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Ensino de Biologia.
Para que tenhamos uma cidadania activa e democrática precisamos de cidadãos científica e
tecnologicamente literados.
Ao longo dos tempos, o trabalho prático foi, por vezes, problemático no ensino das ciências.
Existe, contudo, a ideia de que este tipo de trabalho é importante, sendo característica sine
qua nom para o “bom” ensino das ciências. Ao abordarem este tema, os autores utilizavam
várias nomenclaturas, referindo-se a actividades práticas, trabalho prático, trabalho
laboratorial ou trabalho experimental. Actividades práticas ou trabalho prático, o trabalho
experimental está inserido nesta designação, são dois termos que podem ser utilizados com
significado idêntico: trabalho realizado pelos alunos, interagindo com materiais e
equipamento, para observar fenómenos, na aula ou em actividades de campo (Miguéns, 1990
Apud Santos, 2002).
Segundo Lopes (1995 Apud Santos, 2002), os objectivos do trabalho experimental são os
seguintes:
Dada a importância das actividades experimentais, o conhecido manual da UNESCO para o ensino
de ciência refere algumas recomendações, onde Valadares & Pereira (1991:183) destacaram as
seguintes:
Exercicios
Conforme pôde ser verificado as atividades experimentais podem ser empregadas com
múltiplas finalidades e por meio de modalidades bem distintas uma da outra, o que as
colocam como um cenário propício ao desenvolvimento de estudos que, pautados em
referenciais teóricos, auxiliem no direcionamento das estratégias empregadas nas aulas
práticas, elucidem alguns pontos controversos de seus objetivos, propiciem uma discussão
mais clara sobre os papéis do professor e dos alunos nas interações estabelecidas nesse
contexto e auxiliem o professor a refletir sobre aspectos ligados à experimentação nas aulas
de química como a relação entre conceitos científicos e cotidianos, o papel linguagem
simbólica e a função e organização do trabalho em grupo.
Segundo Araújo e Abib (2003), as atividades experimentais podem ser classificadas em três
tipos de abordagem ou modalidades: atividades de demonstração, de verificação e de
investigação.
Mais recentemente Bonito e Trindade (1998) distinguem cinco tipos de atividades. Onde:
Além disso tudo, o professor orientador de do laboratorio deve fazer um mapa de localização
dos alunos no laboratório. Este mapa possibilita que os alunos saibam com antecedência onde
e com quem irão desenvolver seus projetos, criando um vínculo com o colega e co–
responsabilidade no uso do equipamento.
O laboratório deve ser visto como um local especial de trabalho, pois o mesmo pode se tornar
perigoso caso não seja utilizado adequadamente. Devido ao tipo de trabalho desenvolvido nos
laboratórios os riscos de acidentes a que estão sujeitos os laboratoristas são os mais variados
possíveis. Na maioria das vezes, o laboratório é montado em local já existente acarretando
utilização inadequada dos espaços e mobiliários, disposição incorreta das instalações e falta
de equipamentos de proteção coletiva e individual. O laboratório não deve ser um local
improvisado, mas apresentar condições ideais para se desenvolver um trabalho dentro de
padrões de segurança adequados.
Os laboratórios possuem vários tipos de equipamentos, entre eles, equipamentos que utilizam
gases sob pressão. Os gases sob pressão podem ser classificados como inertes, inflamáveis,
corrosivos, asfixiantes, irritantes e anestésicos. Os cilindros de gás pressurizado devem ser
manuseados e armazenados com cuidado e critério. O código de cores usado em tubulações,
válvula (volantes) e no próprio cilindro serve para caracterizar os tipos de fluidos, seu estado
de temperatura e sua inflamabilidade. Os cilindros devem ser armazenados em local separado
do laboratório, protegido do sol e chuva para que as válvulas de redução de pressão não sejam
danificadas, devem ser fixados com cintas metálicas ou com correntes e cadeado e seu
transporte deve ser feito com auxílio de um carrinho apropriado.
Segundo CORCIONE : “Quem pensa em oficina, lembra logo, por associação de idéias, de
trocas, peças, trabalho, conserto, reparo, criatividade, transformação , processo, montagem...
São todas as idéias que compõem o significado da oficina que se constitui num espaço
privilegiado de criação e descoberta “ ( CORCIONE : 1994 ).
A oficina pedagógica transforma-se, assim , num processo coletivo, onde se busca ir além de
uma simples construção. É por excelência, espaço para vivências, diálogos partilhas. É um
processo permeado pela polifonia de vozes doas sujeitos que tecem o conhecimento numa
rede dinâmica de vozes partilhadas. Ao se prever o uso metodológico da oficina pedagógica,
deve-se estar considerando que tal espaço de aprendizagem diferenciar-se-á dos modelos
convencionais das aulas transmissionais, pautadas pela pedagogia assimilativa.
Onde os discentes devem absorver o conhecimento pronto, requentado, como se fossem
esponjas.
A estes saberes que são produzidos e apropriados ao longo de sua história de vida, no “chão”
da escola, em sua prática pedagógica diária, nas relações entre professores, entre estes e os
alunos, entre os docentes, a escola e sua organização e entre os professores e os seus próprios
saberes, são classificados por diversos autores (BORGES, 1998; TARDIF, 2007; PIMENTA,
2002) como os saberes da experiência, ou seja, aqueles saberes que são advindos da
intervenção pedagógica do professor na escola, em suas turmas, na organização do trabalho
pedagógico, em sua própria história ao longo de sua vida.
É o que explica Tardif estes saberes “[...] não provém das instituições de formação nem dos
currículos. [...] não se encontram sistematizados em doutrinas ou teorias” (2002, p. 48,49). O
professor diante deste saber é ao mesmo tempo produtor e sujeito.
Para Pimenta (2002, p.20) os saberes da experiência são aqueles advindos da história de vida,
das relações que os docentes, ou estão em formação para exercer este ofício, obtiveram ao
longo de suas vidas no contato com a escola. Para esta autora noções de como ser docente, o
que é ser um bom ou um mau professor, a desvalorização social dos professores, os bons
conteúdos, as boas turmas, as mudanças que ocorreram ao longo da história a respeito do
professor e seus saberes, vem desta experiência com a discência.
Estes saberes são produzidos na prática pedagógica quotidiana, como cita Therrien (apud
BORGES, 1998, p.51) que “em função de um contato muito elementar com os saberes da
formação profissional, tais professoras buscavam na prática outras fontes de referência para a
sua acção docente”. Borges (1998, p.51) chama este saber de “um saber social que informa a
prática”, sendo a ressignificação, a partir da prática, dos saberes da formação.
A experiência docente não pode ser limitada ao momento em que o futuro professor inicia um
curso de formação inicial, como afima Tardif (2007, p.71) “A socialização é um processo de
formação do indivíduo que se estende por toda a história de vida e comporta rupturas e
continuidades.” Borges (2004), Pimenta (1999) e Tardif (2007) identificam uma quantidade
de saberes que influenciam a prática docente, e que são anteriores a esta, saberes provenientes
da suas histórias de vida, da cultura familiar, saberes provenientes de outros tipos de
Educação, saberes provenientes da observação dos professores com os quais manteve contato
durante toda sua vida escolar, e saberes da experiência socialmente construída.
Os conceitos historicamente construídos sobre a docência, o que as mídias dizem das escolas
e dos professores, a crise na autoridade e autonomia docente, as notícias sobre a violência na
sala de aula contra os professores, também são fontes que contribuem para a construção de
saberes aos professores.
A atuação profissional constitui, talvez, a mais importante fonte de aquisição de saberes. São
nos diversos momentos na escola nas mais diversas situações que os professores constroem
seus saberes. Borges afirma que:
O contato com alunos, professores, com os demais agente escolares, enfim a vida
profissional, propriamente dita, proporciona muitas aprendizagens, entre elas a aquisição de
saberes sobre como agir em diversas situações, trabalhar determinados conteúdos, explorar
o livro didático, abordar um conteúdo, extrair do programa os conteúdos relativos à
aprendizagem dos alunos, etc. (2004, p. 203)
Almeida (2007), Borges (2004) e Tardif (2007), concordam quando afirmam que os saberes
da experiência na docência são colocados pelos professores em uma hierarquia relativa de
maior estima, de acordo com sua utilização no trabalho.
A valorização exacerbada da experiência por parte dos docentes pode causar uma
marginalização de outros saberes. Na tentativa de ressignificar os saberes oriundos de outras
fontes, alguns professores, por acharem que não são necessários a sua prática pedagógica,
discriminam e desvalorizam os saberes da formação ou dos currículos e disciplinas,
supervalorizando suas próprias experiências. São nos momentos de aula, na necessidade da
sala de aula que os professores hierarquizam seus saberes.
O interesse em escutar a voz dos alunos não é novo (Mitra, 2004), uma vez que já nos finais
dos anos de 1960 e 1970 alguns investigadores educacionais se propuseram a conhecer a sala
de aula e a escola através das experiências dos alunos (Cusick, 1973; Meighan, 1977; Woods,
1980). Contudo, é importante sublinhar que, embora essa investigação fosse um espaço
legítimo para os alunos envolvidos falarem da sua aprendizagem, não era frequente dar-lhes
feedback, nem
No entanto, há actores educativos que pensam que consultar os alunos pouco mais é do que
aquilo que muitos professores já fazem ao ouvir os alunos informalmente na sala de aula.
Escutar os alunos como alguém que tem algo a dizer sobre a escola implica, para Rudduck e
Mclntyre (2007), que os discentes sejam explicitamente convidados a pronunciarem-se sobre
a sua própria aprendizagem e sobre ferramentas para aprender, incluindo estratégias de
ensino. Pressupõe-se, desse modo, que os discentes tenham consciência de que estão a
contribuir para a melhoria da escola e que as suas vozes podem fazer a diferença (Rudduck &
Flutter, 2004).
Nº Questões Cot
01 Para que tenhamos uma cidadania activa e democrática precisamos de 1,0
cidadãos científica e tecnologicamente literados.
3.1. Esboce um tema, elabore três objectivos especificos sendo um por cada
ambito, faça uma introdução sobre o tema e sugere orientações metodológicas
que proporcione a aprendizagem aos alunos no PEA de Biologia.
3.2. Apresente resultados desta actividade experimental e de observação no 2,0
ensino de Biologia e identifique a (s) unidade (s) tematica (s), classe (s) em
que esta actividade pode ser realizada no SNE –ESG.
04 “Os professores das escola públicas não realizam as actividades 2,5
experimentais e de obervação nas aulas de biologia porque as turma são
numerosos e os progrmas de biologia são longo. As actividades
experimentais são aprendidas na UP, como forma de preparar os
estantentes apenas para terem um simples conheciemento destas
actividades”.
Conclusão
Bibliográfica