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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema
Os princípios de Boa Governação e da Governação

Cachu Daniel Roberto Augusto Xavier

Cod.

Curso: Administração Pública


Disciplina: Ciência Politica de Boa
Governação
Ano de Frequência: 4oAno

Milange, Outubro de 2020


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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria : A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................3

1.1. Objectivos..................................................................................................................................3

1.1.1. Geral.......................................................................................................................................3

1.1.2. Específicos..............................................................................................................................3

1.1.3. Metodologia............................................................................................................................3

2. Conceitos Básicos.........................................................................................................................4

2.1. Governação................................................................................................................................4

2.2. Boa governação.........................................................................................................................4

3. Abordagem dos Princípios de Boa Governação...........................................................................5

3.1. Transparência............................................................................................................................5

3.2. Participação...............................................................................................................................5

3.3. Responsabilidade.......................................................................................................................6

3.4. Eficácia......................................................................................................................................6

3.5. Coerência...................................................................................................................................6

4. Os princípios de Boa Governação e da Governação na província de cabo delgado....................6

5. Conclusão.....................................................................................................................................8

6. Referências Bibliográficas............................................................................................................9

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1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre os princípios de Boa Governação, mais dentro do mesmo far-
se-á uma discrição da Governação na província visada e no país em geral no que concerne a
situação do cabo delgado. Neste sentido a Governação é geralmente entendida como um sistema
de valores, políticas e instituições, através dos quais uma sociedade gere os seus negócios
públicos, económicos e sociais, por via da interacção entre o Estado, a Sociedade Civil e o
mercado/sector privado.

Dito de outra forma, a Governação é o processo de tomada de decisões e o meio através do qual
as decisões são ou não implementadas. Nestes termos, as instituições públicas conduzem os
assuntos públicos, gerem os recursos públicos e garantem a realização dos direitos humanos. Por
sua vez, a Boa Governação materializa esse de uma forma que é essencialmente livre de abuso de
poder e de corrupção, obedecendo devidamente às normas de direito estabelecidas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender os princípios de Boa Governação
1.1.2. Específicos
 Definir a Governação e a Boa governação
 Descrever a Abordagem dos Princípios de Boa Governação
 Descrever os princípios de Boa Governação e da Governação na província de cabo
delgado.

1.1.3. Metodologia
Para a materialização do presente trabalho, tomou-se como base o método de observação
indirecta. Onde o mesmo consistiu em leitar das literaturas que dizem respeito ao estudo em
causa. Em primeiro, fez consultas do material que aborda sobre o assunto e em seguida fez-se a
selecção daquelas obras que abordam com precisão o assunto em causa, a pôs a esta fase seguiu a
fase de discussão e confronto das ideias das obras seleccionada e por fim a compilação do
material em trabalho final. Como prova, o material bibliográfico consultado encontra-se alistado
na última página do mesmo trabalho.

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2. Conceitos Básicos
2.1. Governação
Segundo BASTOS (1999), O étimo é o grego Kybernan, significa nesse sentido e ainda no mais
corrente “ dirigir um navio” palavra que no latim veio a ser “gubernare”. A nova acepção vem do
inglês “gouvernance”, que designa o timonio ou piloto do navio, equivalente ao francês
“gouvernail” tem a mesma etimologia.

Para BOBBIO (1992) diz que para a compreensão do mesmo considera-se governação como
sendo um dos mecanismos através do qual é feita a gestão dos recursos públicos cujo objectivo
último é influenciar o desenvolvimento e crescimento económico. O conceito de governação,
tratando-se de um conceito social e humano, não tem ainda como vários outros conceitos sociais,
uma definição geral e aceite por todos os investigadores ou peritos na área.

Para a União Europeia (2000), a Governação reproduz um ambiente num contexto político e
institucional que preserva os direitos humanos e se rege pelos princípios democráticos e a
observância das leis (rule of law).

Convém dizer que não há entre os autores e instituições internacionais que se têm debruçado
sobre essa questão, um conceito único e homogéneo de "Governação" e de "Boa Governação".
Neste sentidos os autores não fogem do foco central no que tange aos direitos humanos, porque
toda a lei tem como propósito o bem-estar para a população.

2.2. Boa governação


Segundo CAETANO (1992) diz que o conceito de boa governação sugere a transparência e a
participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão. Significa que o poder é exercido
respeitando condutas por parte dos governante, sempre na perspectiva de melhor servir os
cidadãos. Os princípios da boa governação assentam em fundamentos como a transparência,
participação, responsabilidade, eficácia e coerência.

Nesta visão FERNANDES (1995), a boa governação refere-se às normas, processos e condutas
através dos quais se articulam interesses, se gerem recursos e se exerce o poder na sociedade, ou
seja, a capacidade do Estado de servir os cidadãos. Os grandes desafios da boa governação é a
crescente insatisfação com a falta de soluções dos problemas mais complexos da sociedade

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moderna, e a maior exigência de participação e, por outro lado, estes mesmos cidadãos tem
menos confiança nas instituições e nas políticas.

Portanto, enquanto a governação é a maneira pela qual os Governos gerem os recursos, a boa
governação sugere-nos aos princípios e condutas levadas a cabo por estas mesmas entidades. O
primeiro elemento a surgir é o Governo, entanto que entidades com autoridade formal, depois
têm a governação, como o mecanismo através do qual as decisões são tomadas. Finalmente,
temos a boa governação, carregando consigo as boas práticas na condução do País.

Par melhor perceber a respeito do assunto, primeiramente necessitamos trazer aqui as abordagens
chave para melhor perceber os conteúdos abaixo mencionado, Desta feita são considerada os
seguintes aspectos: Transparência, Participação, Responsabilidade, Eficácia e, Coerência.

3. Abordagem dos Princípios de Boa Governação


Segundo GONÇALVES (1999) existem vários princípios de boa governação, mas os mais
destacados são os seguintes;

3.1. Transparência
Os processos, as instituições e as bases informativas são abertos directamente a quem dizem
respeito, ou informações suficientes são fornecidas para que os interessados possam monitorar
esses processos e as instituições.

3.2. Participação
Todos os membros da sociedade têm voz no processo de tomada de decisão, quer directamente,
quer através dos seus legítimos representantes. A transparência implica que as decisões sejam
tomadas de acordo com as regras e normas vigentes e que a informação associada esteja
disponível a todos aqueles afectados pela mesma.

Em termos práticos a transparência pode ser medida pela publicação de relatórios que forneçam
dados qualitativos e quantitativos relativos às actividades realizadas e à utilização dos fundos.
Uma organização transparente diminui a probabilidade de desvios ao alcance dos objectivos
planeados e cria um bom clima de confiança reforçando as relações internas e externas, com os
doadores e os atores sociais junto dos quais trabalham.

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3.3. Responsabilidade
Aqueles que forem escolhidos para tomarem decisões, a nível do Estado e da Administração
Pública, do sector privado e das organizações da sociedade civil, devem prestar contas.

3.4. Eficácia
(produção de resultados que vão encontro das necessidades da sociedade com o melhor uso
possível dos recursos disponíveis, não descurando a protecção ambiental);

3.5. Coerência
A boa Governação exige uma visão antecipada, o conhecimento, a compreensão, o julgamento e
muita confiança. Aqueles que praticam de uma forma clara a governação não precisam de
recorrer à afirmação do seu poder ou aos controlos rigorosos. Estes princípios de boa governação
são essenciais para que os Estados e economias de cada país proporcionem um ambiente
institucional favorável a um processo de desenvolvimento nacional com a participação dos
cidadãos e para os cidadãos e de uma forma sustentável nas vertentes da economia, financeira,
social e ambiental.

4. Os princípios de Boa Governação e da Governação na província de cabo delgado.


Quando a notícia do ataque armado de Mocímboa da Praia começou a correr o mundo, no início
de Outubro de 2017, em muitos canais televisivos, jornais e debates nas redes sociais havia uma
série de perguntas sobre as razões dos ataques e, sobretudo, a identidade e origens do grupo que
os protagonizou.

Com efeito, na maior parte dos casos, as perguntas comuns eram: “De onde vem esse grupo de
Mocímboa da Praia? Trata-se mesmo de um grupo fundamentalista islâmico? Existe
fundamentalismo islâmico em Moçambique? Não se trata de elementos da Renamo disfarçados
de fundamentalistas islâmicos? ”

De acordo com as entrevistas e discussões em grupos focais efectuadas durante a pesquisa, o


grupo que atacou instituições do Estado na vila de Mocímboa da Praia, a 5 de Outubro de 2017,
surge na zona norte de Cabo Delgado, primeiro, como um grupo religioso e, em finais de 2015,
passou a incorporar células militares.

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O grupo é denominado Al-Shabaab não só pelas comunidades locais mas também pelos seus
próprios membros. As suas acções correspondem ao fundamentalismo religioso de combate à
influência ocidental e de implantação radical da lei islâmica – a sharia e o combate aos inimigos
do Islão.

Segundo as lideranças religiosas islâmicas locais, inicialmente, o grupo era conhecido pela
designação Ahlu Sunnah Wal-Jamâa, o que significa, traduzido do árabe, “adeptos da tradição
profética e da congregação”. Na realidade, no Islão, esta designação refere-se a qualquer
muçulmano, no sentido de que é chamado a seguir a tradição do profeta Muhammad. Neste
sentido os tais ditos de insurgente da mocinboa da praia não são muçulmanos mais sim estão a
usar a capa da religião para fins pessegais a religião islâmica em si é contra esses actos macabros.

Nesta linha de ideia os princípios de Boa Governação, A questão da transparência e boa-


governação que tem sido mediatizada nos últimos tempos foram também analisados no segundo
dia dos trabalhos da “Conferencia sobre os desafios da Democracia”. Dado importante a reter é
que os cidadãos devem assumir um compromisso com a nação que é ao mesmo tempo encarado
como o garante do seu contributo à transparência em Moçambique.

Logo o conceito de “Boa Governação” determina se um país consegue gerir os assuntos públicos
de forma justa e eficaz. O uso deste termo leva automaticamente a um juízo de valor, baseado na
percepção ocidental de justiça. Assim, um país com Boa Governação deve garantir ao povo:
estabilidade política e ausência de violência; liberdade de expressão e comunicação; capacidade
reguladora do Governo; cumprimento da lei e controlo da corrupção.

Assim, o Estado, através do Governo faz da Boa governação/ “Governance” um poder especial
de conformação de rumos, objectivos e meios, com atenção aos pormenores, persuasão junto dos
parceiros sociais e procura de consensos que lhe alcancem a anuência franca dos destinatários das
Políticas Públicas no momento em que se passar à concretização dessas políticas (AMARAL,
2014, p. 309).

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5. Conclusão
Concluindo, percebeu-se claramente que o Governo garante a execução das Leis, assegura o
funcionamento da Administração Pública e promove a satisfação de necessidades colectivas. O
Governo exerce as suas competências de forma colegial, através do Conselho de Ministros e de
forma individual, através de cada um dos membros do Governo.

A preocupação pela governação deixou de ser somente para questões económicas, passando a
envolver dimensões sociais e políticas da gestão pública. A capacidade governativa não seria
avaliada apenas aos resultados da política governativa, mas também pela forma em que os
governos exercem o poder.

Neste contexto a boa governação refere-se às normas, processos e condutas através dos quais se
articulam interesses, se gerem recursos e se exerce o poder na sociedade, ou seja, a capacidade do
Estado de servir os cidadãos.

Os grandes desafios da boa governação é a crescente insatisfação com a falta de soluções dos
problemas mais complexos da sociedade moderna, e a maior exigência de participação e, por
outro lado, estes mesmos cidadãos tem menos confiança nas instituições e nas políticas.

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6. Referências Bibliográficas
BASTOS, Fernando Loureiro. (1999), Ciência Política – Guia de Estudo, Associação Académica
da Faculdade de Direito de Lisboa.

BOBBIO, Norberto, Nicola Matteucci e Giafranco Pasquino. (1992). Dicionário de Política,


Editora Universidade de Brasília, Vol. 2.

CAETANO Marcelo. (1992). Manual de Direito Administrativo, Tomo I, Editora Coimbra.

FERNANDES, António José. (1995). Introdução à Ciência Política, Métodos e Temática Porto
Editora.

GONÇALVES, Alcindo. (1999). O Conceito de Governação, texto de apoio do Programa de


Mestrado em Direito da Universidade Católica de Santos.

MONTEIRO, José Óscar. (1997). Apontamentos de Governação, Faculdade de Direito UEM,


Maputo.

MOREIRA, Adriano. (1984). Ciência Política, Livraria Almedina, Coimbra.

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