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Tete
2021
Lúcia Fernando Chembene
Tete
2021
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho com todo meu bem-querer, carinho e gratidão a toda minha família, em
especial aos meus pais, marido e a todos que sempre me deram apoio e forças para continuar.
I
AGRADECIMENTOS
No decorrer desta luta algumas pessoas estiveram ao meu lado e percorreram este caminho
como verdadeiros soldados, estimulando que eu buscasse a minha victória e conquistasse
meu sonho.
Agradeço em primeiro lugar a Deus, sei que tudo foi guiado por ele, me ouviu nos momentos
difíceis, me confortou e me deu forças para chegar onde estou.
Agradeço aos os meus pais Fernando Chembene e Sofia Tembe, que não só neste momento,
mais em toda a minha vida estiveram comigo, ao meu lado, fornecendo o apoio,
compreensão e estímulo em todos os momentos.
Agradeço ao meu orientador Francisco José Guidione pela sua confiança e demonstração de
profissionalismo, a todos os amigos em especial a Esmeralda Cebola pela agradável
convivência e solidariedade.
II
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE HONRA
Eu, Lúcia Fernando Chembene declaro por minha honra que esta Monografia que submeto
ao Instituto Superior Politécnico de Tete, em cumprimento aos requisitos para a obtenção do
grau de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria e declaro que este trabalho nunca foi
apresentado para a obtenção de qualquer grau académico e que constitui o resultado da minha
investigação pessoal com a orientação do meu supervisor.
Nenhuma parte deste trabalho deverá ser reproduzido sem a permissão da autora ou do ISPT.
__________________________________
III
RESUMO
O actual cenário económico mundial exige que as organizações modernas tenham uma
estrutura organizacional bem projectada e estruturada para sua sobrevivência, para tanto,
necessitam de órgãos e/ou departamentos internos, cuja sua finalidade é a garantia das
informações íntegras e controlos internos para o processo decisório. Esta monografia tem o
objectivo de evidenciar e demonstrar a importância da auditoria interna para a tomada de
decisão nas pequenas e médias empresas e suas contribuições. Neste sentido, o objectivo
geral deste trabalho é analisar a importância da Auditoria interna para tomada de decisão nas
pequenas e médias empresas – Estudo de Caso, Malvern Engineering Moçambique, Lda
(2019 – 2020). A auditoria interna actua na forma de prevenção de irregularidades e controlo
minucioso nas operações da entidade. Para atingir os objectivos geral e específico deste
trabalho, a metodologia utilizada, foi a pesquisa bibliográfica, com a consulta em livros,
periódicos, como revistas, sites e artigos científicos. A realização da pesquisa bibliográfica
permitiu uma visão mais ampla sobre a importância da auditoria para as empresas. Foi feita
ainda colecta de dados e informações da empresa estudada, e buscando descrever os
conceitos, teorias, dentre outras, utilizando diversas abordagens metodológicas. Com este
estudo pode-se afirmar que a auditoria interna contribui positivamente para a gestão das
empresas, pois reduz os níveis de riscos e incertezas, viabilizando decisões de forma mais
coerentes, apresentando integridade e fidedignidade dos processos e, no mesmo sentido
prestando informações para a gestão, dando suporte para a tomada de decisões.
IV
ABSTRACT
The current world economic scenario demands that modern organizations have a well-
designed and structured organizational structure for their survival, for that, they need internal
organs and/or departments, whose purpose is to guarantee complete information and internal
controls for the decision-making process. This monograph aims to highlight and demonstrate
the importance of internal auditing for decision-making in small and medium-sized
companies and their contributions. In this sense, the general objective of this work is to
analyze the importance of internal auditing for decision making in small and medium-sized
companies – Case Study, Malvern Engineering Moçambique, Lda (2019 – 2020). The
Internal Audit acts to prevent irregularities and meticulously control the entity's operations.
To achieve the general and specific objectives of this work, the methodology used was
bibliographic research, with consultation in books, periodicals, such as magazines, websites
and scientific articles. The bibliographical research allowed a broader view on the
importance of auditing for companies. Data and information from the studied company were
also collected, and seeking to describe the concepts, theories, among others, using different
methodological approaches. With this study, it can be said that internal audit contributes
positively to the management of companies, as it reduces the levels of risks and uncertainties,
enabling decisions in a more coherent way, presenting integrity and reliability of processes
and, in the same sense, providing information for the management, supporting decision-
making.
V
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... II
RESUMO ............................................................................................................................ IV
ABSTRACT ......................................................................................................................... V
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 1
4. RELEVÂNCIA.................................................................................................................. 2
6. HIPÓTESES ...................................................................................................................... 3
9.1.2. Visão................................................................................................................... 30
10.1. Conclusão................................................................................................................ 38
ANEXOS ............................................................................................................................. 43
IX
ÍNDICE DE FIGURAS E GRÁFICOS
Figura 1: Posicionamento do departamento de auditoria interna na organização.................11
Gráfico 2: Percepção dos auditados sobre áreas em que auditoria interna traz melhor
performance para a empresa..................................................................................................32
X
LISTA DE ABREVIATURAS
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats
IIA The Institute of Internal Auditors
XI
1. INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades
A presente Monografia subordina-se ao tema importância da auditoria interna para tomada
de decisão nas pequenas e médias empresas. Actualmente ocorrem muitos erros e fraudes
nas empresas, além de falhas que podem ocasionar problemas futuros, para que esses riscos
sejam avaliados e corrigidos é necessário alguns controlos internos.
2. JUSTIFICATIVA
A escolha do presente tema em análise espelhou-se nas pequenas e médias empresas na
cidade da Tete, pois há uma grande carência de controlos internos nesses tipos de empresas
que por muitas vezes tem uma gestão pouco orientada e não conseguem manter processos
de informações entre os colaboradores e a administração, e por fim acabam entrando em
decadência não conseguindo a estimativa de lucro esperado. Manter uma auditoria interna
nestes tipos de empresas vem se tornando cada dia mais indispensável na melhoria de
controlos internos para tomada de decisões, sendo capaz de identificar possíveis erros que
ocorrem em determinados sectores na empresa que podem oferecer riscos aos negócios.
1
internos como administradores e directores para elaboração de estratégias de gestão que
impulsionem os negócios trazendo resultados positivos dentro do mercado que tem se
tornado mais competitivo.
3. OBJECTIVO DA PESQUISA
3.1. Objectivo geral
✓ Análise da importância da auditoria interna para tomada de decisão nas pequenas e
médias empresas – Estudo de Caso, Malvern Engineering Moçambique, Lda (2019
– 2020).
4. RELEVÂNCIA
O presente estudo torna-se relevante para a comunidade empresarial, pois, o tema trará aos
gestores e a todas empresas, uma visão da auditoria interna como um meio que não veio
somente para identificar erros e possíveis fraudes, para eliminá-los, ela vem, além disso, para
colaborar no monitoramento dos controlos internos a fim de melhorá-los para apresentar um
resultado positivo. E assim os gestores estarão mais seguros para tomar decisões em seus
negócios.
A relevância do tema para a sociedade assim como para o Estado, reside na medida em
que as actividades desenvolvidas pela auditoria interna promove mudanças nas entidades
que refletem directamente na sociedade, onde se uma empresa está crescendo no mercado e
fazendo um diferencial nas actividades que executa, ela está directamente ligada ao
desenvolvimento económico do local onde está instalada trazendo empregos, gerando lucros
e pagando tributos que serão reinvestidos a população.
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5. FORMULAÇÃO DE PROBLEMA
O papel da auditoria interna deve ser visto como um investimento pelos gestores dentro de
uma entidade. A habitualidade da presença do auditor trará a existência de uma nova forma
de aplicação de recursos que às vezes a entidade tem e não sabe utilizar, e aprimorando isso
trará uma vantagem competitiva no mercado melhorando seu desempenho e fazendo valer o
real papel social que uma empresa tem num país.
6. HIPÓTESES
H0: A auditoria interna tem importância na tomada de decisão na Malvern Engineering
Moçambique, Lda;
H1: A auditoria interna não tem importância na tomada de decisão na Malvern Engineering
Moçambique, Lda;
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7. REVISÃO DA LITERATURA
7.1. Conceito de auditoria
Auditing Concepts Commitee, citado por Morais e Martins (2013), define auditoria como o
processo sistemático que objectiva obter e avaliar prova acerca da correspondência entre
informações, situações ou procedimentos e critérios pre-estabelecidos, assim como
comunicar conclusões aos interessados.
Almeida (2014), define auditoria como sendo um processo de recolha de provas de forma a
atestar as asserções contidas nas Demonstrações Financeiras, como objectivo de avaliação
das mesmas, tendo por base as normas contabilísticas e outros referenciais, comunicando as
suas conclusões aos utilizadores da informação financeira. Para o autor, na definição de
auditoria estão presentes três palavras-chave: a recolha de prova, a avaliação das asserções
e a comunicação de resultados.
Com base neste conceito, pode-se definir que a auditoria utiliza procedimentos pautados em
normas e princípios contabilísticos, que são capazes de trazer evidências suficientes que
comprovem a veracidade dos resultados econômico-financeiros no caso de auditoria externa,
e dos processos operacionais e financeiros quando se trata de auditoria interna. A partir disso,
o auditor é capaz de gerar relatório com sua opinião com razoável segurança sobre a saúde
financeira e de gestão da empresa.
Desta forma, a auditoria irá analisar dentro dos factos e actos, contabilísticos e
administrativos, evidências que comprovem a legitimidade das informações e se estes estão
em conformidade com as normas internas da cooperação, normas contabilisticas e/ou com a
legislação específica do elemento examinado.
Como a auditoria zela pelos resultados das empresas, sua função é de expressar a opinião,
através de relatório e sugerir medidas correctivas aos problemas detectados.
Para Attie (2010) “a auditoria é uma especialização financeira voltada a testar a eficiência e
a eficácia do controle patrimonial implantado, com o objectivo de expressar uma opinião
sobre determinado dado”.
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Assim, entende-se que auditoria desempenha papel de fundamental importância para a
manutenção do controlo interno, encontra-se atenta para detectar possíveis falhas de
processos e orientar quanto a acções correctivas e preventivas e, desta forma, aumenta o grau
de confiança dos usuários internos e externos após análise criteriosa e sistemática dos
elementos relevantes.
De uma forma geral, podemos afirmar que toda e qualquer informação deve ser credível,
para que as pessoas a quem a mesma se destina possam retirar conclusões com base em
factos correctos.
Costa (2010), defende que a auditoria financeira surge como sendo uma forma de dar
credibilidade à informação financeira, informação essa que engloba as demonstrações
financeiras.
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com uma estrutura identificada de relato financeiro. O auditor deve verificar se as
demonstrações financeiras dão uma imagem verdadeira e apropriada da entidade.
Almeida (2014), salienta que a auditoria forense é levada a cabo por auditores peritos na
detecção de fraudes, sendo um processo de detecção, prevenção e correção de actividades
fraudulentas perpetuadas pelo órgão de gestão, colaboradores ou outros. Tem um papel
muito importante no combate à fraude.
Costa (2010), defende que auditoria operacional tem como objectivo auditar os controlos
operacionais, auditar a gestão e a estratégia.
Almeida (2014), refere que este tipo de auditoria é uma expensão da auditoria operacional,
sendo mais orientada para avaliar a gestão de topo enquanto a operacional está mais
direcionada para o controlo orçamental.
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7.2.5. Auditoria prospetiva e estratégica
Almeida (2010), citado por Almeida (2014) defende que este tipo de auditoria aborda a
entidade como um todo, com o objectivo de compreender os factores estratégicos, quer sejam
internos ou externos que a envolvam, incluindo a avaliação de alternativas estratégicas, sua
implementação, avaliação e controlo.
É uma auditoria preocupada com o futuro da entidade, permitindo aos gestores uma visão
sistemática da empresa através da interligação e interdependência entre as diferentes áreas
funcionais.
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7.2.7. Auditoria fiscal
Este tipo de auditoria visa avaliar a legalidade das operações patrimoniais ocorridas no que
respeita às obrigações fiscais de cada entidade.
Guimarães (1998), considera que a auditoria fiscal é uma parte da auditoria financeira pois
pretende certificar-se que as demonstrações financeiras da empresa estão em concordância
com os princípios contabilísticos geralmente aceites, não contendo erros que, de algum
modo, possam vir a influenciar o seu resultado, influenciando negativamente o resultado
fiscal e, consequentemente, o imposto devido ao Estado.
Almeida (2014), defende que Auditoria Interna é uma função de avaliação independente,
efetuada por funcionários da entidade com o objectivo de examinar e avaliar as actividades
constantes na entidade, sendo o seu principal objectivo assistir os seus membros no
desempenho efectivo das suas funções, através de análises, avaliações, recomendações,
conselhos e informações necessárias.
O IIA (The Institute of Internal Auditors), define Auditoria Interna como sendo “uma
actividade independente, de avaliação objectiva e de consultoria, destinada a acrescentar
valor e melhorar as operações de uma organização na consecução dos seus objectivos,
através de uma abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação dos processos da eficácia
da gestão de risco, do controlo e de governação.”
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Inácio (2014), refere que o auditor interno deve ter como principal preocupação focar-se na
eficiência e eficácia para a garantia da fiabilidade da informação financeira e também nos
procedimentos, operações e cumprimento da legislação e regulamentos em vigor.
Cabe à auditoria interna agregar três dimensões no seu trabalho: o controlo interno, a gestão
de risco e o governo das sociedades. Cabe também à auditoria interna a emissão de uma
opinião sobre o controlo interno, fazendo recomendações quando necessário para uma
possível melhoria, acompanhando o processo de implementação e execução das
recomendações (Inácio, 2014).
A auditoria deve ser planeada, de acordo com a estratégia definida para a entidade, de forma
a poder contribuir para os objectivos da gestão.
Morais e Martins (2013), defendem que auditoria interna é uma função completa, contínua
e independente, desenvolvida pela entidade, que é baseada na avaliação do risco, verificando
a existência, o cumprimento e a eficácia dos controlos internos e dos processos de
Governance, de forma a poder ajudar a entidade dos seus objectivos. É então a função ideal
entre a gestão de risco, dos controlos e dos processos de Governance.
Conforme o Código de Ética estabelecido pelo IIA é esperado dos auditores internos os
seguintes princípios:
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3. Confidencialidade: devem ser prudentes quanto a divulgação e proteção das
informações recebidas, somente deve divulgá-las quando houver autorização
apropriada, a não ser em casos específicos em que haja obrigação legal ou
profissional.
4. Competência: devem exercer seus serviços de acordo com as Normas Internacionais
para a prática de suas actividades, se comprometer com o próprio desenvolvimento
contínuo, se comprometer com os serviços ao qual tenha conhecimento e
experiências suficientes para exercê-los.
Portanto, cabe ao auditor durante o exercício de sua profissão ser objectivo, cético, íntegro,
imparcial evitando qualquer conflito de interesses, ter zelo profissional devido,
conhecimento, habilidades e outras competências necessárias ao desempenho de suas
responsabilidades, além de estar comprometido com seu desenvolvimento profissional
contínuo, sempre antenado às tendências mercadológicas. Além de manter um bom
relacionamento com o auditado, respeitando os sectores submetidos aos exames.
O auditor deve preocupar-se tanto com a produção de seu trabalho quanto com as pessoas
ao qual lida, estabelecendo uma boa relação humana. A produção diz respeito ao seu know-
how e alguns conhecimentos necessários para desempenhar seu trabalho, devendo ser,
portanto tecnicamente competente. Adicionalmente o auditor precisa saber lidar com o
auditado e estabelecer uma relação de confiança e de cooperação, através de boa
comunicação e um relacionamento cortês, sem intimidá-lo e sem pressioná-lo. E da mesma
forma o auditado não deve deixar de fornecer as informações necessárias ao trabalho de
auditoria.
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Para isto, deve-se fazer avaliações internas, que supervisionem continuamente o
desempenho da actividade de auditoria interna, além de realizar autoavaliações ou avaliações
periódicas feitas por outras pessoas da organização com entendimento suficiente da
actividade de auditoria interna; e também avaliações externas, realizadas uma vez a cada
cinco anos por um avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificada, independente e
externa à organização.
Presidência
Departamento de
Auditoria Interna
Diretoria Diretoria
Diretoria Técnica
Financeira Administrativa
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É importante destacar que o auditor interno não exerce nenhuma relação directa ou indirecta
com os demais departamentos e com os outros integrantes da empresa no qual as respectivas
actividades serão verificadas, é um trabalho de cooperação mútuo em que o objectivo final
é o de prestar contas dos resultados à alta administração. O nível ao qual a auditoria interna
se reporta demonstra seu grau de independência e autonomia. O auditor interno tem a
liberdade para examinar vertical e horizontalmente as acções empresariais. Na figura 1
percebe-se que é um departamento independente e essa independência é vital para que haja
sucesso no exercício de seu trabalho. Encontra-se subordinado apenas à presidência da
entidade, tornando-o mais autónomo e também independente.
Essa fase é crucial para o sucesso do trabalho a ser executado. Pois através do planeamento
será desenhado o programa de auditoria que será realizado, onde serão definidos os
objectivos, a amplitude, a alocação de recursos e o período em que o trabalho será executado.
O plano também deve considerar as estratégias, objectivos e riscos da corporação que sejam
relevantes para o trabalho. Evitando desperdício de recursos, retrabalho e tempo. Todas as
actividades relevantes que possam interferir no cumprimento do objectivo da empresa devem
ser objectos de preocupação para o auditor.
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Ainda nesta etapa a equipe de auditoria interna deve preparar o plano de trabalho por escrito
para cada trabalho de auditoria que será realizado. Deve avaliar previamente os riscos ao
qual o trabalho está sujeito. Estes riscos estão relacionados à possibilidade de que não se
atinja os objectivos do trabalho, deve-se, portanto, verificar o volume, complexidade das
operações e a necessidade do uso do trabalho de especialistas.
Além dos fatores relevantes na execução dos trabalhos citados acima, ainda segundo Coelho
e Juliana Moura Ribeiro (2013), o planeamento deve considerar:
7.6.2. Execução
Essa fase é habitualmente chamada de trabalho de campo, é nesta etapa que se aplica o
programa de auditoria. A equipe de auditoria deve realizar uma reunião com o auditado para
esclarecer os objectivos do trabalho a ser executado.
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de ética e as normas. Os reportes devem também incluir questões de riscos e de controlos
significativos, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros assuntos
que requerem a atenção da alta administração e/ou do conselho. (IIA p.11).
Há limitações inerentes à auditoria, que pode não conseguir identificar distorções relevantes
como erros, falhas, resultantes de fraudes ou não. A existência de sistema de controlo eficaz
reduz esses riscos.
7.6.3. Relatório
O relatório é o documento pelo qual a auditoria interna expõe o desfecho dos seus trabalhos,
de maneira objectiva e imparcial de forma a expressar suas conclusões, recomendações e
acções que devem ser tomadas pela administração da entidade.
Conforme expressa a Rui (2013), relatório da auditoria interna deve abordar, no mínimo, os
seguintes pormenores:
O relatório não só sugestiona acções correctivas como também se antecede a factos que
podem gerar prejuízos a entidade, então, quando houver detecção de provável dano, o auditor
opina sobre acções preventivas.
É importante que seja avaliado pelo auditor a necessidade de emissão de relatório parcial,
caso sejam constatadas impropriedades, irregularidades e/ou ilegalidades que demandem
medidas imediatas e que não possam aguardar o trabalho final dos exames.
Para Jund (2007), o trabalho de auditoria visa, entre outros resultados o de:
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❖ Retificar problemas organizacionais, funcionais e/ou operacionais;
❖ Otimizar a aplicação da legislação fiscal e seus custos;
❖ Aprimorar a qualidade e velocidade de informações para tomada de decisões
gerenciais.
É através dos resultados gerados no relatório que a alta administração terá subsídios
suficientes para orientação de melhores práticas e medidas que devam ser implantadas. Com
isso, poderá tomar decisões mais assertivas.
Como estabelece Crepaldi e Crepaldi (2016) os relatórios devem abranger realizações dignas
de nota e enfatizar principalmente as melhorias, em vez de críticas.
7.6.4. Follow-up
Esta etapa consiste na auditoria das acções correctivas que foram implementadas no prazo e
na forma devida pela alta administração após a emissão do relatório do auditor com suas
sugestões perante as distorções relevantes detectadas. É estabelecido com a entidade um
prazo para que as medidas sejam tomadas. Além de ser estabelecido entre o auditado e o
auditor uma meta e um período para medi-la.
Essas acções correctivas que tenham significativa importância devem ter como indicador da
sua efectividade os ganhos para a entidade, seja em aumento de receita, melhorias
operacionais, no processo, no controlo e/ou extinção de perdas financeiras. Esta acaba sendo
uma importante maneira para mensurar a contribuição de auditoria como forma de gerar
valor para a entidade, (Almeida, 2010).
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7.7. Documentação de auditoria
Como parte do processo de trabalho deve-se documentar o planeamento e as actividades
examinadas por meio de papéis de trabalho, elaborados em ambiente físico ou eletrônico,
que devem ser organizados e arquivados. Após a conclusão do trabalho, o auditor interno
deve preparar o plano de acção compilando as mudanças que devam ser estabelecidas e
acompanhar a implementação para que o processo de mudança seja executado conforme o
esperado, (Franco e Marra, 2000).
Segundo Franco e Marra, (2000), os papéis de trabalho tem como finalidade “servir como
base de sustentação da opinião do auditor”.
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A quantidade de documentação dos controles internos e do gerenciamento de riscos varia de
uma empresa para outra, pois irá depender do tamanho e complexidade da entidade auditada.
Somente devem ser elaborados os papéis de trabalho que têm uma finalidade útil. Logo,
todas as actividades relevantes realizadas durante o trabalho de auditoria e o planeamento
devem ser registrados por meio da documentação de auditoria, os procedimentos utilizados,
as evidências e conclusões alcançadas, (Franco e Marra, 2000).
É importante que sejam feitas revisões periodicamente dos papéis de trabalho de modo a
garantir que o serviço tenha sido executado conforme o planeamento, as normas de auditoria
e os procedimentos de forma correcta.
A norma emitida pelo IFAC, ISA (Norma Internacional de Auditoria), cujo título é
identificar e avaliar os riscos de distorção material por meio da compreensão da entidade e
do seu ambiente define controlo interno da seguinte forma:
Para Morais e Martins (2013), controlo interno é qualquer acção dos órgãos de gestão
executada com a finalidade do melhor alcance dos objectivos e metas estabelecidas por
qualquer entidade, aperfeiçoando a gestão de risco. Cabe à gestão planear, dirigir e organizar
o conjunto de acções e procedimentos de forma a assegurar o cumprimento dos objectivos
propostos. Dependendo de quais os objectivos a atingir de cada entidade, o controlo interno
pode assumir definições de administrativo, de gestão, preventivo, operacional,
contabilístico, entre outros. Apresenta-se como um meio para atingir um fim pois auxilia a
entidade e a gestão na concretização dos seus objectivos, auxilia na tomada de decisões de
forma constante baseando as mesmas em informação credível e fiável. Auxilia na medida
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em que qualquer entidade deve estar preparada para as alterações do ambiente económico e
competitivo.
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“O controlo interno é o processo planeado, implementado e
mantido pelos responsáveis da governança, administração e
outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à
realização dos objectivos da entidade no que se refere à
confiabilidade dos relatórios financeiros, efectividade e
eficiência das operações e conformidade com leis e
regulamentos aplicáveis.”
Para Tonnera (2013) a auditoria interna é responsável por monitorar todos os controlos
internos definidos pela gestão e avaliar as melhores práticas do mercado para propor
melhorias para este sistema de gestão.
Crepaldi (2011) define que o controlo interno da entidade tem como premissa proteger as
informações geradas, salvaguardar activos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados
contabilísticos, desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas
administrativas prescritas. Garantindo segurança, agilidade e confiabilidade e que por
consequência contribui com a gestão da empresa. Já o papel da auditoria interna é fazer a
revisão, avaliação e acompanhamento desses controlos internos, verificando se estes estão
cumprindo as políticas traçadas pela administração e as normas fundamentadas em lei para
cada actividade.
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❖ Informação e comunicação: o sistema de informação e comunicação deve
identificar, armazenar e comunicar toda a informação relevante; e
❖ Monitoramento: compreende o acompanhamento das presunções do controlo
interno, de modo que assegure a sua adequação aos objectivos, ambiente, aos
recursos e aos riscos.
Segundo Cruz et al (2014), de acordo com as premissas de Simon discorre sobre a teoria da
decisão, esta pode ser dividida nas seguintes etapas, sendo que cada uma teria influência
sobre a outra, construindo assim o termo processo decisório: primeiramente deve-se haver a
preparação da situação, após esta etapa o problema é analisado e definido, define-se também
os objectivos, busca-se alternativas para a solução, exames são feitos e as alternativas são
comparadas para que seja selecionada a mais adequada, após escolhida, a melhor alternativa
é implementada.
É evidente que nem todas as etapas acontecem durante uma decisão, já que nem todos os
problemas são semelhantes, em alguns casos é necessário empreender uma ampla busca de
alternativas enquanto outros, menos complexos, essa busca é minimizada. A tomada de
decisão torna-se um processo e para chegar a uma alternativa viável pode-se demorar algum
tempo até que se tenha maior convicção possível.
Segundo Caiado (2009) e Carvalho (2014), apud. TAVARES, (2014), o processo de tomada
de decisão é um processo mental, sendo que não existe nenhum sistema ou fórmula que
permita ao decisor percepcionar um problema e apresentar alternativas que representem a
melhor solução possível. De contrário as análises efectuadas, as matrizes criadas, os
orçamentos e os próprios planos de acção ficariam incompletos se não fossem tomadas
decisões necessárias à sua concretização.
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❖ Identificação das causas do problema, conhecimento dos elementos que falharam,
por exemplo, qual a causa do problema na diferença entre o valor real e o valor
orçamental;
❖ Análise das soluções possíveis e medição das suas consequências, as medidas
correctivas poderão, por exemplo, ter efeitos no problema, mas não o eliminando de
forma definitiva;
❖ Implementação das soluções alternativas.
As decisões empresariais não são todas iguais e a tomada de decisão representa, por isso, um
processo contínuo, ao qual estão associados diferentes graus de incerteza e diferentes
métodos auxiliares. Os gestores tomam parte das suas decisões com base na experiência,
intuição e subjectividade ou com recurso a medidas mais objectivas e que a generalidade das
decisões envolvem situações com um certo grau de certeza e incerteza. Numa situação de
certeza o decisor conhece o resultado das soluções possíveis, porque dispõe de informação
precisa e mensurável sobre os elementos considerados. Uma situação de incerteza o
resultado da alternativa possível não é óbvio, uma vez que a informação não é suficiente
para prever se o resultado esperado venha ou não a ser alcançado.
Teixeira (2014), destaca alguns factores que condicionam a tomada de decisão, para além,
do grau de certeza ou incerteza e que são, sinteticamente:
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❖ Decisões administrativas – relacionadas com aspectos internos da empresa que
envolvem departamentos ou unidades organizacionais, alocação e distribuição de
recursos. São tomadas ao nível intermediário;
❖ Decisões operacionais – relacionadas com operações da empresa. São tomadas no nível
operacional encarregado de realizar tarefas do dia-a-dia.
Simon (1974) desenvolveu importantes estudos sobre a tomada de decisão e segundo ele, há
alguns tipos de decisões:
Ainda de acordo com Simon (1974), há outras constatações acerca do tomador de decisão:
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d) Racionalidade administrativa – o homem é visto como um ser administrativo, voltado
para o desempenho de uma função na organização. A ideia é que o norteador de sua
racionalidade seja a empresa que ele representa.
e) Influência organizacional – a cultura, os valores, as crenças e os princípios que a
empresa valoriza poderão ser identificados por meio do decisor. Essa ressalva explica
o facto de muitas empresas buscarem serviços de consultoria para ter uma visão
externa da própria realidade, a fim de evidenciar os “vícios”.
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na sua concessão e implementação alimentadas com informações fidedignas, adequadas e
oportunas, a fim de oferecer um resultado favorável e aceitável acerca de uma decisão.
Com o auxílio da auditoria interna, a gestão alimenta o seu modelo de decisão com
informações adequadas e fidedignas recolhidas e avaliadas diariamente, para que a sua
tomada de decisão seja a mais tempestiva possível (ATTIE, 2000). Para a tomada de decisão
se faz necessário informações tempestivas, objectivas e correctas, pois a falta desses itens
pode influenciar directamente na tomada de decisões e, consequentemente, no rumo a ser
tomado pela empresa.
Segundo Freitas e Kladis (1995), a informação é uma ferramenta essencial para o processo
de tomada de decisão racional das organizações. Visto isso, as informações elaboradas pela
auditoria interna tornam-se essenciais, fidedignas, relevantes e oportunas, para que as metas
traçadas pela empresa sejam alcançadas e para que possam dar suporte para a entidade na
tomada de decisão.
Então, pode-se dizer que a auditoria interna contribui para o processo decisório da alta gestão
fornecendo informações de qualidade, detalhadas e suficientes para dar suporte e promover
segurança aos gestores que alimentarão seu modelo de decisão e que serão responsáveis
pelas tomadas de decisões finais sugeridas pelo trabalho de auditoria.
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3) Média empresa- Empresa com o número de trabalhadores compreendido entre 50 e
100 e o volume de negócios superior a 14.7 e inferior a 29.97 milhões de meticais;
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8. METODOLOGIA DO ESTUDO
8.1. Tipo de pesquisa
8.1.1. Quanto a abordagem
Quanto a abordagem a pesquisa foi quantitativa, esta pesquisa, busca a validação das hipóteses
mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um grande número de
casos representativos, recomendando um curso final da ação. Ela quantifica os dados e
generaliza os resultados da amostra para os interessados (Mattar, 2001).
8.2. População
Segundo Murteira (2010), população é o conjunto dos elementos cujos atributos são objectos de
um determinado estudo. Esta afirmação é partilhada por Kumar et al (2007), ao afirmarem que
população é constituída por elementos e objectos que contém informação necessária para a
pesquisa. Todavia, atendendo e considerando que o tema versa sobre importância da Auditoria
interna no processo de tomada de decisão e sendo um estudo de natureza quantitativa, teve como
população todos funcionários da Malvern Engineering Moçambique, Lda, num total de 73
funcionários.
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8.3. Amostra
Amostra é um subgrupo de uma população, constituído de n unidades de observação e que deve
ter as mesmas características da população, selecionadas para participação no estudo (Malhotra,
2001). O tamanho da amostra retirada da população foi de 10 funcionários nos departamentos
de auditoria, administração e finanças.
A colecta de dados primários foi através de um questionário. Segundo Cervo & Bervian (2002),
o questionário “[...] refere-se a um meio de obter respostas às questões por um formulário que
o próprio informante preenche”. Ele pode conter perguntas abertas e/ou fechadas. As abertas
possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas maior facilidade na tabulação e análise
dos dados.
Para dados secundários, o estudo recorreu a pesquisa bibliográfica. Para Lakatos e Marconi
(2001), a pesquisa bibliográfica,
Os dados secundários têm como utilidade o enriquecimento do que os outros autores disseram
a respeito do tema pesquisado. Por outro lado, os dados secundários permitirão que o autor seja
capaz de trazer informações importantes para compor a revisão da literatura, traçar a
metodologia a utilizar como também ajudar na análise e interpretação de dados.
27
8.5. Métodos de análise e interpretação de dados
Após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a de análise e interpretação. Estes dois
processos, apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre estreitamente relacionados.
A análise tem como objectivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o
fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como
objectivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a
outros conhecimentos anteriormente obtidos (GIL, 1999). A análise de dados é o processo de
formação de sentido além dos dados, e esta formação se dá consolidando, limitando e
interpretando o que as pessoas disseram e o que o pesquisador viu e leu, isto é, o processo de
formação de significado. Assim os métodos que foram usados na pesquisa são método
qualitativos e métodos quantitativos.
28
hipóteses, comparar os resultados para vários subgrupos,
e assim por Diante.”
Uma vez que o problema de pesquisa foi identificado, cabe então ao investigador decidir sobre
seleção da amostra, como serão coletados os dados, quem e quantos participantes serão
entrevistados ou observados, que documentos serão lidos, e assim por diante (Merriam, 1998).
29
9. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
9.1. Apresentação da empresa
A Malvern Engineering, limitada (adiante também designada por “MALVERN” ou “Empresa”)
foi constituida em 21 de Junho de 2012 tendo iniciado a sua actividade em 2016 e é detida por
dois sócios.
A MALVERN, limitada tem sua sede em Maputo e desenvolve a sua actividade na cidade de
Tete, dedicando-se à serviços de assistência técnica e manutenção de vários equipamentos.
9.1.1. Missão
Executar serviços de manutenção e reparação de centrifugadoras com qualidade e excelência
alcançando as necessidades dos clientes.
9.1.2. Visão
Ser a maior empresa de execução, manutenção e reparação de centrifugadoras no país.
9.1.3. Valores
❖ Honestidade;
❖ Zelo;
❖ Competência;
❖ Dinamismo; e
❖ Complexividade.
30
9.1.4. Organograma da empresa
Diretoria
Executiva
Departamento de Auditoria
Interna
Diretoria
Diretoria
Operacional
As auditorias são realizadas no mínimo 2 (duas) vezes ao ano, ou sempre que necessárias. Sendo
uma auditoria interna e uma externa realizada pelo organismo certificador.
As auditorias internas são ferramentas de grande importância para a análise crítica realizada pela
alta direcção.
31
Os resultados das auditorias são documentados pelo(s) auditor(es) no relatório de auditoria,
cabendo a equipe da Malvern a devida análise, de forma a identificar as correções e ajustes
necessários, atentando para o monitoramento contínuo.
Na Malvern, acções corretivas são implementadas com o objectivo de eliminar as causas de não-
conformidades ocorridas, evitando a sua repetição.
Grupo 1 – Auditados
Foram realizadas 6 perguntas, todas perguntas exceto a segunda, tinham como opção de resposta
Sim ou Não.
❖ 100% dos entrevistados acredita que a auditoria interna é uma ferramenta eficaz para
salvaguardar a empresa de possíveis problemas;
❖ Quando perguntados sobre qual área acreditam que a auditoria interna pode trazer
melhor performance para a empresa a porcentagem foi:
Gráfico 2: Percepção dos auditados sobre áreas em que auditoria interna traz
melhor performance para a empresa.
Fonte: Dados primários
32
A partir do gráfico acima pode se verificar que 40% dos funcionários afirmaram que a auditoria
interna pode trazer melhor performance na área de recursos humanos, 37% afirmaram trazer
melhoria na área de tesouraria, 13% área comercial, 10% e 0% afirmaram trazer melhoria nas
áreas de custos e compras respectivamente.
Neste sentido, percebe-se que a maior parte dos funcionários optaram pelos recursos humanos,
o que leva a perceber que a auditoria interna traz melhor performance na empresa na área de
recursos humanos.
33
Gráfico 3: Relação entre o Posicionamento da Auditoria Interna e Alcance dos Objetivos da
Entidade.
Fonte: Dados primários
Analisando o posicionamento dos trabalhadores, percebe-se que 67% dos mesmos concordam
parcialmente que a auditoria interna garante o alcance dos objectivos da empresa e 33%
concordam totalmente. Neste sentido de acordo com Almeida (2014), a auditoria interna
compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações,
metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência
e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controlos internos integrados
ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos.
❖ 66,67% concordam totalmente sobre a auditoria interna gerar um bom custo benefício
para a organização, enquanto que 33,33% concordam parcialmente.
34
Gráfico 4: Percentual de concordância acerca do custo benefício da auditoria interna para
a empresa
Fonte: Dados primários
Em relação ao gráfico acima, verifica-se que 69% dos inqueridos afirmaram que concordam
parcialmente no que tangem ao auxilio da auditoria interna na avaliação dos riscos e 31%
concordam totalmente. Segundo Cruz (2014), A auditoria interna realiza avaliações abrangentes
35
baseadas no maior nível de independência e objectividade dentro da organização, suas
avaliações são sobre a eficácia da governança, gerenciamento de riscos e controlos internos
incluindo a maneira como as outras linhas de defesas alcançam os objectivos de gerenciamento
de riscos e controlos. Faz-se necessário que a auditoria interna esteja atenta tanto ao potencial
nível de ocorrência de fraude e erros quanto a forma com que a empresa gestiona este risco para
que possa avaliar sua eficácia. Cabe a auditoria assistir à organização perante a identificação e
posteriormente avaliação dos riscos significativos ao qual a entidade encontra-se sujeita.
O estudo de caso pode elucidar como os auditados e a empresa enxergam a auditoria interna,
demonstrou, portanto, que ambos os grupos acreditam que a auditoria interna é um instrumento
que traz eficácia para a entidade. Pode ser constatado que as recomendações da auditoria interna
são construtivas e contribuem para a geração de valores na organização perante a visão da alta
administração e que este mesmo concorda que informações geradas pela auditoria interna
auxiliam na tomada de decisão.
Todas as questões destinadas a empresa tiveram como resposta positiva acerca do trabalho da
auditoria interna.
36
Desta forma, é possível concluir que o trabalho eficaz da auditoria interna permite aos gestores
a condução e o gerenciamento dos negócios, de forma que exerçam com segurança o processo
decisório sobre as importantes transações empresariais.
37
10. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DE PESQUISA
10.1. Conclusão
Decorrido todo processo de pesquisa, com este capítulo pretende-se concluir os aspectos
pesquisados tal como deixar algumas considerações que o pesquisador achou necessário e
importantes como contributo para a empresa pesquisada e aos futuros pesquisadores.
Conforme estabelece (LIMA, 2009) a empresa pode observar que a auditoria interna está cada
dia mais voltada a orientar as tomadas de decisões para melhor eficiência e eficácia nos
procedimentos adotados da entidade do que para penalizar o erro ocorrido pela mesma por falta
de conhecimento.
É evidente as empresas que não possuem informação de qualidade para subsidiar suas decisões
estratégicas e gestão, estarão em posição desigual em relação às outras entidades do mesmo
segmento, já que não será possível analisar e avaliar, em um curto espaço de tempo as
alternativas de decisão, além de poder agir eficazmente acerca do resultado decorrente da
decisão tomada.
Pode-se dizer que a hipótese nula foi confirmada, já que tanto pelo referencial teórico quanto
pelo estudo de caso foi comprovado que a auditoria interna apresenta informações relevantes
para dar apoio e orientar as acções das empresas.
10.2. Recomendações
A Malvern Engineering, lda. Recomenda-se:
❖ Que continuem com a visão da auditoria interna como instrumento que traz eficácia para
a empresa, uma vez que as recomendações da auditoria interna são construtivas e
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contribuem para a geração de valores na organização, pois as informações geradas pela
auditoria interna auxiliam na tomada de decisão.
❖ Que olhe a auditoria interna como uma ferramenta que tem como função desenvolver
um plano de acção que assista a organização ao alcance de suas finalidades através de
uma abordagem sistêmica e disciplinada para a análise e aperfeiçoamento da eficácia
dos processos, controlo interno e de sistemas de gestão com o intuito de agregar valor e
melhorar as operações e resultados da corporação.
39
11. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA
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Portugal;
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Textos, Exemplos e Exercícios Resolvidos. 7. ed. São Paulo: Atlas S.a;
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Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil. 2. Ed – São Paulo – S.P– Editora Atlas;
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[Livro]. 2, ed. - São Paulo : Saraiva;
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Gestión frente a las Tecnologías Innovadoras. Técnica Contable, N.º 506, Febrero;
❖ CREPALDI, Silvio Aparecido (2013). Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São
Paulo: Atlas;
❖ CREPALDI, Silvio Aparecido CREPALDI, Guilherme Simões. (2016) Auditoria
Contábil - Teoria e Prática. 10;
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Portuguese private firms. Journal of International Accounting Auditing & Taxation;
❖ Franco e Marra, (2000), Auditoria contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas;
❖ Freitas e Kladis (1995), O processo decisório: modelos e dificuldades. Revista Decidir.
Rio de Janeiro, ano 2, n.08, mar;
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Áreas Editora: Lisboa;
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12/08/99;
40
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❖ Morais e Martins (2013), "Earnings management to avoid earnings decreases and
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❖ NBC TA300 - Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis. Conselho
Federal de Contabilidade, 2009;
❖ NBC TA610 - Utilização do Trabalho da Auditoria Interna. Conselho Federal de
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❖ NBC TI 01 - Da Auditoria Interna. Conselho Federal de Contabilidade, 2003.
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Mestrado em Ciências da Comunicação, Turismo e Lazer da Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São Paulo;
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trabalho – programas de auditoria – relatórios de auditoria. 4. ed. São Paulo: Atlas;
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trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2.ed. São Paulo: Atlas;
❖ TAVARES, (2014), Contabilidade básica. 8. ed. São Paulo: Atlas;
❖ TEIXEIRA (2014), Auditoria Interna: Embasamento Conceitual e Suporte Tecnológico.
São Paulo: Atlas;
41
❖ TONNERA (2013), "Accounting earnings and cash flows as measures of firm
performance: the role of accounting accruals", Journal of Accounting and Economics,
18, pp. 3-42;
42
ANEXOS
QUESTIONÁRIO 1: AUDITADOS
1. Você entende que a auditoria interna é uma ferramenta eficaz para salvaguardar a
empresa de possíveis problemas?
1.1. Sim ( )
1.2. Não ( )
2. Em que área, em sua opinião, a auditoria interna pode trazer melhor performance para
a empresa?
2.6. Sim ( )
2.7. Não ( )
2.8. Sim ( )
2.9. Não ( )
5.1. Sim ( )
5.2. Não ( )