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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE PSICOLOGIA

TRABALHO DE PSICOLOGIA SOCIAL

Eliane Faria dos Santos Silva


Euclides Camilo de Miranda
Samuel Brandão de Souza

Belo Horizonte
2021
Eliane Faria dos Santos Silva
Euclides Camilo de Miranda
Samuel Brandão de Souza

TRABALHO DE PSICOLOGIA SOCIAL

Trabalho apresentado a disciplina Psicologia


Social da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais – Campus São Gabriel.

Professor: Ms. Rubens Ferreira do Nascimento

Belo Horizonte
2021
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1. O que é o Construcionismo Social e porque ele pode ser considerado uma


corrente de Psicologia Social Crítica?

O Construcionismo social surgiu intitulado a psicologia como história quando Kenedy


Berger publicou em 1973 um artigo intitulado psicologia como história, nesse artigo o
Kenedy diferenciava psicologia das ciências exatas, ele disse que todo
conhecimento e todo conteúdo produzido pela psicologia é sempre acentuado
histórica e culturalmente, vai dizer que a psicologia não consegue produzir verdades
universais e leis universais como outra ciência. Defende que toda psicologia é social,
nosso entendimento do mundo é uma construção social, ou seja, ela é dada nas
relações na cultura e nas histórias, Emerson e Maria Japur, eles dizem que existem
várias perspectivas construcionistas e os construcionistas também dizem que o
Construcionismo social não é uma teoria, é um convite a entender o mundo como
social, ou a nossa relação social construídas a partir das pessoas com a interação
com uma perspectiva filosófica. Mas é sempre mediado social e culturalmente as
pessoas ao nosso redor.

Construcionismo social é uma perspectiva pós moderna, isto significa que ele
questiona o construtivismo que é baseado numa perspectiva moderna da ciência,
sofre muitas críticas, uma das principais críticas que se faz ao Construcionismo
social é de que ela seria muito relativista, e que não existe uma única verdade e há
várias verdades, como vai saber o que é certo, qual é a verdade mais verdadeira,
eles dizem que depende do contexto, não existe uma resposta universal, e isto traz
muitas insegurança e muitas dúvidas e existem grupos que não concordam e outra
coisa que causa mal estar, que a entendimento da verdade da ciência é a uma
verdade, ela não é necessariamente a melhor do que as outras, isso provoca muitas
críticas, os construcionistas tentam responder a isso, falando que quanto também a
verdade única universal para todos podemos estar sendo excludente e totalitarista,
durante muito tempo viveu regimes totalitarista e temos grandes experiências da
Colonização e dessa imposição de uma verdade considerada universal para grupos
que não construíram uma verdade.
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2. Representações Sociais, Práticas Discursivas e Ideologia. Porque são


teorias, práticas e conceitos psicossociais críticos? Quais são suas
semelhanças e diferenças?

O termo representações sociais refere-se aos saberes populares e do senso


comum, elaborados e partilhados coletivamente com o objetivo de construir e
interpretar o real, elas representam não só o objeto, mas também o sujeito que as
representa, e têm em comum a preocupação de entender “e intervir” nos problemas
sociais de seu país, procurando ser ao mesmo tempo, individual e social, Isso
porque não há possibilidade de analisar indivíduo e sociedade como elementos
completamente distintos, dicotômicos, uma representação social “está na cabeça
das pessoas, mas não é a representação de uma única pessoa; para ser social ela
necessita ‘perpassar’ pela sociedade, existir a certo nível de generalização”
(GUARESCHI, 2000, p. 36). Uma representação social é ao mesmo tempo interna e
externa, pois concretiza-se também por meio de fenômenos sociais, as
representações sociais são um conceito e um fenômeno que pertencem ao
intersubjetivo.

O movimento construcionista tem contribuído com reflexões teóricas e


metodológicas, que enfocam a linguagem, na busca de compreender os processos
de institucionalização que tornaram certos acontecimentos, essencializados, o qual
as práticas discursivas estão no centro do construcionismo, trazendo também o
reconhecimento que o homem é um ser socialmente construído.

Ideologia trabalha no sentido de produzir, reproduzir e transformar subjetividades.


Desempenha um papel definitivo e indispensável, principalmente para se
compreender as dimensões éticas, valorativas e críticas, na esperança da
emancipação dos seres humanos de condições de vida humilhantes.

Temos a Ideologia no sentido positivo, ou neutro, é entendida como sendo uma


cosmovisão, isto é, um conjunto de valores, ideias, ideais, filosofias de uma pessoa
ou grupo.

Ideologia no sentido negativo, ou critico, seria constituída pelas ideias distorcidas,


enganadoras, mistificadoras; seriam as meias-mentiras, algo que ajuda a obscurecer
a realidade e a enganar as pessoas.
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A diferença entre ideologia e representações sociais está no fato de que as


Representações sociais não carregarem, necessariamente, uma dimensão negativa
ou pejorativa, e as semelhanças são que todas enxergam a língua e linguagem
como mecanismo de poder, pode-se dizer também que uma relação social é uma
ideologia, porque é uma “construção simbólica socialmente partilhada. Todas são
teorias, práticas e conceitos psicossociais críticos porque fazem crítica ao
conhecimento proeminente e ao modo de fazer ciência moderna.

3. Agora, levando ainda mais diretamente em consideração as produções


artísticas procurem usá-las para pensar o conceito de identidade de Ciampa.

De acordo com Ciampa, a identidade é movimento de transformação, é


metamorfose. Esse movimento de transformação tem significado para o indivíduo
que se apresenta travestido por meio de seus vários personagens, pois ele se
apresenta sempre a outro do qual espera a importância de suas personagens.

Assim sendo, pode-se dizer que estamos pesquisando a nossa identidade, como em
qualquer pesquisa estamos em buscas de respostas e de conhecimento. Todos
somos personagens de uma história, fazendo nos autores e personagens ao mesmo
tempo.

A identidade constitui um autor e podemos ser, por exemplo, o pai do filho e o filho
do pai, a verdade que nossa identidade é constituída pelos diversos grupos que
fazemos parte, através das relações que estabelecem seus membros entre si e no
meio onde vivem.

O problema consiste em que não é possível dissociar o estudo da identidade do


indivíduo da sociedade, as possibilidades de diferentes configurações de identidade,
estão relacionadas com as diferentes configurações da ordem social. A cada
momento estamos representando um personagem diferente, pertencente aos muitos
personagens que compõem a nossa identidade.

Identidade é movimento e desenvolvimento do concreto, é metamorfose.

É sermos o um e um outro, para chegarmos a ser um, numa infindável


transformação.
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Assim sendo, nas produções artísticas, sejam elas filmes, novelas ou teatros, o
indivíduo tem vontade de ser reconhecido como uma pessoa, que não é ela de fato,
mas um personagem que procura ou tenha vontade de ser igual. Nas produções
artísticas os artistas, através de um personagem, podem ser aquilo que não é ou ter
um determinado comportamento que não teria coragem de ter na vida real. Podem
falar coisas que não teria coragem de falar na realidade, ou até mesmo agir de
forma diferente que agiria. O artista pode transformar a sua identidade através das
produções artísticas, pois pode se apresentar como representante dele próprio e
ator de personagens distintos, sendo que esses diversos personagens no fundo
podem compor a identidade real do artista.

REFERÊNCIAS:

SPINK, Mary Jane (org). Práticas Discursivas e Produção de Sentidos no


Cotidiano: Aproximações teóricas e metodológicas. Rio de Janeiro: Centro
Edelstein de Pesquisas Sociais, 2013.

GUARESCHI, Pedrinho. Representações sociais e ideologia. Revista de Ciências


Humanas, Florianópolis: EDUFSC, Edição Especial Temática, p.33-46, 2000.

CIAMPA, Antônio da Costa. As Categorias Fundamentais da Psicologia Social.


São Paulo: Brasiliense, p.58-75, 1984.

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