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t UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Auditoria na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nhambuica

Cristina Ismael Chissingue

Maxixe, Junho, 2022

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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Auditoria na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nhambuica

Trabalho de Campo de
Auditoria na Administração
Pública, a ser submetido na
Coordenação do Curso de
Administração Pública do
UNISCED.

Tutor:

Cristina Ismael Chissingue

Maxixe, Junho, 2022

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Índice

1.Introdução ................................................................................................................................ 4

1.1.Condições de Locais de Trabalho ......................................................................................... 4

1.2.Prevenção de acidentes ......................................................................................................... 5

1.3.Segurança e violência na escola ........................................................................................... 5

1.4.Condições para prestação de primeiros socorros .................................................................. 6

1.5.Gestão de prevenção e emergência na Escola ...................................................................... 6

1.6.Higiene e Saúde Pessoal e Colectiva .................................................................................... 7

2.Resultados Esperados .............................................................................................................. 8

3.Referências Bibliográfica ........................................................................................................ 9

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1.Introdução

No presente trabalho Auditoria na Administração Pública tem como se esfera de estudo a

Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nhambuica onde importa efectuar-se uma auditoria que
incidira em verificar aspectos como: condições de locais de trabalho, prevenção de acidentes,
segurança e violência na escola, condições para prestação de primeiros socorros, gestão de
prevenção e emergência na escola, higiene e saúde pessoal e colectiva. Quando fala-se de
locais de trabalho, falamos de um conceito muito geral, que engloba “todo o lugar em que o
trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, directa
ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador”. O posto de trabalho, por seu turno, é o
lugar específico, naquele local, em que o trabalhador desenvolve o grosso da sua actividade.

O termo auditoria reporta-se aos processos de avaliação e assessoria. Efectivamente auditar

pressupõe examinar, verificar, testar, analisar e confirmar os dados de uma organização.
Assim, a auditoria é uma actividade de revisão das demonstrações financeiras, registos,
transacções e operações de uma unidade, programa ou de um projecto, efectuada por um
funcionário ou agente, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registos e proporcionar
credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da gestão.

Conforme Almeida, (2003), a auditoria pode ser conceituada como um conjunto de

procedimentos aplicados sobre determinadas acções, objectivando verificar se elas foram ou
são realizadas em conformidade como normas, regras, orçamentos e objectivos.

Uma auditoria é óptima para identificação e detenção de fraudes. Ela conseguirá identificar a
fraude mais facilmente dependendo do seu tipo. As que deixam vestígios nos registos
contáveis podem ser detectadas através de auditorias internas bem efectuadas, comprovando-
se na maioria das vezes a saída de dinheiro da empresa para as mãos dos fraudadores.

A verificação documental, procedimental, análise dos controles internos e das práticas

administrativas complementadas por trabalhos realizados por amostragem, conforme
enumerado no procedimento de auditoria, somando-se às solicitações feitas aos auditados e
suas respostas, permitiram a verificação dos resultados a seguir expostos:

1.1.Condições de Locais de Trabalho

Na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nhambuica, as professoras relatam que, apesar de o

espaço físico da escola ser grande, não existe um local adequado para uma sala de
professores, em que as trabalhadoras possam se concentrar antes das aulas e trocar
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experiências entre si. O local existente é um espaço pequeno, a ponto de as docentes não
conseguirem permanecer juntas na sala.

De fato, a inadequação da estrutura física parece limitar os espaços de trocas e interacção na

escola entre as profissionais. Segundo Dejours (1993), a existência de espaços públicos
internos (de interacção) é um dos factores essenciais para uma boa organização do trabalho,
na medida em que o encontro entre as trabalhadoras facilita o reconhecimento entre os pares e
a construção de identidades e produção de sentido no trabalho. Consequentemente, a carência
de um maior contacto e comunicação entre os profissionais torna-se um obstáculo na busca da
solução de problemas e espaços de criação, terminando por dificultar a produtividade e a
qualidade do trabalho (Neves, 1999).

O de bom é que a escola privilegia a ventilação natural. Os locais fechados como o bloco
administrativo possui um volume suficiente de ar puro devido ao seu largo espaço e das
janelas de tamanho aceitável.

1.2.Prevenção de acidentes

Na escola a prevenção de acidentes é feita logo na fase de elaboração dos projectos

pedagógicos, aplicando os princípios de prevenção através dos seguintes meios: Previsão do
risco e a sua supressão definitiva, através da selecção de soluções adequadas na concepção
das instalações da escola; Escolha de produtos, equipamentos e materiais isentos de risco (ou
que apresentem o menor potencial de risco possível); Organização do trabalho que resulte na
ausência de risco (ou com o menor potencial de risco possível).

A escola não possui dispositivos e sistemas adequados à detecção e combate a incêndios, em

função dos equipamentos e suas características, dos materiais e substâncias existentes, e do
número máximo de efectivo escolar que lá se encontra. A escola apenas confia na fontenária
de água e ajuda da comunidade em caso de incêndios e outros acidentes. De igual, não
existem cartazes com informações claras e precisas de como proceder em caso de incêndio.
Isto pode estar associado também ao facto de não existir alguns dos trabalhadores que
possuem conhecimentos e formação sobre a utilização de equipamentos de primeira
intervenção.

1.3.Segurança e violência na escola

Na escola estão registados caso de agressões e danos patrimoniais. Estes tipos de actos não
favorecem o sucesso escolar. A violência no quotidiano escolar apresenta diversas
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modalidades que variam de acordo com cada realidade, seu contexto e a interpretação que se
faz sobre a mesma.

A criança, vítima de violência, segundo Souza (2008, p. 119) “[...] além de reproduzila, pode
reagir através de uma mudança brusca de comportamento. Falta de atenção, baixa auto estima,
variação de humor e agressividade são alguns sinais aos quais pais e educadores devem estar
sempre atentos”. Sinais que a criança demonstra principalmente no ambiente familiar e
escolar, pois são os dois principais locais que ela frequenta. “No entanto, apesar da violência
ocorrer dentro das escolas, não é gerada pela escola em si, mas por factores externos, como
famílias desestruturadas, narcotráfico, conflitos sociais etc.

1.4.Condições para prestação de primeiros socorros

Infelizmente a escola de Nhambuica não dispõe de um kit/conjunto para primeiros socorros o

que inviabiliza o pensamento de pelo menos ter condições para prestação de primeiros.
Contudo, quando inquerido o director, afirmou que a escola tem conhecimento sobre este
assunto e as vezes torna-se difícil ter nas escolas localizadas em povoados e fora dos distritos.
Por sua vez alimenta ainda a ideia de que pode-se até ter este kit, contudo não temos estes
socorristas o que exige para tanto, ter treinamento adequado, organizar o pensamento, ter
autocontrole, para só então prestar a assistência correta. Trata -se de uma tarefa bastante
difícil, principalmente se for levado em conta o nervosismo, a multidão, a dor e outros
inúmeros factores que precisam ser controlados e exteriorizados. Esses itens

Como referido anteriormente que a escola tem conhecimento da necessidade deste primeiros
socorros do director foi possível ter as seguintes regras básicas que devem ser seguidas em
qualquer situação de emergência escolar: Primeiro, avalia-se a vítima; Segundo, a vítima não
deve ser movimentada desnecessariamente, e não deve ser permitido a ela que se movimente
bruscamente; Suas roupas e sapatos devem ser afrouxados; Deve ser impedida a aglomeração
em torno do local do atendimento; Não se deve oferecer líquidos, alimentos ou medicamentos,
sem indicação médica; e Conforto da vítima deve ser priorizado, além do apoio emocional.

Analisando estes argumentos, a escola parece estar preparada, mas torna-se relevante ter
alguns equipamentos hospitalares para a prestação dos primeiros socorros.

1.5.Gestão de prevenção e emergência na Escola

Infelizmente não foi encontrado situações emergenciais eficaz, primeiro porque deveria haver
caminho de emergência sinalizados, desobstruídos, em condições de utilização e ter
marcações que conduzam o conjunto escolar para as zonas adequadas. Contudo, quando se
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refere a papelada, a escola tem um plano de emergência traçado na teoria. Arquivados no

sector administrativo da proporia escola.

1.6.Higiene e Saúde Pessoal e Colectiva

Face a Higiene e saúde pessoal observou-se que a escola dispõe de lavatórios onde todos pode
lavar suas mãos antes e após a uma determinada tarefa, e pela imposição da regulamentação
da existência de lavatórios a escola conta com 4 baldes para responder o efectivo escolar e os
cuidados de prevenção contra o Covid-19.

Antes vale ressaltar que a higiene pessoal compreende medidas de autocuidados para
promover a saúde do indivíduo. Assim, a higiene pessoal envolve outros tipos de higiene,
como a corporal, estando incluída aqui também a bucal, além da mental. Os cuidados com a
higiene pessoal são essenciais para a promoção da saúde e devem ser feitos regularmente.
Sendo assim pode se afirmar sem erros que são alguns exemplos praticados nesta escola:
Tomar banho, Lavar as mãos (como referido anteriormente), escovar os dentes, dormir
adequadamente (componente importante para os alunos tal como para o professores),
realizar actividades físicas, entre outros.

No tocante a higiene e saúde colectiva, a escola tem exercido um enorme esforço na tentativa
de não deixar com que comerciantes ao redor da escola não criem um ambiente inóspito e
desagradável, sensibilizando-os a varrer seus locais de comércio após a sua retirada.

A escola conta com auxiliares de serviços (contínuos) que trabalham de forma a deixar o
ambiente escolar não insalubre, mas favorável para a execução do PEA.

A higiene colectiva, também pode ser denominada como higiene pública, tem medidas
tomadas em relação à saúde pública, buscando o bem comum. Diante disso, as medidas
tomadas beneficiam toda a comunidade.

Infelizmente a escola não possui uma rede de esgoto, mas tem improvisado pequenas
aberturas de terra para o escoamento das águas mas que não são a longo prazo, servindo
apenas para momentos de chuvas intensas, e estes desaparecem por não serem convencionais,
obrigando a escola a ter que voltar a efectuar a mesma tarefa.

A Escola de Nhambuica apresenta água tratada oriunda de uma fontenária de água potável
que por vezes usada e concordância com a comunidade. A colecta de lixo não tem sido a
responsabilidade dos auxiliares (como é o caso de contínuos), mas sim, de todos que fazem
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parte da escola, os alunos, os professores entre outros são sim chamados para exercer essa
tarefa.

A escola participa e incentiva as campanhas de vacinação, entre outras. Além disso, a higiene
colectiva envolve atitudes pessoais que geram um convívio social saudável, por exemplo, a
manutenção de ambientes colectivos limpos e de boas relações sociais.

2.Resultados Esperados

Espera-se que a escola tenham que efectuar autovistoria face as condições de Segurança e
Saúde no Trabalho, pois torna-se importante para o aumento da motivação dos colaboradores,
o que, por sua vez, resulta num potencial aumento da produtividade, e na redução do
absentismo com a diminuição de ocorrência de acidentes e doenças.

Recomenda-se que a Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nhambuica adopte a:

 Implementar projectos que visem a oriental o pessoal docente e os alunos sobre a

material de emergências e primeiros socorros;
 Promover o treinamento e orientação aos usuários habituais das instalações quanto a
primeiros socorros, segurança das instalações, medidas de segurança e reactivas para o
caso de ocorrência de incêndio;
 Criar recintos que facilitem maior interacção entre o pessoal docente, para que não
haja individualismo que pode acarretar em pouco desempenho da produtividade
escolar. Pois um ambiente com mais interagibilidade e socialização há mais
rendimento;
 Comprar e manter actualizado o acervo de extintores, procedendo às recargas
necessárias em tempo hábil para manter os equipamentos em condições seguras de
funcionamento.
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3.Referências Bibliográfica

Almeida, Marcelo Cavalcanti. (2003). Auditoria um curso moderno e completo. 6ª ed. São
Paulo: Atlas, 2003.

Dejours, C. (1993). Inteligência operária e organização do trabalho: a propósito do modelo

japonês de produção. In: HIRATA, H. (Org). Sobre o modelo japonês (p. 281-309).
São Paulo: Edusp. Edições Sílabo Lda.

Neves, M. Y. (1999). Trabalho docente e saúde mental: a dor e delícia de ser (tornar-se)
professora. Tese (Doutorado)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Souza, Mirian Rodrigues de.(2008). Violência nas Escolas: Causas e Consequências.