Você está na página 1de 12

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Moralidade como Pratica Solidária das Virtudes Comunitário

Graciete Vasco Alfredo

Cod. 708204004

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Ética Social
Ano de Frequência: 3º Ano
Docente: Novais Armando

Quelimane, Julho de 2022


Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.......................................................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................................................4

1.2. Metodologia....................................................................................................................................4

CAPITULO II- MARCO TEÓRICO.....................................................................................................5

2.1. O que é moralidade.........................................................................................................................5

2.2. A moralidade como aquisição de virtudes para alcançar a felicidade............................................5

3. A moralidade como pratica solidária das virtudes comunitárias.......................................................6

4. Abordagem do bem e o mal do homem.............................................................................................7

5. O mal numa perspectiva judaico-cristã..............................................................................................8

5.1. Contextualização do bem e o mal...................................................................................................8

6. Conclusão........................................................................................................................................10

7. Referências Bibliográficas...............................................................................................................11
1. Introdução
Se observarmos os fatos que acontecem na sociedade, desde os primórdios, é possível enxergarmos
que existem regras sociais que se cumprem de maneira espontânea, como por exemplo, ser bom e
honesto. Tais comportamentos são cumpridos sem a necessidade de ninguém nos forçar para agir
dessa maneira, é o mundo de conduta espontânea, onde estas regras sociais são cumpridas, muitas
das vezes, sem nem percebermos, este é o campo de atribuição da moral.

Desde o surgimento do homem ele vem sofrendo influência seja do ambiente em que vive e também
o influência através dos seus comportamentos e atitudes que a cada momento e modificado; o
mesmo convive e organiza-se em sociedade, com essa conduta acaba formando conjunto de práticas
ou regras que o ajudam na relação com o meio e com o seu semelhante. Porém, ele escolher algumas
dessas regras ou pratica para ele atribuir aos outros e esquece que elas também são aplicáveis a ele.

Portanto, a moralidade como pratica solidária das virtudes comunitárias é um tema que se estende
desde os primórdios até os dias atuais. Embora com o passar do tempo tal tema tenha recebido
alguma pacificação, ainda existem pontos de divergências doutrinárias sobre a função da Moralidade
como pratica solidaria. O que é certo é que se tanto a moralidade, quanto a solidariedade,
conseguiem caminhar lado a lado, sendo um auxiliando o outro, quem ganha é a sociedade, que
passará a ter um mundo mais justo e moral, onde as diferenças serão menores, e, por conseguinte, a
procura de compaixao entre humanos.

3
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender sobre a moralidade como pratica solidária das virtudes comunitárias.

1.1.2. Específicos
Definir moralidade;
Descrever a moralidade como aquisição de virtudes para alcançar a felicidade;
Mencionar os aspectos da moralidade como pratica solidária das virtudes comunitárias;
Descrever sobre o bem e o mal do homem na sociedade.

1.2. Metodologia
Para a realização deste trabalho, foi usado a pesquisa de carácter bibliográfico, onde Conforme Gil
(2006), a pesquisa bibliográfica toma forma a partir da consulta à materiais já elaborados, sendo
esses, principalmente, artigos científicos e livros. Os materiais bibliográficos tomados como
referência, de acordo com Gil (2006), são fontes que têm como escopo possibilitar, a autora, a rápida
obtenção de informações necessárias para o embasamento de seus argumentos, isto é, esses dados
podem ser localizados facilmente.

4
CAPITULO II- MARCO TEÓRICO
2.1. O que é moralidade
Para entender o que significado de moralidade, precisamos entender o termo que dá origem à
palavra:  moral. A palavra “moral” vem do latim mos ou moris e significa costumes. Nós vivemos
em uma sociedade e a sociedade tem normas estabelecidas do que é certo e do que é errado. Em um
sentido mais simples, a noção de moralidade pode estar associada às noções de justiça, acção e
dever: a moralidade não se relaciona àquilo que cada um quer para si e sim às formas de agir com o
outro.

A moralidade é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o


comportamento individual e social dos homens. (Vazquez, 2003, P. 63). Tanto a liberdade quanto a
moral são responsáveis por construir os alicerces que vão nortear a conduta do homem, definindo
seu caráter e virtudes, e ensinar como ele poderá se comportar em sociedade.

Logo, a moralidade possui um caráter social que envolve comportamento moral dos indivíduos e
grupos sociais, cujos atos têm caráter coletivo, porém livre e consciente. Mesmos os atos sendo
individuais de uma forma ou de outra acaba afetando alguém, e por isso se torna objeto de
reprovação ou aprovação.

Segundo Vázquez (2003, p. 69) “a função social da moralidade consiste na regulamentação das
relações entre os homens (entre os indivíduos e entre o individuo e a comunidade) para contribuir
assim no sentido de manter e garantir uma determinada ordem social”. É na interação e relação
interpessoal que a moral se forma e se estabelece, sendo assim, não há moral sem o outro. O tema da
moral impõe não somente uma, mas várias dificuldades de estudo e sistematização.

Em função das discussões dos autores acima mencionados, ficou claro que a moralidade se refere a
um código moral concreto a moralidade de determinado país” ou “a moralidade de determinado
período histórico”, por exemplo, expressões pelas quais determinamos o que é moral ou imoral)
pode ser usado como sinónimo de “O moral”. Quando se entende assim, significa que mesmo.

2.2. A moralidade como aquisição de virtudes para alcançar a felicidade


Ser moral, para os pensadores antigos, sobretudo os da Grécia, era o mesmo que descobrir os meios
para se alcançar, por meio da razão, o máximo de felicidade. Há diversas formas de se compreender
a felicidade. Para os epicuristas, a felicidade era entendida como prazer. ). (Câmara 2012).
5
Para Aristóteles, a faculdade principal do homem, sua maior virtude, é a racionalidade. Para ser feliz,
o homem precisa exercitar sua capacidade de pensar. Para alcançar a virtude, o homem precisa
escolher “o caminho do meio”, a justa medida das coisas, e agir de forma equilibrada. Nesse sentido,
o desenvolvimento pessoal tornaria possível que cada indivíduo se tornasse moral e, assim, teria os
recursos necessários para enfrentar os desafios da vida. (Câmara 2012).

Esse desenvolvimento seria como o desenvolvimento de um esportista: se o esportista estabelece


metas e desenvolve suas habilidades a fim de alcançá-las, o indivíduo deve proceder da mesma
forma a respeito do seu desenvolvimento moral, isto é, ter um projecto vital de autorrealização. Por
isso, a moralidade entendida assim é aplicável ao indivíduo, que é o agente moral, mas também
poderia ser aplicada a sociedades. (Câmara 2012). 

Se os estoicos interpretavam a “lei natural” como centro da moralidade, isto é, pensavam no ajuste
entre a intenção humana e os planos da razão universal, há sistemas morais que colocam o “dever”
como centro das preocupações. Para Kant, a moralidade seria o ir além da natureza e o homem,
capaz de ir além da ordem natural, seria capaz de se auto legislar. A autonomia é o foco da
moralidade, pois o homem exerceria sua autonomia ao estabelecer aquilo que é correcto.

3. A moralidade como pratica solidária das virtudes comunitárias


A moralidade, enquanto sistema de regras, tem despertado o interesse de diferentes teóricos, tendo
em vista sua importância para a promoção das relações interpessoais em que predominem o respeito
mútuo, a cooperação, a igualdade e a solidariedade.

Ao reflectir acerca da moral, Emanuel Kant, (século XVII), propôs que esta deveria orientar-se por
um princípio universal, ao invés daquela relativa, decorrente dos costumes de cada povo. Tal
princípio foi denominado, por Kant, de Imperativo Categórico, de modo que ele assim o definiu:
“age unicamente segundo a máxima que faz com que tu possas querer que ela se torne universal.”

Kant, portanto, alicerça a acção moral correcta na reflexão racional e no dever, e não no temor às
consequências, na conformidade, ou na simples prudência. A solidariedade é uma maneira de se
defender coletivamente. E é por isso que a solidariedade é mais urgente, mais realista, mais eficaz.

6
4. Abordagem do bem e o mal do homem
Embora todas as linguagens possuam uma palavra expressando bem no sentido de ter a qualidade
certa ou desejável e mal no sentido de indesejável, a noção de bem e mal num sentido moral ou
religioso absoluto não é antigo, e surge das noções de purificação ritual e impureza. Os significados
básicos são ruins, covardemente e bom, bravo, capaz e seus significados absolutos surgem somente
por volta de 400 a.C. com a filosofia pré-socrática, Demócrito em particular.

Para Guimarães (2009), a moralidade em seu sentido absoluto solidifica-se nos diálogos de Platão,
com a proposta da Ideia do Bem, juntamente com a emergência do pensamento monoteísta
(principalmente em Eutifro, o qual pondera o conceito de piedade, como um absoluto moral). A ideia
é, posteriormente, desenvolvida na Antiguidade tardia, no neoplatonismo, gnosticismo e pelos
Padres da Igreja.

Na visão de Montenegro (2012), O bem e o mal referem-se à avaliação de objectos, desejos e


comportamentos através de um espectro dualístico, onde, numa dada direcção, estão aqueles
aspectos considerados moralmente positivos e, na outra, os moralmente negativos. O bem é, por
vezes, visto como algo que implica a reverência pela vida, continuidade, felicidade ou
desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários.

Por definição, bem e mal são absolutos porque qualquer enunciado moral é válido,
independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objecto ao qual o enunciado se
refira. Por exemplo assassinato é moralmente errado é um enunciado objectivo visto que não é uma
declaração sobre o sujeito que afirma. O enunciado também é absoluto porque implica que
"assassinato" é mau em geral, por contraste com assassinato ser moralmente errado para uma pessoa
que o cometa e não para outra.

Não há consenso se o bem ou o mal são intrínsecos à natureza humana. A natureza da bondade tem
recebido muitos tratamentos; em um deles, o bem é baseado no amor natural, vínculos e afectos que
se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento pessoal. Outro tratamento para o termo
afirma que a bondade é um produto do conhecimento da verdade. Existem diferentes pontos de vista
sobre o porquê do surgimento do mal.

Muitas religiões e tradições filosóficas concordam que o comportamento malévolo é, em si mesmo,


uma aberração que resulta da condição humana imperfeita (a queda do homem). Por vezes, o mal é
7
atribuído à existência do livre-arbítrio e da agência humana. Alguns argumentam que o mal em si
baseia-se finalmente na ignorância da verdade (isto é, do valor do homem, da santidade e da
divindade). Alguns pensadores do iluminismo alegaram o oposto, sugerindo que o mal é aprendido
como consequência de uma estrutura social tirânica.

5. O mal numa perspectiva judaico-cristã


Considera Real (2000) que durante séculos o homem pergunta o que move o espírito humano a
escolher uma boa ou má ação e quais os critérios para efetuar tal escolha. Esses questionamentos
procuram, inicialmente, compreender a origem do homem e do que consiste em sua essência.
Filósofos de importância para a filosofia ocidental, como Santo Agostinho, procuram dar essa
resposta observando o que seus predecessores propuseram concatenando com suas reflexões, que
eram novas, para tentar resolver o paradoxo.

Fazendo um retorno na história, observa-se que a escolha entre o bem e o mal faz parte desde os
primórdios da humanidade, ou pelo menos, o que se compreende como início, segundo determinada
tradição religiosa, o judaísmo e posteriormente o cristianismo. O diálogo tende fundamentar como o
ser humano, em sua liberdade, opta em cometer o mal e deixa de fazer o bem.

5.1. Contextualização do bem e o mal


Em religião, ética e filosofia, o bem e o mal referem-se à avaliação de objetos, desejos e
comportamentos através de um espectro dualístico, onde, numa dada direção, estão aqueles aspectos
considerados moralmente positivos e, na outra, os moralmente negativos. O bem é, por vezes, visto
como algo que implica a reverência pela vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano,
enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários.

Por definição, bem e mal são absolutos porque qualquer enunciado moral é válido,
independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objeto ao qual o enunciado se
refira. Por exemploː "assassinato é moralmente errado" é um enunciado objetivo visto que não é um
declaração sobre o sujeito que afirma. O enunciado também é absoluto porque implica que
"assassinato" é mau em geral, por contraste com assassinato ser moralmente errado para uma pessoa
que o cometa e não para outra.

pese embora que não há consenso se o bem ou o mal são intrínsecos à natureza humana. Diniz
(2008) considera que a natureza da bondade tem recebido muitos tratamentos; em um deles, o bem é
8
baseado no amor natural, vínculos e afetos que se desenvolvem nos primeiros estágios do
desenvolvimento pessoal. Outro tratamento para o termo afirma que a bondade é um produto do
conhecimento da verdade. Existem diferentes pontos de vista sobre o porquê do surgimento do mal.

Muitas religiões e tradições filosóficas concordam que o comportamento malévolo é, em si mesmo,


uma aberração que resulta da condição humana imperfeita (a queda do homem). Por vezes, o mal é
atribuído à existência do livre-arbítrio e da agência humana. Alguns argumentam que o mal em si
baseia-se finalmente na ignorância da verdade (isto é, do valor do homem, da santidade e da
divindade).

Alguns pensadores do iluminismo alegaram o oposto, sugerindo que o mal é aprendido como
consequência de uma estrutura social tirânica. Teorias da bondade moral investigam quais tipos de
coisas são boas e o que a palavra "bom" realmente significa abstratamente. Como um conceito
filosófico, a bondade pode representar a esperança de que o amor natural seja contínuo, expansivo e
abrangente.

9
6. Conclusão
Ao reflectir sobre esse tema percebi a importância dele em nosso dia a dia e que este deveria estar
presente em todos os segmentos da sociedade, seja na política, na família e nos meios de
comunicação, eles precisam continuar sendo os norteadores de todas as acções que atinge as pessoas.
Para ser ético precisamos tomar consciência de nossos actos, agir com autocontrolo, ou seja,
respeitando-se e respeitando as pessoas.

E preciso parar um pouco para reflectir, e assim nos tornamos pessoas sensíveis e mais sensatas,
porque ela nos aproxima da realidade e nos torna mais conscientes das acções que praticamos em
qualquer espaço da nossa vida. Actualmente a ética e a moral estão sendo relegadas por certas
classes sociais e políticas, muitos valores estão sendo quebrados em prol do individualismo, ou seja,
“cada um por si” e com isso ética e moral vêm perdendo o sentido.

10
7. Referências Bibliográficas
Biaggio, A. M. B. (1988). Desenvolvimento moral: vinte anos de pesquisa no Brasil. Psicologia:
Reflexão e Crítica, 3,(1/2), 60-69.

Biaggio, A.M.B. (1985). Discussões de julgamento moral-idiossincrasias do caso brasileiro.


Psicologia: Teoria e Pesquisa, 1, (3), 195-204.

Câmara, A. F.(2012). Lições de Direito Processual Civil. 21. Ed. São Paulo: Editora Atlas.

Carnelutti, F. (2000). teoria psicologica. 2° impressão, São Paulo, Editora Lejus.

Diniz, M. H. (2008). abordagem em psicologia social. 13. ed. São Paulo: Saraiva.

Guimarães, D. T. (2009). psicologia cientifica. 12 ed. São Paulo: Rideel.

Hayes, R.L. (1994). The legacy of Lawrence Kohlberg: implications for counseling and human
development. Journal of Counseling Development, 72, 261-267.

Kohlberg, L. (1927). The philosophy of moral development – moral stages and the idea of justice.
Harper e Row Publishers, San Francisco.

Montenegro F., M. (2012). Curso de Direito Processual Civil. 8. Ed, São Paulo: Editora Atlas.

Reale, M. (2000). Lições preliminares de Direito. 29° edição, ajustada ao novo Código Civil, 6°
Tiragem.

11

Você também pode gostar