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PSICOLOGIA FORENSE II
2021.2
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SÍNDROME DE ALIENAÇÃO
SINDROME PARENTAL
DA ALIENAÇÃO PARENTAL(SAP)
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SÍNDROME DE MÜNCHAUSEN
Consiste em um transtorno psicológico em que a pessoa, de forma
compulsiva, deliberada e contínua, causa, provoca ou simula sintomas de
doenças.
Propriamente dita ou clássica – usa a si próprio
Por Procuração – produz ou inventa, de forma intencional, sintomas em seu filho,
fazendo com que seja considerado doente.
Sinais: fabricação da doença; vontade de submeter-se a numerosos
procedimentos (inclusive dolorosos); personalidade e identidade frágeis na sua
constituição (busca de cuidados emocionais); baixa autoestima; “maquiagem”
de informações; troca frequente de locais de atendimento. Não se pode
confundir com “simulação”, por exemplo, para obter afastamento do trabalho.
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
Essa Síndrome foi primeiramente descrita em 1973 após o sequestro de um banco em
Estocolmo, na Suécia, em que as vítimas estabeleceram laços de amizade com os
sequestradores, de modo que acabaram por visitá-los na prisão, além de afirmarem que não
houve qualquer tipo de violência física ou psicológica que pudesse sugerir que suas vidas
estavam em perigo.
A Síndrome de Estocolmo é um transtorno psicológico comum em pessoas que
encontram-se em situação de tensão, como por exemplo no caso de sequestros, prisão
domiciliar ou situações de abuso, por exemplo. Indica regressão a estágios de
desenvolvimento mais arcaicos. Nessas situações as vítimas tendem a estabelecer relações
mais pessoais com os agressores.
Corresponde a uma resposta do inconsciente frente a uma situação de perigo, o que leva a
vítima a estabelecer uma conexão emocional com o sequestrador, por exemplo, o que faz
com que sinta-se segura e tranquila. (Obs. Nexo com a violência doméstica/Lei Maria da
Penha).
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SÍNDROME DE ESTOCOLMO
Características da vítima:
Mantem vinculo bidirecional com o agressor;
Sentimento de empatia com o algoz;
Se sente agradecida pelos mínimos favores do agressor;
Nega ou racionaliza a agressão contra ela;
Nega seu ódio contra o agressor;
Fica em constante estado de alerta a fim de satisfazer as necessidades do
agressor;
Percebe as pessoas que querem ajuda-la como más e o agressor como bom;
Sente como se o agressor a protegesse;
Tem dificuldades de abandonar o agressor, mesmo depois de estar livre dele;
Tem medo que o agressor volte por causa dela, mesmo depois de preso ou
morto.
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SÍNDROME DO IMPERADOR
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SÍNDROME DO IMPERADOR
AMOK
Palavra de origem malaia que significa “se engajar furiosamente na batalha”.
Enquadrada em um “Quadro de Síndromes Ligadas à Cultura” – episódio dissociativo
caracterizado por um período de retraimento seguido de um ato explosivo.
Corresponde a uma súbita e injustificada explosão de cólera selvagem, que faria com que
uma pessoa com particular inclinação para a violência, usando algum tipo de dispositivo
(faca, arma, explosivo, por ex.) sai correndo loucamente atacando, mutilando ou matando,
sem qualquer critério, pessoas ou animais que estiverem em seus caminhos, num
comportamento de extrema violência, tresloucado, que somente terminaria com a
contenção física ou, em outras vezes, com o suicídio.
Aumento nas ultimas décadas. Agente geralmente do sexo masculino, adolescente ou
adulto jovem, aparentemente destituído de um motivo determinado e claro, que investe
cegamente em uma ação violenta (por ex. extermínio e alunos de uma escola), em geral
cometem suicídio após o fato. Atenção ao contexto social! (ex. intolerância às diferenças).
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AMOK
Características – padece de uma solidão muito peculiar; pessoa privada de afetos básicos (“falha
básica”); não possui um sentimento de pertencimento.
Amok – metáfora, elefante apartado da sua manada (Ìndia)
Acontece um deslocamento e um movimento dissociativo para se inserir, de qualquer maneira, ao
estatuto de “sujeito”, nem que seja pela via da submissão destrutiva do outro. Por isso sua reação
é uma resposta desproporcional, despropositada, dramática e excessiva, descontrolada e
imprevisível e de enorme força destrutiva, muitas vezes fazendo a inclusão do outro na sua própria
morte.
Essa síndrome engendra uma realidade complexa, que encontra explicações psicanalíticas, culturais
e sociais de amplo relevo, abrangendo a teoria dos vínculos e da comunicação humana, condições
que o inscrevem no marco da multifatorialidade.
Chama atenção ao fato que muitos episódios de massacre ocorrem geralmente em instituições
que tratam de questões ligadas à liberdade e aos direitos humanos (ex. instituições de ensino,
universidades, etc.).
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CUTTING
Expressão que se origina do verbo em inglês, “to cut” (corta-se).
Configura como um ato autoagressivo, revestido de uma tentativa de recompensa de
encontrar prazer no comportamento de cortar-se e de criar cicatrizes no corpo,
que, depois, são escondidas e eventualmente exibidas como forma de ataque ao
outro ou vanglorio identitário, o que evidencia, em parte, a necessidade de sinais de
pertendimento a um grupo. Muitas vezes as cicatrizes se mantem ocultas, em uma
mescla de sigilo e vergonha.
Revela-se, portanto, um comportamento intencional, que envolve a agressão direta
ao próprio corpo (punho, braço, pernas, barriga) através do ato de cortar-se, sem
intenção consciente ao suicídio (embora possam ocorrer lesões ocasionalmente
fatais).
Fatores agregados: distúrbios alimentares (anorexia, bulimia), de identidade, uso de
álcool e outras drogas, necessidade de chamar atenção das pessoas, perdas afetivas
importantes, desejo de atacar a família e os padrões vigentes da sociedade, etc.
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CUTTING
Descrito por seus agentes como forma de obtenção de prazer que alivia
sentimentos de dor e tristeza, de raiva ou ódio. Ou seja, trata-se de uma
forma de esconder uma “outra dor”, uma dor maior, tal como abandono,
rejeição, depressão, baixa autoestima, problemas familiares ou de identidade,
dentre outros.
Trata-se de uma estratégia de reduzir a ansiedade e a angústia existencial. Na
adolescência pode representar sentimentos de busca de identidade, através
de modelos distorcidos, que realizam as mesmas práticas ou expressam
sentimentos semelhantes aos seus (ex. vídeos que circulam na internet).
Tudo que não pode ser simbolizado (conflito), que não acede ao simbólico e
como tal não chega a palavra, transforma-se em sintoma.
Quando o imaginário não consegue elaborar o sentimento, a mente cala e o
corpo de alguma forma “fala”.
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REFERÊNCIA BÁSICA
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