado pela razão entre a massa do gás e a massa molar
𝒎
do mesmo: 𝒏 = ; onde m é a massa do gás e M é a massa molar.
𝑴
Se a primeira constante for N, cuja expressão matemática na ausência de seu valor numérico é
𝑵 = 𝑵𝑨. 𝒏, e a constante a ela vinculada é 𝑲, conhecida com constante de Boltzmann, cujo valor
é: K=1,38 .10-23J/K
𝑃𝑉
Deste modo, a expressão 𝑇
= 𝑎 pode ser escrita utilizando 𝑎 = 𝑛. 𝑅 na forma:
Se a temperatura de uma dada massa gasosa, for mantida constante, o volume deste gás será
inversamente proporcional à pressão exercida sobre ele, ou seja, o produto da pressão pelo
volume de um gás é constante: 𝑝𝑣 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.
A lei de Boyle-Mariotte diz que: Os volumes de uma dada massa de gás, mantendo
constante a temperatura, variam na razão inversa das pressões.
Segundo esta lei, sofrendo o gás uma transformação que passa de um estado para outro, então:
𝑝1𝑣1 = 𝑝2𝑣2 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑝1𝑣1 = 𝑝2𝑣2
Esta lei é valida para processos isotérmicos, isto é, processos que ocorrem a temperatura
constante.
O gráfico abaixo, traduz a relação entre a pressão e o volume de uma certa massa de gás. Quer
dizer que existe uma relação inversamente proporcional entre si.
Em virtude de estar descrevendo uma transformação isotérmica, a curva representada designa-
se isotérmica do gás.
Abaixo, eis o gráfico do processo isobárico, no qual a linha oblíqua designa-se por isobárica
(p=constante).
Esta lei diz o seguinte: Á um volume constante, a pressão de uma dada massa de gás
varia na razão directa da temperatura. Lei essa publicada em 1802.
A representação gráfica da variação da pressão com a temperatura Célsius e absoluta, de
uma dada massa de gás, apresenta-se na figura a seguir:
Partindo da equação de estado dos gases perfeitos podemos escreve-la 𝑃𝑉/𝑇 = 𝑛𝑅. Para uma
dada massa de gás (n= constante), como R também é constante, conclui-se que:
𝑃𝑉
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑇
Assim se a massa gasosa passar de um estado a outro, podemos relacionar estes dois
estados pela seguinte expressão:
𝑃1𝑉1/𝑇1 = 𝑃2𝑉2/𝑇2
A equação acima é para o gás perfeito, podendo no entanto ser aplicada com aproximação a um
gás qualquer desde que a sua temperatura não seja muito baixa e sua pressão não seja muito
alta.
Exercícios resolvidos
1. Determine a pressão que sofre 6 moles de um gás perfeito que ocupa 25,4 litros de
𝑎𝑡𝑚∗𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
volume a 270C, É dada a constante universal dos gases perfeitos 𝑅 = 0,082 𝑚𝑜𝑙×𝐾 .
solução
sendo o 𝑛 = 6𝑚𝑜𝑙, 𝑜 𝑉 = 25,4𝑙, 𝑇 = 27℃ e a constante universal dos gases perfeitos
𝑎𝑡𝑚 ∗ 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
𝑅 = 0,082
𝑚𝑜𝑙 × 𝐾
𝑃 = 5,8𝑎𝑡𝑚
Resposta: a pressão sofrida é de 5,8𝑎𝑡𝑚.
2. Determine o volume molar de um gás perfeito sob condições normais de pressão e
𝑎𝑡𝑚∗𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
temperatura. É dada a constante universal dos gases perfeitos 𝑅 = 0,082 𝑚𝑜𝑙×𝐾
solução
sendo o 𝑛 = 1𝑚𝑜𝑙, 𝑇 = 273,5𝐾, 𝑃 = 1𝑎𝑡𝑚 e a constante universal dos gases perfeitos
𝑎𝑡𝑚 ∗ 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
𝑅 = 0,082
𝑚𝑜𝑙 × 𝐾
𝑛𝑅𝑇
Pela lei dos gases perfeitos 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 o volume será dada por: 𝑉 = substituindo vem:
𝑃
𝑎𝑡𝑚∗𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
1𝑚𝑜𝑙×0,082 ×273,5𝐾
𝑚𝑜𝑙∗𝐾
𝑉= logo pressão será:
1𝑎𝑡𝑚
𝑉 = 22,427𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
Resposta: o Volume molar do gás é de 22,427𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠.
Exercicios Propostos
1. A massa de um certo gás ocupa um volume de 30 litros sob pressão de 5atm. e a 270C.
𝑎𝑡𝑚∗𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
Sendo 𝑅 = 0,082 𝑚𝑜𝑙×𝐾
. Determine:
a) O número de moles contidos nesse gás, sabendo que a constante universal dos
gases perfeitos é igual a 8,31 J/k.mol?
Assim, para uma variação de volume ΔV, o trabalho envolvido é igual à correspondente “área
sob a curva” A:
𝑊 = ±𝐴
Para indicar no gráfico 𝑃 ∗ 𝑉 se o trabalho é realizado pelo sistema ou sobre o sistema,
coloca-se ma curva uma seta que indica que indica o sentido da transformação. Se na
transformação o volume do gás aumenta, o trabalho é positivo; se o volume diminui, o
trabalho realizado é negativo.
Se o trabalho realizado em transformações sucessivas tiver sinais diferentes, o trabalho
realizado será a soma algébrica dos trabalhos parciais realizados em cada transformação.
As leis da termodinâmica-II
Transformações reversíveis e irreversíveis
Com este capítulo conclui-se o estudo de termodinâmica, das suas leis e proibições. Com o
estudo da 1ª lei da termodinâmica, ficou claro que a energia se conserva em qualquer
transformação, embora parte dela se torne inaproveitável. Contudo, há um aspecto intrigante
na conservação da energia que levou a formulação de uma nova lei – a conservação da
energia ocorre sempre, em qualquer transformação, mas essas transformações ocorrem
num único sentido.
Imaginemos um corpo que cai de uma certa altura sobre uma “cama elástica”, desprezando
todos os atritos, nota-se que ao atingir a cama elástica, o corpo é impulsionado de volta,
atingindo praticamente a posição inicial. Nesse processo de queda e volta, não houve
variação de energia mecânica do sistema. A queda é, então, uma transformação
reversível, pois há grande possibilidade de ocorrer o movimento inverso, isto é, a volta do
corpo às condições iniciais.
Elaborado pela coordenação de Física do ITSH Nº1831
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OBS: Nota que o exemplo exposto foi analisado em condições ideais, na realidade não
existem transformações reversíveis, pois o atrito quase sempre está presente durante as
transformações.
Analisemos agora outra transformação. Um bloco de massa usada por pedreiros é lançado
do alto de uma rampa. Enquanto a massa cai, a sua energia potencial vai se transformando
em energia cinética. Porém, a energia mecânica do sistema mantém-se constante.
Quando a massa atinge o solo, a sua energia mecânica transforma-se noutra de energia, a
energia interna. É por isso que a temperatura do corpo e do chão aumentam. É possível
fazer com que a energia térmica gerada no impacto da massa com o chão se reúna
novamente e faça a massa subir até a posição inicial? Não. Pois o caso contrário não
ocorrerá. Neste caso, diz-se que a queda é uma transformação irreversível.
A segunda lei da termodinâmica refere-se exactamente a este tipo de transformação. De
acordo com essa lei, as transformações naturais, espontâneas realizam-se de acordo com
um sentido preferencial. Assim, para um corpo que se encontra no alto de uma rampa, o
sentido preferencial, natural é o da descida da rampa. Uma vez solto, o corpo descerá até o
ponto mais baixo. Para faze-lo subir seria necessário um agente externo, pois o corpo não
subiria espontaneamente.
Vários são os físicos (Hermann Walther Nernest, Sadi Carnot, Boltzmann, Rudolf Clausius
que debruçaram-se desta lei, em consequência disto, existem enumeras versões do
enunciado da mesma, mas valemo-nos da definição mais simples e precisa dada por Rudolf
Clausius: O calor passa espontaneamente de um corpo de maior temperatura para um
corpo de menor temperatura. Nota que, nesse enunciado fica evidente o sentido
preferencial do processo, o qual é determinado pela diferença de temperatura.
Sabemos pelas nossas próprias vivências que é relativamente fácil transformar energia
mecânica ou eléctrica em calor. O inverso, isto é, transformar o calor em trabalho é muito
difícil, pois são necessárias condições especiais. Essa dificuldade levou Sadi Carnot a
enunciar de outra forma a segunda lei da termodinâmica: Só é possível transformar calor
em trabalho quando dispomos de duas fontes com temperaturas diferentes.
O ciclo e a máquina de Carnot
Se o rendimento de uma máquina térmica é sempre limitado, menor do que 1, deve haver
um rendimento máximo a ser atingido. Essa foi a conclusão do engenheiro francês Sadi
Carnot num trabalho publicado em 1824.
Carnot demonstrou teoricamente que existe uma sequência específica de transformações –
um ciclo especial - em que a máquina térmica obtém o máximo rendimento. Esse ciclo
passou a denominar-se ciclo de Carnot e a máquina que desenvolve ou trabalha segundo
esse ciclo é a máquina ideal, também chamada de máquina de Carnot.
Estudando as máquinas térmicas, Carnot descobriu um ciclo de quatro transformações
reversíveis que proporcionam o máximo rendimento térmico para a máquina.
Elaborado pela coordenação de Física do ITSH Nº1831
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Analisando uma transformação reversível, por exemplo um sistema massa-mola, constata-
se a sua reversibilidade no movimento do oscilador que é contínuo e de espontâneo retorno
à mesma situação, ou estado inicial e cada oscilação.
Assim, se o oscilador fosse máquina térmica, teria rendimento máximo se o seu movimento
fosse reversível. Essa é a ideia da máquina de Carnot:
O rendimento de uma máquina térmica é máximo quando todas as etapas do seu ciclo
(o ciclo de Carnot) forem transformações reversíveis.
Com relação ao ciclo de Carnot, é importante que concluir o seguinte:
a) Uma máquina que opera dentro do ciclo de Carnot, tem o máximo de rendimento. Ou seja,
nenhuma máquina térmica operando em ciclos pode ter rendimento superior ao de uma
máquina de Carnot
b) O rendimento de uma máquina de Carnot depende das temperaturas das fontes quente e
fria. Carnot demonstrou que a quantidade de calor que é retirada da fonte Q1 e a que é
rejeitada para a fonte fria Q2 são proporcionais às temperaturas absolutas das fontes.
𝑄2 𝑇
Ou seja = 𝑇2 sabe-se que o rendimento de uma máquina térmica é dado pela expressão
𝑄1 1
𝑄 𝑇
𝜂 = 1 − 𝑄2 então 𝜂 = 1 − 𝑇2
1 1
𝑇
c) Na expressão 𝜂 = 1 − 𝑇2, quanto menor for a temperatura T 2 (fonte fria), maior será o
1
𝑇2
rendimento, pois menor se torna a razão . Assim, quando a temperatura T2 atingisse a
𝑇1
Exercícios:
1. A termodinâmica é o ramo da física que estuda as causas e os efeitos de mudanças
na temperatura, pressão e volume. É a ciência que estuda os processos em que há
transformação de energia e o comportamento dos corpos nestas transformações.
a) Debruça-se sobre a entropia.
2. A teoria Cinética dos gases é um conjunto de hipóteses propostas para explicar as
propriedades e as leis dos gases a partir das leis da mecânica de Newton.
a) Cite as hipóteses que compõem o modelo para os gases ideais
3. Um recipiente contém H2 a 270C.
a) Qual é a energia cinética média de suas moléculas?
b) Sabendo que a massa de uma molécula de H2 é 3,3.10 -23Kg, qual deve ser
a sua velocidade para que ela tenha uma Ec igual ao valor médio calculado na
alínea anterior?
4. Uma botija de gás contém 32g de CO2, a uma temperatura de 1270C. Determine:
a) A massa molecular do CO2?
b) O número de moles?
c) A energia cinética do gás?
d) A velocidade de suas moléculas?
1. Hidrostática
Entende-se aqui, que fluído é toda a substância ou mistura de substâncias que se escoa
com maior ou menor facilidade.
A caracterização de um fluído passa por: Escoar-se ou fluir com maior ou menor facilidade;
Mudar de forma sob a acção de pequenas forças e por adaptar-se sempre à forma dos vasos
que o contêm.
Mas o nosso estudo, incidirá sobre os fluídos ideiais (fluídos incompriensíveis) e com
viscosidade praticamente nula ( Equilibrio Hidrostático).
Viscosidade: é o atrito interno de um fluído ou seja a força de atrito entre camadas diferentes
do fuido que se move em velocidade relactivamente diferentes.
1.1-Equilibrio Hidrostatico
Quando o fluido esta em repouso ( escala microscopica) diz-se que o fluído está em equilibrio
hidrostático relactivamente ao recipiente onde está contido, ou seja quando a sua velocidade
de escoamento é nula.
Por outro lado num fluído em equilibrio hidrstático as forças que este exerce sobe as paredes
do recipiente onde esta contido, sao perpendiculares a estes, pois se não fosse, haveria uma
componente tangencial que levaria a um deslizamento do fluído ao longo das paredes pelo
que ele deixaria de estar em equilibrio hidrostático.
Para melhor percepção deste tema, há que definir alguns conceitos básicos atinentes a essa
área do saber. Pressão, força de pressão, densidade e massa.
Exercícios resolvidos
1. Uma força de intensidade 2 N é aplicada perpendicularmente na superfície do embolo
de uma ciringa hospitalar de 1mm2 de área. Determine a pressão, em N/m2, que o
pino exerce sobre a superfície.
Solucão
Como a pressão é pedida em N/m2, a área da superfície deve ser expressa em m2. Assim:
A = 1 mm2 ⇒ A = 10-6 m2
𝐹
Sendo F = 2 N, a pressão é dada por: 𝑝 = 𝐴
2𝑁
Logo substituindo: 𝑝 = 10−6 𝑚2 ⇒ p = 2. 106 N/m2
Solução:
A caixa exerce sobre a superfície horizontal uma pressão devido ao seu peso: P =mg.
Sendo m =200 g = 200 ×10-3 kg = 0,2 kg, vem: P =0,2kg × 10m/s2 ⇒ P = 2 N
Como a caixa possui três faces sobre as quais pode ser apoiada, ela pode exercer três
pressões diferentes:
A1 = 10 cm × 20 cm × 200 cm2 = 200× 10-4 m2 = 2 × 10-2 m2
A2 = 5 cm × 20 cm = 100 cm2 = 100 × 10-4 m2 = 1 ×10-2 m2
A3 = 5 cm × 10 cm = 50 cm2 = 50 × 10-4 m2 = 0,5 × 10-2 m2
2𝑁
𝑝1 = ⇒ p1 = 102 N/m2
2×10−2 𝑚2
2𝑁
𝑝2 = ⇒ p2 = 2×102 N/m2
1×10−2 𝑚2
2𝑁
𝑝3 = ⇒ p3 = 4×102 N/m2
0,5×10−2 𝑚2
Resposta: p1 = 102 N/m2 ; p2 = 2×102 N/m2 e p3 = 4×102 N/m2
Elaborado pela coordenação de Física do ITSH Nº1831
42
Exercios propostos:
1. Converte 8atm para pascal e 9,3mmHg para pascal considerando, 1atm corresponde
a 1,01×105Pa e 1mmHg corresponde a 1,33×102Pa
2. A cápsula de um toca-discos tem 2 g de massa e a ponta da agulha apresenta área
igual a 10-6 cm2. Determine a pressão que a agulha exerce sobre o disco, expressa
em N/m2. Adote, para a aceleração da gravidade, o valor g =10 m/s2.
3. Uma força de intensidade 2N é aplicada perpendicularmente a uma superficie por
meio de um pino de 1mm2 de área. Determine a pressão, em N/m2, que o pino exerce
sobre a superficie.
Forças de pressão
Como vimos, um fluído hidrostatico exerce sobre as paredes do recipiente que o contem
forças perpendiculares a essas paredes. Essas forças perpendiculares as superficies que
contactam com o fluído, designa-se de forças de pressão.
Fig.1.0
No SI, a unidade de 𝜌 será kg/m3. Na prática é comum o uso de outra unidade; g/cm 3.
Exercicios propostos
1. Uma joia de prata pura, homogênea e maciça tem massa de 200g e ocupa um volume
de 20cm3. Determine a densidade da joia e a massa específica da prata.
2. Um cilindro tem 5cm2 como área da base e 20cm de altura, sendo sua massa igual a
540g. Esse cilindro tem a parte central oca na forma de um paralelepípedo de volume
64cm3. Determine:
a) a densidade do cilindro;
Como se encontra em equilíbrio, pela lei de Newton, a resultante das forças que sobre ele
actuam tem de ser nula. 𝐹𝑟 =0
𝐹𝑎 +𝐹𝑏 +𝐹𝑔 = 0 Pois as forças de pressão com direcção horizontal anulam-se. A esta equação
vectorial corresponde a equação escalar: 𝐹𝑏−𝐹𝑎−𝐹𝑔=0 ↔ 𝐹𝑏−𝐹𝑎=𝐹𝑔
pb𝑨− pa𝑨 =𝒎𝒈 (1) Se m é a massa da porção cilíndrica e V o seu volume expressar o peso
dessa porção da seguinte maneira: 𝜌=𝑚/𝑉 𝑒 𝑉=𝐴∗Δh 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑚=𝐴𝜌Δh 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 1 ,𝑣𝑒𝑚:
(𝑃𝑏−𝑃𝑎) 𝐴 = 𝐴𝜌Δh𝑔 ↔ 𝑃𝑏 − 𝑃𝑎 = 𝜌𝑔Δh
Esta equação que traduz a lei fundamental da Hidrostática, ou lei de Stevin, diz que:
Se Δh = 0 →𝑃𝑏=𝑃𝑎
Fig.1.2
Dois pontos que se encontrem ao mesmo nível, no interior de um líquido contido num
sistema de vasos comunicantes, em equilíbrio hidrostático, estão à mesma pressão.
A pressão em um dado ponto no interior do líquido, é constituída de duas parcelas:
a primeira P0, representa a pressão exercida na superfície livre do líquido e a
segunda, 𝜌𝑔h, a pressão produzida pelo peso do próprio líquido.
A pressão exercida propriamente pelo líquido é dada por 𝜌𝑔h. Para um dado líquido,
em um mesmo local, ela só depende de h. Portanto, na fig.1.3, as pressões no fundo
dos três recipientes que contêm o mesmo líquido serão iguais, embora os vasos
tenham formas diferentes e quantidades diferentes de líquido.
Fig.1.3
A força de pressão exercida no fundo de um vaso não depende da forma deste, nem do
peso do líquido nele contido; depende, apenas da área do fundo e da altura do líquido.
Sua expressão é: p= p𝒐+𝝆𝒈𝒉 A
Exercícios resolvido:
Determine:
a) a pressão atmosférica;
b) a densidade do líquido;
c) a pressão à profundidade de 20 m.
(Adote g = 10 m/s2.)
Solução:
A representação gráfica em questão corresponde ao teorema de Stevin e portanto à
fórmula: p = patm+𝜌gh
a) A pressão atmosférica é o valor da pressão na superfície livre do líquido, isto é, a
pressão no ponto de profundidade
nula. No gráfico, h =0 corresponde a: patm= 1 . 105 N/m2
b) Sabendo-se que a pressão atmosférica local vale 76cmHg, qual é a pressão total no
fundo da piscina?
Solução
a) A pressão devido o peso é dada por 𝑝=𝜌𝑔h substituindo os valores das variáveis,
teremos: 𝑝=1×103𝑘𝑔/𝑚3×9,8𝑚/𝑠2×10𝑚
𝑝=0,98×105𝑃𝑎
b) A pressão total é dada por 𝑝=𝑝0+𝜌𝑔h
Como 76𝑐𝑚𝐻𝑔=1,01×105𝑃𝑎; 𝑝=1,01×105𝑃𝑎+0,98×105𝑃𝑎 𝑝=1,99×105𝑃𝑎
Execícios Proposto
1. Como medir a pressão atmosférica? Explique a experiência de Torricelli.
2. Um submarino levando uma equipa medica navega a 100 m de profundidade.
Qual a pressão exercida pela água do mar sobre o submarino? (Dados: densidade da
água do mar ρ =1,03.103 kg/m3 e g = 9,81 m/s2.)
3. Um reservatório contém água até a altura de 5m. Determine a pressão exercida
exclusivamente pela água no fundo deste reservatário? Tenha em conta que a
densidade da água é de 1.103 kg.m-3.
4. A que altura deve se colocar o balão de sangue sabendo a pressão sistólica do
paciente é de 120mmHg e a densidade do sangue é de 1,06g/cm 3?
5. (UAN/2017) Um tubo em forma de U, contem dois líquidos não miscíveis, água e óleo
X. a altura da coluna de óleo é de 12.6 cm. O Desnível entre as superfícies livres dos
líquidos é de 1.52 cm (a densidade da água é 1000Kg/m3). Determine a massa
volúmica do óleo X.
Em 1651, o cientista francês Blaise Pascal procurou dar resposta a esta questão,
enunciando o seguinte princípio:“Qualquer variação de pressão exercida sobre um fluido
em equilíbrio hidrostático transmite-se sem nenhuma diminuição a todos os pontos do
fluido e às paredes do recipiente que o contém”
com área A2. A pressão aplicada nos dois cilindros é a mesma, logo
𝐹 𝐹 𝐴2
𝑝=𝐴1 = 𝐴2 𝑒 𝐹2 =𝐴
1 2 1 ×𝐹1
Fig.1.5
Exercício resolvido:
1. O elevador hidraúlico de um posto de automóveis é acionado mediante um cilindro de
área 3.10-5 m2. O automóvel a ser elevado tem massa 3.103 kg e está sobre o êmbolo
de área 6.10-3 m2. Sendo a ace le ra ção da gravidade g =10 m/s2, determine:
a) a intensidade mínima da força que deve ser aplicada no êmbolo menor para
elevar o automóvel;
b) o deslocamento que teoricamente deve ter o êmbolo menor para elevar de
10 cm o automóvel.
Solução:
a) As intensidades das forças nos dois êmbolos são diretamente proporcionais às
𝐹 𝐹
respectivas áreas: 𝐴1 = 𝐴2
1 2
Temos:
F2 =mg = 3.103kg . 10m/s2 ⇒ F2 = 3.104 N
A1 = 3.10-5 m2 e A2 = 6.10-3 m2
𝐹 3.104 N
Assim: 3.10−51 𝑚2 = ⇒ 𝐹1 = 1,5. 102 𝑁
6.10−3 m2
b) São dados:
A1= 3.10-5 m2; A2 = 6.10-3 m2; h2= 10 cm =0,1m
Substituindo em h1.A1 = h2.A2, vem: h1×3.10-5 = 0,1×6.10-3⇒ ℎ1 = 20𝑚
Respostas: a) 1,5.102 N; b) 20 m
A impulsão é, portanto, a força exercida verticalmente para cima por um fluido sobre um
corpo que nele esteja total ou parcialmente mergulhado, cujo módulo é igual ao módulo
do peso do volume do corpo.
Esta lei diz: “Todo o corpo mergulhado total ou parcialmente num fluido recebe, da
parte deste, uma impulsão vertical de baixo para cima e de intensidade igual ao
valor do peso do volume de fluido deslocado pelo corpo”.
Ex: Calcular a fracção do volume de um cubo de hélio que sobressai do nível de água,
quando flutua em um vaso com água.
Resolução
O hélio flutua sobre a água porque tem uma densidade menor que da água, 𝜌=917𝑘𝑔/𝑚3. O
peso do cubo do hélio é 𝑃h=𝑚h𝑔=𝜌h𝑉h𝑔.
A força de impulsão igual ao peso da água deslocada é:𝐼=𝜌𝑎𝑔𝑉, onde V é o volume do cubo
do hélio debaixo da água. Como 𝑃h=𝐼 a fracção do hélio submergido é:
𝜌𝑎𝑔𝑉=𝜌h𝑔𝑉h →𝑉/𝑉h=𝜌h𝜌𝑎
𝑉/𝑉h=917𝑘𝑔/𝑚/31000𝑘𝑔/𝑚3
𝑉/𝑉h=0,917 Portanto o que sobre sai da água é 1−𝑉/𝑉h=1−0,917=0,083 𝑜𝑢 8,3%.
Exercícios de Consolidação
1. o que entendes por fluido e como se caracterizam?
2. Quando é que um fluido está em equilíbrio hidrostático?
3. Quantas e quais são as leis que regem o estudo da hidrostática? Enuncie e escreva a expressão
matemática de uma ao seu critério.
4. Num recipiente qualquer, há uma mistura heterogénea (água1, óleo2 e um grão de arroz3),
face a essa experiência, nota-se claramente que o óleo flutua sobre a água e o grão de arroz
submerge.