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DECLARAÇÃO DE AUTORIA......................................................................................................i
DEDICATÓRIA..............................................................................................................................ii
AGRADECIMENTO.....................................................................................................................iii
LISTA DE ABREVIATURA.........................................................................................................iv
RESUMO.........................................................................................................................................v
ABSTRACT.....................................................................................................................................vi
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO......................................................................................................1
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1. Contextualização...............................................................................................................1
1.2. Problematização e Problema.............................................................................................2
1.3. Objectivos.........................................................................................................................3
1.3.1. Geral..........................................................................................................................3
1.3.2. Específicos.................................................................................................................4
1.4. Perguntas de Investigação.................................................................................................4
1.5. Justificativa.......................................................................................................................4
1.6. Delimitação da pesquisa....................................................................................................5
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................6
2. Revisão de Literatura................................................................................................................6
2.1. Revisão Teórica.................................................................................................................6
2.1.1. Administração financeira (conceito)..........................................................................6
2.1.2. Gestão de Tesouraria.................................................................................................7
2.1.2.1. Objectivos da gestão de tesouraria.........................................................................8
2.1.3. Fluxo de caixa............................................................................................................9
2.2. Revisão Empírica............................................................................................................18
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA....................................................................22
3. Metodologia............................................................................................................................22
3.1. Quanto à Natureza...........................................................................................................22
3.2. Quanto à abordagem.......................................................................................................22
3.3. Quanto aos objectivos.....................................................................................................23
3.4. Quanto aos procedimentos técnicos................................................................................23
3.4.1. Pesquisa Bibliográfica.................................................................................................24
3.4.2. Estudo de caso.............................................................................................................24
3.4.3. Pesquisa documental................................................................................................25
3.5. Técnicas de recolha de dados..........................................................................................25
3.5.1. Entrevistas................................................................................................................25
3.5.2. Observação não participante....................................................................................25
3.6. População do estudo........................................................................................................26
3.7. Amostra ou Participantes do estudo................................................................................26
3.7.1. Amostra/Participantes..............................................................................................26
3.8. Técnicas e Instrumentos de Análise de Dados................................................................27
CAPÍTULO IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS....................................28
4. Analise e interpretação de resultados.....................................................................................28
4.1. Descrição da empresa......................................................................................................28
4.1.1. Dados primários da pesquisa...................................................................................28
4.2. Apresentação e categorização de dados..........................................................................29
4.2.1. Categoria A: processo de elaboração da demonstração de fluxos de caixa na EDM
29
4.2.2. Categoria B: relação existente entre a gestão de tesouraria e a demonstração de
fluxos de caixa em empresas do sector público.....................................................................30
4.2.3. Categoria C: necessidade da gestão de tesouraria nas empresas públicas...............32
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DE RESULTADOS......................................................................33
5. Introdução...............................................................................................................................33
5.1. Categoria A: processo de elaboração da demonstração de fluxos de caixa na EDM.....33
5.2. Categoria B: relação existente entre a gestão de tesouraria e a demonstração de fluxos
de caixa em empresas do sector público....................................................................................34
5.3. Categoria C: necessidade da gestão de tesouraria nas empresas públicas......................36
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E SUGESTÕES.........................................................................38
6. Introdução...............................................................................................................................38
Conclusão...................................................................................................................................38
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................39
Apêndices......................................................................................................................................42
APÊNDICE A: Guião de Entrevista para EDM E.P - Pemba.......................................................vii
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Eu,Clarice Cristene J. Consula Momade, declaro, por minha honra, que esta Monografia de
Fim do Curso é resultado de uma investigação pessoal de carácter original, e nunca foi
apresentada como tal nesta instituição superior ou em nenhuma outra instituição de ensino
superior, estando referenciadas no texto e nas Referências Bibliográficas as fontes utilizadas. Por
ser verdade, vai por mim assinado.
A proponente:
Assinatura: __________________________
A supervisora:
Assinatura: __________________________
Data: ___/___/_______
i
DEDICATÓRIA
Quero em primeiro lugar dedicar este trabalho do final do curso à DEUS, ao meu esposo Isac
Essimela Momade e à minha filha Alessya Isac.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradecer primeiramente à Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo da minha
vida, e não somente nestes anos como Universitária, mas em todos os momentos, é o maior
mestre que alguém pode conhecer e ter em sua vida;
Obrigada à minha Sogra que tem sido minha mãe pelo apoio incondicional, aos meus amigos,
colegas em e a todos que aqui não pude citar que de forma directa ou indirecta me concederam o
suporte necessário para chegar aqui.
iii
LISTA DE ABREVIATURAS
AR – Aeródromos
ARP – Aeroporto
FM – Fundo de Maneio
R – Respondente
TL – Tesouraria Líquida
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
The ability to generate cash flows and obtain financial resources condition the success, growth and
survival of companies whose activities must be managed sustainably, regardless of whether they operate
in the public or private sector. Driven by the growing need to use financial instruments that help the
control of their resources, these companies invest in financial management techniques, especially short-
termones, thus allowing an effective management of their resources. Of the cash flow statement at the
company Electricidade de Moçambique – EDM E. P (2016 – 2018), aimed to analyze the Treasury
Management in public sector companies through the applicability of the cash flow statement at the
company Electricidade de Moçambique – EDM EP (2016 – 2018), the methodology with a qualitative
approach was applied, with ca. As a data collection procedure, bibliographic research, case study and
documental research were used, and data analysis was supported by the technique of content analysis.
With the research, it was found that treasury management is an instrument of immense importance in the
control of EDM's financial health and that for its effectiveness it depends on the cash flow statement.
vi
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1. Introdução
1.1. Contextualização
Portanto, na visão de Maness e Zietlow (2005) as decisões financeiras de curto prazo consistem
tanto em decisões de investimento, como em decisões de financiamento. As decisões de
investimento e de financiamento de curto prazo assentam fortemente no desenvolvimento da
actividade operacional da empresa e a sua gestão criteriosa será uma base crucial para as decisões
tomadas para médio e longo prazo. O investimento e financiamento de curto prazo surgem como
resposta ao excesso ou défice de tesouraria, isto porque os recebimentos e pagamentos de caixa
não são sincronizados.
Assim, pode-se dizer que a gestão financeira de curto prazo é responsável por administrar o
activo circulante, a gestão de disponibilidades, a gestão e controlo de stocks de existências, como
também a gestão do passivo de curto prazo.
Por sua vez Batista (2020) destacou que uma das bases das empresas de sucesso é a gestão
financeira! Todas as empresas que conseguem se manter saudáveis e em constante crescimento,
mantêm o controlo de dinheiro, de vendas, entradas e saídas, pagamentos diversos, entre outros.
Por isso é fundamental ter um fluxo de caixa para manter a organização das finanças.
1
Para este autor graças ao fluxo de caixa adiantado, é possível criar expectativas positivas ou
negativas sobre o sector financeiro do empreendimento. Por isso, se faz tão necessário o acesso
facilitado aos dados financeiros, o que será decisivo no crescimento ou queda da empresa. Com o
preenchimento correcto do fluxo de caixa, é possível calcular antecipadamente o que se pode
esperar da empresa para os próximos dias, meses ou anos.
Nesse caso para o sucesso empresarial das empresas públicas, é necessário que se trate o fluxo de
caixa e consequentemente a gestão de tesouraria como importante instrumento de avaliação da
gestão, capaz de conduzir aos gestores a observação das finanças, alertando a possíveis ajustes,
de forma que as receitas não sejam super estimadas, nem haja acumulo excessivo de passivos
financeiros, possibilitando projecção de cenários, inferindo em decisões de alocações de recursos,
investimentos e financiamentos, de forma a prevenir insolvência futura.
Ao abrigo das alíneas f) do artigo 47 e h) do artigo 48, ambos da Lei n.º 9/2002, de 12 de
Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), a Conta Geral
do Estado deve conter uma informação completa sobre “adiantamentos e suas regularizações” e
“o mapa consolidado anual do movimento de fundos por operações de tesouraria”
A importância atribuída a gestão de tesouraria faz com que esta área esteja directamente ligada a
sectores estratégicos e decisórios da empresa pois ela realiza o controlo das informações
financeiras oriundas de todos os departamentos e também administra a aplicação dos recursos
operacionais. Portanto, perceber e dominar a natureza e origens dos problemas de gestão de
tesouraria é um meio caminho andado às soluções destes problemas.
Com todos os problemas que a EDM enfrenta, ainda sofre influência do Governo, que intervém
em muitos aspectos da vida da empresa. As instituições do Estado acumulam facturas ao longo de
3
meses, e até de anos, e a EDM não pode cortar o fornecimento de electricidade porque o
Governo, a nível de Pemba, intervém para impedir que a EDM faça cobrança coerciva de facturas
atrasadas e essa situação tem reflexo directo nas contas da empresa e no desempenho financeiro
da mesma.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Analisar a Gestão de Tesouraria em empresas do sector público através da aplicabilidade
da demonstração de fluxos de caixa na empresa Electricidade de Moçambique – EDM E.
P (2016 – 2018).
1.3.2. Específicos
Descrever o processo de elaboração da demonstração de fluxos de caixa na EDM;
Estabelecer a relação existente entre a gestão de tesouraria e a demonstração de fluxos de
caixa em empresas do sector público;
Verificar a necessidade da gestão de tesouraria nas empresas públicas;
1.5. Justificativa
4
Este estudo tem bastante relevância por constituir um problema da actualidade e pode contribuir
para o enriquecimento em termos académicos e profissionais, além do mais poderá ser de grande
contributo para os gestores da empresa.
Sob ponto de vista pessoal, esse estudo constitui um desafio académico e que poderá contribuir
para aprofundar a dinâmica da gestão do fluxo de caixa nas empresas públicas, partindo do
princípio de que a escolha deste tema se originou de estudos e leituras feitas sobre o tema ligadas
a cadeira de contabilidade financeira e gestão financeira.
No que toca a sociedade, o presente estudo de pesquisa pode ser considerado uma fonte de
informação e inspiração para novos estudos e para compreender o funcionamento da gestão de
fluxo de caixa na EDM.
5
Em relação ao tempo, o estudo abrangeu os períodos entre 2016 à 2018. Período esse, que,
devido à crise financeira e o aparecimento da tónica das dívidas ocultas, tem colocado em cheque
a transparência da gestão das entidades públicas.
6
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2. Revisão de Literatura
Neste capítulo são abordados pressupostos teóricos que deram o alicerce à presente pesquisa,
discorrendo sobre temas e definições cujo conhecimento foi essencial à sua realização.
Como ilustram vários estudos relacionados com a temática, historicamente, a função da área
financeira na empresa tem sido administrar, de modo centralizado, todos os seus recursos
financeiros. Essa função tem variado conforme o tipo de empresa e as circunstâncias em que ela
se encontra, havendo fases de maior ou menor predomínio e controlo da área financeira sobre as
demais áreas da empresa.
Gitman (2013) estabelece que oobjectivo da administração financeira está ligado ao objectivo da
empresa: maximização de seu lucro e de seus accionistas. Sua função é criar mecanismos de
análise e controle, para orientar e influir nas tomadas de decisão que resultem em maior retorno
financeiro para a empresa.
Em síntese, Neto e Silva (2002) afirmam que a função da administração financeira é fornecer à
empresa recursos de caixa suficientes para o cumprimento dos compromissos assumidos e ainda a
maximização da riqueza da empresa.
7
De modo compacto pode-se afirmar que, controlar finanças de uma empresa, guardada as suas
devidas proporções, é como controlar as suas contas de finanças pessoais. Partindo do
pressuposto de que todos precisam ganhar dinheiro para conseguir pagar as suas contas e, além
disso, todos deveriam gastar menos do que ganham, é necessário obter-se ganhos maiores do que
gastos, para ter um saldo positivo (uma sobra de dinheiro).
A Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários
derivados da actividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas
ocorrências no tempo. Ela objectiva encontrar o equilíbrio entre a “rentabilidade”
(maximização dos retornos dos proprietários da empresa) e a “liquidez” (que se
refere à capacidade de a empresa honrar seus compromissos nos prazos
contratados). Isto é, está implícita na necessidade da Gestão financeira a busca do
equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa.
Pode-se dizer que a gestão financeira está preocupada com a administração das entradas e saídas
de recursos monetários provenientes da actividade operacional da empresa, ou seja, com a
administração do fluxo de disponibilidade da empresa (Cheng & Mendes, 1989).
Segundo Ramos (2019) a gestão de tesouraria define-se basicamente, por uma componente
essencial para o bom funcionamento da entidade sendo que, existe uma preocupação de manter o
equilíbrio entre a segurança/liquidez e a rentabilidade/remuneração dos fundos disponíveis.
De acordo com Neves (2012) a gestão de tesouraria ou gestão de disponibilidades como sendo
uma função financeira assemelhando-se ao papel de tesoureiro, no qual, a principal função
consiste em efectuar os recebimentos e pagamentos decorrentes do exercício de actividade da
organização, existindo uma preocupação de manutenção de um saldo que permita assegurar o
fluxo normal de pagamentos/recebimentos da organização. No entanto, esta noção tradicional
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veio ser ampliada, emergindo uma preocupação com as decisões de financiamento, isto é, a
análise do custo do financiamento de capitais.
De acordo com De Paula (2019) objectivo da tesouraria é ter certeza de que os recursos
financeiros da empresa estão sendo o suficiente para abater seus compromissos. Da forma que, o
que “sobrar”, deverá ser investido de maneira eficaz e que traga retorno ao negócio. Em um
panorama geral, a tesouraria cuida de todo o dinheiro da empresa: do controle ao gerenciamento e
investimentos.
Isso representa também questões como empréstimos, por exemplo. Caso a empresa pegue
um empréstimo, em quanto tempo ele será pago? E as taxas de juros, valem a pena e irão
afectar o saldo mínimo de caixa pelos próximos meses? Essas questões são papel da
tesouraria avaliar e definir se são ou não a melhor escolha. No fim, é a tesouraria a área
responsável por pagar as contas sem deixar o caixa no vermelho. E, como um bom
Lannister, a tesouraria de uma empresa também “sempre paga suas dívidas (De Paula, 2019,
p. 2).
Sá (2010), menciona que o orçamento de tesouraria deve ser integrado no plano financeiro numa
perspectiva global e a longo prazo, reconhecendo as seguintes funções:
Prever na generalidade os influxos mais relevantes que provenha das vendas e serviços
são efectuadas pela direcção comercial;
Prever exfluxos: pagamentos a fornecedores, despesas com pessoal e outras despesas de
exploração, reembolsos de empréstimos, entre outros pagamentos que ocorram no
decorrer da actividade e sejam previsíveis;
“os orçamentos de tesouraria devem ser elaborados por pessoal especializado, no entanto, o
autor defende que seja discutido pelo pessoal que participa nas actividades intermédias e
finais, assim, possibilita uma acção eficaz e encoraja à definição de objectivos e controlo de
gestão. Ainda segundo este autor, os orçamentos são “relatórios dos resultados esperados e
expressos de maneira quantificada. É a tradução em números de todos os outros tipos de
planos. O processo tem três fases: a primeira caracteriza-se pela elaboração do orçamento
para um período específico, constituindo um padrão; segunda, quantificar e registar a
actividade real comparando com o orçamentado; e por fim, análise dos desvios apurados e
tomar decisões correctivas para que se possam prevenir futuramente” ( p. 17).
De acordo com Zdanowicz (2000) denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de
ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período determinado.
Olhando para os posicionamentos dos autores citados, percebe-se que o fluxo de caixa trata-se do
fluxo que o dinheiro percorre dentro da empresa, desde a sua chegada ao caixa da empresa até a
sua saída, ou seja, fluxo de caixa é o acompanhamento de todas as movimentações ocorridas no
Caixa da empresa, correspondendo ao montante de dinheiro que entrou e saiu do caixa.
As principais contas patrimoniais operacionais que possuem forte impacto no caixa são: contas a
receber, contas a pagar e estoque. Quando comprado à vista, o estoque tem forte impacto no
caixa, pois é sentido imediatamente, e quando comprado a prazo, o impacto será mediante o
pagamento da duplicata. As contas a receber são advindas das vendas a prazo e as contas a pagar
são provenientes de compras a prazo, obrigações fiscais e trabalhistas e fornecem recursos para
financiar os activos operacionais (Silva, 2006).
10
2.1.3.1. Importância do Fluxo de Caixa
Empresas de sucesso sabem que sem um fluxo de caixa, não há possibilidade de dosar o que está
sendo lucrativo ou desperdiçado em suas rotinas administrativas. Além disso, é por meio desse
fluxo de caixa que muitos investidores sentem a oportunidade ou não, de investir em determinada
empresa.
Segundo Batista (2020), a maioria dos grandes investidores só colocam o seu dinheiro em
acções quando se tem acesso aos ganhos e perdas que tal empreendimento teve durante
um período. Assim, é importante definir quais serão as categorias dos custos e dos
recebimentos. Neste caso, será possível, ao fazer uma avaliação do fluxo de caixa,
identificar pontos, gargalos e locais onde se está a perder lucratividade .
É fundamental que qualquer empresa deva ter um fluxo de caixa inteligente e muito bem
estruturado, para que possa manter sua saúde financeira.
Batista (2020) refere que uma empresa sadia financeiramente, que é sustentável e que se mantém
no mercado por muitos anos, é aquela que tem no fluxo de caixa, sua principal ferramenta de
controlo estratégico das finanças. Para isso, as empresas desenvolvem métodos específicos.
Porém, o que vem ganhando muita força com o advento da tecnologia, são os softwares que
fazem isso.
No entanto de acordo com Caiado e Gil (2014) as informações necessárias para preparar a DFC
advêm de três principais fontes: dos balanços comparativos, da demonstração de resultados e de
outros dados complementares.
Após caracterizar as três principais fontes de informação, é importante definir as principais fases
para a elaboração da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC). Silva e Martins (2012) e Caiado e
Gil (2014) afirmam o seguinte:
Para Silva e Martins (2012) o método indirecto é aquele em que o resultado líquido do exercício é
ajustado de forma a excluírem-se os efeitos de transacções que não sejam dinheiro, acréscimos ou
diferimentos relacionados com recebimentos ou pagamentos passados ou futuros e contas de
rendimentos ou gastos relacionados com fluxos de caixa respeitantes às actividades de
investimento ou de financiamento.
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O objectivo principal da função financeira é garantir que os fluxos monetários (entradas e saídas)
não apresentem desequilíbrios sistemáticos, uma vez que, pode colocar a entidade numa posição
desfavorável. Silva (2010), define o equilíbrio financeiro como a capacidade de satisfazer as suas
obrigações nas datas combinadas, ou seja, uma empresa encontra-se em equilíbrio financeiro
quando, de forma estável e continuada, os meios financeiros líquidos são suficientes para pagar
as dívidas que se vão vencendo.
Na mesma perspectiva, Neves (2007), define que o equilíbrio financeiro é fundamental para uma
análise da estabilidade da entidade, é um ajuste dos fluxos financeiros que tem como objectivo
garantir que a empresa reúna as condições necessárias para fazer face as dividas que se vão
vencendo, representado por liquidez.
Os indicadores de liquidez de acordo com Neves (2007) e Nabais e Nabais (2011) representam a
análise do equilíbrio financeiro a curto prazo: Fundo de Maneio (FM); Necessidade de Fundo de
Maneio (NFM) e Tesouraria Líquida (TL).
O FM representa a margem de segurança da entidade, sendo que quanto maior for a capacidade
de a organização gerar um elevado FM, mais forte será a sua estrutura financeira. Este pode ser
considerado constante no curto prazo. Segundo o autor Neves (2007), o FM é obtido pela
diferença entre os capitais permanentes e o activo fixo. Os capitais permanentes são os recursos
fixos determinados pela política de financiamento, por exemplo os empréstimos de médio e longo
prazo, e os activos fixos são o resultado das aplicações de investimento que são em função das
decisões de investimento.
Mortal (2006) por sua vez, considera que o FM tem um papel importante como indicador de
liquidez, dado que, permite avaliar a capacidade de a empresa fazer face às suas obrigações de
pagamento, numa perspectiva de curto prazo.
Pode-se dizer que as NFM estão relacionadas com as necessidades de financiamento do ciclo de
exploração, ou seja, os pagamentos que são necessários efectuar, como por exemplo,
fornecedores, outros credores, pessoal, antes de receber de clientes.
Por último, a TL resulta da diferença entre os recursos libertos pelas decisões de investimento e
financiamento a médio longo prazo (FM) e as NFM indicam aposição da TL. A análise deste
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indicador não poder ser analisada de forma isolada, mas sim, em termos comparativos com o
próprio FM, ou seja, os montantes destes indicadores devem confrontarem-se (Menezes, 2005).
Para Silva (2010) analisar o impacto das decisões operacionais na tesouraria é também uma das
tarefas do gestor financeiro, assim como as políticas de financiamento/investimento que se
referem ao médio/longo prazo, uma vez que asseguram a continuidade da empresa e a sua
sustentabilidade.
Obter descontos dos fornecedores, tendo em vista que o custo de não os utilizar é alto;
Manter a classificação de crédito, por meio da liquidez corrente e sua liquidez seca
alinhadas com as de outras empresas de seu sector;
Aproveitar oportunidades de negócios favoráveis, como promoções especiais dos
fornecedores ou a chance de adquirir outra empresa;
Enfrentar emergências como greves, incêndios ou campanhas de marketing dos
concorrentes e também para suportar quedas sazonais ou cíclicas no nível de actividade.
Neste contexto, pode-se dizer que a tesouraria tem como principal instrumento de gestão o Fluxo
de Caixa, que é utilizado para controlo e planeamento das movimentações financeiras ocorridas
num determinado horizonte de tempo. Esse instrumento pode ser estruturado de modo diário,
semanal, mensal e anual, com valores acumulados ou não. Para Gitman (2010), o fluxo de caixa é
a preocupação básica do administrador financeiro na gestão das finanças do quotidiano, em
questões de planeamento financeiro e na tomada de decisões estratégicas voltadas para a criação
de valor para os proprietários.
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A DFC procura explicar a forma como é gerado e utilizado o dinheiro, demonstrando os fluxos de
recebimentos e de pagamentos de determinada entidade no seu exercício económico. Segundo
Nabais e Nabais (2004) a DFC dá informações sobre a formação e evolução das disponibilidades,
sobre os efeitos das decisões de gestão e qual o valor dos fluxos por ciclo operacional, de
investimentos e de financiamento.
De acordo com Oliveira (2017) a previsão dos fluxos de caixa, proporciona aos utilizadores a
informação financeira necessária para determinar a capacidade da empresa em gerar fluxos
monetários e identificar/avaliar as suas necessidades e consequentemente, escolher alternativas
que auxiliem no processo de tomada de decisão na gestão financeira da entidade. A análise dos
fluxos de caixa permite que o gestor consiga perceber a necessidade de captar um empréstimo ou
então, aplicar o excedente de caixa em operações lucrativas e proporcionar um fluxo monetário
equilibrado.
Gonçalves e Conti (2011) acrescentam que o fluxo de caixa permite também que se estimem os
valores dos influxos e exfluxos (saída de caixa) para períodos futuros, permitindo ao gestor fazer
previsões minimizando a margem de erro nas suas tomadas de decisão.
De acordo com Baptista (2021) com o fluxo de caixa em mãos o empreendedor poderia
responder:
É através do Fluxo de Caixa que o gestor consegue visualizar quais os gargalos financeiros da
empresa e quais devem ter maiores investimentos, além daqueles com gastos superiores ao
necessário. Desta forma, é possível optimizar os processos cortando custos indevidos em
determinadas áreas e direccionar recursos para outros sectores ou operações prioritárias e que
estão deficitárias (Baptista, 2021).
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Diferente da contabilidade privada, na contabilidade aplicada aos entes públicos estatais, percebe-
se que a legislação é ainda mais presente, tendo em vista a obrigatoriedade de os gestores
públicos realizarem apenas o permitido em lei, obedecendo ao princípio da legalidade. A
legislação da contabilidade pública estatal aborda aspectos orçamentários, financeiros,
contabilísticos entre outros factores fundamentais para que os registos contabilísticos ocorram de
modo padronizado nas entidades do sector público (Gonçalves, 2010).
Conforme MCASP a Demonstração dos Fluxos de Caixa visa analisar o desempenho financeiro
do sector público, permitindo:
Ter uma visão da situação das finanças públicas, possibilitando efectuar comparações
entre ingressos e desembolsos por tipos de actividades (operacionais, de investimento e de
financiamento), e avaliar as decisões de investimento e financiamento público;
Avaliar a situação presente e futura do caixa da entidade, permitindo análise de liquidez;
conhecer a capacidade de expansão das despesas com recursos próprios gerados pelas
operações;
A análise imediata da disponibilidade e do impacto da mesma nas finanças da entidade,
quando da inserção de nova despesa na programação;
Avaliar a previsão de quando é possível contrair novas despesas sem que isso
comprometa as finanças públicas.
Por sua vez Mildenberger (2018) refere que dentro da grande complexidade de uma Gestão
Pública, a Tesouraria se torna um dos mais valiosos instrumentos de controlo, organização e
panejamento, todos dos dados necessários para as mais variadas tomadas de decisões dos
administradores, dependerão da exactidão dos trabalhos executados dentro da Tesouraria –
registos – lançamentos – pagamentos – apropriação correcta das fontes de recursos.
Na visão desse autor através do trabalho da Tesouraria, obtém-se a visualização das mudanças de
Activo e Passivo dentro da visão patrimonialista que traz a nova contabilidade pública, que
trouxe grandes mudanças de execução na gestão pública, através da padronização das normas
internacionais.
Entretanto, gerir uma empresa é revelar uma constante preocupação por três parâmetros
essenciais: a rendibilidade, a segurança (risco global) e o ritmo de crescimento (Menezes, 1996,
citado em Fernandes, 2014)). A gestão da tesouraria prende-se essencialmente com a ponderação
entre a rentabilidade e o risco, enquanto o ritmo de crescimento tem a ver com o investimento em
AI (Auditoria Interna).
A gestão da tesouraria trata da gestão do Activo Corrente e do Passivo Corrente (note-se que
estes incluem as necessidades e os recursos financeiros totais). Neves (2000), argumenta que esta
gestão se centra no equilíbrio financeiro, o qual resulta da harmonização entre o tempo de
transformação de activos em dinheiro e o ritmo de transformação das dívidas em exigível. E isto
só é possível através do controlo dos fluxos financeiros.
17
Hoje, dentro do sector público, para atender todas as normas legais, o modelo ideal de
tesouraria deve adoptar instrumentos de controlo de suas rotinas, como um ‘planeamento
de tesouraria’, o que permite projectar temporalmente todas as receitas e despesas de
todas as fontes de recurso, visualizando e separando por secretaria as despesas fixas e o
vencimento dos contratos a serem cumpridos (Mildenberger, 2018, p. 1).
No que diz respeito a entidades públicas, Andrade (2002, p. 128) afirma o seguinte:
Perante Menezes (1996, citado em Fernandes, 2014), pode-se resumir as quatro regras de gestão
de tesouraria(GT):
Campos (2014) realizou um estudo no Brasil sobre a demonstração do fluxo de caixa como
importante instrumento de avaliação da gestão pública, onde destaca que o planeamento e
equilíbrio são palavras de ordem e que irão garantir a evolução de uma gestão eficiente voltada
não só para o foco orçamentário, mas para o desempenho financeiro, a capacidade de expansão,
de responsabilização dos compromissos assumidos, evitando um endividamento e um déficit
público que não permitirá o cumprimento das metas e directrizes estabelecidas pelo Plano
Plurianual, pela Lei de Directrizes Orçamentárias e pelo Orçamento Anual, instrumentos
balizadores das acções públicas.
Acrescentou dizendo que inúmeras vantagens foram demonstradas ao longo do seu estudo sobre a
utilização periódica do fluxo de caixa de maneira, e resumidamente pode-se entender que é
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empregar da melhor forma possível os recursos financeiros disponíveis para as entidades
públicas. No caso prático ficou claro que não existe tal acompanhamento, motivo esse que
comprova uma dura realidade brasileira, que com o passar dos anos a dívida pública nas
entidades, só aumentam devido talvez a uma falta de cultura ou até zelo com a coisa pública.
De acordo com Silva e Neiva (2000) no estudo feito no Brasil sobre O fluxo de caixa como
ferramenta de gestão financeira e estratégia nas empresas, afirma que o propósito da
Demonstração dos Fluxos de Caixa é propiciar informações sobre os recebimentos e pagamentos
de uma empresa durante determinado período. Secundariamente, objectiva prover ao usuário
discernimento sobre os investimentos e actividades financeiras da empresa. Mais
especificamente, a Demonstração do Fluxo de Caixa pode ajudar investidores e credores a avaliar
a capacidade da empresa de gerar fluxo futuro de caixa positivo, saldar as obrigações e pagar
dividendos.
Na visão desses autores, por intermédio da Demonstração do Fluxo de Caixa, a empresa relata
informações para o usuário acerca da origem do caixa gerado e como esse caixa foi consumido.
Além de suas próprias operações, isto é, manufactura, compra e venda de bens ou prestação de
serviços a empresa pode gerar caixa pela venda de activos, emissão de acções, contratação de
empréstimos e financiamentos, entre outros. O uso das informações contidas na Demonstração do
Fluxo de Caixa, conjuntamente com as demais demonstrações contabilísticos, pode ser uma
ferramenta eficaz para a avaliação da liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa.
Por outro lado, é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta suas limitações.
Uma delas é a incapacidade de fornecer informações precisas sobre o lucro e sobre os custos dos
produtos da empresa. Isto porque as apurações e demonstrações são realizadas pelo regime de
caixa e não pelo regime de competência. Porém, o fluxo de caixa é um instrumento de controlo e
análise financeira que juntamente com as demais demonstrações (Silva & Neiva, 2000).
Fernandes (2014) no seu estudo sobre Gestão da Tesouraria: Natureza e Origens dos Problemas
de Gestão de Tesouraria – Caso Electra, SARL, realizado em Cabo Verde, refere que a Gestão de
tesouraria é uma área bastante sensível e problemática e a sua má gestão pode levar à insolvência
ou até mesmo a falência das empresas. A insolvência/ falência das empresas pode ser solucionada
19
através de uma gestão da tesouraria eficiente e eficaz. Contudo, reconhece que esta é uma prática
difícil de se realizar, pois, existem problemas constantes de tesouraria, caracterizados pelas
difíceis situações em que a empresa se encontra. Por essa razão, e para preparar as bases para as
soluções dos problemas, torna-se crucial averiguar o tipo de problemas assim como suas origens.
Este autor analisou o FM, NFM e a TL e verificou um desequilíbrio financeiro causado por
insuficiência de capitais permanentes no financiamento do activo fixo perigando o seu equilíbrio
financeiro. A regra de equilíbrio mínimo não se verifica. As necessidades de fundo de maneio
eram também negativas, inferiores ao fundo de maneio, donde a empresa teve que recorrer aos
financiadores para obter e recursos para as suas necessidades correntes e também para o
financiamento dos investimentos, que foi, tanto com recursos de médio e longo prazo, como
também utilizou recursos de curto prazo.
Esta componente visa abordar sobre pesquisas desenvolvidas em Moçambique que estão
relacionadas com a pesquisa temática de investigação.
20
Segundo a NCRF 2 do Decreto 70/2009 a informação sobre os fluxos de caixa de uma entidade é
útil ao proporcionar aos utilizadores uma base para avaliarem a capacidade da entidade em gerar
caixa e equivalentes de caixa e para avaliarem as necessidades da entidade quanto à utilização
desses fluxos de caixa.
A informação histórica de fluxos de caixa é muitas vezes usada como um indicador da quantia,
período e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. É também usada para verificar a correcção
de avaliações passadas dos fluxos de caixa futuros e para examinar a relação entre a rendibilidade
e o fluxo de caixa líquido bem como o impacto das alterações dos preços (NCRF 2 do Decreto
70/2009).
21
Mafumo (2012) realizou um estudo sobre sistema de controlo interno sobre a gestão de tesouraria
que teve como objecto de estudo os Aeroportos de Moçambique, E.P (ADM), onde fez um estudo
de caso e bibliográfico, recorrendo a um questionário que foi distribuído aos participantes.
Segundo este autor o processo de gestão de tesouraria nos ADM, está relacionado com
procedimentos que são levados acabo em operações de recebimentos (toda a transacção de
entrada de valores na empresa, em numerário ou documentos, desde que devidamente
certificados, reconhecidos e conferidos como originais) e operações de pagamentos (toda a
transacção que envolve saída de valores da empresa, querem numerário ou documentos).
E acrescenta que as medidas de controlo interno para recebimentos nos ADM são verificadas
com exactidão, mas no passado aconteceu que certas cobranças feitas (exactamente no
Aeródromo de Inhaca) eram depositadas em contas não controladas pelos ADM, mas a mesma
situação foi colmatada graças ao trabalho dos auditores enviados da sede. Outra situação
constatada durante a realização do trabalho, tem a ver com o atraso no envio dos comprovativos
de depósitos por parte dos Aeródromos/Aeroportos, sendo que esta situação faz com que a nível
da sede apresentem créditos não contabilizados por falta do respectivo suporte. A despesa é
realizada mediante a emissão do Pedido de Adiantamento de fundos pelo requisitante e
consequente verificação do cabimento de verba e aprovação da compra pelo Chefe dos Serviços
Administrativos. O Director do ARP/ARD ou o Chefe dos Serviços Administrativos é que deve
aprovar o pagamento conforme os limites de competência. Uma vez aprovado o pagamento, a
tesouraria emite o cheque para assinatura e pagamento ao fornecedor. Dos aspectos retirados das
entrevistas, constata-se um acompanhamento dos procedimentos por parte dos gestores, em
conformidade ao prescrito no Manual de Procedimentos Financeiros dos ADM.
22
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA
3. Metodologia
Neste capítulo apresenta-se o resumo dos aspectos metodológicos que norteiam o presente
trabalho, pretendendo-se, no entanto, dar uma visão sobre o tipo de pesquisa que foi levada a
cabo no trabalho, os participantes privilegiados na pesquisa, as técnicas de recolha de dados,
modelo de análise e interpretação de dados bem como os aspectos éticos observados
rigorosamente ao longo da pesquisa do tema ora abordado.
Olhando para sua natureza, o presente estudo é de característica aplicada, pois visa solucionar um
problema específico. Tal como defende Lundin (2016), a pesquisa aplicada tem como propósito
gerar conhecimentos para uma aplicação prática dirigidos a solução de problemas específicos.
Envolve, normalmente, mais assuntos e interesses específicos/Locais.
Pesquisa aplicada (pt-BR) ou investigação aplicada (pt) segundo Tumelero (2019) tem como
conceito ser o método científico específico que envolve a aplicação prática da ciência. Segundo
este autor, esse tipo de pesquisa é útil para encontrar soluções para problemas quotidianos,
geralmente direccionado para a um problema prático.
Por ser um estudo que focou-se em conhecimentos teóricos e a não utilização de instrumentos
estatísticos na análise dos dados, a presente pesquisa classifica-se como sendo qualitativa, pois
visa fundamentalmente analisar a Gestão de Tesouraria em empresas do sector público através da
aplicabilidade da demonstração de fluxos de caixa.
Segundo Mathias (2016) a pesquisa qualitativa é mais difícil de definir, mas de maneira simples,
o foco dela é entender o comportamento do consumidor, ao invés de mensurar / medir. Por isso,
esse método de pesquisa não apresenta resultados em números exactos, e a colecta de dados pode
ser feita de maneiras variadas, como por exemplo por meio de grupos de discussão (focus
groups), entrevistas qualitativas individuais em profundidade e observação de comportamentos
(Mathias, 2016).
23
De acordo com Tatiana e Denise (2009 p. 31), “os pesquisadores que utilizam os métodos
qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimem quantificam os valores e as trocas
simbólicas nem se submetem à prova de factos, pois os dados analisados são não-métricos
(suscitados e de interacção) e se valem de diferentes abordagens”.
De acordo com Tumelero (2019), a pesquisa exploratória é uma metodologia que costuma
envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas
com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão.
Segundo Fonseca (2002) qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica,
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre. Existem, porém, pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas
publicadas com o objectivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema
a respeito do qual se procura.
Gil (2002) diz que consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos, de maneira
que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outras
metodologias, sendo esta uma modalidade de pesquisa utilizada nas ciências sociais e
biomédicas, o mesmo autor explícita que essa modalidade pode ser dividida em várias etapas
como: formulação do problema, definição da unidade/caso, determinação do número de casos,
elaboração do protocolo, colecta de dados, avaliação e análise dos dados e preparação do
relatório.
De acordo com Yin (2005) em estudos de casos, são especialmente importantes cinco
componentes de um projecto de pesquisa:
25
As questões de um estudo;
Suas proposições;
Sua unidade de análise;
A lógica que une os dados às proposições;
Os critérios para interpretar as constatações.
O uso desta técnica permitiu obter informações e dados exclusivos da instituição em estudo que
foram relevantes para a pesquisa como foi o caso das demonstrações de fluxo de caixa, normas de
funcionamento do departamento de administração e finanças, as demonstrações de resultados,
entre outros. Segundo Gil (2002) na pesquisa documental a natureza das fontes, são materiais que
não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo
com os objectivos da pesquisa que podem ser documentos de arquivos, relatório de empresas, etc.
Para o alcance dos objectivos propostos pela pesquisa, o estudo teve como suporte a entrevista
semi-estruturada, observação não participante e por último a pesquisa documental.
3.5.1. Entrevistas
Segundo Prodanov e Freitas (2013) na entrevista não padronizada ou não estruturada não existe
rigidez de roteiro; o investigador pode explorar mais amplamente algumas questões, tem mais
liberdade para desenvolver a entrevista em qualquer direcção. Em geral, as perguntas são abertas.
Na visão de Koche (2012) é a conversa formal ou informal que o pesquisador mantém com os
participantes de modo a recolher os dados que precisa, e esta entrevista pode ser estruturada
assim como semi-estruturada.
A escolha desta técnica de recolha de dados permitiu realizar entrevistas em algum momento
informais, que permitiram facilitar a obtenção de melhores informações para materialização do
estudo.
26
Segundo Gil (2002) observação é um instrumento de pesquisa utilizada para colecta de dados
subjectivos, sendo considerada uma das melhores técnicas para entender o comportamento
humano. Nela o investigador tem que imergir como sujeito na pesquisa.
De acordo com vergara (2010), amostra ou população amostral, é uma parte do universo
escolhida segundo algum critério de representatividade. Já Tybel (2017) acrescenta que amostra
pesquisada é uma parcela da população que será utilizada em uma pesquisa de opinião. Esta parte
da população pode ser descrita também como uma parte da população que tem alguma
característica em comum.
De maneira mais perceptível, pode-se dizer que uma amostra é um subgrupo ou subconjunto da
população, que pode ser estudado para investigar as características ou o comportamento dos
dados populacionais.
27
Esse tipo de amostra pesquisada é muito comum quando é necessário fazer algum tipo de
pesquisa de opinião (Tybel, 2017). Partindo do princípio de que amostra é um subconjunto
representativo, a presente pesquisa contou com uma amostra de cinco (5) elementos, todos
funcionários da EDM nas áreas de planificação e desenvolvimento e administração e finanças.
TABELA 1: PARTICIPANTES
Neste estudo foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, já que a análise de conteúdo é uma
técnica de análise de dados rica, importante e adequada para pesquisa qualitativa. Tal como
referem Mozzat e Grzybovski (2011) a análise de conteúdo é uma técnica refinada, que exige
muita dedicação, paciência e tempo do pesquisador, o qual tem de se valer da intuição,
imaginação e criatividade, principalmente na definição de categorias de análise. Para tanto,
disciplina, perseverança e rigor são essenciais.
Bardin (2006, p. 38) refere que a análise de conteúdo consiste em: um conjunto de técnicas de
análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do
conteúdo das mensagens. A intenção da análise de conteúdo é a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção (ou eventualmente, de recepção), inferência, esta que recorre
a indicadores (quantitativos ou não).
Desta feita, foram compiladas três (3) categorias alinhadas aos objectivos específicos e treze (13)
subcategorias alinhadas às questões do guião de entrevista.
28
CAPÍTULO IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS
Neste capítulo fez-se o levantamento, a análise e a interpretação dos dados colhidos através da
entrevista feita aos colaboradores da EDM.
A EDM herdou um património constituído por equipamento das mais variadas origens, modelos e
tipos, em estado precário, e salvo raras excepções, sem aprovisionamento de peças sobressalentes
necessárias e adequadas. Ao mesmo tempo, a competência e capacidade profissional eram
limitadas e os poucos técnicos qualificados existentes começaram a abandonar a Empresa. Foi
criada em 27 de Agosto de 1977, há sensivelmente dois anos depois da independência de
Moçambique. O seu objectivo era o estabelecimento e a exploração do serviço público de
Produção, Transporte e Distribuição de energia eléctrica.
Ao longo dos 44 anos da sua criação, todo o seu comprometimento, concentração e recursos tem
sido empregue no prosseguimento deste desiderato nacional. Como resultado deste engajamento,
hoje, encontram-se interligadas à Rede Eléctrica Nacional, 151 das 154 Sedes Distritais
existentes no País, estando as restantes três em processo de conclusão. Dos 431 Postos
Administrativos, 258 (60%) estão electrificados e outros 14 têm projectos em curso para os
electrificar. Ficam, assim, 159 Postos Administrativos (37%) por electrificar; o que o faremos
proximamente.
Nesta categoria enquadram-se todos aspectos (perguntas e respostas) que visam descrever
processo de elaboração da demonstração de fluxos de caixa na EDM. E para sua efectivação foi
dividida em seis (6) subcategorias:
[…] “Departamento de Administração e Finanças – DAF” (R1; R2; R3; R4; R5).
Subcategoria A2: Quais instrumentos financeiros são actualmente utilizados na sua empresa?
[…] “Os principais instrumentos financeiros utilizados pela EDM são Controlo
de Estoque, Controlo de Contas a Receber e a Pagar, Fluxo de Caixa e Balanço
Patrimonial” (R1; R5).
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Subcategoria A3: A empresa possui uma contabilidade organizada que permite a elaboração das
Demonstrações de fluxo de caixa?
[…] “Já que temos um departamento que vela pela contabilidade, então posso
afirmar que a nossa contabilidade é organizada o suficiente” (R4)
Subcategoria A4: Com que periodicidade são elaboradas as demonstrações de fluxo de caixa?
[…] “Por ser uma empresa pública é obrigada por lei a divulgar a DFC todo
trimestre” (R2).
[…] “Ao final de cada ano as empresas divulgam a DFC anual, compreendendo o
período de 12 meses” (R5).
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Nesta categoria enquadram-se todos aspectos (perguntas e respostas) que visam descrever relação
existente entre a gestão de tesouraria e a demonstração de fluxos de caixa em empresas do sector
público. E para sua efectivação foi dividida em quatro (4) subcategorias:
Subcategoria B1: Sendo uma empresa publica que instrumentos usa na gestão de tesouraria?
[…] “Quanto a gestão de tesouraria recorre-se a actividades que rotina, que são:
Controle diário de todas saídas e entradas, controlo das vendas, controlo
bancário e controlo mensal das despesas e contas a pagar” (R5).
Subcategoria B2: A demonstração de fluxo de caixa tem ajudado a sua empresa na gestão de
tesouraria?
Subcategoria B2.1. Em caso afirmativo, de que forma? Ou de que forma a demonstração de fluxo
de caixa ajuda na gestão de tesouraria da sua entidade?
Subcategoria B3: Qual a principal contribuição que a demonstração de fluxo de caixa traz para a
sua empresa?
[…] “O fluxo de caixa traz detalhes do que foi gasto e recebido” (R2; R3).
Subcategoria B4.1ː Caso a sua resposta seja afirmativa, descreva essas fontes.
Nesta categoria enquadram-se todos aspectos (perguntas e respostas) que visam descrever
necessidade da gestão de tesouraria nas empresas públicas. E para sua efectivação foi dividida em
três (3) subcategorias:
Subcategoria C2: Quais as componentes de gestão de tesouraria que acredita que trazem
vantagens a sua empresa?
Subcategoria C3: Existe algum instrumento específico de gestão de tesouraria que acredita ser
próprio de instituições públicas?
33
34
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DE RESULTADOS
5. Introdução
Neste capítulo fez-se a conjugação dos dados colhidos a partir da entrevista feita aos
colaboradores da EDM, com os dados adquiridos a partir da observação não participante,
pesquisa documental e a revisão de literatura com vista a formular as considerações finais.
No entanto de acordo com Caiado e Gil (2014) as informações necessárias para preparar a DFC
advêm de três principais fontes: dos balanços comparativos, da demonstração de resultados e de
outros dados complementares.
Obter descontos dos fornecedores, tendo em vista que o custo de não os utilizar é alto;
Manter a classificação de crédito, por meio da liquidez corrente e sua liquidez seca
alinhadas com as de outras empresas de seu sector;
Aproveitar oportunidades de negócios favoráveis, como promoções especiais dos
fornecedores ou a chance de adquirir outra empresa;
Enfrentar emergências como greves, incêndios ou campanhas de marketing dos
concorrentes e também para suportar quedas sazonais ou cíclicas no nível de actividade.
Neste contexto, pode-se dizer que a tesouraria tem como principal instrumento de gestão o Fluxo
de Caixa, que é utilizado para controlo e planeamento das movimentações financeiras ocorridas
num determinado horizonte de tempo. Esse instrumento pode ser estruturado de modo diário,
semanal, mensal e anual, com valores acumulados ou não. Para Gitman (2010), o fluxo de caixa é
a preocupação básica do administrador financeiro na gestão das finanças do quotidiano, em
questões de planeamento financeiro e na tomada de decisões estratégicas voltadas para a criação
de valor para os proprietários.
36
Todavia, no que diz respeito a relação existente entre a gestão de tesouraria e a demonstração de
fluxos de caixa em empresas do sector público os dados da pesquisa mostram que a gestão de
tesouraria na EDM é acompanhada pelo planeamento do fluxo de caixa, gestão de recursos e
acompanhamento de contas e encargos. E questionados de que forma a demonstração de fluxo de
caixa ajuda na gestão de tesouraria da sua entidade, os entrevistados referiram que a
demonstração de fluxo de caixa ajuda na gestão de tesouraria da empresa na medida em que ela
permite monitorar as entradas e saídas, que inclui os pagamentos e a previsão das vendas.
Esses dados da pesquisa, estão de acordo com a visão de Nabais e Nabais (2004), segundo eles a
DFC dá informações sobre a formação e evolução das disponibilidades, sobre os efeitos das
decisões de gestão e qual o valor dos fluxos por ciclo operacional, de investimentos e de
financiamento.
Por sua vez Oliveira (2017) acrescenta que a previsão dos fluxos de caixa, proporciona aos
utilizadores a informação financeira necessária para determinar a capacidade da empresa em
gerar fluxos monetários e identificar/avaliar as suas necessidades e consequentemente, escolher
alternativas que auxiliem no processo de tomada de decisão na gestão financeira da entidade. A
análise dos fluxos de caixa permite que o gestor consiga perceber a necessidade de captar um
empréstimo ou então, aplicar o excedente de caixa em operações lucrativas e proporcionar um
fluxo monetário equilibrado.
Já para Gonçalves e Conti (2011) o fluxo de caixa permite também que se estimem os valores dos
influxos e exfluxos (saída de caixa) para períodos futuros, permitindo ao gestor fazer previsões
minimizando a margem de erro nas suas tomadas de decisão.
No entanto, seguindo a mesma linhagem de raciocínio, Baptista (2021) refere que com o fluxo de
caixa em mãos o empreendedor poderia responder:
É através do Fluxo de Caixa que o gestor consegue visualizar quais os gargalos financeiros da
empresa e quais devem ter maiores investimentos, além daqueles com gastos superiores ao
necessário. Desta forma, é possível optimizar os processos cortando custos indevidos em
determinadas áreas e direccionar recursos para outros sectores ou operações prioritárias e que
estão deficitárias (Baptista, 2021).
38
Entretanto, quando perguntados sobre quais as componentes de gestão de tesouraria que acredita
que trazem vantagens a sua empresa, apontaram o Demonstrações de Fluxo de Caixa, que
segundo Andrade (2002, p. 128):
39
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E SUGESTÕES
6. Introdução
Neste capítulo, faz-se o levantamento dos fundamentos observados durante a pesquisa trazendo
possíveis soluções e sugestões para os fenómenos constatados.
6.1. Conclusão
No que tange a necessidade da gestão de tesouraria nas empresas públicas constatou-se que a
empresa efectua um acompanhamento das actividades financeiras para garantir que os
pagamentos e recebimentos estejam dentro do prazo, documentar as saídas e entradas através do
fluxo de caixa, reconciliação bancária, ou seja, administrar a tesouraria é vital para a
sobrevivência da empresa.
Enfim, respondendo a pergunta de partida sobre qual é o a aplicabilidade das técnicas de gestão
de tesouraria no desempenho financeiro das empresas públicas e ao objectivo geral que era
Analisar a Gestão de Tesouraria em empresas do sector público através da aplicabilidade da
demonstração de fluxos de caixa na empresa Electricidade de Moçambique, pode-se concluir que
a gestão de tesouraria é um instrumento de imensa importância no controlo da saúde financeira da
EDM e que para sua efectivação é dependente da demonstração de fluxo de caixa.
40
REFERȆNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Caiado, A.C.,& Gil, P.M. (2014). “A Demonstração dos Fluxos de Caixa “ (2ªedição). Lisboa:
Áreas Editora, SA.
De Paula, G. B. (2019). Gestão de tesouraria: uma ponta importante de toda empresa (objectivo,
rotina e relevância). Recuperado de https://www.treasy.com.br/blog/gestao-de-tesouraria/
Filho, A. de S. (2002). Análise do Demonstrativo do Fluxo de Caixa. São Paulo, Brasil: Atlas.
GIL, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisas. São Paulo, Brasil: Atlas.
Gitman, L. J. (2010). Princípios de administração financeira. (10a ed.). São Paulo: Pearson
Addison Wesley.
Gitman, L. J. (2013). Princípios de Administração Financeira. (12a ed.). São Paulo, Brasil:
Harbra
Gonçalves, M., & Conti, I. (2011). “Fluxos de Caixa- ferramenta estratégica e base de apoio ao
processo decisório nas micro e pequenas empresas. Revista de Ciências Gerenciais”, Vol.
15, nº 21, pág. 173-190.
41
Mathias, L. (2016). Pesquisa qualitativa e quantitativa: qual é a melhor opção? Recuperado em
https://mindminers.com/blog/pesquisa-qualitativa-quantitativa/
Nabais, C., Nabais, F. (2004). “Prática Financeira- Análise Económica & Financeira”. LIDEL-
Edições Técnicas, Lda.
Neto, A. A. & Silva. C. A. T. (2002). Administração do capital de giro. (3a. ed.). São Paulo,
Brasil: Atlas;
Neto, A. A. & Silva. C. A. T. (2006). Administração do capital de giro. (4a. ed.). São Paulo,
Brasil: Atlas;
42
Silva, Eduardo Sá; Martins, Carlos Quelhas (2012). “Demonstração de Fluxos de Caixa”. Vida
Económica. Editorial, S.A.
Vergara, S. C. (2010). Projectos e relatórios de pesquisa em administração. (12a ed.) São Paulo,
Brasil: Atlas.
Yin, R. K. (2005). Estudo de Caso: planeamento e métodos. Porto Alegre, Brasil: Bookman.
43
Apêndices
44
APÊNDICE A:Guião de Entrevista para EDM E.P – Pemba
Desde já, agradeço a vossa colaboração para o possível sucesso da presente pesquisa.
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3. A empresa possui uma contabilidade organizada que permite a elaboração das
Demonstrações de fluxo de caixa?
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viii
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3. Qual a principal contribuição que a demonstração de fluxo de caixa traz para a sua
empresa?
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ix
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2. Quais as componentes de gestão de tesouraria que acredita que trazem vantagens a sua
empresa?
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3. Existe algum instrumento específico de gestão de tesouraria que acredita ser próprio de
instituições públicas?
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