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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO

YARA PATRÍCIA DA CONCEIÇÃO JUSTO

IMPACTO DE COMÉRCIO INFORMAL NO DESENVOLVIMENTO


LOCAL: CASO DA VILA DO DISTRITO DE GURUÉ

Quelimane
2023
YARA PATRÍCIA DA CONCEIÇÃO JUSTO

IMPACTO DE COMÉRCIO INFORMAL NO DESENVOLVIMENTO


LOCAL: CASO DA VILA DO DISTRITO DE GURUÉ

Projecto científico a ser entregue no Departamento de


Ciências e Tecnologia como requisito parcial para escrita
de Monografia científica para obtenção do grau académico
de Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Comunitário com habilitação em Ecoturismo

Orientador: Prof. Doutor Rui Francisco Sicola

Quelimane
2023
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1. INTRODUÇÃO
O sector informal tem vindo a crescer na África Subsaariana, empregando uma percentagem
elevada da população economicamente activa. Evidências sugerem que o sector informal é maior na
África Subsaariana do que em outras partes do mundo e em países em desenvolvimento, pois ocupa
60- 80% do total do emprego não-agrícola (Charmes, 2000).

Em Moçambique o sector informal teve maior crescimento nos anos 90 devido a maior
aglomeração dos cidadãos nas cidades, vindos das zonas urbanas devido a guerra dos 16 anos que
assolou este país, até que culminou com a assinatura da paz em 1992. Nesta vertente, Chivangue
(2012) afirma que esta situação fez com que o Estado se tornasse incapaz de empregar o elevado
número desses moçambicanos deslocados, agudizando se a crise económica por falta de rendimento
das camadas crescentes.

Entretanto, este trabalho tem como tema “Impacto de Comércio Informal no


Desenvolvimento Local da Vila do distrito de Gurué ˮ objectiva analisar o impacto que este
comércio informal possui no distrito de Gurué com intuito de identificar as causas do surgimento do
sector informal na vila sede do distrito de Gurué sendo que a partir desta eventualidade propor
estratégias para a melhoria do sector informal na vila do distrito de Gurué.

A escolha do tema surgiu do interesse que o comércio informal no distrito de Gurué vem
ganhado maior visibilidade visto que consegue garantir a sobrevivência das famílias, criação de
auto-emprego e redução da pobreza. Dai que surgiu a necessidade de compreender este fenómeno,
para compreender as suas motivações, as redes e relações sociais que levam essas pessoas a
praticarem o negócio informal, pois contribuirá para pesquisas posteriores sobre como as actividades
do sector informal decorrem, servindo de suporte para futuros estudos na área afins.

Este trabalho está estruturado da seguinte maneira: além das notas introdutórias, o trabalho
encontra-se estruturado em três capítulos: no primeiro capítulo encontramos o enquadramento
teórico ou conceptual onde foram apresentados conceitos básicos em relação a temática, no segundo
capítulo foi composto por procedimentos metodológico que foram usadas para a realização da
pesquisa, e no terceiro esta patente a apresentação, analise e discussão dos dados, conclusões e
sugestões, referências bibliográficas e elementos pós-textuais.
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1.2. Problematização
Em Moçambique, nos últimos anos assiste-se a um aumento de vendedores informais. Uns têm
ocupado no dia-a-dia os passeios das cidades, circulando pelas cidades carregados de diversa
mercadoria para a venda. Estes factos preocupam as autoridades municipais e os munícipes, pois,
impedem a normal circulação dos peões, aumentam a quantidade de lixo na cidade, criam condições
para o surgimento da criminalidade na via pública e estragam a beleza das cidades do país.

Diante desse contexto, a população buscam através do comércio informal um meio de garantir
sua subsistência, assim como formas de melhorias na sua renda, ou que almejam serem donos de seu
próprio negócio, ou mesmo alguma actividade para desempenhar. A falta de emprego a maioria da
população da vila do distrito de Gurué em especial e no país em geral recorre ao comércio informal
como fonte de arrecadamento de sustento nas famílias Moçambicanas em geral e em Gurué em
especial, tem sido alavanca de desenvolvimento da vila.

Portanto, o sector informal abriga uma grande parcela dos empregos, tanto em países menos
desenvolvidos como em países industrializados, representando 30% - 70% da mão-de-obra no
distrito de Gurué, porém existe uma grande falta de interesses dos órgãos públicos em investirem
nesse sector de actuação. A partir do momento em que um indivíduo perde seu emprego, fica
totalmente à mercê da sociedade capitalista, muitas vezes tratado como “exército de reserva”
(Pimenta; Saraiva; Correia, 2006). Dai que surge a seguinte questão de pesquisa:

 Qual é o impacto do comércio informal no desenvolvimento da vila do distrito de Gurué?

1.3. Hipótese
Hipótese de um trabalho científico é a suposição que fazemos, na tentativa de explicar o que
desconhecemos e o que pretendemos demonstrar, testando variáveis que poderão legitimar ou não o
que queremos explicar ou descobrir. Neste contexto o trabalho apresenta a seguinte hipótese:

H1: O Comércio informal constitui uma alternativa viável para a redução da pobreza vila do
distrito de Gurué;
H2: O comércio informal além de reduzir a pobreza aumenta a sonegação fiscal na vila do
distrito de Gurué;
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1.3. Justificativa
A presente pesquisa se fez necessária, uma vez que o comércio informal, assim como as
actividades nele desenvolvidas, não deixa de ser um trabalho digno como outro qualquer presente na
formalidade. Nos últimos tempos tem sido frequente observar se campanhas e planos de acção
relacionados com a problemática de falta de emprego em Moçambique no geral na vila do distrito de
Gurué em especial.

Sendo assim, é importante mostrar que o comércio informal contribui com o sustento da
maioria das famílias que trabalham nesse ramo e também colabora com o desenvolvimento da
sociedade, quando considerado que, a partir do momento que um indivíduo passa a trabalhar, mesmo
que na informalidade, ele deixa de fazer parte dos números de pessoas desempregadas ou
desocupadas.

O presente estudo servirá de base para futuros estudos nas áreas afim bem como fornecerá um
entendimento académico, que servirá de referência e contributo nas universidades que administraram
cursos relacionados com a temática, onde se fala do desenvolvimento da economia moçambicana.
Esta pesquisa também poderá contribuir para os que exercem a actividade informal na compreensão
da contribuição a ter na redução da pobreza, e delinear formas na capacitação dos mesmos.

1.4. Objectivos
Segundo Bello (2005), a definição dos objectivos, é o que o pesquisador quer atingir com a
realização do trabalho de pesquisas. Portanto, o objectivo é sinónimo de meta, fim. Para este
trabalho apresenta os objectivos geral e específicos abaixo.

1.4.1. Geral
 Analisar o impacto de comércio informal no desenvolvimento local do distrito de Gurué

1.4.2. Específicos
 Identificar as causas do surgimento do sector informal na vila sede do distrito de
Gurué;
 Demonstrar as principais realizações resultantes do comércio informal;
 Avaliar a relação entre o comércio informal e o desenvolvimento do distrito de Gurué;
 Propor estratégias para a melhoria do sector informal na vila do distrito de Gurué.
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CAPITULO I: FUNDAMENTACAO TEORICA


Nesta parte do trabalho, apresenta-se a revisão da literatura trazendo alguns estudos que
permitem contextualizar o presente trabalho no contexto do debate científico que vem sendo
realizado em torno da contribuição do comércio informal no desenvolvimento local.

1.1. Conceitos Básicos


1.1.1. Comércio informal ou sector informal
Não existe uma definição única e nem de consenso, para a designação do sector informal e o
problema não tem a ver só com o significado da expressão sector informal, mas também com a
escolha da expressão que melhor traduz este fenómeno.

O termo “sector informal” foi usado pela primeira vez em Gana por Keith Hart na Conference
on Urban Unemployment Studies (IDS-University of Sussex) em Setembro de 1971. Este texto
apenas foi publicado em 1973. Mas, foi no Quénia que o termo sector informal se popularizou
através da Missão da OIT ao Quénia em 1972 (Barbosa, 2009; King, 1996).

Para Noronha (2003) a utilização dos conceitos “formal” e “informal” não é clara, assim como
não há coesão sobre o papel da legislação nos contratos de trabalho. Este autor sugere o uso do
conceito “informalidade”, cujo significado depende sobretudo da compreensão do conceito
“formalidade” predominante em cada país, região, sector ou categoria profissional.

O sector informal define-se como “um variado leque de actividades orientadas para o mercado
e realizadas com uma lógica de sobrevivência pelas populações que habitam os centros urbanos dos
países em desenvolvimento” (Lopes, 1999, p.3).

Na mesma lógica da definição anterior, Queiroz (2009) considera sector informal a actividade
orientada para o mercado com o principal objectivo de criar emprego e rendimento para as pessoas
nela envolvida e para os seus agregados familiares, com uma lógica de sobrevivência. O não registo
da sua actividade é uma característica do sector informal e não um critério para defini-lo.

Bowen (2000) apresenta uma definição diferente da de Lopes (1999) e Queiroz (2009), pois
utiliza o conceito do sector informal para referir os indivíduos que participam numa actividade
comercial, sem possuir licença legal para o seu exercício, e cuja actividade não é directamente
taxada, e portanto não é reportada oficialmente e no geral, não está abrangida pelo pagamento de
taxas específicas às autoridades municipais.
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Para a Organização Internacional do Trabalho - OIT (2006, p.24) o sector informal pode ser
definido como “um conjunto de unidades empenhadas na produção de bens ou serviços, tendo como
principal objectivo a criação de empregos e de rendimentos para as pessoas nelas envolvidas”. Estas
actividades funcionam normalmente com um fraco nível de organização, com pouca ou nenhuma
divisão entre trabalho e capital, enquanto factores de produção, e operam em escala reduzida. As
relações de trabalho quando existem baseiam-se, na maior parte das vezes, no emprego ocasional, no
parentesco, e nas relações pessoais e sociais, mais do que em acordos contratuais formais.

A OIT (2006) considera ainda que qualquer negócio/empresa não matriculado junto do
governo nacional/local pertence ao sector informal; não se incluem as actividades ilícitas
(contrabando, roubo, tráfico de droga, etc.) e compreende essencialmente, as chamadas actividades
de sobrevivência, abrangendo as pequenas empresas, as microempresas, os trabalhadores
independentes e o auto-emprego.

Face aos argumentos acima apresentados, pode afirmar-se que o aspecto informal deste sector
reside no facto de possuir características próprias no exercício das suas actividades que fazem com
que seja diferente do sector dito formal (como por exemplo a falta de infra-estruturas físicas para o
exercício da actividade, empresas com organização individual ou familiar, livre e flexível). Este
sector não deve ser marginalizado e nem colocado fora do sistema económico do país, visto que é
um sector muito importante para o desenvolvimento do país e o combate a pobreza.

1.2. O surgimento do sector informal


De acordo com Coutinho (2014), antigamente, nas primeiras civilizações e comunidades, a
maioria das pessoas vivia e sobrevivia da agricultura, pesca e da pecuária, e cultivava ou gerava
apenas um produto específico. Sendo assim, o comércio era considerado local, pois era realizado
apenas entre as pessoas de uma mesma civilização.

Pese embora Nogueira (2015) complementa que o desenvolvimento da agricultura permitiu a


criação de ferramentas e novas técnicas que aumentaram a produtividade do cultivo de espécies
vegetais, aumentando, assim, a disponibilidade, permitindo a criação de estoques maiores de
produtos. Mas os produtos, por serem perecíveis, estragavam e, além disso, a casa precisava de
outros itens diferentes dos que eram produzidos por eles
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Diante disso, revela-se uma necessidade da troca, e logo surge o sistema de trocas, o qual se
tornou essencial para que todas as pessoas conseguissem atender às suas necessidades básicas e
terem disponíveis os produtos que desejavam. O desenvolvimento do sistema de trocas foi
fundamental para que as pessoas tivessem a oportunidade de obterem outro tipo de produto que elas
não cultivavam (Coutinho, 2014).

Esse sistema permitiu “que as pessoas não sofressem com o desperdício das suas mercadorias
e ainda obtivessem outras, cultivadas ou criadas por famílias diferentes”. Durante a troca, não existia
uma quantidade pré-determinada de produtos, e a barganha era essencial, pois como as trocas eram
directas e sem preços específicos, barganhar era a forma de se conseguir um bom negócio (Nogueira,
2015).

Segundo Chivava (1998), em Moçambique o impulso ao desenvolvimento de actividades


informais da-se em 1978 com a implementação do programa de reabilitação económica (PRE). As
actividades do sector informal são consequência directa de altos níveis de impostos e de restrições
sobre os negócios dos agentes económicos a busca por meio para o sustento próprio com vista acabar
a fome.

1.3. Impacto do sector informal


Em momentos de crise económica, política, social e principalmente de subdesenvolvimento
económico, a existência e desenvolvimento de redes informais de comercio, solidariedade são
frequentes, constituindo respostas as necessidades das populações, pelo que não devem ser
reprimidas pois, desempenham um papel estabilizador da sociedade, (Ernst & Young, 2004, p170).

Segundo Mosca (2010,p.85) o Sector Informal contribui para a redução da pobreza, geração de
auto-emprego, criação de rendimentos e acalma eventuais manifestações e revoltas. O comércio
informal apresenta um papel importante na medida em que oferece algum trabalho para as camadas
mais desfavorecidas que não pode ser disponibilizado pelo mercado formal.

Por outro lado, executa também um papel preponderante na provisão de bens e serviço. É um
forte gerador de construção e expansão de mercados, expansão do comércio, gestão de recursos
naturais, combate ao desemprego e criação de postes de trabalho, fortalecendo as comunidades e
famílias.
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De certa forma a economia formal permite o comércio informal, pela importância que desse
sector para o crescimento económico. O comércio informal reduz a pobreza, gera o auto – emprego e
cria rendimentos que, em muitas situações, beneficiam as sub-elites.

Piepoli (2006 citado por Mosca, 2010, p.85) defende que este sector altera o papel da mulher
na sociedade e na economia, pois, é a partir do comércio informal que as mulheres começaram a
assumir um papel activo e directo na integração do mercado.

Por outro lado, o comércio informal possui estratégias mais flexíveis e adaptadas aos
consumidores de rendimento baixo. Assim, pode-se dizer que o comércio informal é um sustentáculo
daqueles que não tem emprego ou tem rendimentos baixos.

O sector informal na produção e comercialização tem desempenhado um papel importante no


actual estágio de desenvolvimento da sociedade moçambicana, intervêm na oferta de bens e serviços
adequados aos rendimentos e ao poder de compra de vasta camada da população desfavorecida
(Lopes, 1999).

Segundo Silva Rodrigues de Abreu e António Pinto de Abreu: 1996, o sector informal pesa em
mais de um terço na economia e é o mais dinâmico na economia Moçambicana. Também dizer que o
comércio informal cria o desenvolvimento da vila do distrito de Gurué na aquisição de bens material,
a evolução das rodovias e da vida da comunidade.

1.4. Composição do Sector Informal


O sector informal é composto por unidades económicas que funcionam fora do quadro
administrativo, legal ou estatística. Em Moçambique trata se mais de: Vendedores ambulantes de
todos tipos de mercadorias, produtores e vendedores de bebidas caseiras, carregadores de
mercadorias, sapateiros, a indústria domesticam, pequenas oficinas e carpintarias não licenciadas,
transportadores piratas, etc.).

A sobrevivência destas economias assenta em alguns casos em relações familiares ou de


proximidades e em laços de sideralidade e de cooperação, e outras situações em circuitos nem
sempre transparentes (Piepol, 2006). Nesta vertente, a geração de riqueza é limitada pela escala e
tipo de actividades é, consequentemente, a poupança e o investimento são insuficientemente para a
reprodução ampliada do capital desenvolvimento. As relações sociais estabelecidas baseiam-se na
confiança, são pouco e nada profissionalizadas, e as regras não são normalizadas.
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Por outro lado, o comércio informal possui estratégias mais flexíveis e adaptadas aos
consumidores de rendimentos baixos (venda de cigarros não de maços, de montinhos de bens
alimentares e não ao peso, etc.), o que implica a segmentação do mercado do lado de procura e da
oferta (Nzatuzola, 2006). Estas actividades estão mais próximas das pessoas e estruturam redes
sociais de interesses que ultrapassam os tradicionais, elementos de afinidades entre os cidadãos
como seja as identidades étnicas, linguísticas ou outras.

Só nestes poucos exemplos nota-se que grande parte da população moçambicana está
envolvida nestas actividades o facto é que um número elevado de agentes económicos cria uma fonte
de emprego constituído desta forma a consequência mais importante e positiva do sector informal.
Tanto nas cidades como no meio rural o comércio informal alimenta-se dos canais de distribuição
formais e são estes últimos agentes os principais beneficiários, seja por razões de escala, seja por
serem também em muitos casos, agentes informais articulando as duas economias, possuírem maior
capacidade negocial e dominarem as diversas fases dos circuitos comercias.

1.5. Tipo de comércio


O comércio é a actividade que movimenta diferentes produtos, com uma finalidade lucrativa. É
toda acção que tem como objectivo principal a compra e revenda de mercadorias. Comércio é,
portanto, “o conjunto de actividades necessárias para tornar um produto disponível aos
consumidores, em determinado lugar, no tempo solicitado e em quantidades e preços especificados”
(Francisco, 2016).

Na visão de Tomas, (2017), o comércio é uma actividade que está relacionada à distribuição de
produtos no mercado interno e externo. Ou seja, existem diversos tipos de comércio que
movimentam a economia e empregam muitas pessoas no Moçambique e no mundo. Portanto, o
comércio pode estar relacionado com a economia formal que é firma registada dentro da lei ou à
economia informal, que são firmas sem registos que não pagam impostos”

A actividade comercial se subdivide, ainda, em duas partes distintas: o comércio atacadista e o


comércio informal. O primeiro funciona basicamente como centro de distribuição de mercadorias
para o próprio comércio informal, ou seja, vende um mesmo produto em grandes quantidades. Nesse
caso, o comerciante reduz o preço das mercadorias como forma de premiar o comprador, em razão
do tamanho da venda. Já o segundo tem como finalidade específica fornecer ao público consumidor
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em geral os produtos necessários, sendo, nesse tipo de comércio, vendidos os produtos em pequenas
quantidades e, portanto, sem a diminuição do preço (Francisco, 2016).

1.6. Características do sector informal


O sector informal é, hoje, um conjunto de operadores dinâmicos e economicamente agressivos
que buscando a sua sobrevivência, têm ocupado e proporcionado rendimentos alternativos a muitas
famílias em países em desenvolvimento. Segundo Chichava (1998) e Amaral (2005), o sector
informal em geral apresenta as seguintes características:

 Para o início das actividades conta apenas a iniciativa pessoal;


 È uma organização individual ou familiar, livre e flexível;
 É de fácil entrada e integração, mas com muitos riscos de se extinguir;
 As instalações geralmente são inexistentes;
 Emprega mão-de-obra barata, jovem e com predominância do sexo feminino em certas
actividades como a venda de produtos, hortícolas, vegetais, e outros produtos agrícolas;
 Comercializa uma vasta gama de produtos e presta serviços diversos que não envolvem
grande tecnologia ou equipamento;
 A formação profissional é reduzida ou inexistente, privilegiando-se as práticas de
aprendizagem no processo de trabalho;
 Usa insumos conseguidos nas unidades do sector formal e às vezes, abastece também o sector
formal;
 O salário e vínculo contratual são celebrados entre pessoas, sem vínculo contratual;
 O crédito é concedido por pessoas singulares ou familiares e pelo recurso a associações de
poupanças e crédito;
 A margem de lucros é elevada por unidade, mas pequena por volume.
Ainda de acordo com Chichava (1998), em Moçambique a mão-de-obra envolvida no sector
informal compreende:
 Desempregados e sub-empregados do sector formal da economia;
 Desempregados provenientes das zonas rurais;
 Funcionários do Estado e operários do sector formal usando seus familiares ou trabalhadores
para complemento dos seus rendimentos;
 Proprietários do sector formal à busca de maiores receitas e fuga ao fisco;
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 Jovens recém-formados aos vários níveis (médio e superior) que não encontram emprego; no
sector formal ou que não se contentam com os salários do Aparelho do Estado.

O sector informal tem dois tipos de trabalhadores: “os assalariados e os não assalariados” que
geralmente são familiares não pagos regularmente, mas a quem lhes são concedidas certas
condições, como alojamento, alimentação e alguns subsídios (PNUD, 2001, p.84).

Acredita-se que a maior parte da força de trabalho ocupada no comércio informal é do sexo
feminino. Segundo Cruz e Silva (2005), os dados da Associação dos Operadores e Trabalhadores do
Sector Informal sobre o sector informal em Moçambique e continente africano revelaram que a
maior parte dos agentes informais são mulheres.

As mulheres fazem parte dos primeiros grupos que dinamizaram a criação e o desenvolvimento
do sector informal, e continuam a representar a maior população de indivíduos que operam neste
sector”. Os estudos feitos por Lopes (1999) e Ardeni (2001) também chegaram a mesma conclusão.

O sector informal inclui actividades económicas, tais como “bancos informais” que recolhem
pequenas poupanças e fazem empréstimos por segmentos da população que não têm acesso ao
crédito bancário (Nazaré, 2006).

Desenvolvimento local
O conceito de desenvolvimento passou, em função das exigências práticas e operacionais, por
um conjunto de transformações ao longo do processo histórico das sociedades, abandonando o seu
reducionismo à dimensão unicamente económica para, afirma Pettinga (2008), referir-se à melhoria
da qualidade de vida das pessoas e à conservação do meio ambiente.

Vasconcelos e Garcia (1998 citados por Oliveira, 2002, p. 28) defendem que o
desenvolvimento em qualquer concepção deve resultar do crescimento económico, acompanhado de
melhorias na qualidade de vida das pessoas, ou seja, deve incluir as alterações da composição do
produto e a alocação de recursos pelos diferentes sectores da economia, de forma a melhorar os
indicadores de bem-estar económico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de
saúde, alimentação, educação e habitação).

A nível local, Oliveira (2002) afirma que o desenvolvimento pressupõe a transformação das
pessoas, tornando-as participativas, autónomas e activas na geração de riquezas, aumento e melhoria
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das suas oportunidades sociais e preservação do ambiente. Incluem-se também as relações de poder
entre os diferentes actores localmente, especialmente a sociedade civil, organizações da sociedade
civil e as instituições privadas, participando todos das dinâmicas locais para o uso dos recursos rumo
à melhoria do quotidiano das pessoas.

O processo de desenvolvimento local implica uma visão comum, articulando as iniciativas das
dimensões económicas, social, cultural, política e ambiental. Assim sendo, para Melo (1998, p. 5),
“o desenvolvimento local é antes de mais uma vontade comum de melhorar o quotidiano. Essa
vontade é feita de confiança nos recursos próprios e na capacidade de combina-los de forma racional
para a construção de um melhor futuro”

Tem sido uma tendência contemporânea entender que o desenvolvimento local não está
relacionado apenas com o crescimento económico, mas também com a melhoria da qualidade de
vida e bem-estar da população e com a conservação do meio ambiente. Estes três factores estão
inter-relacionados e são interdependentes.

O aspecto económico implica o aumento da renda e riqueza além das condições dignas de
trabalho. A partir do momento em que existe um trabalho digno e este trabalho gera riqueza, ele
tende a contribuir para a melhoria das oportunidades sociais. O desenvolvimento local pressupõe
uma transformação consciente da realidade local (Milani, 2005), o que levanta a preocupação com as
gerações presentes e futuras, tornando relevante a cooperação e solidariedade.

As comunidades, detentoras do conhecimento, são agentes do desenvolvimento local. O


desenvolvimento traduz-se no bem-estar da população. Socialmente, o desenvolvimento local se
entende à luz da abordagem de Amartya Sen como expansão das liberdades (Cowen & Shenton,
1996). Os actores locais passam a ter oportunidades e capacidades para fazer escolhas localmente e
promover acções que possam gerar o desenvolvimento nesse mesmo espaço.
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CAPITULO II – METODOLOGIA DO TRABALHO


Neste capítulo serão apresentados metodologias e instrumento de colecta de dados que serão
usados para se familiarizar esta pesquisa no âmbito científico como um trabalho que possui um
impacto sócio - económicos, pelo facto de abordar uma temática relacionada com um dos maiores
sectores do comércio.

2.1. Tipo de Pesquisa


 Quanto aos Objectivos
Para o presente trabalho, visto que pretendíamos analisar um dado fenómeno, recorremos à
pesquisa Explicativa. Segundo Gil (2001, p.20) este tipo de pesquisa tem como objectivo principal
analisar um facto, fenómeno ou uma ocorrência. Assim sendo esta pesquisa teve como objectivo
analisar o impacto do comércio informal na Vila do distrito de Gurué e explicar as causas do fluxo
de comercio informal neste distrito.

 Quanto a abordagem
Neste trabalho, será adoptada a abordagem quantitativa tendo em conta que a investigação será
desenvolvida usando a base de dados recolhida pelo INE (2017) que permitira estabelecer relações
entre variáveis. Especificamente para este trabalho, a abordagem quantitativa terá a fragilidade de
não poder responder “como” e “porquê” é que os vendedores informais entraram para esta
actividade, em que contexto específico se encontravam quando iniciaram a actividade.

 Quanto os procedimentos técnicos


Para o desenvolvimento de uma pesquisa, importante a realização de uma revisão bibliográfica.
Assim sendo, o presente estudo teve como ponto inicial, a uma revisão bibliográfica sobre o impacto
do comércio informal. Esta tarefa possibilitara o investigador a seleccionar uma abordagem
adequada e adaptada sobre a implementação ou execução da pesquisa.

Segundo Marconi e Lakatos (2003), avançam que a pesquisa bibliográfica oferece “meios para
explorar saberes e tem por objectivo permitir os reforços paralelos na análise das pesquisas ou
tratamento das informações”. Contudo, a pesquisa bibliográfica não pode ser uma repetição do que
já foi dito ou escrito sobre qualquer assunto que seja, mas algo que oferece abordagens para
conclusões inovadoras. Assim sendo para o desenvolvimento dessa pesquisa, não serão usadas
15

hipóteses e nem meios ou cálculos estatísticos, por conseguinte, usamos uma abordagem qualitativa
para o desenvolvimento do estudo.

2.2. Instrumentos de Colecta de Dados


Portanto, tendo em conta o tipo de pesquisa, para o presente trabalho foi usado a entrevista
para facilitar a colecta de dados. Este instrumento ajudou a autora a aproximar a sua relação com os
participantes da pesquisa e a obter dados pautados nos objectivos da pesquisa.

 Questionário
O questionário é uma forma de recolha de dados que consiste em dirigir perguntas aos demais
intervenientes da pesquisa com vista a obter informações conducentes a redacção do trabalho, com
isso neste método de recolha de dados, o pesquisador tratará de elaborar perguntas de que serão
dirigidas aos demais intervenientes da pesquisa, importa referir que os questionários se deferem da
entrevista pelo facto deste não necessariamente exigem a presença total do pesquisador, isto é, o
pesquisador não fica frente a frente com o questionário, Serra (2004,p.234).

 Observação directa
Segundo Serra (2004,p.90), a observação directa consiste na análise minuciosa dos
intervenientes da pesquisa. A pesquisa que tem como objectivo de estudo o impacto do comércio
informal na vila do distrito de Gurué, o pesquisador na sua abordagem de recolha de dados pela
observação directa de observar os diferentes materiais usados no comércio, antes porém, este por
tratar por via de observação directa identificar a matéria em estudo.

Para Lakatos e Marconi (2003) a “observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir
informações e utilizar o sentido de obtenção de determinados aspectos da realidade. É um elemento
básico de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo”. Isto é, esta é uma técnica
fundamental para realização de uma pesquisa.

 Consulta Bibliográfica
De acordo com Lakatos& Marconi (1991), a consulta bibliográfica teve como finalidade de
colocar o (a) pesquisador (a) em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto. A pesquisa bibliográfica orientará a pesquisa dando bases para a elaboração do
trabalho a partir de diversos paradigmas em volta do tema em estudo”. Portanto, o uso deste
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instrumento consistiu em conhecer as diferentes contribuições dos autores que sustentaram o tema
em pesquisa baseando em várias abordagens sobre o assunto em estudo.

2.3. Universo e Amostra


 População
De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p.108) Universo Populacional é o conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Neste contexto,
para a presente pesquisa, considerar-se-á de universo populacional, todos os 978 comerciantes
informais da vila do distrito de Gurué.

 Amostra
A amostra do presente estudo, ou seja, o Sujeito de Pesquisa, será constituída através de 100
trabalhadores informais que actuam na vila do distrito de Gurué. Dentre eles, podemos destacar as
seguintes ocupações: Comerciantes autónomos (donos do estabelecimento); e Funcionários (não
registados, que trabalham no estabelecimento). Para a escolha da amostra foi usada a técnica de
amostragem aleatória simples, que consiste em escolher de uma forma aleatória e sem cálculos, os
elementos de uma determinada população.

2.4. Procedimentos de análise de dados


A partir das respostas dos participantes da pesquisa e do quadro teórico-conceptual do estudo,
optou-se pelos pacotes SPSS e Excel. Para os dados recolhidos através do questionário, utilizou-se o
SPSS e o Excel foi usado para os Comerciantes autónomos (donos do estabelecimento); e
Funcionários (não registados, que trabalham no estabelecimento. A validação dos resultados foi feita
através de analise de conteúdo que auxiliou o estudo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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