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Já na socialização secundária temos o sujeito se inserindo em novas e complexas instituições da sociedade, como
escola, igreja, grupo de amigos, trabalho etc. Nessa inserção, o sujeito amplia e/ou modi ca seu repertório de
valores, comportamento, linguagem etc.
Grupo social
Outro conceito de bastante relevância quando tratamos da vida em sociedade é conceito de grupo social. Grupos
sociais são a forma básica de associação humana, na qual contradições e valores são compartilhados e interesses
em comum unem os diferentes membros do grupo em uma mesma direção. Grupo, portanto, é diferente de
agrupamento, pois quando falamos em agrupamento consideramos pessoas apenas fortuitamente reunidas de
forma ocasional.
Em resumo, quando tratamos de vida em sociedade não podemos esquecer dos conceitos de grupos sociais e
socialização. Os indivíduos constituem-se como tal pelas suas relações sociais, que se dão nos grupos sociais,
locais onde ocorrem os processos de socialização.
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Processo grupal e instituições
Para estudarmos processos grupais e instituições precisamos nos recordar de alguns importantes pressupostos
da psicologia social.
Primeiramente, consideremos o homem como ser social, a rmação que remonta a Aristóteles. Esse social
apresenta-se de forma mais ou menos organizada por meio de grupos. Somos constituídos pela vida em grupo. O
social no homem é parte de sua construção e essa construção se dá pela vida em grupo.
Vida em grupo
A vida em grupo pressupõe regras e leis que scalizem as relações humanas e permitam a convivência mútua
saudável. Sem organização supraindividual, não há convivência coletiva. Essa normatização que constitui os
grupos sociais é chamada de institucionalização. As instituições, portanto, são a forma organizada de grupos
humanos em convivência.
Membros do grupo compartilham objetivos, afetos e sentimentos de identi cação com o grupo.
Para Lewin, membros de um grupo compartilham de um mesmo objetivo, mas cada integrante tem sua
singularidade que os faz sujeitos únicos que convivem e compartilham de um mesmo valor ideal coletivo. É a
subjetividade na coletividade.
Papel social
Para nalizar, um conceito fundamental quando pensamos em sujeitos e grupos ou em subjetividadade e
coletividade é o conceito de papel social. Papel social é na verdade o resultado do processo de socialização.
Lembrando que socialização é o processo de construção do sujeito a partir de sua vivência coletiva inicialmente na
família (socialização primária) e depois em instituições como escola, trabalho, grupo de amigos etc. O resultado
dessa socialização é a incorporação do papel social, ou seja a introjeção de normas, direitos e deveres que regem
a conduta dos sujeitos quando de sua ação no interior de um grupo ou instituição. Por exemplo, com o tempo eu
aprendo na escola qual o papel do aluno. Aprendo como me comportar, como interagir com meus colegas, com os
professores, como manuseio meu material, o que posso ou não fazer. Eu me aproprio do papel social de aluno.
Os papéis sociais podem ser herdados, ou seja, posso adquiri-los como algo já esperado para a minha pessoa.
Também podem ser conquistados, ou seja, posso assumir um papel já existente mas que não estava pressuposto
para mim, ou posso nalmente construir um papel criativamente. De qualquer forma, seja herdado, conquistado
ou construído, um papel social se faz sempre na relação dialética do sujeito com o grupo.
Psicologia política
É importante entender que a psicologia social luta contra toda forma de neutralidade ou falsa neutralidade política
da ciência. A psicologia social da América Latina surgiu como crítica à psicologia norte-americana, que não
instrumentalizava para uma impacto concreto na sociedade. Falar em impactar e modi car a realidade social é
necessariamente falar em política.
Psicólogo social
Nessa perspectiva, o psicólogo social é tido como um agente político responsável pelo processo de tomada de
consciência do sujeito sobre suas condições materiais de existência, de modo a promover transformações da
realidade e emancipação e protagonismo dos sujeitos.
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mecanismos de promoção, defesa e controle das políticas públicas de direitos humanos. Como exemplo podemos
mencionar os conselhos de direitos que ocorrem nos níveis municipal, estadual e federal, as políticas públicas da
saúde e assistência, os C.T. etc.