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PROPÓSITO
Compreender os diferentes tipos de relacionamento que o indivíduo cria ao longo do seu
desenvolvimento como ser humano com ele mesmo e com a sociedade na qual está inserido.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
O entendimento do que é a Saúde evoluiu com o passar dos anos e impactou por completo as
relações estabelecidas com os clientes e entre os profissionais da equipe de saúde. Logo, é
fundamental compreender como criar e manter essas relações proveitosas nos cenários de
saúde e com os recursos humanos.
Nenhum ser humano é uma ilha, ou seja, não está isolado do mundo. Independentemente de
como seja sua forma de ser (personalidade), o homem precisa de alguém em algum momento
para algo. O autoconhecimento facilita a construção de relacionamentos com os outros e isso
tem muita valia para os profissionais de saúde, que lidam com o indivíduo em momentos tão
difíceis, diante da doença, do medo e da morte, por exemplo.
MÓDULO 1
Essa contextualização do ser humano revela que o homem é um ser social que necessita de
interação, ou seja, precisa se relacionar com outros seres para sobreviver. O homem como ser
social apresenta a necessidade de gregarismo – precisa se agrupar com outros semelhantes.
Mais do que um ser gregário, o ser humano é um ser eminentemente social. Isso quer dizer
que o ser humano se destaca quando comparado às demais espécies vivas. Visto que o ser
humano se adapta à natureza de forma social, por meio da sua atuação, ele cria um meio
artificial para a satisfação indireta de suas necessidades vitais. Essa ação de construção de
ambientes artificiais, de transformação da natureza na qual está inserido, representa o mais
poderoso elemento da evolução humana.
Cada indivíduo é um ponto de uma rede de relações que formam a sociedade. Essa rede que
liga os indivíduos tem “mão dupla”, ou seja, por ela o homem influencia e é influenciado. Essa
influência é uma razão para o homem não permanecer estático e imutável, pois a todo
momento sofre e pratica a influência, assim, pode vivenciar experiências de troca que
possibilitam o aprendizado, a transformação, o seu amadurecimento.
O ser humano precisa de outro ser humano para ser humano. Essa afirmação, em uma
primeira leitura, parece ser de difícil entendimento. Todavia, ao refletir sobre a mensagem que
ela traz, compreende-se que o aprender a ser e a se relacionar significa que a personalidade
do homem, sua individualidade, é moldada a partir das interações que ele experiencia com os
demais seres e o meio no qual está inserido.
O Homem Pensador.
A relação do indivíduo com o mundo do qual faz parte é uma adaptação que é aprendida ao
longo de seu desenvolvimento humano. Esse aprendizado acontece por meio do ensino dado
por aqueles que são responsáveis pelo seu cuidado e aqueles com os quais vive e interage ao
longo de sua existência.
O ser humano se distingue de outros seres vivos igualmente pela sua habilidade de modelar a
si mesmo a partir das suas escolhas. Em outros termos, consegue decidir suas ações mediante
o que pensa e sente, para além do instinto de sobrevivência que outros seres vivos têm.
O Homem Social.
O ser humano é um ser total, que apresenta e demanda expandir as dimensões que tem,
como:
Nesse caminhar, dependendo da leitura que se quer fazer do ser humano, sua forma de ser e
se relacionar com os demais seres vivos e o meio ambiente no qual está inserido, outras
dimensões podem ser acrescentadas, como a econômica (o desenvolvimento da economia
para melhorar a qualidade de vida das pessoas) e a política (a governança das pessoas que
vivem em sociedade), por exemplo.
O homem tem como comportamento o agrupamento, e com a criação desse grupo, o coletivo
ganha força e influência. Com o aumento dos pontos na rede de relações, estruturas e
hierarquização vão sendo criadas para nortear a convivência coletiva e também garantir a
singularidade dos indivíduos. Assim se formaram as sociedades, bem como as culturas.
E O QUE É SOCIEDADE?
O HOMEM E A CULTURA
A cultura é o resultado da produção dos agrupamentos: o conjunto de práticas, costumes,
crenças e tradições do determinado grupo social. Entender a cultura é entender o próprio ser
humano, o que ele acredita e vive. Os valores e tradições são ensinados às gerações por meio
da herança social.
Diferentes culturas.
Assim, vamos observar o que é a saúde física, a saúde mental e a saúde social:
SAÚDE FÍSICA
É a esfera mais básica do bem-estar humano que envolve a condição geral do corpo, sendo
representada por um corpo em pleno funcionamento, com ausência de doenças, bem nutrido e
ativo
SAÚDE MENTAL
É a esfera do bem-estar humano que envolve as condições emocionais e cognitivas, sendo
retratada pela capacidade do indivíduo em se adaptar com qualidade às situações que ocorrem
em sua vida. A saúde mental não apresenta uma definição oficial pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), pois a percepção de boa integração do indivíduo de maneira psicoemocional e
social em sua realidade sofre influência cultural, variando entre os grupos sociais.
SAÚDE SOCIAL
É a esfera do bem-estar humano que envolve a condição do indivíduo de interagir com outros e
conseguir prosperar em ambientes sociais. Demonstra a habilidade da pessoa de interagir com
a sociedade, bem como mostra os benefícios dessas interações com o bem-estar do próprio
indivíduo. Essa saúde é muito importante em relação à saúde individual.
É factível concluir que, quando se tem como propósito compreender o ser humano, é preciso
entendê-lo como um homem social que possui diversas dimensões, assim como variações no
que tange ao seu papel de maneira individual ou como participante de um coletivo.
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre O homem como um ser gregário, com a
especialista Paula Rocha Louzada Villarinho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Descrever a importância do relacionamento intrapessoal – o autoconhecimento
RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL: O
AUTOCONHECIMENTO
Como vimos, o homem é um ser social e gregário, ou seja, necessita interagir com outros
indivíduos e estabelecer relações com os indivíduos do grupo formado.
O prefixo intra refere-se à dentro de, no interior de; e a palavra pessoal expressa algo relativo
à pessoa, que lhe é próprio e particular. Logo, o termo intrapessoal refere-se àquilo que o
indivíduo tem dentro de si mesmo e é único.
Usando uma linguagem metafórica, a palavra intrapessoal simboliza o universo que cada
pessoa tem dentro de si mesma, sua singularidade, sua maneira ímpar de ser e viver.
Desse modo, é mais fácil entender que, quando o assunto é relacionamento intrapessoal, o que
está sendo abordado é o relacionamento que o indivíduo tem consigo mesmo e que é
qualificado como autoconhecimento.
O QUE É AUTOCONHECIMENTO?
O Relacionamento Intrapessoal.
INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
Abrange a perícia em formar uma visão real sobre si mesmo, ou seja, possuir o
autoconhecimento. Propicia o acesso às emoções, aos sentimentos e desejos para reorientar
as ações e o comportamento, com o intuito de atingir objetivos pessoais e, desse modo,
influenciar ou outros. Pode-se dizer que é a mais importante das inteligências. Destaca-se em
filósofos, líderes, conselheiros, mentores, mestres, gurus, entre outros. São indivíduos que
encontraram sua vocação na vida e realizaram ou estão realizando seu verdadeiro potencial.
INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL
Consiste na aptidão de conhecer as outras pessoas e suas motivações, permitindo
compreender seu estado de ânimo, suas atitudes e intenções, seus comportamentos, assim
como possuir a mestria de se relacionar socialmente. Sobressai em pais, professores,
religiosos, psicólogos, vendedores, políticos, relações públicas e outros.
INTELIGÊNCIA MUSICAL
Geralmente, é a que mais cedo se expressa, por meio do talento musical manifestado na
apresentação, atuação ou composição de padrões musicais. Aparece em maestros, músicos,
compositores, artistas, cantores, entre outros.
INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA
Relaciona-se ao hábil manejo do raciocínio matemático e lógico, elaborando perguntas criativas
e inovadoras. É, entre as outras inteligências, a mais pesquisada e avaliada em testes de QI
(quociente de inteligência). Pessoas como engenheiros, cientistas, matemáticos, analistas,
economistas, financistas, pesquisadores, entre outros, a têm em evidência.
INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA
Refere-se à habilidade de coordenação motora utilizando o corpo por inteiro ou parte dele com
perícia e destreza. Muito aguçada em atletas, artesãos, dançarinos, cabeleireiros, mecânicos,
chefs, cirurgiões, entre demais.
INTELIGÊNCIA NATURALISTA-ECOLÓGICA
Refere-se à demonstração da sensibilidade para entender os padrões da natureza para fazer
um melhor uso do meio ambiente e de seus elementos. Evidente em ambientalistas,
arqueólogos, ecologistas, oceanógrafos, agricultores e outros.
AUTOPERCEPÇÃO
Exemplo: Um enfermeiro durante um plantão, no qual o seu setor estava com todos os leitos
ocupados, ao ser questionado de forma ríspida por um acompanhante de um dos clientes
internados, sentiu-se aborrecido e percebeu o quanto a atitude do acompanhante o incomodou.
AUTOCONTROLE
AUTOMOTIVAÇÃO
Exemplo: Continuando com o mesmo enfermeiro, após compreender o motivo que fez com
que o acompanhante agisse de forma ríspida com ele, sensibilizou-se com a situação difícil
com a qual o acompanhante estava lidando, com o adoecimento do familiar, e decidiu ajudar a
resolver o problema.
EMPATIA
Exemplo: Sendo empático, o enfermeiro que mencionamos antes decidiu reunir a equipe e
expor a situação acontecida.
APTIDÃO SOCIAL
Exemplo: O enfermeiro citado, após expor o ocorrido, solicitou a ajuda dos membros da equipe
para que todos contribuíssem para a realização dos cuidados que ele faria no plano de
cuidados do cliente.
As pessoas que têm uma alta percepção de si mesmas, um alto controle emocional e uma alta
motivação – características consequentes de quem busca o desenvolvimento do
autoconhecimento – possuem mais condições de apontar soluções para os problemas
enfrentados no cotidiano, seja no seu círculo familiar ou de trabalho, por exemplo.
O autoconhecimento.
JANELA DE JOHARI
O indivíduo que se propõe a conhecer a si mesmo com profundidade, dedicar tempo ao
trabalho do autoconhecimento tem à sua disposição variadas ferramentas. Uma dessas
ferramentas, muito utilizada na área de desenvolvimento de pessoas, é a Janela de Johari.
A técnica recebeu esse nome dos psicólogos Joseph Luft e Harrington Ingham, seus criadores,
para ser aplicada durante o momento de dar o feedback a uma pessoa ou receber dela o
feedback (seja o gestor, o colaborador ou outro profissional).
O QUE É FEEDBACK?
A Janela de Johari.
Por meio dessa técnica, é possível o indivíduo identificar suas características – a pessoa
consegue conhecer a si mesma, seus aspectos internos e externos, conhecidos e
desconhecidos por si mesma e pelo outro.
Nesse modelo, a divisão do retângulo em quatro partes procura retratar a interação de duas
fontes de informação, a da própria pessoa e a dos outros, e os processos comportamentais
requeridos para a utilização das informações, que podem influenciar tanto as relações
interpessoais como as grupais.
O EU CEGO
Este quadrante representa o campo da personalidade (modo de ser e de se relacionar) que o
indivíduo desconhece, está inconsciente, mas que faz parte do seu agir quando se comunica e
relaciona com os outros.
Exemplo: Uma enfermeira trabalha há muitos anos no setor de emergência e é vista pela sua
equipe como uma profissional empática durante a prestação de sua assistência aos clientes
que chegam ao setor. No entanto, a equipe percebe que quando o cliente atendido sofre de
alcoolismo, a postura da enfermeira muda, ela adota uma postura mais rígida durante a
prestação da assistência. A enfermeira não tem ciência dessa mudança em seu
comportamento, mas é perceptível para os demais.
O EU ABERTO
Este quadrante representa o campo da personalidade (modo de ser e de se relacionar) que o
indivíduo conhece e decide compartilhar, expor, agir quando se comunica e relaciona com os
outros. Essa área está restrita a características conscientes e óbvias e está pautada na decisão
pessoal do que é correto em determinado ambiente de interação, limitando-se a pessoas
próximas – amigos e parentes.
O EU DESCONHECIDO
Este quadrante representa o campo da personalidade (modo de ser e de se relacionar) que o
indivíduo e as outras pessoas desconhecem. Nessa área, as limitações e potencialidades do
indivíduo não estão visíveis para as pessoas, nem para ele mesmo. As memórias de situações
vivenciadas influenciam diretamente na dinâmica intrapessoal e incluem sentimentos ou
desejos reprimidos e inconscientes, talentos, habilidades ou potencialidades inexploradas.
Exemplo: Seguindo com a mesma enfermeira como exemplo, em uma viagem de passeio para
uma região mais fria e montanhosa, ela estava se divertindo em um salão de jogos do hotel em
que estava hospedada. De repente, uma jovem senhora grita, abaixa-se e deita-se no chão.
Todas as pessoas presentes se assustam e a enfermeira logo se aproxima da jovem e faz uma
avaliação. A moça já estava em trabalho de parto. A enfermeira conclui que a situação está
evoluindo rapidamente, orienta a jovem e o rapaz que a está acompanhando, e auxilia o bebê a
nascer, fazendo os primeiros cuidados ao recém-nascido, que são possíveis naquele ambiente.
Um tempo depois, a ambulância com a equipe de saúde chega ao local e confirma que mãe e
bebê estão bem por causa da rápida e eficiente assistência dada pela enfermeira. Ela se
mostra surpresa ao conseguir prestar esse atendimento com eficácia, pois nunca havia feito um
parto. O conhecimento que tem sobre a situação foi aprendido há mais de dez anos, quando
fez um curso. Os observadores também não esperavam pela atuação da enfermeira, pois ela
não havia se identificado como tal.
O EU OCULTO
Este quadrante representa o campo da personalidade (modo de ser e de se relacionar) que o
indivíduo conhece, está consciente e decide esconder dos outros. Esse tipo de Eu descreve
comportamentos nos quais o indivíduo omite informações que provavelmente estejam
significativamente fora dos padrões considerados aceitáveis pelos outros.
Exemplo: Usando a mesma enfermeira como exemplo, durante um plantão na emergência, ela
cometeu um erro no preparo de um medicamento que logo foi administrado. Felizmente, não
houve graves consequências, e ela conseguiu contornar esse erro que cometeu. Mesmo assim,
a enfermeira decidiu esconder que essa situação aconteceu.
A partir disso, o indivíduo pode construir um modelo de si mesmo, que seja benéfico e eficiente,
e utilizar esse modelo em suas deliberações, escolhas e tomadas de decisão.
Desse modo, existe um conhecimento sobre suas capacidades, o que o permite aplicá-las da
melhor maneira possível. Essas informações, usadas com competência, permitem que haja a
chance de regulação da própria vida.
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre a Inteligência Emocional, com a especialista
Paula Rocha Louzada Villarinho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: A
RELAÇÃO DO INDIVÍDUO COM OS OUTROS
Quando se fala em relacionamento, a primeira ideia que surge na mente é uma interação que
envolve duas pessoas, pelo menos.
Já vimos que o ser humano é um ser social, precisa de interação para se desenvolver, bem
como a importância do relacionamento consigo mesmo. O autoconhecimento facilita a
adaptação que todo indivíduo necessita fazer ao longo de sua vida para sobreviver às
adversidades que surgem.
Para entender melhor o significado desse tipo de relacionamento do qual o indivíduo necessita
e que cria, vamos desmembrar a palavra interpessoal. O prefixo inter refere-se a entre; no
interior de dois, no espaço de; e a palavra pessoal expressa algo que é relativo à pessoa, que
lhe é próprio e particular. Logo, o termo interpessoal refere-se àquilo que envolve a relação
entre duas ou mais pessoas.
Ao realizar isso, o indivíduo consegue sair de si mesmo para interagir com o outro de maneira
fluida, adaptando a forma de ser singular que cada pessoa apresenta. A relação que começa a
ser criada e é mantida não acontece com a centralização em um indivíduo, seus sentimentos e
desejos. A relação vai se fortalecendo por meio da troca benéfica entre os participantes.
Relacionamento Interpessoal.
Essa leitura das pessoas está relacionada à Inteligência Interpessoal. O psicólogo e jornalista
científico Goleman faz uma análise do conceito dado pelo também psicólogo e pesquisador
Gardner, em que a Inteligência Interpessoal é a capacidade de entender as outras pessoas,
compreendendo as suas motivações e suas escolhas, e igualmente identificar e se adequar ao
temperamento e humor das outras pessoas, considerando seus desejos e suas motivações
(GOLEMAN, 2011).
Alguns fatores são importantes destacar, pois contribuem positivamente para o início de uma
interação, o estabelecimento de uma relação e o fortalecimento de um vínculo. Esse é um
processo que começa com uma ação de troca e diálogo, em que os participantes influenciam e
são influenciados, passando a compartilhar objetivos, vivenciar a experiência de auxílio mútuo,
baseados no respeito e confiança.
PONTOS DO RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL EFICIENTE
Os seis pontos mais significativos que precisam ser constantemente aprimorados para garantir
um relacionamento interpessoal eficiente são:
CORDIALIDADE
Refere-se a ser solícito com as pessoas, ter uma postura gentil e educada. Mostrar
sinceridade, uma atitude amigável e cortês pelo outro, pelos membros da equipe de que faz
parte e pelos clientes, oportuniza o início de um bom relacionamento interpessoal e bom clima
no ambiente de trabalho.
ASSERTIVIDADE
Relaciona-se à capacidade de comunicar-se de forma clara, objetiva e respeitosa. Para ser
assertivo é preciso saber ouvir, falar, expressar seus pensamentos, desejos e suas
dificuldades, sem ser agressivo com o outro. Ser assertivo torna o indivíduo muito valorizado
em seu ambiente de trabalho e facilita a criação de um bom relacionamento interpessoal.
EMPATIA
Alicerça-se na habilidade de compreender as escolhas dos outros nas situações em questão.
Em outras palavras, é se colocar no lugar do outro, a partir de suas crenças e valores. É a
avaliação de determinada situação pela perspectiva de alguém que está envolvido nessa
mesma situação que você. Ser empático possibilita ao indivíduo começar um bom
relacionamento interpessoal.
AUTOCONHECIMENTO
Fundamenta-se em conhecer a si mesmo e o impacto que produzimos nos outros. É um
facilitador de questões emocionais, que permite que se saiba quais as características que
incomodam e encontrar formas para lidar com elas. Além disso, o autoconhecimento age como
um mediador de possíveis conflitos de personalidade nos relacionamentos com a equipe. Ser
uma pessoa consciente de si mesma, suas qualidades, seus defeitos, suas fragilidades e
limitações exigem tempo e dedicação, mas permite ao indivíduo desenvolver um bom
relacionamento interpessoal com sua equipe e seus clientes.
ÉTICA
Baseia-se em agir de acordo com os princípios e os valores morais que norteiam a conduta
humana dentro da sociedade, do ambiente de trabalho. As instituições seguem os preceitos
éticos determinados pela sociedade, que são aplicados em suas normas internas, norteando
para o bom desenvolvimento dos processos de trabalho, alcance de metas e objetivos para
criar um bom relacionamento entre todos os indivíduos que fazem parte da instituição. Vale
ressaltar que você pode ser cordial, assertivo, empático, conhecer-se muito bem, todavia se
não agir de maneira ética, não conseguirá sustentar uma boa relação interpessoal com os
membros da sua equipe e com os clientes, nem um bom clima no ambiente de trabalho.
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
É a habilidade de
entender as outras
Tem base na pessoas, suas
Utiliza a empatia e a gestão de
Inteligência motivações, como agem e
emoções em grupos.
Interpessoal. como trabalhar
cooperativamente com
elas.
RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL
Utiliza a autoconsciência
É a aptidão de criar um (autoconhecimento), a gestão de
Tem base na modelo real e fidedigno de emoções (olhar para os seus
Inteligência si mesmo e usá-lo de sentimentos) ou a autorregulação
Intrapessoal. maneira efetiva e (controlar o próprio
construtiva. comportamento) e a automotivação
(motivar a si mesmo).
COMPONENTES DA INTELIGÊNCIA
INTERPESSOAL
De acordo com Goleman (2011), os quatro componentes da Inteligência Interpessoal são:
ORGANIZAR GRUPOS (GESTÃO DE RELAÇÕES)
Aptidão essencial do líder, que envolve iniciar e coordenar os esforços de um grupo de
pessoas. É o talento que se vê em diretores ou produtores de teatro, oficiais militares e chefes
efetivos de organizações e grupos de toda espécie. Nas brincadeiras, líder é a criança que
toma a dianteira ao decidir o que todas vão fazer, ou se torna capitão da equipe.
LIGAÇÃO PESSOAL
O talento de empatia e ligação. Isso facilita estabelecer um relacionamento ou reconhecer e
reagir adequadamente aos sentimentos e preocupações das pessoas — a arte do
relacionamento. Essas pessoas se tornam bons “jogadores de equipe”, cônjuges confiáveis,
bons amigos ou bons parceiros comerciais; no mundo dos negócios, dão-se bem como
vendedores ou gerentes, ou podem ser excelentes professores. Crianças que se dão bem com
praticamente todos, entram facilmente em brincadeiras e se sentem felizes fazendo isso. Essas
crianças tendem a ser melhores na interpretação de expressões faciais e são as mais queridas
pelos colegas de sala de aula.
ANÁLISE SOCIAL
Poder detectar e intuir sentimentos, motivos e preocupações das pessoas. Esse conhecimento
de como os outros se sentem leva a uma fácil intimidade ou senso de relação. Aperfeiçoada,
essa aptidão nos torna terapeutas ou conselheiros competentes — ou, se combinada com
algum dom literário, talentosos romancistas ou dramaturgos.
Na interação com um membro da equipe de trabalho da qual faz parte ou com um cliente sob
seus cuidados ou acompanhante/familiar, o profissional deve estar atento para não adotar
posturas que dificultam a criação e manutenção do relacionamento interpessoal. Alguns
exemplos são:
Manter o rosto com a face fechada, com aspecto muito sério, a famosa “cara de poucos
amigos”.
Não olhar para as pessoas enquanto elas falam com você ou quando você está falando com
elas.
6
Demonstrar desinteresse pela pessoa e a situação pela qual está passando.
Agir sem nem ouvir a opinião dos outros, como se você fosse o “dono” da verdade.
Para concluir a compreensão sobre o relacionamento interpessoal, reforça-se que é por meio
da relação com outros que se aperfeiçoa a maneira de viver. Afinal, as trocas que acontecem
possibilitam (re)moldar as escolhas, ações e os comportamentos.
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre a Inteligência Interpessoal, com a especialista
Paula Rocha Louzada Villarinho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que o ser humano apresenta uma complexidade no que tange ao seu
desenvolvimento como ser humano. Conforme vai crescendo, o homem vai aprendendo a ser
um indivíduo e a se relacionar com as outras pessoas, desde o primeiro grupo social – a família
– até os demais nos quais vai se inserindo: escola, trabalho, entre outros.
Parte dessa complexidade está atrelada aos relacionamentos que iniciam com a interação
desse homem com os outros indivíduos. Há a troca de visões, desejos, porém, também
existem os atritos, quando algo diverge.
Para evoluir e poder usufruir de boa saúde, física, mental ou social, o indivíduo necessita fazer
parte de grupos, que têm sua cultura, e construir e manter relacionamentos. Essa gênese e
manutenção são facilitadas quando a pessoa se dedica ao relacionamento consigo mesma
(relacionamento intrapessoal – autoconhecimento) e adquire consciência de como é de fato,
conhece suas qualidades, seus defeitos, suas limitações e fragilidades.
PODCAST
Neste podcast, você irá aprofundar um pouco mais no ESTUDO DAS RELAÇÕES:
RELACIONAMENTO INTRA E INTERPESSOAL, com a especialista Paula Rocha Louzada
Villarinho.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
GOLEMAN, D. Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária que redefine o que é ser
inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
WONG, R. Superdicas para conquistar um ótimo emprego. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
EXPLORE+
CONTEUDISTA
Paula Rocha Louzada Villarinho