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RESUMO DE DINÂMICA DE GRUPO I

As dinâmicas são instrumentos, ferramentas que estão dentro de um processo de formação


e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento.
Objetivo
 Levantar na prática: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem.
 Desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática como processo
sistemático, ordenado e progressivo.
 Retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la.
 Incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos.
Em suma dizer que as dinâmicas tem por objetivos integrar, desinibir, divertir, refletir,
aprende, apresentar e promomover o conhecimento entre as pessoas.
As principais técnicas
 Técnica pedagógica: ensinar uma teoria voltado para o conhecimento.
 Técnica de sensibilização: Instiga que o individuo compartilhe sentimentos,
experiências e emoções.
 Técnica lúdico pedagógicas: Buscam através de brincadeiras e diversão
proporcionar abstração aos indivíduos.
Grupos Sociais

Os grupos sociais são definidos pela interação estabelecida entre as pessoas e o sentimento


de identidade existente. Em outros termos, é a forma básica de associação humana.

Características dos grupos sociais


De modo sistemático e coerente, dentro de um grupo social, os indivíduos que o compõem,
desenvolvem uma relação estável.
Assim, eles compartilham histórias, objectivos, interesses, valores, princípios, símbolos,
tradições e, sobretudo, as leis e as normas que asseguram as relações interpessoais e o
desempenho de determinados papéis entre os sujeitos sociais.
Observe que durante a vida participamos de diversos grupos sociais, seja na escola, nas
manifestações religiosas, tradicionais e culturais.

Assim, desenvolvemos muito de nossas reflexões a partir do nosso entorno, de modo a


concluir que um grupo social possui uma função primordial na configuração da sociedade.
Ele auxilia na criação de uma identidade grupal, bem como na formação dos gostos e
preferências, valores e visões de mundo.
Alguns mecanismos de sustentação dos grupos sociais são: liderança (pessoal ou
institucional), normas, sanções e valores sociais.
Jean Paul Sartre (1905-1980), filósofo e crítico francês, discute sobre a formação dos
grupos sociais e atribui à composição dialética- dos grupos, o conceito de “serialidade”.
Ou seja, o processo que denota a dispersão e a solidão dos homens, e na medida que é
superado, ocorre a constituição de um grupo social, por meio do processo inicial
denominado “fusão social”.

Como exemplo, podemos citar a fila de um banco, onde as pessoas permanecem juntas,
porém, sem interação e integração. Essa falta de interação, já denota a inexistência de um
grupo social.
Grupos sociais x agregados sociais
O que difere os grupos sociais dos chamados “agregados sociais” é justamente a forma de
interação entre as pessoas.
Ou seja, uma multidão numa passeata corresponde a um agregado social e não
necessariamente a um grupo social, visto que compartilham, de alguma forma, um ideal,
uma curiosidade. Contudo, durante sua efetivação, estabelecem o mínimo de comunicação
e de relações sociais.
Tipos de Grupos Sociais
De acordo com a relação interpessoal, o tamanho do agrupamento e o grau de contato entre
seus membros, o sociólogo Charles Horton Cooley (1864-1929) criou classificações para
os grupos sociais. Segundo ele:“a mente é social e a sociedade, mental”.
A classificação proposta pelo sociólogo divide os grupos em primários, secundários e
intermediários, por outro lado, afirma que a ausência de tal fenômeno demarca o que
chamou de “desorganização social”:
1. Grupos Primários: formado por grupos pequenos, os grupos primários se estabelecem por
meio de relações mais íntimas e duradouras, ou seja, que possuam contacto direto ou
indireto, por exemplo, família, vizinhos e amigos.
2. Grupos Secundários: possuem grandes dimensões e são mais organizados, os quais
envolvem relacionamentos de menor contacto, mais formais e institucionais, porém que
possuem os mesmos interesses e objetivos, por exemplo, os grupos formados nas igrejas, nos
partidos políticos, dentre outros.
3. Grupos Intermediários: Nesse tipo de configuração há existência de contatos maiores e
menores que incluem os grupos primários e secundários, por exemplo, no ambiente escolar,
onde desenvolvemos relações mais íntimas e relacionamentos de menor contacto, por
exemplo, com o diretor da escola.
Na construção das relações intersociais, os principais grupos são:
 Grupo familiar
 Grupo profissional
 Grupo educativo
 Grupo político
 Grupo religioso
 Grupo de lazer e entretenimento
Ao longo de nossas vidas, fazemos parte dos mais diferentes grupos de pessoas, seja por
escolha própria, seja por circunstâncias que independem de nossa vontade. Assim, entramos
e saímos de vários grupos sociais, os quais certamente são importantes na conformação de
nossa educação, de nossos valores e visões de mundo.
Na Sociologia, considera-se que os grupos sociais existem quando em determinado
conjunto de pessoas há relações estáveis, em razão de objetivos e interesses comuns, assim
como sentimentos de identidade grupal desenvolvidos através do contato contínuo.
Estabilidade nas relações interpessoais e sentimentos partilhados de pertença a uma mesma
unidade social são as condições suficientes. Além disso, é importante observar que o grupo
existe mesmo que não se esteja próximo dos componentes. Prova disso está no facto de
que, ao sairmos da última aula da semana, embora fiquemos longe daqueles que compõem
nossa sala, a classe por si só não se desfaz, ainda existindo enquanto grupo. Da mesma
forma, podemos pensar isso para nossas famílias, o que corrobora o facto de que o grupo é
uma realidade intermental, ou seja, mesmo que os indivíduos estejam longe, permanece o
sentimento de pertença dentro da consciência de cada um.
Podemos ter grupos sociais como os de participação e de não participação, isto é, aqueles
que temos vínculo ou não. A pertença ou não a determinado grupo será fundamental para
determinar nosso comportamento em relação aos outros (tomados como pares ou como
diferentes), embora saibamos que se por um lado temos o direito de nos identificar ou não
com algum grupo, por outro devemos fugir do preconceito e discriminação (em todos os
aspectos possíveis) dos que estão em outros grupos. Além desses, podemos ter outros
grupos como os de referência (positiva ou negativa), normativos e comparativos, todos
servindo de norte ou parâmetro para nossas relações sociais. Nossos grupos de referência
positiva na maioria das vezes são os grupos dos quais participamos. No entanto, podemos
ter indivíduos que buscam aceitação em grupos que não pertencem, como adolescentes que
têm amizades com jovens de mais idade e passam a imitar o comportamento em um
período de crise de identidade e questionamentos tão comuns à adolescência. No caso da
referência negativa, o mesmo é válido. A família que deveria ser positiva se torna negativa
para o adolescente que deseja transgredir um conjunto de valores defendidos por sua
família.
Ampliando essa classificação, podemos pensar tanto nos grupos informais como nos
formais. É possível dizer que os grupos informais são aqueles do qual que fazemos parte
sem uma regra ou norma, necessariamente, controlando o pertencimento. Somos
pertencentes por vários factores do ponto de vista subjetivo, por motivos outros que podem
não ser racionais ou por uma escolha aleatória. Um bom exemplo são nossos grupos de
amigos, como na escola, no trabalho, no clube, no bairro em que moramos. Vejamos que,
se por um lado podemos fazer parte de um mesmo grupo que outro indivíduo apenas pelo
fato de estudarmos na mesma escola, por outro isso não significa que de facto todos os
alunos sejam amigos. Os grupos informais também podem ser entendidos como grupos
primários, isto é, são pequenos e dizem respeito a relações entre as pessoas dadas por
semelhança e afinidade, sendo que o objetivo último da relação é ela em si, e não um meio
para se alcançar algo.
Já os grupos formais são pautados pela alta racionalidade, e o indivíduo que a ele pertence
está pautado por leis, por regras, por uma burocracia racional-legal, quando as relações
sociais são mediadas por dispositivos contratuais, como em uma empresa, por exemplo. Os
grupos formais também podem ser tomados por grupos secundários, pois são grandes e
dizem respeito a relações entre pessoas por interesses em comum, sendo o objetivo último
da relação a interdependência. As relações não têm o mesmo grau de permanência que nos
grupos informais, já que as relações são apenas um meio para atingir um objetivo em
comum.
Vale dizer que com o desenvolvimento do capitalismo enquanto modo de produção ocorreu
uma maior divisão do trabalho, tendo como consequência um aumento dos grupos formais,
dada a racionalização das relações humanas, pautadas fundamentalmente pela
interdependência dos indivíduos nesta lógica capitalista.
Etapas da vida dos grupos
Ao longo do tempo os grupos passam por fases de desenvolvimento. Como são entidades
dinâmicas, os grupos sempre estão em estado de constante actividade e mudança
(ROBBINS, 2006). As etapas de desenvolvimento dos grupos são:

• Formação: o ingresso das pessoas nos grupos é motivado por uma série de razões: metas,
atividades, demandas ou pelos membros e estabelecem entre si um significado e criam uma
identidade. No início da formação, o grupo recebe a informação de quais atividades
desenvolverá, a quem irá se dirigir, quais os objetivos, os comportamentos aceitáveis, tudo
isso relacionado à tarefa a qual eles estão designados a desenvolver. Esta fase é marcada
por cortesia, confusão, cuidados e pela existência de pontos comuns.
 Turbulência ou tormento: esta fase dá início quando os processos começam a
entrar em andamento e os estilos individuais de trabalho se chocam. Os conflitos
nascem devido às pessoas resistirem à influência do grupo e a concorrência dos
indivíduos no alcance de metas. Esta fase é marcada por tensão, confronto e críticas.
Muito embora estes conflitos pareçam negativos, são importantes porque ajudam no
ajuste e na interação dos grupos. Sem estes componentes certamente o grupo
apresentaria comportamentos tais como: vadiagem social, pouca atenção ao trabalho
e lentidão.

• Normatização: os grupos possuem normas formais e informais. No período de


normatização a resistência diminui à medida que o grupo descobre quais são as suas
regras e seus padrões de funcionamento, desenvolvendo coesão. Esta fase é marcada
por envolvimento, comprometimento, colaboração e cooperação.

• Desempenho: nesta fase o grupo está orientado para o alcance de resultados. As


relações, os status e a divisão de tarefas são todos focados para o desenvolvimento
do trabalho. Esta fase é marcada por criatividade, desafios, consciência e
consideração entre os membros do grupo.

• Reformulação ou suspensão: nesta fase podem surgir as situações de suspensão –


os grupos bem-sucedidos podem acabar, porque foram formados para desenvolver
uma tarefa e este objetivo já foi atingido. Ou grupos com baixo desempenho
debandam em função dos seus resultados serem ruins. Neste sentido, a suspensão é
marcada por acordos, pela comunicação e consenso. Já a reformulação ocorre
devido à necessidade de se implantar mudanças, visto que o grupo está acomodado
com vícios e com hábitos tão arraigados que acaba por dificultar a entrada de novas
formas de trabalho. A resistência à mudança é tão grande que, mesmo já sendo um
grupo estável, pode retornar à fase da turbulência. Esta turbulência, se não
resolvida, pode levar ao “falecimento” do grupo. Na fase de reformulação é importa
formação de grupos e seu contexto
Grupos acompanham o desenvolvimento da humanidade e são um processo
poderoso, pois quando funcionam de forma correta, conseguem elevar o potencial
produtivo das partes individuais (Blinder & Morgan, 2000)

A ênfase actual na eficácia de times reflete a consciência crescente de que a complexidade


do trabalho encontrado cada vez mais em movimentos sociais e organizações no geral vem
crescendo. Mais trabalho é conduzido por grupos pois é a única maneira de realizar as
tarefas encontradas. O conhecimento dos seus processos de formação e desenvolvimento
tornam-se então vitais se o desejado é elevar sua eficácia e produtividade, com estudos
apontando que grupos maduros mostram ter um desempenho muito melhor e eles terminam
os projetos mais rapidamente (Wheelan et al., 1998).

HISTÓRICO KURT LEWIN E AS CONTRIBUIÇÕES


• Nasceu em 1890 na Prússia;
• Seu interesse pela psicologia aparece gradualmente (inicialmente estudou química e física
e depois filosofia);
• Começa a actuar em 1914 na Universidade de Berlim mas foi convocado para a guerra;
• Retorna às suas actividades acadêmicas em 1921 onde fica até a tomada pelos nazistas
em 1933;
• Exilado, vai ensinar na Universidade de Stanford (Califórnia) e depois outras
Universidades Americanas;
• O termo “dinâmica de grupo’ aparece pela primeira vez em um artigo, no qual Lewin
estuda as relações entre a teoria e a prática em psicologia social.
Principais contribuições de Lewin à psicologia social
Interfaces com as Ciências Desenvolvimento de Distinção entre sócio
Sociais estudos a cerca do grupos e psico grupos
comportamentos dos grupos
MACROGRUPOS
(dinâmica das sociedades) e
MICROGRUPOS
(dinâmica de grupo)

Para ser válida, toda exploração científica de problemas relativos ao campo da psicologia
das relações intergrupais deve operar-se em constante referência à sociedade global na qual
esses fenômenos de grupo se inscrevem, isto é, em referência às interações e às
interdependências que toda minoria estabelece forçosamente com a maioria pela qual é
discriminada
• As realidades sociais são sempre multidimensionais e, por conta disso, a pesquisa de
laboratório se mostra inadequada;
• Os reflexos e as atitudes dos grupos minoritários não se tornam inteligíveis senão em
referência ao contexto sociocultural em que se inscrevem;

• somente uma aproximação complementar de todas as ciências do social ofereceria alguma


possibilidade de identificar corretamente as constantes e variáveis em estudo.

CAMPO SOCIAL
• É uma totalidade dinâmica constituída por entidades sociais coexistentes, não
necessariamente integradas entre si - é a distribuição de forças em todo o campo que
determinará o comportamento social.

• Podem coexistir no mesmo campo social grupos, sub-grupos ou indivíduos separados por
barreiras sociais ou ligados por redes de comunicações.

• O campo social é uma gestalt– um todo irredutível, onde não podemos supor a dinâmica
dos laços do grupo a partir da análise dos subgrupos.

• Assim como o indivíduo em seu ambiente formam o campo psicológico , os grupos e seu
ambiente formam o campo social.
O campo social é um instrumento indispensável para a análise da vida no grupo.
Forças intra e intergrupais
• A influência de cada grupo que o indivíduo pertence sobre o comportamento desse
indivíduo depende da situação, do momento, o que caracteriza a atmosfera do grupo.
• O seu grau de concordância com os objetivos do grupo pode variar. Quanto mais o
indivíduo concorda com os valores do grupo, mais ele adquire valência positiva em relação
a esse grupo;
• Se a valência negativa for muito forte, o indivíduo precisa locomover-se para outro grupo;
• Essa locomoção é sempre geradora de conflitos
Três tipos de grupos e suas caracteristicas
• AUTOCRÁTICO – é aquele cuja coordenação (direção) é autoritária,, não têm
autonomia de decisão, e as tarefas são impostas
• DEMOCRÁTICO - coordenação é democrática, as decisões são tomadas em grupo e
pelo grupo e as responsabilidades são divididas
• LASSAI-FAIRE – não tem coordenação, o grupo fica a deriva de seus próprios
movimentos
AUTOCRÁTICO
• Decisões são impostas
• Não há autonomia para decisões em grupo e pelo grupo •
A direção é distante e tende a se referenciar como um “deuses”
• Prática de distribuição de privilégios
• As inter-relações entre os membros são competitivas
• Não há cooperação
• Surgimento de relações de tirania
DEMOCRÁTICO
• Decisões são partilhadas entre o grupo e pelo grupo
• As responsabilidades são divididas
• Todos têm os mesmos direitos e mesmo deveres
• O coordenador pertence ao grupo
• É cooperativo
LASSE-FIRE
• Não há coordenação, mesmo havendo a pessoa com essa função
• O grupo fica a deriva de seu próprio funcionamento e vulnerável a varias tendências
dependendo de quem liderar no dia;
• Muitas lideranças e nenhuma ao mesmo tempo;
• Não consegue realizar a tarefa que se propôs porque se auto desorganiza a todo o
momento ou episódio;
• Difícil distinguir um crescimento grupal;
• Vulnerável ao surgimento de uma liderança autocrática esses funcionamentos grupais
tendem a se reproduzir na sociedada;
Em formas de conclusão pode-se dizer, que:
Sociedades autocráticas – ditaduras. As mesmas dinâmicas são reproduzidas entre os
habitantes e nativos dessa sociedade. Intolerância com as minorias. Comportamentos
agressivos contra bodes expiatórios (subgrupos estigmatizados e eleitos socialmente como
causadores dos males sociais)
• Sociedades democráticas – são tolerantes, existe maior cooperação entre as pessoas e
grupos e maiores laços de solidariedade.
• Sociedades sem governo (lasse fire) – tendem ao desaparecimento ou ao surgimento de
uma liderança autocrática
Classe como um grupo social
As sociedades, segundo Karl Marx, são sociedades de classes. Para ele, em qualquer
sociedade, encontramos um sistema de classes, ou seja, um sistema onde há grupo
dominante e um grupo dominado.
As classes sociais são um grupo social, um conjunto de actores, que não tem uma existência
oficial. Elas são caracterizadas pela vaga no sistema produtivo. As classes sociais
transformam a organização econômica e social.
Critérios das classes sociais
As classes sociais têm três critérios:
1. O grupo social se define pela possessão de um meio de produção. Os actores têm a
mesma posição, a mesma vaga, na relação de produção. Os indivíduos que
pertencem à mesma classe social têm de ter uma posição social similar.
2. Indivíduos que compartilham uma classe social têm de ter uma consciência de
classe, ou seja, devem compartilhar interesses, estilos de vida, gostos. Os indivíduos
têm consciência de pertencer a uma classe especifica e ter interesses em comum.
Existe um sentimento de pertencer ao mesmo grupo. Karl Marx fala que uma classe
social tem consciência dela somente se ela sabe que está em luta contra outras
classes.
3.  Uma classe social compartilha a luta de classe, ou seja, os indivíduos lutam pelos
mesmos interesses. Então, eles se confrontam com conflitos que são mais ou menos
violentos.
As classes sociais, uma realidade material
Segundo Karl Marx, as classes não são somente uma ideia dos economistas ou dos
sociólogos, trata-se de uma realidade material que influencia o comportamento dos actores.
Quais são as duas classes sociais fundamentais do modo de produção capitalista?
– Os proletários que têm somente a força de trabalho, os operários.
– Os capitalistas que têm o capital, a burguesia.
Os proletários são explorados pelos capitalistas.
Qual é a diferença entre a classe em si e a classe para si?
Karl Marx faz uma diferença entre a classe em si e a classe para si.
No caso da classe para  si, o grupo sabe que tem aspirações e oposições em comum. O
grupo tem consciência de ser uma classe e tem consciência da importância dos interesses
de classe. Nesse caso, eles podem fazer movimentos coletivos de reivindicação, ter uma
identidade de classe.
A classe para si é diferente da classe em si. Segundo Karl Marx, a classe em si corresponde
à vaga no processo de produção e a classe para si tem consciência dela. A classe em si, não
tem necessariamente esta consciência, não se dar conta de pertencer a uma classe
(comparado à classe para si). A classe em si reúne condições objetivas.
– A luta de classes
Segundo Karl Marx, “a história de cada sociedade até nossos dias foi somente a história da
luta de classes”.  Ele pensa que para melhorar a situação dos oprimidos, a única solução é a
luta de classes. A luta de classes não é necessariamente violenta, porém, para que uma
classe pudesse existir, o grupo deve ter consciência da luta, ou seja, ser uma classe “para
si”. Então, segundo Karl Marx, a luta de classes é o motor da história.
– Exercício
1. Como podemos definir uma classe social segundo Karl Marx?
2. Para ser uma classe social, segundo Karl Marx, o fato de ter as mesmas características
econômicas e sociais é suficiente?
3. Quais são as 3 condições necessárias para poder falar de “classe social”, segundo Karl
Marx?
4. Qual é a diferença entre classe em si e a classe para si?
5. Para cada expressão, falar se faz parte da “classe em si” ou da “classe para si”: modo de
vida parecido, consciência de classe, luta de classes, mesma vaga no processo de produção.
 

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