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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO MIGUEL

CURSO DE PSICOLOGIA

CHÃO DE ESTRELA: REALIDADE FANTASIA OU IDEOLOGIA; PROCESSO


DE SOCIALIZAÇÃO E O LAZER: SUAS DEFINIÇÕES E RELAÇÕES

RECIFE
2022
ADONIAS DE FONTE MELO
AIRANE LIMA DE OLIVEIRA MUNIZ CRUZ
GLESNA RIBEIRO DO NASCIMENTO
MAIZA SOARES BEZERRA

CHÃO DE ESTRELA: REALIDADE FANTASIA OU IDEOLOGIA; PROCESSO


DE SOCIALIZAÇÃO E O LAZER: : SUAS DEFINIÇÕES E RELAÇÕES

Este trabalho tem como objetivo desenvolver

Sobre a comunidade; o processo de socialização;

O lazer: suas definições e relações, tendo como objetivo

ser a nota da segunda avaliação da disciplina de

intervenção psicossocial II.

Professor: Epitácio Neto

RECIFE
2022
Sumário
Introdução..........................................................................................................1
Metodologia........................................................................................................2
A comunidade....................................................................................................3
O lazer.................................................................................................................4
O processo de socialização..............................................................................4
Relação do processo socialização, comunidade e
lazer.................................7
Proposta de
Intervenção....................................................................................8
Considerações finais.........................................................................................9
Referência.........................................................................................................10
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Introdução
Qual a importância do lazer no processo de socialização dentro de uma
comunidade? Vamos ver durante esse trabalho que a comunidade é um
espaço de intermediário entre a família e a sociedade, ela contribui para
educação do cidadão, onde muitos tem ideias incomuns, porém respeitando
suas particularidades e singularidades, Moscovici expressa a realidade de uma
comunidade que nunca é unânime e nem simples, fala também que a
comunidade é conectada com os interesses sociais, econômicos, políticos e
culturais. E através dessa comunidade, abordamos a necessidade e
importância do lazer; atrelado aos processo de socialização que traz a
interação dos indivíduos, dentro dessa comunidade, associando a inclusão
social, processo de bem-estar, com espírito de coletividade, criando momentos
lúdico, promovendo a saúde do sujeito e introduzindo nessa cultura a educação
de utilizar esse veículo, para desenvolver aspectos biológicos, psicológico e a
relação dos jovens com essa comunidade, para esse processo apresentamos
também a importância da socialização que está relacionada ao processo de
aprendizagem dos aspectos culturais da sociedade, mostrando que se ela não
for inserida dentro de uma comunidade os indivíduos não se desenvolvem
tornando-os cidadãos isolados.
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Metodologia
Nossa intervenção foi baseada em uma pesquisa qualitativa pois buscamos
produzir informações mais aprofundadas e ilustrativas, independentemente do
tamanho das amostras recolhidas, sendo grandes ou não, o que nos importou
foi as novas informações sobre a comunidade. Por meio de uma entrevista
semiestruturada com o objetivo de coletar dados subjetivos da comunidade,
essa técnica foi importante pois vimos Chão de estrelas com outros olhos,
enxergamos com a subjetividade de cada um que entrevistamos. Com
perguntas abertas e de um modo mais flexível, onde o entrevistado tinha a
capacidade de desenvolver sobre os assuntos propostos, e a partir da pesquisa
qualitativa obtivemos dois resultados onde nos leva as seguinte questões
“Chão De estrela, Ideologia, Fantasia ou realidade?”, e nesse embasamento,
criamos uma proposta de Intervenção para que a própria comunidade decida
como ela compreende o seu âmbito social. E o outro tema desenvolvido nessas
entrevistas foi sobre o processo de socialização dos jovens na comunidade,
como era feito esse processo e se tinha algo na própria comunidade que
realizava, visto que não, propormos a ideias de oficinas na instituição do Daruê
Malungo que fica na própria comunidade. Em visão disto, desenvolvemos
nossas intervenções com bases nos fundamentos teóricos.
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A comunidade
grupo de pessoas que juntas compartilham ideias, histórias, cultura e práticas
em comum, (a comunidade não está interligada a um local específico) a escola,
família, igreja e vizinhança são grupos sociais que interagem dentro da
comunidade, se comunicam. A grande maioria das comunidades contribui para
educação do cidadão.
A comunidade partilha de ideias onde você aprende normas, respeito, empatia,
honestidade, ainda que a comunidade seja partilhada, formadas por ideias
incomuns, cada pessoa tem suas particularidades e singularidades, ninguém
pensa exatamente como o outro a melhor forma de viver em comunidade é
saber respeitar e entender as nossas individualidades é isso são as coisas que
nos enriquece.
De acordo com Sandra jovchelovich, psicóloga social brasileira, a comunidade:
É um espaço de intermediário entre a família e a sociedade mais ampla.
O que permite a convivência em comum nas comunidades é a coordenação de
ações e se diferentes perspectivas, pois vai ocorrer no processo de formação
de uma comunidade que as relações nem sempre são harmônicas ou se chega
a um consenso, e é por conta das tensões que são geradas, que as pessoas
se identificam e são reconhecidas como pertencente a uma mesma
comunidade.
A construção da comunidade e a sua identidade cultural é definida pela
percepção daqueles que são de fora das fronteiras da comunidade e dos que
pertencem a essa comunidade.
As representações sociais de Moscovici, vai expressar a realidade de uma
comunidade, que nunca é unanime, e nem simples.
Possui saberes que vão colocar os fundamentos, os conhecimentos e os
sentidos necessário para que a vida em grupo, tendo como função assegurar
unidade daquela comunidade.
Coloca que a vida em comum tem um duplo caráter; o dado que é o saber
comum e o renovado que é construído pelos atores sociais (manifestam os
interesses sociais, econômicos, políticos, culturais de maneira conectada)
A memória social são as informações de uma comunidade, ou seja os dados
que todos precisam saber; se constitui a partir de memórias individuais
(experiencia e vivencias pessoais) são expressas materialmente. Desempenha
o papel de manutenção das semelhanças, diferenças e mudanças da
comunidade.
A comunidade precisa saber sobre o passado para que possa compreender
seu presente e afim de ter um equilíbrio entre as mudanças e as permanências.
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O lazer
O laser tem como princípio promover, o descanso, divertimento e o
desenvolvimento dos indivíduos, sempre veio associado a promoção e inclusão
social, ao bem- estar e ao processo de interação entre indivíduos; como meio
de combater a violência ou insegurança, também utiliza- se de recursos do
governo e o foco é de ações cooperativas e participativas, é importante que
todo cidadão compreenda a importância do laser para a formação humana
cultural e social, esse objetivo de educação é utilizar o laser como veículo
inserido , nas crianças, jovens, adolescentes , adultos e idosos, esse espírito
de coletividade , criando esse ambiente lúdico, promovendo, momentos de
diversão e alegria.
O processo de socialização
Está relacionado as redes sociais, e toda uma interação que vai utilizar da
comunicação para construir sua identidade e a sociedade.
A socialização está relacionada ao processo de aprendizagem dos aspectos
culturais da sociedade, sendo deste modo, inserida como parte do processo de
socialização, mas não ele todo.
Através desta afirmação, temos:
Os fatos que permite e orientam o processo de socialização.
A experiência dos indivíduos que vão depender da capacidade de interpretar e
questionar o social, uma vez que as informações resultantes dessas
experiências têm que passar por processos intersubjetivos de seleção,
generalização, relacionando e conectando fatos ou experiências.
Produções do processo de socialização
 Os ciclos da vida
Denominado pela psicologia como etapas do desenvolvimento, os ciclos da
vida, vão fazer com que o ser humano se desenvolva e torne-se pessoa. Com
base nisto, consigamos assimilar os Hábitos culturais através das
representações e palavras, ou seja, utilizamos essa linguagem para
organizamos os pensamentos e os comportamentos.
Logo por meio da linguagem, do pensamento e da racionalidade conseguimos
interpretar e atuar sobre o meio social. Entretanto, isso só é possível se de
forma ativa, periférica e progressivamente, nas comunidades, ocorra e exista
uma forma de falar, pensar e sentir dentro desta comunidade. Sendo, por meio
das etapas do desenvolvimento que conseguimos interpretar as mensagens e
ações do mundo, assim que constrói a identidade e a forma como vou interagir
com o outro. A partir do momento que nos tornamos pessoas também
construímos a sociedade.
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As experiências objetivas e subjetivas vão ser incorporadas como a realidade.
Essas incorporações são denominadas práticas.
 As práticas:
São sistemas de ação, coletivos reguladores codificados, simplificados e
desenvolvidos que as comunidades repetem e associam a sua existência, logo
depois são legitimados, interpretados e transformados por discursos
representações e conversas. O objetivo é organizar e regular a vida social além
de analisar os discursos dentro de uma relação dialética.
Assim, temos dentro dessas práticas as construções coletivas que definem os
indivíduos em relação a consciência de seus patrimônios deposicionais, que
tem como função localizar, analisar e descrever os mecanismos de
Socialização: Aprendizagem (regras e valore sócias); imitação (reproduzir os
comportamentos observáveis) e a identificação.
De acordo com a psicóloga, especificamente para Vygotsky, o desenvolvimento
ocorrer através das atividades e interações.
 identidade e biografia
a identidade é uma das principais partes do processo de socialização, observa-
se que esta não só se desenvolve com base na biografia (história de vida) do
sujeito, mas antes de entender seu desenvolvimento, temos como os circuitos
juvenis vão direcionar os jovens e orientar na construção da sua identidade.
Tendo em vista as afirmações anteriores; José Guilherme Magnani,
antropólogo brasileiro; desenvolveu o conceito de circuito juvenis, ele coloca
que entre as diferentes instituições e agentes da Cidade, as interações dos
jovens, não ocorre de forma aleatório ou fragmentada; mas sim, em grupos de
sociabilidade que se orientam e reproduzem padrões geracionais de classe e
de orientação cultural ideológica. Eles seguem uma espécie de conexões:
família e o trabalho; escola/profissão e o Lazer.
Vindo agora para a parte da formação da identidade, temos Cláudio Dublar,
sociólogo francês; colocando que a identidade é o produto de sucessivas
socializações que se divide em objetivas, para o outro sendo um resultado das
interações, subjetivas, para si mesmo, resultado das interações biológicas com
o ambiente e as outras espécies.
Logo, a identidade vale-se de uma matéria-prima, fornecida pela história,
geográfica, biologia, memorial coletiva, aparatos de cunho religioso e as
fantasias pessoas que juntas vão construir a identidade do sujeito.
Quando a identidade vai se organizando, surge a consciência de si, que é
reconhecer quem eu sou enquanto indivíduo, enquanto integrante de um grupo
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social, a partir das relações do meu ser social. Isso só será possível quando
temos o outro como referência, fazendo com que eu possa entender e
diferenciar o outro de mim. Desta forma, quando introjetamos o processo de
socialização obtemos a subjetividade, particularidades adquiridas através da
identidade e consciência do eu.
 As representações sociais e a relação com a identidade:
A representação social é uma teoria sobre os saberes sociais, relacionada as
crenças e as imagens sobre determinado contexto. Tendo como função,
expressar a identidade, uma vez que se utiliza de processos simbólicos
promovendo as significações sociais. Ou seja, o desenvolvimento das
representações se teve na dinâmica afetiva das relações do eu com o outro;
ela representa o diálogo entre o mundo interno e externo, ou seja, indivíduos e
coletividades a qual este pertence.
 A emoção
Segunda a psicologia e a neurociência as emoções constituem um elemento
fundamental para a atenção imediata do sujeito; a seleção e integração da
informação que vai ser armazenada, sendo passível de ser mobilizada em
futuras situações e no processo de tomada de decisão.
 Cultura
É um conjunto de hábitos, instituição, regras sociais, tipos de relacionamentos
interpessoais de um determinado grupo, apreendidos no contexto das
atividades grupais; que são manifestadas pelos sujeitos de uma comunidade e
são compartilhadas entre eles
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Relação do processo socialização, comunidade e lazer


Inserido dentro da comunidade, através do processo de socialização, temos a
manifestação de uma cultura, é exatamente por esse motivo, que devemos
conhecer a realidade cultural do indivíduo, ou seja, as práticas, os costumes,
as concepções e as transformações da sua vida. Desta maneira o indivíduo
dentro do contexto sociocultural vai controlar e planejar as suas próprias
atividades, e por meio do processo de socialização começam a formar a sua
personalidade, atitudes e opiniões.
Outro ponto é o lazer, importante para a formação de valores, na relação com o
espaço público e na elaboração da identidade dos jovens, através deste, eles
constroem suas próprias normas, ritos, simbologias e modos de ser diferentes.
O lazer vai desenvolver os aspectos biológicos, psicológicos e a relação dos
jovens com a comunidade
Além de que por ser uma das mais importantes formas de manifestação da
cultura, utilizando-se da linguagem, das danças, dos vestuário, da religião;
também ajuda a desenvolver: a sociabilidade (comportamentos, as condutas de
quem vive em sociedade) a individualidade (Característica ou particularidade
do que é individual) a liberdade de expressão (manifestarem suas opiniões sem
medo de represálias); o exercício da cidadania (os direitos e deveres dos
indivíduos que vive em sociedade) e a capacidade de contestar a realidade
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Proposta de Intervenção
Desenvolvemos duas propostas de intervenção, a primeira objetivando a
reflexão dentro da comunidade sobre o Chão de Estrelas sendo uma realidade,
uma fantasia ou uma ideologia e a segunda objetivando a promoção do lazer e
do processo de socialização de crianças e adolescentes dentro da
comunidade.
Primeira proposta: Baseada em um teatro realizado pelos integrantes do grupo,
formaríamos um teatro composto por apresentações com música e fantoches a
fim de prender a atenção dos telespectadores podendo contar aos mesmos as
distintas visões de pessoas de dentro da comunidade para promover uma
reflexão sobre o Chão de Estrelas como ´´Ideologia, Fantasia ou Realidade? ``
Segunda proposta: Baseada em oficinas de música e de libras realizadas no
Daruê e realizada pelos integrantes do grupo, Adonias seria responsável na
oficina de música pelo ensino de instrumentos de cordas e canto popular, entre
outros, sendo auxiliado por Ariane em toda a parte organizacional e de
pesquisa para buscar e reconhecer pessoas interessadas. Glesna seria
responsável na oficina de Libras pelo ensino da língua brasileira de sinais,
sendo auxiliada por Maiza que também organizaria e pesquisaria pessoas
interessadas em participar da oficina.
Através da segunda proposta, possibilitaríamos que entre crianças e
adolescentes passasse a existir uma nova forma não só de um processo de
socialização e lazer, como também, uma forma de inclusão social.
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Considerações finais
Dessa forma, nosso trabalho foi constituído por uma pesquisa de campo
coordenada pelo professor Epitácio Nunes, tendo como metodologia uma
pesquisa quantitativa que nos levou ao aprendizado da teoria à prática e que
nos enriqueceu de conhecimentos e vivências.
A comunidade atrelada aos processos de socialização e o lazer dos jovens nos
mostrou que a psicologia social é muito mais que teoria, é mergulhar nas
demandas e procurar intervir de alguma forma. Tendo em vista os aspectos
apresentados pelo grupo, criamos as propostas para que haja de certa forma
uma melhoria na comunidade, um lazer para os jovens, atrelado a um processo
de socialização dentro da própria comunidade.

...............

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Referência
FRANCO, Ariane. Os contextos do saber: representações, comunidade e
cultura .Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 11, n. 33, p. 597-602, maio/ago. 2011.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/277113073_Os_contextos_do_saber_
representacoes_comunidade_e_cultura
VASCONCELLOS, Licia; CAETANO, Vitor. Diálogo entre representação social
e identidade: considerações iniciais. IX simpósio educação e sociedade
contemporânea: desafios e propostas a escola e seus sentidos, universidade
do estado do Rio de Janeiro-CAP-UERJ- 04 a 06 de setembro de 2014.
O processo de socialização: indivíduo, sociedade e cultura. Capítulo 2 •
psicologia social; Unitins-serviço social-4º período. Disponível em
https://docplayer.com.br/6272186-O-processo-de-socializacao-individuo
sociedade-e-cultura.html

BARBOSA, Cátia. O lazer e o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos:


estudo de um grupo de excursionistas. Mestrado em educação e lazer,
departamento de educação. Escola superior de educação, instituto politecno de
coimbra, p.130. 2017.

ABRANTES, Pedro. Para uma teoria da socialização. Sociologia: Revista da


Faculdade de Letras da Universidade do Porto 21(21):121-139, janeiro de
2011. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/259528407_Para_uma_teoria_da_soc
ializacao

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