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da Psicologia Comunitária
Prof. Vilson Sérgio Carvalho
Descrição
Propósito
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
Módulo 4
Introdução
Os marcos conceituais da Psicologia Comunitária são um rico
conteúdo que certamente será de grande proveito para o
entendimento do papel do psicólogo comunitário. Não os
conhecer implicará, no mínimo, uma prática profissional
mecânica e vazia, na qual alguns resultados podem até ser
atingidos, mas sem a compreensão do impacto do trabalho
realizado.
Desde que abandonou a vida nômade para partilhar uma forma de viver
coletiva, o homem desenvolveu métodos e habilidades que lhe
permitiram uma melhor adaptação ao mundo à sua volta, passando a ter
maior controle da vida de modo geral por meio de atividades
cooperativas e organizadas.
Tamanho
Comunidades tradicionais
Comunidades institucionais
Comunidades virtuais
Dimensão ambiental
Dimensão social
Dimensão psicológica
Dimensão política
Esta dimensão está relacionada diretamente ao âmbito da
cidadania ativa e consciente. Embora muitas vezes a
comunidade não faça ideia da força que tem, o fato é que
politicamente as possibilidades de independência econômica e
autogestão são favorecidas pela vida em comunidade. Quando
todos se unem e lutam por seus direitos de uma forma comum,
as chances de resolução de problemas e de alcance de uma
maior legitimidade diante das autoridades governamentais
responsáveis são muito maiores. Essa dimensão retrata a força
da comunidade organizada e mobilizada em prol da resolução de
suas demandas e necessidades visando à melhoria e ao bem-
estar.
Uma comunidade não se faz de uma hora para outra. Os laços que a
sustentam vão se construindo aos poucos nas práticas cotidianas, na
rotina das vivências e da sobrevivência, cujas demandas aproximam
aqueles que se identificam por interesses comuns. No convívio diário,
hábitos e costumes são construídos, uma linguagem é criada e adotada,
uma cultura própria se constitui, representações sociais são formadas.
Aos poucos, desconhecidos tornam-se conhecidos, conhecidos tornam-
se colegas e estes, por sua vez, podem até se tornar amigos.
Re�exão
Questão 1
B dimensão política.
C dimensão psicológica.
D dimensão cultural.
E dimensão ambiental.
Questão 2
A O sentimento de pertença
B A mobilização comunitária
C A autogestão comunitária
D A participação comunitária
E A subjetividade social
Subjetividade individual e
subjetividade social
Vamos agora analisar com maior profundidade as duas dimensões da
subjetividade humana que juntas demonstram a riqueza e a
complexidade desse conceito: a subjetividade individual e a
subjetividade social. O estudo dessas duas dimensões revela que a
subjetividade é tanto produto como processo contínuo.
Uma vez que o sujeito possui um caráter reflexivo e ativo, sua relação
com o social se encontra em permanente estado de tensão, podendo
gerar novas unidades de subjetivação individual e social.
Subjetividade individual
Subjetividade social
Atenção!
Comentário
Limites na compreensão da
subjetividade social comunitária
Neste vídeo, o especialista apresenta e reflete sobre a complexa
dialética que configura a rede das diversas subjetividades integradoras
de uma comunidade e a limitada compreensão do psicólogo
comunitário.
Questão 1
Pode ser entendida como um sistema de sentidos subjetivos e
configurações subjetivas que se instala nos sistemas de relações
entre as pessoas que compartilham um mesmo espaço social:
A Subjetividade individual
D Subjetividade cultural
E Subjetividade social
Questão 2
Empoderamento, emancipação e
transformação social
O conceito de empoderamento é um dos mais importantes marcos
conceituais no âmbito da Psicologia Comunitária. Ele envolve o estudo
tanto de processos de empoderamento individual como também de
empoderamento coletivo da comunidade como reflexo direto do
primeiro.
O uso do termo não é novo, passou a ter notoriedade com a eclosão dos
novos movimentos sociais contra o sistema de opressão em
movimentos de libertação e de contracultura, na década de 1960, nos
Estados Unidos, onde empowerment passou ser utilizado como
sinônimo de “emancipação social”, graças ao surgimento e à
consolidação de movimentos emancipatórios na luta pelos direitos civis
de negros, mulheres, deficientes e homossexuais.
Nível individual
Quando se refere às variáveis psicológicas e comportamentais
associadas à descoberta dos valores e às capacidades individuais
como força e resistência.
Nível comunitário
Quando se refere à soma dos empoderamentos individuais dos
membros de uma comunidade e suas lutas em comum por
transformações sociocomunitárias.
A seguir, você poderá saber um pouco mais sobre como cada um deles
se desdobra.
Empoderamento individual
Empoderamento organizacional/institucional
Empoderamento comunitário
Marshall
Thomas Humphrey Marshall (1893-1981), natural de Londres, foi o quarto
dos seis filhos de uma próspera e culta família de classe média. Seu pai era
um arquiteto bem-sucedido, e seu bisavô fez fortuna na indústria. Educado
em Rugby e Cambridge, foi um sociólogo conhecido principalmente pela
obra Citizenship and social Class, além de outros ensaios, nos quais
analisou o desenvolvimento da cidadania, dos direitos civis, políticos e
sociais. (Fonte: MASTRODI; AVELAR, 2017)
Direitos civis
Direitos políticos
Direitos sociais
Cidadania nata
É aquela que temos desde o nascimento como sujeito de direitos e
deveres de uma localidade onde vigora o Estado Democrático de Direito.
Cidadania conquistada
Refere-se à cidadania que luta para que o que está nas legislações
municipal, estadual e federal e, de modo particular, na Constituição seja
uma realidade.
Cidadania passiva
Consiste no simples acesso individual aos direitos políticos, sociais,
civis fornecidos pela cidadania inata.
Cidadania ativa
Traz consigo a dimensão das responsabilidades que os sujeitos têm
com a comunidade política à qual pertencem.
Autogestão e mobilização
comunitária
Promovendo o empoderamento, a conscientização contra a alienação e
a mobilização social, a Psicologia Comunitária estimula o exercício de
uma cidadania ativa, consciente e crítica que busca a melhoria das
condições sociocomunitárias para todos os que dela fazem parte.
Assim, a comunidade conhece suas forças e fraquezas, reconhece
oportunidades e luta em conjunto, para que o acesso a direitos
essenciais seja uma regra, e não uma exceção (CARVALHO, 2006).
Atenção!
Trata-se de estimular a autonomia e a responsabilidade social para que
todos atuem na comunidade de uma forma mais eficiente e
participativa, excluindo toda ideia de paternalismo. O objetivo é levar a
comunidade a tomar as rédeas, mobilizando seus integrantes a lutar por
sua preservação e desenvolvimento.
A Psicologia Comunitária realiza um trabalho de sensibilização da
comunidade com base em uma subjetividade social e uma identidade
local construídas pela mobilização de seus integrantes. Esse é um
ponto importante para entender o papel da Psicologia Social
Comunitária. Outras áreas como a Educação e o Serviço Social
trabalham com informação.
Autogestão e mobilização
comunitária
Neste vídeo, o especialista apresenta e reflete sobre o papel da
Psicologia Comunitária no atendimento de processos básicos que
permitem a continuidade da vida digna em comunidade,
aperfeiçoamento e desenvolvimento comunitário.
Questão 1
Questão 2
A Empoderamento individual
B Empoderamento organizacinal/institucional
C Empoderamento comunitário
D Empoderamento crítico-reflexivo
E Empoderamento cultural
Desenvolvimento e sustentabilidade
Como um organismo vivo, a comunidade não para de crescer e se
desenvolver e isso é fundamental para sua sobrevivência. No âmbito
local, dizemos que um lugar se desenvolveu não apenas quando
cresceu economicamente, mas se sua qualidade de vida melhorou com
a ampliação e a melhoria dos serviços de saúde e bem-estar, com os
dispositivos de deslocamento e segurança pública, com a abertura
política, a valorização da diversidade cultural e a preocupação com
sustentabilidade ambiental.
Durante longo tempo, predominou no Brasil a
concepção economicista de desenvolvimento como se
o país se configurasse exclusivamente em crescimento
ou avanço econômico. Essa concepção acabou
promovendo a prevalência dos indicadores
econômicos de uma localidade como decisivos para
determinar seu desenvolvimento ou
subdesenvolvimento.
Biológico
Político
Econômico
Sustentabilidade ambiental
Sustentabilidade organizacional/institucional
Sustentabilidade social
O que é desenvolvimento
comunitário?
Inicialmente devemos entender que o desenvolvimento comunitário é
um processo de construção de capacidades para as comunidades, a fim
de que elas busquem as melhorias necessárias para atender suas
necessidades e demandas prioritárias por meio de ações democráticas
eficientes, tornando-se autodeterminadas e autossuficientes. Isso
envolve sensibilização, mobilização, planejamento, formação de
lideranças e gestão de projetos desde sua criação até sua
implementação e controle.
Mito 1
Mito 2
Mito 3
Mito 4
Mito 5
Reconhecimento da necessidade de
mudança
Questão 1
Considerações �nais
O percurso de nosso estudo foi bastante didático e, com certeza, irá
aclarar as ideias que envolvem o conhecimento dos processos
comunitários essenciais à existência e à continuidade de uma
comunidade.
Podcast
Neste podcast, você ouvirá sobre os principais marcos conceituais da
Psicologia Comunitária: comunidade, subjetividade social,
empoderamento, desenvolvimento comunitário e sustentabilidade
comunitária.
Referências
CARVALHO, V. Educação ambiental urbana. 2. ed. Rio de Janeiro: WAK,
2018.
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