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ESTUDO DIRIGIDO
1 - A revista Veja (1999, p. 62-9) mostra, numa matéria de capa, a existência de uma
classe média negra no Brasil, composta por advogados, professores, médicos,
vendedores e empresários que contabilizam 8 milhões de pessoas e movimentar 50
milhões de reais por ano (ARAÚJO, 2009), trecho extraído do texto, que sentido a
autora Marivânia destaca?
A autora destaca a complexidade das representações visuais na sociedade. Ela enfatiza que,
apesar da emergência de uma classe média negra, persistem preconceitos e discriminações,
muitas vezes sustentados por identidades visuais estereotipadas. Para muitos, a aparência ou a
identidade visual do indivíduo negro ainda é associada a um menor 'valor', percebendo-o
como um cliente ou trabalhador de menor importância.
A dinâmica de grupo refere-se aos processos e interações que ocorrem dentro de um grupo e
entre seus membros. Ela engloba os padrões de comunicação, as decisões tomadas, a
formação de subgrupos, as normas estabelecidas e muitos outros aspectos das relações de
grupo. Compreender a dinâmica de grupo é fundamental para melhorar a eficácia dos grupos
e para compreender os fenômenos sociais que ocorrem dentro deles. A ideia de estudar
grupos como entidades com suas próprias propriedades remonta ao início do século XX,
quando psicólogos e sociólogos começaram a observar que os indivíduos frequentemente se
comportam de maneira diferente em contextos grupais do que quando sozinhos. Kurt Lewin,
um dos pioneiros no campo, é frequentemente creditado por suas contribuições significativas
ao desenvolvimento da teoria da dinâmica de grupo. A compreensão da dinâmica de grupo é
vital em muitas áreas, desde ambientes empresariais até atividades recreativas. Líderes e
facilitadores que entendem como os grupos funcionam podem orientar mais eficazmente as
equipes em direção a objetivos comuns, gerenciar conflitos e aproveitar a diversidade de
pensamento.
1. Os seres humanos agem em relação às coisas com base nos significados que essas coisas
têm para eles. Em outras palavras, a forma como reagimos a objetos, eventos ou pessoas é
influenciada pelos significados que atribuímos a eles, significados esses que são moldados
por nossa experiência social e cultural.
2. O significado de tais coisas é derivado da interação social que se tem com os outros. Ou
seja, os significados não são inerentes aos objetos ou eventos em si, mas surgem das
interações e comunicações entre as pessoas. Através da interação, aprendemos e negociamos
os significados dos símbolos.
1. Fachada Fixa: Esta seria uma apresentação constante de si mesmo que uma pessoa adota
independentemente do contexto ou da audiência. Pode ser visto como um aspecto central e
imutável da identidade de alguém, algo que não muda muito de situação para situação.
● Realidade como Construção Social: Este pressuposto sustenta que a realidade não é
uma entidade objetiva e fixa que existe independentemente das pessoas. Em vez disso,
a realidade é construída por indivíduos através de suas interações e comunicações uns
com os outros. O que é considerado "real" ou "verdadeiro" é determinado socialmente
através de processos de negociação, consenso e linguagem.
● Relatividade Histórica e Cultural: O conhecimento e a compreensão das pessoas
são moldados por seus contextos históricos e culturais. Isso significa que o que é
considerado verdadeiro ou real em uma época ou cultura pode não ser em outra.
Gergen defende que a psicologia, como qualquer outra disciplina, é um produto de
seu tempo e lugar, e o que ela apresenta como "fatos" sobre a natureza humana é
relativo ao contexto cultural e histórico.
● A Linguagem como Ferramenta de Construção: Em vez de ver a linguagem apenas
como um meio de descrever a realidade, o construtivismo social vê a linguagem como
uma ferramenta ativa na construção da realidade. A linguagem não apenas reflete o
mundo, mas também o molda. As categorias e conceitos que usamos para falar sobre
o mundo desempenham um papel na definição de nossa experiência desse mundo.
Para Gergen, o diálogo e a interação verbal são fundamentais para a formação de
identidades, relações e realidades.
Estes pressupostos fundamentam uma abordagem da psicologia social que é crítica das visões
tradicionais que assumem uma realidade objetiva e estável. Em vez disso, o construtivismo
social de Gergen enfatiza a fluidez, a interconexão e a construção contínua da realidade e do
conhecimento através da interação social.
Gergen é conhecido por suas críticas ao que ele vê como as limitações do positivismo e do
empirismo na psicologia, particularmente como eles foram praticados nas tradições
dominantes no meio do século XX. Em relação ao período anterior à década de 1970, as
observações de Gergen estão ligadas a diversos fatores, dentre eles a crítica à objetividade,
sendo cético quanto à ideia de que a psicologia, ou qualquer ciência social, possa alcançar
uma "objetividade" pura. Ele argumenta que todo conhecimento é contextual e emerge de
práticas sociais específicas. Portanto, o que muitas vezes é apresentado como "fatos
objetivos" sobre a natureza humana é, na verdade, produto de convenções sociais e históricas.
Outro ponto questionado por Gergen seria a homogeneização da Humanidade, ele critica a
tendência da psicologia tradicional de generalizar a partir de amostras, muitas vezes
ocidentais, para toda a humanidade. Ele argumenta que essa abordagem não apenas
homogeneiza indevidamente a experiência humana, mas também reflete uma forma de
etnocentrismo, priorizando certos pontos de vista (frequentemente ocidentais) sobre outros.
Gergen chama a atenção para as maneiras pelas quais o conhecimento é ligado ao poder. As
categorias e diagnósticos produzidos pela psicologia têm implicações reais para a vida das
pessoas, influenciando tudo, desde autoconcepção até tratamentos e políticas. Gergen é
crítico quanto a como essas construções podem ser usadas para controlar, patologizar ou
marginalizar. Enquanto o período anterior à década de 1970 viu grandes avanços em termos
de desenvolvimentos teóricos e metodológicos na psicologia, Gergen e outros críticos
argumentam que muitas dessas "descobertas" e abordagens foram moldadas por contextos
sociais e culturais específicos e, portanto, devem ser entendidas como tais.