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Tete
2021
Lúcia Fernando Chembene
Tete
2021
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho com todo meu bem-querer, carinho e gratidão a toda minha família, em
especial aos meus pais, marido e a todos que sempre me deram apoio e forças para continuar.
AGRADECIMENTOS
No decorrer desta luta algumas pessoas estiveram ao meu lado e percorreram este caminho
como verdadeiros soldados, estimulando que eu buscasse a minha victória e conquistasse meu
sonho.
Agradeço em primeiro lugar a Deus, sei que tudo foi guiado por ele, me ouviu nos momentos
difíceis, me confortou e me deu forças para chegar onde estou.
Agradeço aos os meus pais Fernando Chembene e Sofia Tembe, que não só neste momento,
mais em toda a minha vida estiveram comigo, ao meu lado, fornecendo o apoio, compreensão
e estímulo em todos os momentos.
Agradeço ao meu orientador Francisco José Guidione pela sua confiança e demonstração de
profissionalismo, a todos os amigos em especial a Esmeralda Cebola pela agradável
convivência e solidariedade.
Nenhuma parte deste trabalho deverá ser reproduzido sem a permissão da autora ou do ISPT.
__________________________________
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... 3
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 4
RESUMO ................................................................................................................................... 6
ABSTRACT ............................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
4.1.2. Visão........................................................................................................................ 30
5.1. Conclusão....................................................................................................................... 38
ANEXOS .................................................................................................................................. 42
Gráfico 2: Percepção dos auditados sobre áreas em que auditoria interna traz melhor
performance para a empresa.....................................................................................................32
1.2. Justificativa
A escolha do presente tema em análise espelhou-se nas pequenas e médias empresas na cidade
da Tete, pois há uma grande carência de controlos internos nesses tipos de empresas que por
muitas vezes tem uma gestão pouco orientada e não conseguem manter processos de
informações entre os colaboradores e a administração, e por fim acabam entrando em
decadência não conseguindo a estimativa de lucro esperado. Manter uma auditoria interna
nestes tipos de empresas vem se tornando cada dia mais indispensável na melhoria de controlos
internos para tomada de decisões, sendo capaz de identificar possíveis erros que ocorrem em
determinados sectores na empresa que podem oferecer riscos aos negócios.
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administradores e directores para elaboração de estratégias de gestão que impulsionem os
negócios trazendo resultados positivos dentro do mercado que tem se tornado mais competitivo.
1.4. Relevância
O presente estudo torna-se relevante para a comunidade empresarial, pois, o tema trará aos
gestores e a todas empresas, uma visão da auditoria interna como um meio que não veio somente
para identificar erros e possíveis fraudes, para eliminá-los, ela vem, além disso, para colaborar
no monitoramento dos controlos internos a fim de melhorá-los para apresentar um resultado
positivo. E assim os gestores estarão mais seguros para tomar decisões em seus negócios.
A relevância do tema para a sociedade assim como para o Estado, reside na medida em que
as actividades desenvolvidas pela auditoria interna promove mudanças nas entidades que
refletem directamente na sociedade, onde se uma empresa está crescendo no mercado e fazendo
um diferencial nas actividades que executa, ela está directamente ligada ao desenvolvimento
económico do local onde está instalada trazendo empregos, gerando lucros e pagando tributos
que serão reinvestidos a população.
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1.5. Formulação de problema
O papel da auditoria interna deve ser visto como um investimento pelos gestores dentro de uma
entidade. A habitualidade da presença do auditor trará a existência de uma nova forma de
aplicação de recursos que às vezes a entidade tem e não sabe utilizar, e aprimorando isso trará
uma vantagem competitiva no mercado melhorando seu desempenho e fazendo valer o real
papel social que uma empresa tem num país.
Perante essa realidade surge a seguinte questão: Qual é a importância da auditoria interna
para a tomada de decisão nas pequenas e médias empresas. Estudo de caso – Malvern
Engineering Moçambique, Lda (2019 – 2020).
1.6. Hipóteses
H0: A auditoria interna tem importância na tomada de decisão na Malvern Engineering
Moçambique, Lda;
H1: A auditoria interna não tem importância na tomada de decisão na Malvern Engineering
Moçambique, Lda;
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2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Conceito de auditoria
Citado por Morais e Martins (2013), o Auditing Concepts Commitee define auditoria como o
processo sistemático que objectiva obter e avaliar prova acerca da correspondência entre
informações, situações ou procedimentos e critérios pre-estabelecidos, assim como comunicar
conclusões aos interessados.
Almeida (2014), define auditoria como sendo um processo de recolha de provas de forma a
atestar as asserções contidas nas Demonstrações Financeiras, como objectivo de avaliação das
mesmas, tendo por base as normas contabilísticas e outros referenciais, comunicando as suas
conclusões aos utilizadores da informação financeira. Para o autor, na definição de auditoria
estão presentes três palavras-chave: a recolha de prova, a avaliação das asserções e a
comunicação de resultados.
Com base neste conceito, pode-se definir que a auditoria utiliza procedimentos pautados em
normas e princípios contabilísticos, que são capazes de trazer evidências suficientes que
comprovem a veracidade dos resultados econômico-financeiros no caso de auditoria externa, e
dos processos operacionais e financeiros quando se trata de auditoria interna. A partir disso, o
auditor é capaz de gerar relatório com sua opinião com razoável segurança sobre a saúde
financeira e de gestão da empresa.
Para Almeida (2010), “os procedimentos de auditoria representam um conjunto de técnicas que
o auditor utiliza para colher as evidências sobre as informações das demonstrações financeiras”.
Desta forma, a auditoria irá analisar dentro dos factos e actos, contabilísticos e administrativos,
evidências que comprovem a legitimidade das informações e se estes estão em conformidade
com as normas internas da cooperação, normas contabilisticas e/ou com a legislação específica
do elemento examinado.
Como a auditoria zela pelos resultados das empresas, sua função é de expressar a opinião,
através de relatório e sugerir medidas correctivas aos problemas detectados.
Para Attie (2010) “a auditoria é uma especialização financeira voltada a testar a eficiência e a
eficácia do controle patrimonial implantado, com o objectivo de expressar uma opinião sobre
determinado dado”.
De uma forma geral, podemos afirmar que toda e qualquer informação deve ser credível, para
que as pessoas a quem a mesma se destina possam retirar conclusões com base em factos
correctos.
Costa (2010), defende que a auditoria financeira surge como sendo uma forma de dar
credibilidade à informação financeira, informação essa que engloba as demonstrações
financeiras.
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2.2.2. Auditoria forense
Costa (2010), destaca que auditoria forense tem como objectivo a detecção de possíveis fraudes,
confirmando não só o que está contabilizado e divulgado nas demonstrações financeiras mas
trabalhando para a detecção do que não se encontra evidenciado nas demonstrações financeiras
que devia estar.
Almeida (2014), salienta que a auditoria forense é levada a cabo por auditores peritos na
detecção de fraudes, sendo um processo de detecção, prevenção e correção de actividades
fraudulentas perpetuadas pelo órgão de gestão, colaboradores ou outros. Tem um papel muito
importante no combate à fraude.
Costa (2010), defende que auditoria operacional tem como objectivo auditar os controlos
operacionais, auditar a gestão e a estratégia.
Almeida (2014), refere que este tipo de auditoria é uma expensão da auditoria operacional,
sendo mais orientada para avaliar a gestão de topo enquanto a operacional está mais direcionada
para o controlo orçamental.
É uma auditoria preocupada com o futuro da entidade, permitindo aos gestores uma visão
sistemática da empresa através da interligação e interdependência entre as diferentes áreas
funcionais.
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Guimarães (1998), considera que a auditoria fiscal é uma parte da auditoria financeira pois
pretende certificar-se que as demonstrações financeiras da empresa estão em concordância com
os princípios contabilísticos geralmente aceites, não contendo erros que, de algum modo,
possam vir a influenciar o seu resultado, influenciando negativamente o resultado fiscal e,
consequentemente, o imposto devido ao Estado.
Almeida (2014), defende que Auditoria Interna é uma função de avaliação independente,
efetuada por funcionários da entidade com o objectivo de examinar e avaliar as actividades
constantes na entidade, sendo o seu principal objectivo assistir os seus membros no desempenho
efectivo das suas funções, através de análises, avaliações, recomendações, conselhos e
informações necessárias.
O IIA (The Institute of Internal Auditors), define Auditoria Interna como sendo “uma actividade
independente, de avaliação objectiva e de consultoria, destinada a acrescentar valor e melhorar
as operações de uma organização na consecução dos seus objectivos, através de uma abordagem
sistemática e disciplinada, na avaliação dos processos da eficácia da gestão de risco, do controlo
e de governação.”
Inácio (2014), refere que o auditor interno deve ter como principal preocupação focar-se na
eficiência e eficácia para a garantia da fiabilidade da informação financeira e também nos
procedimentos, operações e cumprimento da legislação e regulamentos em vigor.
Cabe à auditoria interna agregar três dimensões no seu trabalho: o controlo interno, a gestão de
risco e o governo das sociedades. Cabe também à auditoria interna a emissão de uma opinião
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sobre o controlo interno, fazendo recomendações quando necessário para uma possível
melhoria, acompanhando o processo de implementação e execução das recomendações.
A auditoria deve ser planeada, de acordo com a estratégia definida para a entidade, de forma a
poder contribuir para os objectivos da gestão.
Morais e Martins (2013), defendem que auditoria interna é uma função completa, contínua e
independente, desenvolvida pela entidade, que é baseada na avaliação do risco, verificando a
existência, o cumprimento e a eficácia dos controlos internos e dos processos de Governance,
de forma a poder ajudar a entidade dos seus objectivos. É então a função ideal entre a gestão de
risco, dos controlos e dos processos de Governance.
Conforme o Código de Ética estabelecido pelo IIA é esperado dos auditores internos os
seguintes princípios:
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contínuo, se comprometer com os serviços ao qual tenha conhecimento e experiências
suficientes para exercê-los.
Portanto, cabe ao auditor durante o exercício de sua profissão ser objectivo, cético, íntegro,
imparcial evitando qualquer conflito de interesses, ter zelo profissional devido, conhecimento,
habilidades e outras competências necessárias ao desempenho de suas responsabilidades, além
de estar comprometido com seu desenvolvimento profissional contínuo, sempre antenado às
tendências mercadológicas. Além de manter um bom relacionamento com o auditado,
respeitando os sectores submetidos aos exames.
O auditor deve preocupar-se tanto com a produção de seu trabalho quanto com as pessoas ao
qual lida, estabelecendo uma boa relação humana. A produção diz respeito ao seu know-how e
alguns conhecimentos necessários para desempenhar seu trabalho, devendo ser, portanto
tecnicamente competente. Adicionalmente o auditor precisa saber lidar com o auditado e
estabelecer uma relação de confiança e de cooperação, através de boa comunicação e um
relacionamento cortês, sem intimidá-lo e sem pressioná-lo. E da mesma forma o auditado não
deve deixar de fornecer as informações necessárias ao trabalho de auditoria.
Segundo a NBC PI 01 (p.02), “o auditor interno deve respeitar o sigilo relativo às informações
obtidas durante o seu trabalho, não as divulgando para terceiros, sob nenhuma circunstância,
sem autorização expressa da entidade em que actua.” Ainda que tenha findado o vínculo
empregatício ou contractual o sigilo deve ser mantido.
Para isto, deve-se fazer avaliações internas, que supervisionem continuamente o desempenho
da actividade de auditoria interna, além de realizar autoavaliações ou avaliações periódicas
feitas por outras pessoas da organização com entendimento suficiente da actividade de auditoria
interna; e também avaliações externas, realizadas uma vez a cada cinco anos por um avaliador,
ou uma equipe de avaliação, qualificada, independente e externa à organização.
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❖ Ela cumpre o propósito e a responsabilidade incluídos no estatuto de auditoria interna.
❖ Ela está em conformidade com as Normas.
❖ Seus membros individuais demonstram conformidade com o código de ética e com as
Normas.
❖ Ela considera tendências e questões emergentes que podem impactar a organização.
(IIA p.10).
Presidência
Departamento de
Auditoria Interna
Diretoria Diretoria
Diretoria Técnica
Financeira Administrativa
É importante destacar que o auditor interno não exerce nenhuma relação directa ou indirecta
com os demais departamentos e com os outros integrantes da empresa no qual as respectivas
actividades serão verificadas, é um trabalho de cooperação mútuo em que o objectivo final é o
de prestar contas dos resultados à alta administração. O nível ao qual a auditoria interna se
reporta demonstra seu grau de independência e autonomia. O auditor interno tem a liberdade
para examinar vertical e horizontalmente as acções empresariais. Na figura 1 percebe-se que é
um departamento independente e essa independência é vital para que haja sucesso no exercício
de seu trabalho. Encontra-se subordinado apenas à presidência da entidade, tornando-o mais
autónomo e também independente.
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Segundo Perez Junior et al. (2011), o departamento de auditoria interna geralmente é composto
por: auditores internos juniores, plenos, seniores, supervisores e gerentes. Cada qual com sua
função de acordo com suas habilidades e experiências.
Essa fase é crucial para o sucesso do trabalho a ser executado. Pois através do planeamento será
desenhado o programa de auditoria que será realizado, onde serão definidos os objectivos, a
amplitude, a alocação de recursos e o período em que o trabalho será executado. O plano
também deve considerar as estratégias, objectivos e riscos da corporação que sejam relevantes
para o trabalho. Evitando desperdício de recursos, retrabalho e tempo. Todas as actividades
relevantes que possam interferir no cumprimento do objectivo da empresa devem ser objectos
de preocupação para o auditor.
Ainda nesta etapa a equipe de auditoria interna deve preparar o plano de trabalho por escrito
para cada trabalho de auditoria que será realizado. Deve avaliar previamente os riscos ao qual
o trabalho está sujeito. Estes riscos estão relacionados à possibilidade de que não se atinja os
objectivos do trabalho, deve-se, portanto, verificar o volume, complexidade das operações e a
necessidade do uso do trabalho de especialistas.
Além dos fatores relevantes na execução dos trabalhos citados acima, ainda segundo Coelho e
Juliana Moura Ribeiro (2013), o planeamento deve considerar:
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b) O conhecimento detalhado das actividades operacionais e dos sistemas contabilistícos
e de controlos internos e seu grau de confiabilidade da entidade;
c) A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem
aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade;
d) A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito
dos trabalhos da auditoria interna;
e) O conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos
anteriores, semelhantes ou relacionados;
2.6.2. Execução
Essa fase é habitualmente chamada de trabalho de campo, é nesta etapa que se aplica o programa
de auditoria. A equipe de auditoria deve realizar uma reunião com o auditado para esclarecer
os objectivos do trabalho a ser executado.
É neste momento que serão registradas as não conformidades, ou seja, a colecta de informações
possibilita ao auditor constatar situações que ocorreram em desacordo com os procedimentos e
normas padronizados.
Há limitações inerentes à auditoria, que pode não conseguir identificar distorções relevantes
como erros, falhas, resultantes de fraudes ou não. A existência de sistema de controlo eficaz
reduz esses riscos.
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2.6.3. Relatório
O relatório é o documento pelo qual a auditoria interna expõe o desfecho dos seus trabalhos, de
maneira objectiva e imparcial de forma a expressar suas conclusões, recomendações e acções
que devem ser tomadas pela administração da entidade.
Conforme expressa a Rui (2013), relatório da auditoria interna deve abordar, no mínimo, os
seguintes pormenores:
O relatório não só sugestiona acções correctivas como também se antecede a factos que podem
gerar prejuízos a entidade, então, quando houver detecção de provável dano, o auditor opina
sobre acções preventivas.
É importante que seja avaliado pelo auditor a necessidade de emissão de relatório parcial, caso
sejam constatadas impropriedades, irregularidades e/ou ilegalidades que demandem medidas
imediatas e que não possam aguardar o trabalho final dos exames.
Para Jund (2007), o trabalho de auditoria visa, entre outros resultados o de:
É através dos resultados gerados no relatório que a alta administração terá subsídios suficientes
para orientação de melhores práticas e medidas que devam ser implantadas. Com isso, poderá
tomar decisões mais assertivas.
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Como estabelece Crepaldi e Crepaldi (2016) os relatórios devem abranger realizações dignas
de nota e enfatizar principalmente as melhorias, em vez de críticas.
2.6.4. Follow-up
Esta etapa consiste na auditoria das acções correctivas que foram implementadas no prazo e na
forma devida pela alta administração após a emissão do relatório do auditor com suas sugestões
perante as distorções relevantes detectadas. É estabelecido com a entidade um prazo para que
as medidas sejam tomadas. Além de ser estabelecido entre o auditado e o auditor uma meta e
um período para medi-la.
Essas acções correctivas que tenham significativa importância devem ter como indicador da
sua efectividade os ganhos para a entidade, seja em aumento de receita, melhorias operacionais,
no processo, no controlo e/ou extinção de perdas financeiras. Esta acaba sendo uma importante
maneira para mensurar a contribuição de auditoria como forma de gerar valor para a entidade.
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Esses documentos devem ter detalhes suficientes e serem compreensíveis acerca do
planeamento da auditoria, sobre como as técnicas e procedimentos foram aplicados e se as
normas foram respeitadas para que o auditor pudesse chegar a sua opinião final.
Segundo Franco e Marra, (2000), os papéis de trabalho tem como finalidade “servir como base
de sustentação da opinião do auditor”.
Somente devem ser elaborados os papéis de trabalho que têm uma finalidade útil. Logo, todas
as actividades relevantes realizadas durante o trabalho de auditoria e o planeamento devem ser
registrados por meio da documentação de auditoria, os procedimentos utilizados, as evidências
e conclusões alcançadas.
É importante que sejam feitas revisões periodicamente dos papéis de trabalho de modo a
garantir que o serviço tenha sido executado conforme o planeamento, as normas de auditoria e
os procedimentos de forma correcta.
Para Morais e Martins (2013), controlo interno é qualquer acção dos órgãos de gestão executada
com a finalidade do melhor alcance dos objectivos e metas estabelecidas por qualquer entidade,
aperfeiçoando a gestão de risco. Cabe à gestão planear, dirigir e organizar o conjunto de acções
e procedimentos de forma a assegurar o cumprimento dos objectivos propostos. Dependendo
de quais os objectivos a atingir de cada entidade, o controlo interno pode assumir definições de
administrativo, de gestão, preventivo, operacional, contabilístico, entre outros. Apresenta-se
como um meio para atingir um fim pois auxilia a entidade e a gestão na concretização dos seus
objectivos, auxilia na tomada de decisões de forma constante baseando as mesmas em
informação credível e fiável. Auxilia na medida em que qualquer entidade deve estar preparada
para as alterações do ambiente económico e competitivo.
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✓ Erros de julgamento: Com informações falsas ou dadas de forma inadequada,
pressões, limitações temporais, entre outros factores, quer os trabalhadores quer a gestão
podem efectuar erros de julgamento tanto em processos de tomada de decisão como na
execução de tarefas mais rotineiras.
✓ Conluio: Existe a possibilidade de, agindo em conjunto, um conjunto de pessoas
ultrapassar a segregação de funções para ocultarem irregularidades ou mesmo para as
executarem.
✓ Não realização dos controlos: Os controlos implementados pela entidade podem não
ser implementados, quer seja por falta de compreensão das tarefas, fadiga, descuido,
ignorância, distração, entre outros.
Para Tonnera (2013) a auditoria interna é responsável por monitorar todos os controlos internos
definidos pela gestão e avaliar as melhores práticas do mercado para propor melhorias para este
sistema de gestão.
Crepaldi (2011) define que o controlo interno da entidade tem como premissa proteger as
informações geradas, salvaguardar activos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados
contabilísticos, desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas
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administrativas prescritas. Garantindo segurança, agilidade e confiabilidade e que por
consequência contribui com a gestão da empresa. Já o papel da auditoria interna é fazer a
revisão, avaliação e acompanhamento desses controlos internos, verificando se estes estão
cumprindo as políticas traçadas pela administração e as normas fundamentadas em lei para cada
actividade.
Segundo Cruz, Barreto e Fontanillas (2014) de acordo com as premissas de Simon discorre
sobre a teoria da decisão, esta pode ser dividida nas seguintes etapas, sendo que cada uma teria
influência sobre a outra, construindo assim o termo processo decisório: primeiramente deve-se
haver a preparação da situação, após esta etapa o problema é analisado e definido, define-se
também os objectivos, busca-se alternativas para a solução, exames são feitos e as alternativas
são comparadas para que seja selecionada a mais adequada, após escolhida, a melhor alternativa
é implementada.
É evidente que nem todas as etapas acontecem durante uma decisão, já que nem todos os
problemas são semelhantes, em alguns casos é necessário empreender uma ampla busca de
alternativas enquanto outros, menos complexos, essa busca é minimizada. A tomada de decisão
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torna-se um processo e para chegar a uma alternativa viável pode-se demorar algum tempo até
que se tenha maior convicção possível.
Segundo Caiado (2009) e Carvalho (2014), apud. TAVARES, (2014), o processo de tomada de
decisão é um processo mental, sendo que não existe nenhum sistema ou fórmula que permita
ao decisor percepcionar um problema e apresentar alternativas que representem a melhor
solução possível. De contrário as análises efectuadas, as matrizes criadas, os orçamentos e os
próprios planos de acção ficariam incompletos se não fossem tomadas decisões necessárias à
sua concretização.
O processo de tomada de decisão pode decompor-se em várias etapas; e de uma forma sintética
este processo resulta das seguintes etapas:
As decisões empresariais não são todas iguais e a tomada de decisão representa, por isso, um
processo contínuo, ao qual estão associados diferentes graus de incerteza e diferentes métodos
auxiliares. Os gestores tomam parte das suas decisões com base na experiência, intuição e
subjectividade ou com recurso a medidas mais objectivas e que a generalidade das decisões
envolvem situações com um certo grau de certeza e incerteza. Numa situação de certeza o
decisor conhece o resultado das soluções possíveis, porque dispõe de informação precisa e
mensurável sobre os elementos considerados. Uma situação de incerteza o resultado da
alternativa possível não é óbvio, uma vez que a informação não é suficiente para prever se o
resultado esperado venha ou não a ser alcançado.
Teixeira (2014), destaca alguns factores que condicionam a tomada de decisão, para além, do
grau de certeza ou incerteza e que são, sinteticamente:
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❖ A existência ou insuficiência de regulamentos escritos;
❖ A quantidade de informação disponível;
❖ A capacidade do gestor como decisor, e
❖ A criatividade e inovação.
Simon (1974) desenvolveu importantes estudos sobre a tomada de decisão e segundo ele, há
alguns tipos de decisões:
Ainda de acordo com Simon (1974), há outras constatações acerca do tomador de decisão:
a) Racionalidade limitada – presente em todo processo decisório, pois nenhum ser humano
é capaz de levantar e analisar todas as variáveis que envolvem um problema; assim, a
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racionalidade da decisão envolve apenas o que o decisor é capaz de “processar”, estando
limitada a essa questão.
b) Relatividade das decisões – consequência da racionalidade limitada. Como a
racionalidade é limitada à percepção do decisor, a solução não seria necessariamente
ótima em termos gerais, mas em relação somente ao que foi verificado. Além disso, à
medida que acções se tornam reais, a implantação da decisão reduz, amplia ou
simplesmente modifica alternativas ou cursos de acção.
c) Hierarquização das decisões – o processo de planeamento das acções requer uma
hierarquização de importância para as decisões. Desse modo, são discutidos, em
primeiro lugar, os rumos da empresa (visão e missão, por exemplo) para que depois
sejam elaborados e decididos os planos (planeamento tático), as metas e os indicadores.
Por fim, serão decididas as acções diárias para execução imediata.
d) Racionalidade administrativa – o homem é visto como um ser administrativo, voltado
para o desempenho de uma função na organização. A ideia é que o norteador de sua
racionalidade seja a empresa que ele representa.
e) Influência organizacional – a cultura, os valores, as crenças e os princípios que a
empresa valoriza poderão ser identificados por meio do decisor. Essa ressalva explica o
facto de muitas empresas buscarem serviços de consultoria para ter uma visão externa
da própria realidade, a fim de evidenciar os “vícios”.
Espera-se que as decisões tomadas dentro da organização tenham racionalidade e embora não
se possa pensar muitas vezes nas mais variadas alternativas para se buscar a melhor decisão,
esta deve ter fundamentos e seguir objectivos propostos previamente para que se possa
estabelecer dentro do desejável a melhor alternativa possível, ou seja, acaba por se tornar a
alternativa mais adequada entre as disponíveis.
Com o auxílio da auditoria interna, a gestão alimenta o seu modelo de decisão com informações
adequadas e fidedignas recolhidas e avaliadas diariamente, para que a sua tomada de decisão
seja a mais tempestiva possível (ATTIE, 2000). Para a tomada de decisão se faz necessário
informações tempestivas, objectivas e correctas, pois a falta desses itens pode influenciar
directamente na tomada de decisões e, consequentemente, no rumo a ser tomado pela empresa.
Segundo Freitas e Kladis (1995), a informação é uma ferramenta essencial para o processo de
tomada de decisão racional das organizações. Visto isso, as informações elaboradas pela
auditoria interna tornam-se essenciais, fidedignas, relevantes e oportunas, para que as metas
traçadas pela empresa sejam alcançadas e para que possam dar suporte para a entidade na
tomada de decisão.
Então, pode-se dizer que a auditoria interna contribui para o processo decisório da alta gestão
fornecendo informações de qualidade, detalhadas e suficientes para dar suporte e promover
segurança aos gestores que alimentarão seu modelo de decisão e que serão responsáveis pelas
tomadas de decisões finais sugeridas pelo trabalho de auditoria.
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negócios anual, sendo que o volume de negócios é o factor prevalecente na classificação (Speed,
2014). A distinção é feita da seguinte forma:
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Gráfico 1: Distribuição de empresas por tamanho
Fonte: INE, 2013
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3. METODOLOGIA DO ESTUDO
3.1. Tipo de pesquisa
3.1.1. Quanto a abordagem
Quanto a abordagem a pesquisa foi quantitativa, esta pesquisa, busca a validação das hipóteses
mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um grande número de
casos representativos, recomendando um curso final da ação. Ela quantifica os dados e generaliza
os resultados da amostra para os interessados (Mattar, 2001).
3.2. População
Segundo Murteira (2010), população é o conjunto dos elementos cujos atributos são objectos de
um determinado estudo. Esta afirmação é partilhada por Kumar et al (2007), ao afirmarem que
população é constituída por elementos e objectos que contém informação necessária para a
pesquisa. Todavia, atendendo e considerando que o tema versa sobre importância da Auditoria
interna no processo de tomada de decisão e sendo um estudo de natureza quantitativa, teve como
população todos funcionários da Malvern Engineering Moçambique, Lda, num total de 73
funcionários.
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3.3. Amostra
Amostra é um subgrupo de uma população, constituído de n unidades de observação e que deve ter
as mesmas características da população, selecionadas para participação no estudo (Malhotra, 2001).
O tamanho da amostra retirada da população foi de 10 funcionários nos departamentos de auditoria,
administração e finanças.
A colecta de dados primários foi através de um questionário. Segundo Cervo & Bervian (2002), o
questionário “[...] refere-se a um meio de obter respostas às questões por um formulário que o
próprio informante preenche”. Ele pode conter perguntas abertas e/ou fechadas. As abertas
possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas maior facilidade na tabulação e análise
dos dados.
Para dados secundários, o estudo recorreu a pesquisa bibliográfica. Para Lakatos e Marconi (2001),
a pesquisa bibliográfica,
Os dados secundários têm como utilidade o enriquecimento do que os outros autores disseram a
respeito do tema pesquisado. Por outro lado, os dados secundários permitirão que o autor seja capaz
de trazer informações importantes para compor a revisão da literatura, traçar a metodologia a
utilizar como também ajudar na análise e interpretação de dados.
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3.5. Métodos de análise e interpretação de dados
Após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a de análise e interpretação. Estes dois
processos, apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre estreitamente relacionados.
A análise tem como objectivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o
fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como
objectivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros
conhecimentos anteriormente obtidos (GIL, 1999. P.138). A análise de dados é o processo de
formação de sentido além dos dados, e esta formação se dá consolidando, limitando e interpretando
o que as pessoas disseram e o que o pesquisador viu e leu, isto é, o processo de formação de
significado. Assim os métodos que foram usados na pesquisa são método qualitativos e métodos
quantitativos.
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Os métodos quantitativos são mais indicados nas investigações da orientação filosófica positivista
ou paradigma sociológico funcionalista, considerando que, num estudo quantitativo o pesquisador
conduz seu trabalho a partir de um plano estabelecido a priori, com hipóteses claramente
especificadas e variáveis operacionalmente definidas. Preocupa-se com a medição objectiva e a
quantificação dos resultados. Busca a precisão, evitando distorções na etapa de análise e
interpretação dos dados, garantindo assim uma margem de segurança em relação às inferências
obtidas (Godoy, 1995a, p. 58).
Uma vez que o problema de pesquisa foi identificado, cabe então ao investigador decidir sobre
seleção da amostra, como serão coletados os dados, quem e quantos participantes serão
entrevistados ou observados, que documentos serão lidos, e assim por diante (Merriam, 1998).
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4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Apresentação da empresa
A Malvern Engineering, limitada (adiante também designada por “MALVERN” ou “Empresa”)
foi constituida em 21 de Junho de 2012 tendo iniciado a sua actividade em 2016 e é detida por dois
sócios.
A MALVERN, limitada tem sua sede em Maputo e desenvolve a sua actividade na cidade de Tete,
dedicando-se à serviços de assistência técnica e manutenção de vários equipamentos.
4.1.1. Missão
Executar serviços de manutenção e reparação de centrifugadoras com qualidade e excelência
alcançando as necessidades dos clientes.
4.1.2. Visão
Ser a maior empresa de execução, manutenção e reparação de centrifugadoras no país.
4.1.3. Valores
❖ Honestidade;
❖ Zelo;
❖ Competência;
❖ Dinamismo; e
❖ Complexividade.
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4.1.4. Organograma da empresa
Diretoria
Executiva
Departamento de Auditoria
Interna
Diretoria
Diretoria
Operacional
Recursos Departamento
TI Operação Financeiro Controle Qualitade
Humanos Juridico
As auditorias são realizadas no mínimo 2 (duas) vezes ao ano, ou sempre que necessárias. Sendo
uma auditoria interna e uma externa realizada pelo organismo certificador.
As auditorias internas são ferramentas de grande importância para a análise crítica realizada pela
alta direcção.
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Os resultados das auditorias são documentados pelo(s) auditor(es) no relatório de auditoria,
cabendo a equipe da Malvern a devida análise, de forma a identificar as correções e ajustes
necessários, atentando para o monitoramento contínuo.
Na Malvern, acções corretivas são implementadas com o objectivo de eliminar as causas de não-
conformidades ocorridas, evitando a sua repetição.
Grupo 1 – Auditados
Foram realizadas 6 perguntas, todas perguntas exceto a segunda, tinham como opção de resposta
Sim ou Não.
❖ 100% dos entrevistados acredita que a auditoria interna é uma ferramenta eficaz para
salvaguardar a empresa de possíveis problemas;
❖ Quando perguntados sobre qual área acreditam que a auditoria interna pode trazer melhor
performance para a empresa a porcentagem foi:
Gráfico 2: Percepção dos auditados sobre áreas em que auditoria interna traz
melhor performance para a empresa.
Fonte: Dados primários
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A partir do gráfico acima pode se verificar que 40% dos funcionários afirmaram que a auditoria
interna pode trazer melhor performance na área de recursos humanos, 37% afirmaram trazer
melhoria na área de tesouraria, 13% área comercial, 10% e 0% afirmaram trazer melhoria nas
áreas de custos e compras respectivamente.
Neste sentido, percebe-se que a maior parte dos funcionários optaram pelos recursos humanos, o
que leva a perceber que a auditoria interna traz melhor performance na empresa na área de recursos
humanos.
❖ Somente 83,33% dos entrevistados acreditam que a empresa que possui um departamento
de auditoria interna tende a ser mais transparente do que as que não possuem;
❖ 10% respondeu que os trabalhos de auditoria interna já lhe trouxeram problemas no
cumprimento de seus prazos.
❖ 96,67% respondeu que os resultados do trabalho de auditoria interna foram discutidos no
departamento auditado antes de o trabalho terminar.
❖ 100% dos funcionários concordaram com os trabalhos da auditoria interna e unanimemente
responderam que o trabalho de auditoria interna já levou algum benefício para a área de
actuação do respondente.
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Gráfico 3: Relação entre o Posicionamento da Auditoria Interna e Alcance dos Objetivos da
Entidade.
Fonte: Dados primários
Analisando o posicionamento dos trabalhadores, percebe-se que 67% dos mesmos concordam
parcialmente que a auditoria interna garante o alcance dos objectivos da empresa e 33% concordam
totalmente. Neste sentido de acordo com Almeida (2014), a auditoria interna compreende os
exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados
para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos
sistemas de informações e de controlos internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de
riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
❖ 66,67% concordam totalmente sobre a auditoria interna gerar um bom custo benefício para
a organização, enquanto que 33,33% concordam parcialmente.
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Gráfico 4: Percentual de concordância acerca do custo benefício da auditoria interna para
a empresa
Fonte: Dados primários
Em relação ao gráfico acima, verifica-se que 69% dos inqueridos afirmaram que concordam
parcialmente no que tangem ao auxilio da auditoria interna na avaliação dos riscos e 31%
concordam totalmente. Segundo Cruz (2014), A auditoria interna realiza avaliações abrangentes
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baseadas no maior nível de independência e objectividade dentro da organização, suas avaliações
são sobre a eficácia da governança, gerenciamento de riscos e controlos internos incluindo a
maneira como as outras linhas de defesas alcançam os objectivos de gerenciamento de riscos e
controlos. Faz-se necessário que a auditoria interna esteja atenta tanto ao potencial nível de
ocorrência de fraude e erros quanto a forma com que a empresa gestiona este risco para que possa
avaliar sua eficácia. Cabe a auditoria assistir à organização perante a identificação e posteriormente
avaliação dos riscos significativos ao qual a entidade encontra-se sujeita.
O estudo de caso pode elucidar como os auditados e a empresa enxergam a auditoria interna,
demonstrou, portanto, que ambos os grupos acreditam que a auditoria interna é um instrumento
que traz eficácia para a entidade. Pode ser constatado que as recomendações da auditoria interna
são construtivas e contribuem para a geração de valores na organização perante a visão da alta
administração e que este mesmo concorda que informações geradas pela auditoria interna auxiliam
na tomada de decisão.
Todas as questões destinadas a empresa tiveram como resposta positiva acerca do trabalho da
auditoria interna.
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Desta forma, é possível concluir que o trabalho eficaz da auditoria interna permite aos gestores a
condução e o gerenciamento dos negócios, de forma que exerçam com segurança o processo
decisório sobre as importantes transações empresariais.
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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DE PESQUISA
5.1. Conclusão
Decorrido todo processo de pesquisa, com este capítulo pretende-se concluir os aspectos
pesquisados tal como deixar algumas considerações que o pesquisador achou necessário e
importantes como contributo para a empresa pesquisada e aos futuros pesquisadores.
Conforme estabelece (LIMA, 2009) a empresa pode observar que a auditoria interna está cada dia
mais voltada a orientar as tomadas de decisões para melhor eficiência e eficácia nos procedimentos
adotados da entidade do que para penalizar o erro ocorrido pela mesma por falta de conhecimento.
É evidente as empresas que não possuem informação de qualidade para subsidiar suas decisões
estratégicas e gestão, estarão em posição desigual em relação às outras entidades do mesmo
segmento, já que não será possível analisar e avaliar, em um curto espaço de tempo as alternativas
de decisão, além de poder agir eficazmente acerca do resultado decorrente da decisão tomada.
Pode-se dizer que a hipótese foi confirmada, já que tanto pelo referencial teórico quanto pelo estudo
de caso foi comprovado que a auditoria interna apresenta informações relevantes para dar apoio e
orientar as acções das empresas.
5.2. Recomendações
A Malvern Engineering, lda. Recomenda-se:
❖ Que continuem com a visão da auditoria interna como instrumento que traz eficácia para a
empresa, uma vez que as recomendações da auditoria interna são construtivas e contribuem
para a geração de valores na organização, pois as informações geradas pela auditoria
interna auxiliam na tomada de decisão.
❖ Que olhe a auditoria interna como uma ferramenta que tem como função desenvolver um
plano de acção que assista a organização ao alcance de suas finalidades através de uma
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abordagem sistêmica e disciplinada para a análise e aperfeiçoamento da eficácia dos
processos, controlo interno e de sistemas de gestão com o intuito de agregar valor e
melhorar as operações e resultados da corporação.
Atendendo a pertinência de extensão do tema em alusão, para futuras pesquisas recomendaria que
se aborde o tema sobre importância da auditoria interna para a tomada de decisões nas pequenas e
médias empresas.
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA
❖ ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo Textos,
Exemplos e Exercícios Resolvidos. 7. ed. São Paulo: Atlas S.a., 2010. 517 p.
❖ ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um curso modernos e Completo. 8 ed., São
Paulo: Atlas, 2012.
❖ ATTIE, William. Auditoria Interna. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1992. CREPALDI, Sílvio
Aparecido. Auditoria Contábil. 2. Ed – São Paulo – S.P– Editora Atlas, 2011.
❖ CHOO, Chun Wei, 1953 - A organização do Conhecimento: Como as organizações usam
a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões; tradução
Eliana Rocha. -São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.
❖ COELHO, Juliana Moura Ribeiro e Ribeiro, Osni Moura. Auditoria Fácil [Livro]. 2, ed. -
São Paulo : Saraiva 2013.
❖ CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas,
2013.
❖ CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Auditoria Contábil -
Teoria e Prática. 10. ed. 2016.
❖ CRUZ, Eduardo Picanço; BARRETO, Cesar Ramos e FONTANILLAS, Carlos Navarro.
O processo decisório nas organizações [livro eletrônico]. – Curitiba: InterSaberes, 2014.
❖ IIA; Internal auditing definition; Junho de 1999; http://www.theiia.org/GTF/Def.htm em
12/08/99;
❖ Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das Melhores Práticas de
Governança Corporativa. 5. ed. São Paulo: IBGC, 2015.
❖ Kumar et al (2007). Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas;
❖ MORAIS, Georgina; (2001); Dissertação de Mestrado em Gestão de Empresas, Auditoria
interna e a importância do controlo interno preventivo; p. 30;
❖ NBC TA300 - Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis. Conselho Federal
de Contabilidade, 2009.
❖ NBC TA610 - Utilização do Trabalho da Auditoria Interna. Conselho Federal de
Contabilidade, 2009.
❖ NBC TI 01 - Da Auditoria Interna. Conselho Federal de Contabilidade, 2003.
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❖ PEREZ JUNIOR, José Hernandez et al. Auditoria das Demonstrações Contábeis - 2 ed. -
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.
❖ Rui (2013). Tendências metodológicas da pesquisa acadêmica. Dissertação de Mestrado
em Ciências da Comunicação, Turismo e Lazer da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo.
❖ SAWYER, Lawrence B. et al.; (2003; Sawyer’s Internal Auditing – The pratice of Modern
Internal Auditing; 5th edition; Florida; IIA; p.424
❖ VASCONCELOS E PEREIRA, Yumara Lúcia e Anísio Cândido. A importância da
auditoria interna no processo decisório das empresas. In: Revista Brasileira de
Contabilidade – 2004.
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ANEXOS
QUESTIONÁRIO 1: AUDITADOS
1. Você entende que a auditoria interna é uma ferramenta eficaz para salvaguardar a
empresa de possíveis problemas?
1.1. Sim ( )
1.2. Não ( )
2. Em que área, em sua opinião, a auditoria interna pode trazer melhor performance para a
empresa?
3. Em sua opinião, a empresa que possui um departamento de auditoria interna tende a ser
mais transparente do que as que não possuem?
2.6. Sim ( )
2.7. Não ( )
2.8. Sim ( )
2.9. Não ( )
5.1. Sim ( )
5.2. Não ( )