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Índice
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................3
1.Evolução das ciências geográficas desde antiguidade (época Romana) até a época
contemporânea.....................................................................................................................................3
2.Na antiguidade..................................................................................................................................5
6.2.Teoria Evolucionista...................................................................................................................12
CONCLUSÃO...................................................................................................................................14
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA...............................................................................................15
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INTRODUÇÃO
As pertinências deste maravilhoso trabalho estão concretizadas no tema que aborda sobre:
Evolução das ciências geográficas desde antiguidade (época Romana) até a época
contemporânea. Todo o conhecimento científico evolui acompanhando o desenvolvimento
geral da sociedade, da tecnologia e do progresso económico-social. No que concerne à
Geografia destacam-se, no seu processo de evolução, dois períodos distintos. O primeiro
período começa na antiguidade helenística até ao século XIX, momento em que se inicia o
segundo período que se prolonga até aos nossos dias. No primeiro período não se pode falar
de uma verdadeira Geografia científica, mas sim, de um pensamento com incidências
geográficas, resultado das influências de conhecimentos acumuladas nas diferentes épocas
históricas. É neste contexto que o presente trabalho descreve dois objectivos:
Objetivo Geral:
Analisar a evolução das ciências geográficas desde antiguidade (época Romana) ate a época
contemporânea.
A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura e análise das informações de diversas obras que se debruçam sobre o tema
acima mencionado e também em consultas na internet. Os autores das referidas obras estão
devidamente citados dentro do trabalho e também na bibliografia final. Quanto a estrutura do
trabalho está organizado da seguinte forma: Introdução, Conceitos, Desenvolvimento,
Conclusão e Referencias Bibliografia.
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1. Evolução das ciências geográficas desde antiguidade (época Romana) até a época
contemporânea.
1.1. Fundamentos filosóficos e precursores na Grécia antiga
Os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes e isso resultou em muitos trabalhos
traduzidos do grego para o árabe. Esse povo acabou recuperando e aprofundando o estudo da
geografia e, já no século XII, Al-Idrisi apresentaria um sofisticado sistema de classificação
climática.
Em viagens à África e à Ásia, outro explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência
concreta de que, ao contrário do que afirmara Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram
perfeitamente habitáveis. Todo o conhecimento científico evolui acompanhando o
desenvolvimento geral da sociedade, da tecnologia e do progresso económico-social
(WILSON, 2017, p. 47).
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No primeiro período não se pode falar de uma verdadeira Geografia científica, mas sim, de
um pensamento com incidências geográficas, resultado das influências de conhecimentos
acumuladas nas diferentes épocas históricas.
O segundo período inicia-se com o grande salto qualitativo pela Geografia a partir do século
XIX com a institucionalização da Geografia em 1870, graças aos trabalhos de cientistas
alemães, particularmente o A. V. Humboldt, C. Ritter, os principais modeladores da
Geografia moderna.
Na perspectiva de Rodrigues, (2008, sp) diz que, a Grécia antiga pode ser classificada em
dois períodos:
O homem. A filosofia muda de espaço geográfico, com a criação das pólis (das colônias para
o centro cultural), acarretando a variação do objeto de pesquisa: da natureza para o homem. À
filosofia compete explicar a realidade, dividida no domínio da natureza, do pensamento e da
criação humana. A partir dessa divisão foram surgindo as diversas ciências, repartindo o saber
total da filosofia.
Sobre a filosofia e as ciências, Durant (1956) indaga por que as ciências, filhas da filosolfia,
depois de repartirem entre si a herança filosófica, lhe voltam as costas, como as filhas do rei
Lear, depois de dividido o seu reino? Nesse momento histórico na Grécia, havia um esforço
intelectual voltado para a compreensão do mundo, do universo e da realidade, ou como era
conhecido à época, o cosmos.
Para os gregos, o cosmos era uma totalidade organizada racionalmente, que só poderia ser
descrito pela razão, levando a visualização de uma ordem, uma unidade e uma harmonia, onde
coexistem uma multiplicidade caótica das coisas e acontecimentos
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2. Na antiguidade
A Geografia nasceu na Grécia antiga, tal como a História, a Matemática e outras ciências. De
facto, foram os gregos que criaram a palavra Geografia, os primeiros a reunir e sistematizar
informações geográficas que colhiam nas viagens de navegadores e aventureiros,
particularmente na bacia de Mediterrâneo, nas terras do norte de África, no sul da Europa,
ocidente do mar Vermelho e oceano índico.
Na visão de Ferreira, ( 1990, p.132):
Portanto, a Antiguidade marca o início dos estudos da Geografia. Os gregos reuniram maior
número de informações sobre vários aspectos da superfície terrestre, misturados com outros
assuntos.
3. No período grego
4. No período romano
Neste contexto, foram elaborados itinerários (cartas simples, sem escala, representando as
terras e principais caminhos concêntricos cidade de Roma). Tratava-se, pois de mapas
concebidos para responder as exigências militares e comerciais do império. Orientando-se
pelos objectivos descritos, os romanos desprezaram os métodos matemáticos e cartográficos
dos gregos que têm na tábua Peutinger um dos exemplos mais notáveis e cuja cópia se
mantém até hoje no museu.
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• Preocupou-se com a localização absoluta dos lugares.
• Dividiu a Terra em meridianos e paralelos e às áreas
rectangulares deu o nome de Eufrágides.
• Grande astrónomo da antiguidade.
• Aperfeiçoou o sistema de coordenadas de Eratóstenes.
• Definiu climas, reduzindo-os a espaços entre paralelos: com
Hiparco 11 paralelos e 11 meridianos.
(190 – 125 a.C.) • Projectou a esfera terrestre no Plano.
• Dividiu a circunferência em 360 oC e 1º elemento da
Geometria.
• Determinou a distância Terra/Sol/Lua.
• Preocupou-se com a medição da Terra e estudou as marés.
Posidónio • Estudou os fenómenos do mar e a influência da Lua sobre o
(Séc. II a.C.) Mar.
• Desenvolveu teorias sobre os sismos e vulcanismo.
• Considerado o pai da Geografia e também historiador.
• Elaborou e publicou 1 7 volumes de Geografia Descritiva e
Estrabão Regional.
(64 – 21 d.C.) • Viajante, com descrições dos lugares visitados, incluindo
informações de geógrafos anteriores.
• Deu carácter selectivo e regional as suas descrições.
• Foi o último geógrafo da antiguidade sob o domínio romano,
autor da obra de composição matemática, «O almagesto»,
sobre a concepção geocêntrica da Terra.
Ptolomeu • Condensou grande parte do material científico conhecido até
(90 – 168 d.C.) ao seu tempo.
• Elaborou o primeiro mapa-mundo, acompanhado por 26
mapas detalhados (veja Fig. 26).
• Dividiu a Terra em zonas não dando destaque aos aspectos
físicos e humanos.
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Segundo Queiroz, (1998, p.84), Muitos pensadores consideram a idade medieval uma fase
de retrocesso face ao desenvolvimento científico iniciado no período grego”.
Por outro lado, as invasões criaram no império um clima de caos e de vazio de poder que
criou condições para a implantação do Cristianismo no ocidente e a afirmação do pensamento
cristão como forma de pensamento dominante.
A idade medieval é, portanto, dominada pelo Teocentrismo, isto é, a visão do mundo luz de
Deus. A religião sobrepõe-se à ciência. A bíblia passou a dar resposta as interrogações do
Homem relacionadas com os fenómenos da Natureza.
No que concerne à Geografia, a época medieval foi marcada por um certo retrocesso, pois a
cartografia perdeu o carácter científico alcançado na idade grega, enquanto o mapa-mundo
passou a ser uma espécie de disco circular, com o nome de mapa T em O onde Jerusalém; o
principal Pólo da cristandade, ocupava o centro e o T separava os três (3) continentes até então
conhecidos: Ásia, África e Europa (Queiroz, 1998, p.87).
Mas a Idade Média registou igualmente alguns progressos como o aumento do horizonte
geográfico graças à expansão árabe a partir do século VIII e a divulgação das obras
geográficas helenísticas-Romanas no vasto império árabe, do Afeganistão ao Atlântico. Por
outro lado, melhorou o conhecimento geográfico e cartográfico movido pelos interesses
económicos, políticos e religiosos dos árabes.
O conhecimento geográfico na Idade Média também se ampliou como resultado da acção dos
normandos, povos vindos do norte da Europa. Grandes aventureiros do mar, os normandos
enfrentaram as difíceis condições do Mar do Norte até alcançar o Atlântico Norte, a Islândia e
a Groenlândia. Estas viagens ampliaram o espaço geográfico conhecido, apesar do pouco
aproveitamento comercial e científico.
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Estes povos dirigiram-se, igualmente, à Ásia, movidos por interesses comerciais e religiosos.
Neste âmbito foram destacados embaixadores para a Mongólia com o objectivo de estabelecer
relações com o grande Khan, chefe Mongol. A primeira viagem ocorreu em 1245, organizada
pelo Papa Inocêncio IV e chefiada por Piar de Carpine em 1252; o rei de Franca organizou a
2.a missão comandada por Guilherme Rubruck (Queiroz, 1998, p.88).
Outra contribuição importante dada pela Geografia na época medieval foram os relatos
descritivos das viagens de Marco Polo (1271-1291), incidindo sobre a cultura, o comércio, os
produtos do solo, desenvolvimento industrial e as rotas a seguir. Esta obra, conhecida como o
livro das maravilhas, contribuiu para o alargamento do conhecimento do mundo dado que
estas viagens permitiram aos europeus conhecer novos espaços culturais e povos.
Foi neste âmbito, que surge a Geografia Moderna com caráter científico e acadêmico sendo
produzida e pensada nas universidades. No séc.XIX, é tempo de inventariar o interior dos
continentes, de organizar expedições de conhecimento, de fazer mapas, de explorar novos
recursos em novas áreas. A Geografia é reconhecida oficialmente e é ensinada nas Escolas
(Moraes, 1989).
A Teoria do Positivismo Geográfico;
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A Teoria do Determinismo Geográfico;
A Teoria Evolucionista.
6.1. Teoria do Possibilismo Geográfico
A partir da evolução das espécies, de suas mudanças e variaçõescom Lamarck (1744-1828) e
Darwin (1809-1882). Lamarck, acreditava que asespécies evoluíam pelas alterações ocorridas
no corpo, por causa do uso e do desuso dos órgãos como resposta a uma adaptação ao meio
ambiente. Essas mudanças seriam transmitidas hereditariamente (Moraes, 1989).
Esta teoria desenvolveu-se na Alemanha com Ratzel (1844-1904), que sustentava que as
condições ambientais, em especial o clima são capazes de influenciar o desenvolvimento
intelectual e cultural das pessoas. Afirmava que nas áreas de clima temperado a população
teria um maior desenvolvimento do que nas áreas tropicais quentes e húmidas. Esta teoria,
também, tentava explicar os deslocamentos e as conquistas dos povos.
Osgrupos humanos ao crescer, tendem a alargar os seus territórios, ocupando territórios
vizinhos. Reforçou a ideia de supremacia racial e influenciou a expansão nazista alemã. Mais
tarde Ratzel passou a considerar as influências das condições culturais e da história na
determinação das sociedades e de suas atividades (Moraes, 1989).
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Na perspectiva de Rodrigues citando Vidal de La Blache (1845-1918), que afirmava que as
pessoas poderiam atuar no meio, modificando-o e determinando o seu desenvolvimento (o
meio natural oferece inúmeras possibilidades e a sua utilização depende do uso e dos
costumes diferenciados e do desenvolvimento histórico de cada sociedade Rodrigues, (2008,
sp).
As viagens, movidas por diversos interesses, tiveram uma importância inestimável para a
Geografia ao ampliar o espaço geográfico conhecido, os continentes africano, asiático,
americano e australiano e levar a que a Antártida passasse a fazer parte dos espaços
conhecidos (Andrade, 2006).
Entre as principais criações cartográficas desta época destacam-se as Cartas - Portulanos, que
diferentemente dos mapas antigos, apresentam detalhes dos contornos do litoral, (importantes
para os navegadores), vários acidentes geográficos, direcção dos ventos, etc. Foram,
igualmente, produzidos Atlas e reproduzidas muitas obras com ajuda da invenção da imprensa
por Gutemberg em 1440 (Andrade, 2006).
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CONCLUSÃO
Chegados aqui, o presente trabalho que tinha como tema: Evolução das ciências geográficas
desde antiguidade (época Romana) até a época contemporânea. Esta importante mudança no
pensamento geográfico esteve ligada à influência dos árabes, bem como às expedições
europeias para a Asia, África e América que permitiram Europa o acesso a novas informações
e criaram rupturas no pensamento fechado.Vasco da Gama, Cristóvão Colombo e Fernão de
Magalhães contam-se entre os principais responsáveis dos progressos da Geografia na época
moderna.
No entanto, foi neste âmbito, as ciências geográficas que tiveram a oportunidade de surger, a
Geografia Moderna com caráter científico e acadêmico sendo
produzida e pensada nas universidades.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
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